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terça-feira, 31 de maio de 2022

DIU: mitos e verdades sobre o método contraceptivo

Ginecologista da Criogênesis responde as dúvidas mais frequentes sobre o tema e ressalta a eficácia do dispositivo
 

O dispositivo intrauterino, popularmente conhecido como DIU, ao contrário do que muitos pensam, é apenas mais um método contraceptivo seguro, eficiente e reversível. Ele pode ser encontrado na rede pública de saúde e, mesmo no sistema privado, possui um ótimo custo-benefício. Contudo, dados do Ministério da Saúde, revelam que apenas 1,9% das mulheres em período fértil usam o DIU no Brasil. A justificativa para a baixa adesão está associada à falta de informações e o enorme número de dúvidas que existem sobre o método.

Pensando nisso, Renato de Oliveira, Ginecologista e Obstetra da Criogênesis, traz abaixo os principais mitos e verdades sobre o assunto e esclarece dúvidas frequentes que permeiam o uso do dispositivo intrauterino. Confira:
 

O aparelho pode prejudicar a fertilidade

Mito. "Desde que a mulher continue com o acompanhamento ginecológico regular e apropriado, a gravidez poderá ocorrer normalmente. O dispositivo só impossibilita a gravidez enquanto está sendo utilizado e, ao removê-lo, a paciente poderá engravidar naturalmente já no ciclo menstrual seguinte”, informa.
 

DIU engorda

Mito. O especialista explica que o DIU não provoca o ganho de peso e nem causa qualquer alteração do apetite, pois não utiliza hormônios para funcionar. “Apenas o DIU com hormônios, têm certo risco de causar esse tipo de alteração corporal. Porém, cada caso deve ser avaliado individualmente. Hoje em dia existem diversos exames capazes de fazer um mapeamento eficiente, nesse sentido”, afirma.
 

Não é indicado para todos os casos

Verdade. “Como todas as formas contraceptivas, o dispositivo também tem algumas restrições. Mulheres que possuem alguma malformação no útero, útero muito pequeno ou infecções uterinas recentes não devem fazer uso do aparelho. Ele também não é indicado para mulheres que ainda não começaram a vida sexual”, esclarece.
 

É 100% seguro

Mito. Renato comenta que, assim como os outros métodos anticoncepcionais, o DIU não descarta 100% a probabilidade de gravidez. Apesar do índice altíssimo de eficácia, que varia entre 99,5% para os de cobre e 99,8% para os hormonais, é indispensável ter consciência de que é possível engravidar mesmo fazendo uso do aparelho, já que a taxa de falha do dispositivo varia de 0,2 a 0,8%.
 

É normal sentir incômodos ou dor após a colocação

Verdade. “No primeiro mês, o DIU pode causar alguns desconfortos por ainda não estar totalmente acomodado dentro do corpo. Contudo, em caso de dores muito fortes ou se esses sinais não passarem após o período, é necessário voltar ao médico para examinar se a implantação do dispositivo foi realizada de forma correta”, finaliza.
 

Criogênesis


Pesquisa prevê um milhão de pessoas obesas até em 2030

A Clínica de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina oferece atendimentos gratuitos

 

Segundo estudo realizado pela Federação Mundial de Obesidade, até em 2030 o mundo terá um bilhão de pessoas obesas. O levantamento foi feito através do Atlas Mundial de Obesidade de 2022 e prevê que um em cada sete homens e uma em cada cinco mulheres estarão com sobrepeso daqui a oito anos.

Diante dessa realizada, o Ambulatório de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina está com vagas, totalmente gratuitas, para atendimentos presenciais, voltados para homens e mulheres, crianças e adolescentes, considerando a proposta de mudança de hábitos alimentares e atendendo situações relacionadas à obesidade, educação alimentar, portadores de doenças crônicas e praticantes de atividades físicas.

Segundo Irani Gomes dos Santos Souza, Coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina, a proposta dos atendimentos é de acompanhamento nutricional e não apenas de ações pontuais. “As consultas visam auxiliar na melhora da qualidade vida da pessoa a quem o cuidado será prestado, visando desde controle de peso e evitar ou minimizar ação de algum fator que possa agravar a saúde”, disse.

As consultas devem ser agendadas diretamente no ambulatório de terça e quinta-feira, no período da manhã ou diretamente na recepção da Faculdade Santa Marcelina. O Ambulatório de Nutrição está fica no 4º andar da Unidade Itaquera, localizada na rua: Cachoeira Utupanema, 40 - Vila Carmosina, São Paulo. 

 

Agendamento: 

Ambulatório de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina 

Unidade Itaquera rua: Cachoeira Utupanema, 40 - Vila Carmosina, São Paulo 

Atendimento gratuito 

Faculdade Santa Marcelina


Metade dos adolescentes e jovens sentiram necessidade de pedir ajuda em relação à saúde mental recentemente, mostra enquete do UNICEF com a Viração

 Levantamento online com mais de 7,7 mil adolescentes e jovens revela, também, que muitos não pedem ajuda ou não conhecem serviços dedicados a esse apoio.

 

Cuidar da saúde mental de meninas e meninos é urgente. Uma enquete com mais 7,7 mil adolescentes e jovens de todo o Brasil mostra que, recentemente, metade sentiu necessidade de pedir ajuda sobre saúde mental. Realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela organização da sociedade civil Viração Educomunicação, o levantamento online mostra, também, que 50% dos respondentes não conhecia serviços ou profissionais dedicados a apoiar adolescentes na área da saúde mental.  

Nesse momento em que o País começa a retomar a rotina, com a melhora da pandemia de covid-19, a saúde mental de adolescentes e jovens continua sendo uma preocupação. Quando questionados sobre o sentimento que melhor descreveria como estavam se sentindo nos últimos dias, 35% dos adolescentes e jovens que responderam à enquete disseram “ansiosas(os)”. Além disso, 14% se disseram “felizes”, 11% “preocupados consigo”, 9% “indiferentes” e 8% “deprimidas(o)s”.  

Entre todos os respondentes, metade diz que sentiu necessidade de pedir ajuda em relação à saúde mental, mas 40% deles não recorreu a ninguém. Outros 20% buscaram amigas(os), 15% psicólogos ou psiquiatras, 11% recorreram à família e 8% a namoradas(os). Somente 2% procuraram professores e outros 2% profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde.

Entre os motivos destacados por aqueles que não buscaram ajuda estão a insegurança (29%), a desistência de buscar ajuda (26%), o medo de julgamento (17%), ou a falta de informação sobre quem procurar (10%).

Apenas metade dos respondentes conhecia serviços ou profissionais dedicados a apoiar adolescentes na área da saúde mental. Entre quem conhecia, o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) apareceu como o principal local (38%), seguido por Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) (20%) e escola (17%).  

“Os resultados mostram que é fundamental que famílias e profissionais que trabalham com adolescentes ampliem suas habilidades para fazer uma escuta qualificada e sem julgamentos, promover o acolhimento e encaminhar adolescentes para os serviços adequados disponíveis. Estas são as primeiras pessoas de confiança buscadas por adolescentes e jovens em temas de saúde mental, mas é essencial que eles conheçam os fluxos de atendimento psicossocial em seus municípios, saber a quem buscar e aonde ir. É importante que os municípios estejam preparados para receber estas demandas intersetorialmente”, explica Gabriela Mora, oficial do Programa de Cidadania dos Adolescentes do UNICEF no Brasil.  

“Muitas vezes se fala sobre juventude e os desafios enfrentados nessa fase sem que adolescentes e jovens sejam convidados a participar do debate. É preciso construir espaços que possibilitem a escuta ativa desses sujeitos. Somente dessa forma seremos capazes de superar os estigmas em relação à saúde mental e planejar ações realmente assertivas para a criação de redes de apoio. O U-Report Brasil é um exemplo de espaço de escuta e de incentivo à participação cidadã de adolescentes e jovens na discussão sobre seus próprios direitos, entre eles a saúde mental”, afirmam Jéssica Rezende e Juliane Cruz, analistas de projeto na Viração e responsáveis pela implementação do U-Report no Brasil.
 

Sobre a enquete  

A enquete, com maior participação de adolescentes entre 15 e 19 anos, foi realizada de 17 a 23 de maio por meio da plataforma U-Report. As enquetes do U-Report Brasil são realizadas virtualmente pelo WhatsApp, Telegram e Facebook Messenger, por meio de um chatbot. O projeto é desenvolvido pelo UNICEF em parceria com a Viração Educomunicação. Não se trata de pesquisas com rigor metodológico, mas de consultas rápidas por meio de redes sociais entre pessoas, principalmente adolescentes e jovens, que se cadastram na plataforma. Esta enquete apresenta a opinião de mais de 7,7 mil adolescentes até 19 anos e não pode ser generalizada para a população brasileira como um todo. Confira todos os dados aqui.
 

Onde pedir ajuda?

Para apoiar adolescentes e jovens de 13 a 24 anos, o UNICEF conta com um canal de ajuda em saúde mental virtual, o Pode Falar. A plataforma já recebeu mais de 36,6 mil acessos desde que foi lançada em fevereiro de 2021 pelo UNICEF. A iniciativa nasceu da parceria do UNICEF com organizações da sociedade civil e empresas com expertise em tecnologia, e funciona de forma anônima e gratuita por meio de um chatbot batizado de Ariel por adolescentes, acessado pelo site do Pode Falar ou pelo WhatsApp (61) 9660-8843.


6 hábitos e posturas que prejudicam o seu pescoço e como corrigi-los

Nada pior que acordar com aquele torcicolo incômodo! Quem nunca? Saiba que a culpa pode ser de alguns hábitos e posturas que você nem imagina que podem prejudicar o seu pescoço e a região cervical.  


A coluna cervical é responsável pelos movimentos da cabeça e do pescoço. Trata-se da região mais flexível da coluna em relação aos movimentos. Além disso, é uma área repleta de terminações nervosas que se ramificam para os ombros, mãos e braços.
 
De acordo com a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em RPG e Pilates, os problemas que afetam a região cervical podem causar dores e redução dos movimentos no pescoço. “Quem já teve um torcicolo sabe o quanto é difícil girar a cabeça para os lados para dirigir, por exemplo. Outro aspecto é a que a dor pode irradiar para os ombros, braços e mãos”.
 
Com a ajuda da especialista, elaboramos uma lista de hábitos e posturas inadequadas com as recomendações para reduzir o risco de lesões e problemas no pescoço e região cervical.
 
1- Abaixar a cabeça para usar o celular

Praticamente todos os brasileiros possuem um celular. A vida hoje está, literalmente, na palma da mão. Trabalho, lazer, compras, pagamento de contas. Por meio do celular é possível realizar quase todas as atividades do dia a dia. Mas, a maioria das pessoas adota uma postura inadequada ao usar o telefone.

A postura mais comum ao usar um celular é abaixar a cabeça, o que leva a região da cervical a se curvar para frente. Esse vício de postura pode evoluir para uma hipercifose, a famosa corcunda do pescoço.

Como corrigir
A postura correta para usar o celular é levá-lo à altura dos olhos. O ideal é sentar-se com os braços apoiados para não sobrecarregar os ombros.


2- Colocar as mãos na cintura
Sabe aquela mania de colocar as mãos na cintura? Seja na fila da padaria, no ponto de ônibus ou em uma roda de amigos, essa postura sobrecarrega o pescoço e os ombros.

Como corrigir
A melhor postura quando você está de pé e deixar os braços soltos ao lado do corpo.
 
3- Usar travesseiros altos ou baixos demais

Certamente, um travesseiro ruim pode ser o pior inimigo do seu pescoço. Travesseiros altos demais ou duros demais podem acabar com a saúde da cervical. Nesses casos, podem ocorrer dores e inflamação nos nervos que fazem parte da região do pescoço.
 
Como corrigir
O travesseiro é responsável por alinhar a curvatura da cervical. O item deve ser usado de forma com que a altura se encaixe entre a cabeça e o colchão. O travesseiro não pode ser nem muito alto, nem muito baixo, nem muito duro e nem muito mole.
 
A dica é experimentar o travesseiro na loja, se possível deitado em uma cama. Vale também pesquisar os modelos que são feitos com materiais maleáveis, que se adaptam ao formato do corpo.
 

4- Segurar o telefone com o rosto e o pescoço
Sem dúvida, essa é uma postura clássica no dia a dia. Quando as mãos estão ocupadas, resta segurar o celular com entre o pescoço e o ombro. Esse péssimo hábito pode causar um torcicolo, pois deixa a musculatura do pescoço totalmente contraída. Caso a ligação seja demorada, o risco de isso acontecer é bem grande.  

Como corrigir
Faça uma coisa por vez! Há diversos recursos que você pode usar, como o viva-voz ou ainda o fone de ouvido do celular, pensado justamente para deixar as mãos livres durante das ligações.


5- Pescoço para cima ou para baixo no computador
Para quem trabalha em funções administrativas, o uso do computador pode ser um dos maiores vilões da saúde do pescoço. O vício de postura mais comum, nesses casos, é abaixar o pescoço para digitar.

Entretanto, há também pessoas que costumam levantar demais a cabeça para enxergar a tela do computador. Em ambos os casos, a postura está errada.

Como corrigir
A tela do computador precisa estar na altura dos olhos, de modo que a pessoa olhe para a tela sem precisar abaixar ou levantar o pescoço. A distância entre a cabeça e a tela deve ser de cerca de 40 a 60 cm.
 
Lembre-se ainda de que para evitar dores no pescoço e nos ombros durante o uso do computador, também é importante que os antebraços estejam apoiados na mesa.


6- Tensão e respiração curta
Você já percebeu que quando está muito ansioso ou tenso, tende a segurar o ar? A tendência nesses momentos é realizar uma respiração mais curta, concentrada no tórax. Essa respiração toráxica mais curta leva toda a tensão para a região dos ombros e do pescoço.

Como corrigir
Gerencie o estresse e tome consciência da respiração. Pratique a respiração profunda nos momentos de maior tensão no seu dia a dia. É muito simples: respire profundamente 10 vezes, desviando a respiração para o diafragma.

“A consciência corporal é muito importante no dia a dia. A partir do momento que percebemos que estamos numa postura ruim é muito mais fácil nos corrigirmos. Muitas atividades como o Pilates, a ioga e a dança, por exemplo, contribuem para aumentar a percepção dos nossos movimentos no dia a dia”, finaliza Walkíria.


31/05 - Dia Mundial Sem Tabaco: 5 dicas para largar o vício de vez

Hoje, 31 de maio, é marcado como o Dia Mundial sem Tabaco, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre os riscos do tabagismo. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), para cada ano do triênio 2020-2022 se estima que serão identificados mais de 30 mil novos de câncer de pulmão no Brasil, sendo mais prevalente em homens, equivalendo a 17.760 novos casos. O câncer de pulmão é uma das principais consequências do uso do cigarro.  

Esse tipo de doença em homens é o segundo mais prevalente (sem considerar o câncer de pele). É mais frequente nas regiões Sul, Nordeste e Sudeste e Centro-Oeste. “Além do câncer de pulmão, fígado, pâncreas e boca, existem cerca de 50 doenças atreladas ao tabagismo, como osteoporose, úlcera, catarata e doenças gengivais”, explica Gabriel Garcez, diretor médico de Conexa, maior player de saúde digital da América Latina. 

Garcez alerta sobre uso dos cigarros eletrônicos, que têm nicotina em sua composição e são altamente viciantes. “Eles são tão ou mais perigosos que o cigarro comum, podendo causar doenças respiratórias como enfisema pulmonar, além de câncer”.  

O diretor médico ainda pontua que o tabagismo é uma doença que precisa de tratamento. Veja cinco dicas para largar o vício: 

1 – Procure ajuda médica. O médico é quem pode indicar o melhor tratamento e metodologia a ser utilizada para deixar de fumar. Medicamentos de terapia de reposição de nicotina em adesivos e gomas são grandes aliados, além da mudança na rotina. 

2 – Acompanhamento psicológico é importante. O psicólogo ajudará a fornecer ferramentas para largar o vício e ajudará a lidar com situações como pressão de colegas, pessoas fumando próximas a você, atividades noturnas etc. 

3 – Encontre atividades substitutivas e evite gatilhos. O que acha de beber um copo de água toda vez que vier a vontade de fumar? Escolher atividades substitutivas saudáveis pode ajudar. Além disso, adiar os cigarros rotineiros, como o da manhã ou após as refeições é uma ferramenta útil para ajudar a largar o vício. Praticar atividades físicas também é uma boa tática.  

4 – Compartilhe as conquistas com familiares e amigos. Dividir as novidades sobre o tratamento pode ser um bom motivador a se manter no foco. Busque colegas que incentivem. Participar de grupos de apoio também é uma alternativa. 

5 – Entenda que os sintomas de abstinência passam. A nicotina, assim como a cocaína, atua no sistema nervoso central e leva de sete a 19 segundo para chegar ao cérebro. É comum que os primeiros cigarros sejam mais difíceis de largar devido à fissura do vício, mas isso tende a melhorar em duas semanas, assim como os sintomas de dor de cabeça, irritabilidade, alteração de sono e tontura. 

 

Conexa

https://www.conexasaude.com.br/     


43% é o índice de aumento da Síndrome Respiratória Grave em crianças: chegada do inverno pode agravar o cenário das internações no Brasil

Entenda como as novas tecnologias em diagnóstico podem ajudar a gerenciar as taxas de ocupação de leitos, que já operam na capacidade máxima em algumas capitais

 

A chegada dos dias mais frios, quando as baixas temperaturas e umidade relativa do ar tornam ainda mais propícia a propagação de vírus e infecções, é motivo de preocupação ao sistema de saúde do país, que já apresenta taxas de ocupação de leitos de UTI pediátrica próximas da capacidade máxima em algumas capitais como São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pernambuco. De acordo com dados divulgados pelo sistema InfoGripe, da Fiocruz, a partir de registros realizados pelo Ministério da Saúde, somente nos quatro primeiros meses de 2022 o aumento de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de 0 a 11 anos foi de 43% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Ao apresentar sintomas parecidos como coriza, tosse, febre e dor de garganta, a SRAG pode ser causada por diferentes vírus como o da gripe e Covid-19, em alguns casos, com infecções simultâneas. Nesse sentido, a adesão a novas tecnologias como os testes sindrômicos têm auxiliado as equipes médicas na precisão dos diagnósticos, direcionando às internações somente os casos que realmente exijam esta medida. Ao identificar, simultaneamente, diversos vírus e bactérias que podem estar agindo sobre o sistema imunológico do paciente, os testes sindrômicos podem ajudar a reduzir consideravelmente a administração de antibióticos e internações desnecessárias, além da janela de tempo destas crianças nos hospitais.   

“São ferramentas laboratoriais de testagem, capazes de identificar e diferenciar uma série de patógenos simultaneamente, e apontar, inclusive, se a criança está contaminada por mais de um agente infeccioso ao mesmo tempo. Ao apresentar sintomas clínicos parecidos, as doenças respiratórias impõem dificuldade ao diagnóstico baseado apenas na avaliação médica dos pacientes pediátricos, consequentemente, ao tratamento mais adequado para combater determinada infecção”, destaca Marcela Varela, Gerente de Marketing da QIAGEN na América Latina, que apresenta, entre suas soluções, o QIAstat-Dx, um teste sindrômico que permite a avaliação de um painel respiratório do paciente, ao identificar o causador dos sintomas, incluindo a influenza e o  SARS-Cov-2.

Atuando na linha de frente de combate a essas infecções, o médico intensivista do Hospital das Clínicas, Dr. Daniel Joelsons, explica que essas ferramentas são de extrema importância para a efetividade dos sistemas de saúde, que nessa época costumam registrar superlotação. “Caso a infecção seja por bactéria, já iniciamos a administração de antibióticos. Caso precise de isolamento, já providenciamos essa conduta e o tratamento adequado. Os testes sindrômicos facilitam o trabalho da equipe médica e reduzem os efeitos colaterais dos medicamentos desnecessários”, destaca o especialista.

Voltado ao diagnóstico clínico e com registro ativo na ANVISA, o QIAstat-Dx libera o resultado da análise em até uma hora. Sua tecnologia tem o potencial de diminuir o tempo de permanência do paciente no hospital, evitar internações desnecessárias e identificar pacientes que, dependendo da contaminação, precisam de isolamento ou demais medidas de controle da infecção.

 

QIAGEN

https://www.qiagen.com/us/


De olho nas pintas: atenção aos sinais do melanoma

 Embora represente apenas 3% dos casos de câncer de pele no Brasil, neoplasia é agressiva e merece atenção. Oncologista comenta importância do diagnóstico e tratamento precoce, e explica como prevenir a doença

 

Apesar de raro, o melanoma - tipo menos comum de câncer de pele - é o mais agressivo, principalmente se não tratado precocemente. De modo geral, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele ultrapassa no Brasil a marca de 185 mil novos casos ao ano. Quanto ao melanoma, ainda de acordo com o órgão, o subtipo da doença representa 3% das neoplasias malignas no país. 

Devido sua alta capacidade de metástase, o melanoma tem como principal manifestação inicial o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares. Além disso, segundo a Dra. Sheila Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, também é importante ficar de olho em outros fatores. "A pinta ou sinal possui tons acastanhados e, apesar de aparecer com mais frequência nas áreas expostas ao Sol, pode surgir em qualquer parte do corpo, inclusive nas mucosas. Na pele negra, por exemplo, elas podem aparecer comumente nas palmas das mãos e plantas dos pés", explica.

 

Por que o melanoma aparece? 

O melanoma tem origem nas células que produzem a melanina - os melanócitos -, responsáveis por determinar a cor da pele. "Devido a exposição prolongada aos raios solares ultravioletas e também às câmaras de bronzeamento artificial, as células passam a se reproduzir descontroladamente. Além disso, o melanoma tem alta possibilidade de metástase - a disseminação da doença para outros órgãos. Contudo, quanto antes for diagnosticado, maiores são as chances de sucesso no tratamento ", alerta a oncologista.

 

Prevenção é tudo! 

A melhor maneira de prevenir o câncer de pele melanoma é evitando a exposição ao sol das 10h às 16h, justamente pelos raios serem mais intensos. "Outra maneira de evitar a situação é procurar lugares com sombra, investir no protetor solar, usar roupas com proteção UV, bonés, óculos de sol e protetor próprio para os lábios", orienta Sheila Ferreira. 

A oncologista reforça ainda que o uso do protetor solar deve ser feito até mesmo nos dias nublados, cerca de 15 minutos antes de sair de casa. "É importante que o protetor solar tenha, pelo menos, 30 de FPS. Reaplique a cada duas horas ou ainda depois de nadar ou suar". 

Também é importante evitar câmaras de bronzeamento artificial -- vale lembrar que elas estão proibidas no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2009.
 

Fatores de risco do melanoma

Uso de câmeras de bronzeamento artificial;

Pele e olhos claros

Exposição excessiva e prolongada ao sol;

Histórico familiar ou pessoal de câncer de pele

Como identificar precocemente

 

O diagnóstico precoce do câncer de pele melanoma pode ser realizado a partir de exames clínicos, endoscópicos ou radiológicos. "Através da identificação antecipada, a chance de cura pode chegar a 90%. Apesar de nem sempre manchas ou pintas serem de fato câncer de pele, é fundamental procurar por um especialista para o diagnóstico correto", comenta a oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

A investigação do melanoma começa quando existem pintas ou sinais escuros e de bordas irregulares, que podem aumentar conforme o tempo, ou ainda provocar coceira e descamação no local. "As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como ABCDE -- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro e Evolução”, explica a especialista.

Assimetria: quando metade da lesão é diferente da outra parte

Bordas: se a pinta, sinal ou mancha apresenta um contorno irregular

Cor: quando a lesão possui cores diferentes, podendo ser entre vermelho, marrom e preto

Diâmetro: caso a lesão apresente um diâmetro maior do que 6 mm

Evolução: mudanças nas características da lesão ao longo do tempo (tamanho, forma, cor)

"Trazer informações sobre o assunto é fundamental para que cada vez mais pessoas conheçam os sinais do seu próprio corpo e consigam identificar alguma anormalidade da pele. Além disso, deve-se sempre destacar sobre a necessidade do uso do protetor solar diariamente, sendo ele uma das principais alternativas para a prevenção da doença que atinge milhares de pessoas todos os anos. A boa notícia é que, atualmente, temos diversas opções de tratamento e que as chances de cura aumentam muito quando o diagnóstico é feito em estágios iniciais, daí a importância de procurar precocemente auxílio médico na identificação de uma lesão suspeita", comenta a Dra. Sheila Ferreira.

 

Pessoas com tatuagem devem redobrar os cuidados! 

Os desenhos, principalmente aqueles realizados com tintas escuras, podem acabar atrapalhando a visualização de possíveis lesões na pele. "No caso do câncer de pele melanoma, justamente por sua pigmentação escura nas pintas e sinais, as tatuagens tendem a dificultar as análises durante os testes", explica a médica.

 

Estágios do melanoma 

Após o diagnóstico, é fundamental analisar qual a extensão da neoplasia. "O câncer de pele melanoma pode ser classificado em estágios (I a IV), sendo I o mais precoce e IV quando há acometimento de órgãos à distância, o que denominamos metástases. “A boa notícia é que para todos os estágios temos opções de tratamento", ressalta a Dra. Sheila Ferreira. 

De modo simplificado, nos estágios I e II, a espessura do tumor, o que chamamos de Breslow, é variável e, neste caso, não há acometimento de gânglios/ linfonodos, nem de outros órgãos. 

No estágio III, além da pele, as células do melanoma são encontradas nos gânglios, mas não em outros órgãos.
 

No estágio IV há acometimento de outros órgãos à distância (pulmão, fígado, cérebro). 

Para definição do tratamento, além do estadiamento, o oncologista deve avaliar também fatores como sintomas, estado geral do paciente, presença de outras doenças concomitantes, exames laboratoriais e localização do tumor, entre outros.

 

Tratamento

 Na grande maioria dos casos, a doença é diagnosticada em fases iniciais e, habitualmente, o único tratamento necessário é a cirurgia. 

Nos casos de doenças localmente avançadas, em que há comprometimento dos gânglios/linfonodos, pode ser necessário algum tipo de tratamento complementar, visando reduzir a chance de a doença retornar no futuro. 

Para os estágios mais avançados, a terapia alvo, ou imunoterapia são os tratamentos de escolha, pois vão atuar em todas as células, independentemente da localização. "Porém, vale lembrar que cada caso é um caso e, atualmente, temos diversas opções de tratamento. A avaliação cautelosa e individualizada feita pelo oncologista que acompanha o paciente é necessária para determinar a melhor terapia para cada pessoa", finaliza a oncologista da Oncoclínicas São Paulo.


Adolescentes com diabetes têm risco maior de desenvolver transtorno alimentar

Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda atenção a sinais de associação entre as duas condições, como variações súbitas de hipoglicemia e abandono, temporário ou não, do uso de insulina

 

No Brasil, cerca de 4,7% da população sofre de alguma forma de transtorno alimentar, e entre os adolescentes a taxa chega a 10%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para adolescentes do sexo feminino com diabetes, além disso, há de 2 a 3 vezes mais chance de desenvolver transtorno alimentar do que para as que não são portadoras – o mais frequente é a diabulimia: omissão (ocasional ou sistemática) da dose de insulina com o objetivo de perder peso.

Para despertar a conscientização sobre os tipos de transtornos alimentares, o Dia Mundial de Ação Contra os Transtornos Alimentares é celebrado em 2 de junho. Transtornos alimentares são condições tratáveis, mas que podem afetar qualquer pessoa. Nesse quesito, assemelha-se ao diabetes, que a comete qualquer pessoa, independentemente de idade, sexo, raça ou condição social.

Segundo a SBD, a associação entre as duas condições pode ser detectada por sinais como: hemoglobina glicada (média dos níveis de glicose no sangue nos três meses anteriores) em alta sustentada (acima de 9%, por exemplo); hipoglicemias que necessitem de cuidado imediato; preocupação constante com peso e imagem corporal; necessidade de mudança constante no plano alimentar; humor deprimido; e deixar de monitorar glicemias capilares e de aplicar insulina.

Segundo dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, de 2021, há cerca de 9% da população brasileira acima de 18 anos convivendo com o diabetes.

“Tanto os familiares como os profissionais de saúde que participam do tratamento, sobretudo de adolescentes e jovens com diabetes, devem ser capacitados para suspeitarem e diagnosticarem de forma precoce a presença de um transtorno alimentar”, explica Claudia Pieper, coordenadora do Departamento de Psiquiatria, Psicologia e Transtornos Alimentares da SBD.

Segundo artigo publicado no periódico especializado International Journal of Eating Disorders, a pandemia fez com que as internações por transtorno alimentar crescessem 48% no mundo. Os pesquisadores afirmam que também foi detectado um aumento nos sintomas de transtorno alimentar, como ansiedade, depressão e alterações no IMC (Índice de Massa Corporal).


Entenda o que é a Síndrome do Túnel do Carpo

Fisioterapeuta Walkyria Fernandes explica tratamento para patologia que afeta 8% da população mundial 

A Síndrome do Túnel do Carpo é uma neuropatia que ocorre pela compressão do nervo mediano do punho. A doença acomete, proporcionalmente, mais as mulheres do que homens, sendo mais comum em pessoas com mais de 50 anos. O túnel de carpo, onde acontece a doença, fica localizado entre o punho e as mãos, mas os incômodos, no entanto, podem se alastrar para os braços e até os ombros. Segundo a fisioterapeuta e Dra. Walkyria Fernandes, essa patologia pode aparecer por alguma disfunção musculoesquelética gerando desequilíbrio no corpo, mas existem alguns fatores de risco, como: diabetes, obesidade, artrite reumatoide, fraturas, gravidez, entre outras causas. 

“Os principais sintomas podem ser formigamento e dormência, em especial a noite, dor na mão, no punho e nos dedos. É importante destacar que a síndrome do túnel do carpo pode acometer qualquer pessoa, mas as mulheres são mais propensas a patologia. Outro ponto de atenção é que de acordo com a anatomia do nervo mediano, ele começa desde a cervical, portanto pode haver pontos de compressão, com alterações no pescoço, ombro, cotovelos, até chegar ao túnel do carpo”, explica a especialista. 

O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é realizado por meio de testes clínicos, no consultório de um ortopedista ou fisioterapia, e também através de exames de imagem, como ultrassonografia. Além disso, pode ser feita uma eletroneuromiografia, que irá avaliar se o nervo mediano tem alguma alteração. “Realizado o diagnóstico da síndrome, é necessário começar o tratamento da paciente de uma forma global, ou seja, cuidar de todos os pontos de compressão, que podem estar em toda a estrutura que compõem essa anatomia, da cervical até o túnel do carpo. Ou seja, não basta apenas tratar o local da dor. É necessário melhorar a mobilidade e fortalecer as estruturas do corpo da paciente, para tratar a patologia”, alerta a Dra. Walkyria Fernandes, fisioterapeuta clínica.  

Na ausência de qualquer tratamento, a síndrome do túnel do carpo pode evoluir progressivamente e culminar em uma lesão permanente do nervo mediano. Evidências científicas alertam que, o tratamento adequado interrompe esta evolução da patologia, e, na maioria dos casos, proporciona uma recuperação completa dos sintomas de compressão do nervo mediano no túnel do carpo. Em casos moderados ou severos, pode ser necessária a intervenção cirúrgica, que fará a liberação do nervo mediano do túnel do carpo. Essa cirurgia é feita por técnicas de endoscopia, que podem ser pouco invasivas ou abertas. 

A fisioterapeuta clínica Walkyria Fernandes ressalta ainda que é possível prevenir a síndrome do túnel do carpo, com um estilo saudável e a prática regular de exercícios físicos, que consequentemente pode evitar os fatores de risco como, por exemplo, a obesidade e o diabetes. Evitar trauma nas mãos e punhos também é importante. Também seria ideal evitar movimentos repetitivos com sobrecargas, que podem ser uma das causas da síndrome, mas ainda há evidências científicas contraditórias sobre esse tema.
 

 

Walkyria Fernandes - graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Paraná) há 18 anos. Tem especialização em ortopedia e traumatologia desportiva, pela Faculdade Evangélica do Paraná. Além disso, conta com uma especialização em osteopatia pela Escuela de Osteopatía de Madrid (EOM) e D.O. reconhecido pela Scientific European Federation of Osteopaths (SEFO). É mestre em Tecnologia em Saúde, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), e fez doutorado sanduíche -- parte na Uninove, em São Paulo e parte na Universidade de Sevilla, na Espanha. A fisioterapeuta clínica ainda é idealizadora do método “Raciocínio Clínico Avançado -- RCA 360”, curso on-line que já conta com mais de 5 mil alunos no Brasil e em nove países. Já foi proprietária de uma grande clínica de fisioterapia no estado do Mato Grosso, onde também atuou durante 7 anos como professora de anatomia, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMT), no curso de Medicina.


Anabolizantes aumentam risco de obesidade e outros problemas de saúde

 

Especialista faz alerta sobre o uso de tais substâncias e suas consequências em longo prazo para o organismo

De acordo com o Ministério da Saúde, a musculação é a segunda atividade física mais praticada no Brasil. Além de ser uma aliada para fortalecer a força e os músculos, um dos principais motivos desse sucesso está na busca pelos padrões estéticos mais comuns na sociedade. Se por um lado, o hábito realmente traz diversos benefícios, por outro existe uma crescente preocupação com as formas arriscadas de conquistar efeitos mais rápidos que o normal. Esse último quesito é um dos principais responsáveis pelo aumento do uso de anabolizantes.

Segundo um levantamento da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), em todo o Brasil, as pessoas estão aderindo cada vez mais ao uso dessas substâncias sem prescrição médica. Atualmente, um em cada 16 praticantes de musculação já utiliza esse tipo de produto. “É aí que mora o perigo. Os anabolizantes são feitos a partir de derivados de testosterona, um hormônio masculino também presente em menor quantidade na mulher. Para ambos os gêneros, esse hormônio em quantidade maior que o normal pode trazer diversas mudanças para o corpo. Em excesso, acaba aumentando o risco de diversas doenças", alerta André Moreira, especialista em endocrinologia e tratamento da obesidade.

O médico ainda destaca outra hipótese que pode causar risco em longo prazo. “Além do prejuízo durante a utilização, depois que o indivíduo interrompe o uso dos anabolizantes, ele pode sofrer com a dificuldade do organismo em produzir o hormônio de forma natural, ou seja, ele lidará com o efeito contrário, quando nem mesmo a quantidade ideal é produzida pelo corpo, causando uma série de efeitos ruins, como o ganho de peso excessivo, dificuldade de engravidar para a mulher, desenvolvimento de mamas no homem, diminuição da quantidade de espermatozoides, entre outros”, comenta.

Portanto, o especialista ressalta que o melhor método é jamais iniciar o uso de anabolizantes, mas, caso o paciente já tenha utilizado em algum momento, é recomendado buscar um especialista para recuperar a saúde e tratar a ação hormonal adequadamente.

 

Obesidade

André, que é especialista em tratamentos para a obesidade, conta que um dos efeitos mais comuns após parar o uso das substâncias é exatamente o ganho de peso. “No início, os pacientes possuem a falsa sensação de benefícios por conseguirem aumentar a massa magra e reduzir o percentual de gordura enquanto aumentam a ação muscular. No entanto, no momento em que param de tomar, o corpo sofre com o efeito rebote, ou seja, problemas que antes não existiam ou estavam controlados pelo organismo, começam a se desenvolver. Sem a produção adequada de hormônios associados aos demais prejuízos que os anabolizantes causam, o paciente pode perceber cada vez mais o aumento de gordura até atingir graus maiores de sobrepeso e, por fim, a obesidade”, frisa.

 

Fonte: André Moreira, formado em medicina desde 2008 pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG, pós graduado em endocrinologia e tratamento da obesidade. @drandre.moreira.


Osteopatia auxilia na prevenção das dores em idosos

A Osteopatia é um método de tratamento alternativo que busca tratar, restabelecer e prevenir, sem a utilização de remédios ou intervenção cirúrgica, dores de coluna, lombares, hérnias de disco, entre outros transtornos e traumas musculoesqueléticos. 

Com aplicações de técnicas de nos músculos, nervos e articulações, o profissional proporciona ao paciente alívio de dores, melhora da mobilidade, maior equilíbrio do corpo e melhora das tensões musculares. 

Na população idosa em específico, é normal o aumento de dores e perda da mobilidade, bem como o maior desgaste da coluna, músculos, cartilagens, articulações, oriundos das mudanças naturais do nosso corpo ao longo do nosso progressivo envelhecimento, fadiga muscular e má postura rotineira. 

As práticas e métodos utilizados para eficiência no tratamento e bem-estar da população idosa, dependerão imprescindivelmente de avaliação minuciosa do profissional Osteopata com conhecimento de histórico clínico do paciente, tipo de alimentação realizada, existência de doenças crônicas, atividades físicas que realiza etc. 

As precauções com os potenciais problemas que podem ser desencadeados pela nossa falta de cuidado com o nosso corpo é imprescindível, ainda mais após os 60 anos, quando se aumenta exponencialmente as limitações do nosso organismo. 

Entre os principais benefícios desse método terapêutico, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um importante aliado na prevenção e promoção à saúde, destaca-se o restabelecimento e conforto nas tensões musculares e alivio de dores em regiões como pescoço, ombro, costas e lombar, possibilitando uma melhora significativa nas movimentações do local afetado e circulação sanguínea. 

Além disso, a osteopatia beneficia nos tratamentos de redução de espasmos musculares, distúrbios ocorridos no nervo espinhal, e da hérnia de disco. Todos problemas que são comuns na população idosa e que merecem especial atenção, pensando na adoção de práticas que favoreçam o bem-estar e promoção da qualidade de vida. 

Consequentemente, propicia-se uma rotina de vida normal do paciente, longe de qualquer limitação física ou dependência constante de acompanhamento.

  

Luis Henrique Zafalon - fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante


Novos tratamentos do câncer de mama evitam queda de cabelo, explica oncologista

O médico Ramon de Mello afirma que a imunoterapia e terapia-alvo também podem ser adotadas

 

Uma das grandes preocupações do público feminino durante o combate ao câncer de mama é a possiblidade de queda de cabelo. “Mas nem todos os tratamentos trazem essa possibilidade, que está relacionada à quimioterapia. Hoje, dependendo do tumor, o especialista pode indicar outros medicamentos, que evitam a queda de pelos do corpo”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal. 

O câncer de mama desponta com o maior número de casos e responde por quase 30% dos diagnósticos de câncer entre as mulheres, não considerando o câncer de pele não melanoma, segundo projeções do INCA (Instituto Nacional de Câncer). “Hoje, a terapia-alvo e a imunoterapia, por exemplo, apresentam toxicidade e efeitos colaterais diferentes. O avanço da medicina trouxe esses tratamentos com remédios que inibem a multiplicação das células cancerígenas, agindo diretamente nos seus receptores. Os novos medicamentos trabalham ainda para ativar o sistema imunológico, contribuindo para que o corpo humano combata o tumor”, explica o oncologista. 

Porém, o especialista é o responsável pelo diagnóstico e o tratamento mais adequado. Após essa avaliação, o médico pode substituir os tratamentos tradicionais de quimioterapia, que não conseguem atuar de forma tão específica nas células. Inclusive, essa opção acaba afetando as células saudáveis. 

Ramon de Mello destaca que os novos tratamentos para o câncer de mama vêm sendo utilizado em várias partes do mundo, com resultados positivos: “Uma outra vantagem é a garantia de uma melhor qualidade de vida dos pacientes, reduzindo os impactos negativos de uma quimioterapia”. 

“A imunoterapia e as terapias-alvos também são indicadas para pacientes com o tumor em fases mais avançadas. Depende da avaliação do médico. Existe, inclusive, a opção de fazer a cirurgia e adotar a imunoterapia ou terapia-alvo em seguida”, conclui o oncologista.

 

Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.

 https://ramondemello.com.br/ 


Tabagismo volta a preocupar com número de óbitos e alerta para o crescente consumo de cigarros eletrônicos

Uma das causas decorrentes do tabagismo e da exposição ao fumo passivo é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), quinta causa de morte no Brasil

 

O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano. Mais de sete milhões dessas mortes são do uso direto e cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo. A OMS afirma ainda que cerca de 80% dos mais de um bilhão de fumantes do mundo vivem em países de baixa e média renda onde o peso das doenças e mortes relacionadas ao tabaco é maior.       

No Brasil, 443 pessoas morrem a cada dia por causa do tabagismo, segundo dados do Instituto de efetividade clínica e sanitária (2020) e cerca de R$ 125 bilhões são os danos produzidos pelo cigarro no sistema de saúde e na economia. Quanto às mortes anuais atribuíveis ao tabagismo, 37.686 correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), 33.179 às doenças cardíacas, 25.683 a outros cânceres, 24.443 ao câncer de pulmão, 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas, 12.201 à pneumonia10.041 ao acidente vascular cerebral (AVC)

 “A DPOC é uma condição caracterizada pela limitação da passagem do ar pelos pulmões. Essa limitação do fluxo aéreo é irreversível e, em sua maioria, está associada a resposta inflamatória anormal dos pulmões devido à inalação de partículas nocivas, principalmente do tabaco, pois a fumaça e outras substâncias presentes no cigarro provocam, aos poucos, a destruição do tecido que forma as vias respiratórias. É a quinta causa de morte entre todas as idades e, nas últimas décadas, foi a quinta maior causa de internação no Sistema Único de Saúde (SUS) entre pacientes com mais de 40 anos, correspondendo a cerca de 200.000 hospitalizações e gasto anual aproximado de 72 milhões de reais”, evidencia o médico pneumologista credenciado da Omint Saúde, Ricardo Henrique Teixeira. 

Não se engane, cigarro eletrônico é tão vilão ou mais que o cigarro tradicional 

Os cigarros eletrônicos, proibidos no Brasil desde 2009, voltaram a circular, principalmente entre o público jovem. Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), 650 mil pessoas estão fumando com esse dispositivo. O médico cardiologista credenciado da Omint Saúde, Carlos Alberto Pastore, explica que esses dispositivos eletrônicos possuem uma concentração maior de nicotina, o que leva a uma maior dependência. Além disso, o vapor quente inalado prejudica as vias aéreas e as substâncias presentes para imitar sabores e odores também são tóxicas ao organismo. “Através de partículas ultrafinas que conseguem ultrapassar a barreira dos alvéolos do pulmão e acabam caindo na corrente sanguínea, são causadas inflamações que ao atingir os vasos, resultam em eventos cardiovasculares agudos como infarto e AVC. Diferentemente do cigarro convencional, que demora às vezes mais de 20 anos para manifestar um câncer ou algumas doenças relacionadas, o cigarro eletrônico chega de forma mais agressiva, de acordo com estudos recentes”, alerta Pastore. 

 

Prevenção e tratamento 

“No caso da DPOC existem tanto medicações de uso contínuo destinadas à prevenção das crises como aquelas que agem se o fôlego faltar. Mas, o que vale para todas as doenças respiratórias é manter a ingestão de líquidos, boa alimentação com frutas e legumes, agasalhar-se conforme a temperatura; evitar lugares fechados com aglomerações e sem ventilação; evitar o tabagismo, inclusive o passivo; lavar bem as mãos, principalmente ao tossir e espirrar; manter o uso de máscara em lugares abertos ou fechados se apresentar algum sintoma de infecção; nunca se automedicar; manter o calendário de vacinação atualizado; e o acompanhamento médico”, esclarece Teixeira. 

Para o tabagismo existem vários programas disponíveis pelo SUS, além do tratamento com medicamentos. Os especialistas apontam que o paciente fumante, ativo ou passivo, deve procurar orientação médica ao sentir qualquer desconforto, para que possa receber o tratamento mais adequado para o seu caso e melhorar sua qualidade de vida.

  

Omint

https://www.omint.com.br/blog/tabagismo/

 

Referências:

1.    https://www.inca.gov.br/tabagismo
  1. https://amb.org.br/noticias/posicionamento-sobre-os-dispositivos-eletronicos-para-fumar-defs/
3.    https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/fatos-r%C3%A1pidos-dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-cr%C3%B4nica-dpoc?query=DPOC
4.    https://www.who.int/gard/publications/The_Global_Impact_of_Respiratory_Disease_POR.pdf

 

Dia da Ecologia e Meio Ambiente: comemorar ou conscientizar?


Derivada das palavras gregas oikos, que significa casa, e logos, que significa estudo, a ecologia pode ser entendida como o estudo da casa. Mas qual casa? A casa onde moramos, é claro. Especificamente, o planeta Terra, a casa de todos nós.  

A palavra “ecologia”, na pronúncia de leigos modistas, pode ser entendida como um termo do momento para se referir a algo atual e bem-visto, por exemplo, “este é um produto ecológico”, ou uma expressão um pouco mais esquisita: “isto está de acordo com a ecologia”. 

Não distante, o tema “Meio Ambiente”, quando lembrado por algumas pessoas, imediatamente é associado a uma arara azul, à Amazônia ou algum dos polos, sul ou norte. Porém, em ambas, descrevemos onde estamos, ou seja, o estudo dos lugares que frequentamos, seja dentro de um prédio, na rua ou numa floresta. 

Termos um dia para comemorar a ecologia e o meio ambiente é importante, mas o tempo de celebrarmos tais datas, na realidade, são todos os dias, pois nenhuma pessoa que mora neste planeta, exceto algum astronauta em viagem, deixa de estar no seu Meio Ambiente, que é o lugar onde moramos, trabalhamos, passeamos, em resumo, onde vivemos. 

Então, a importância da palavra “Ecologia” e de sua ciência são cruciais, pois buscam compreender onde estamos e as nossas interações enquanto seres humanos e outros seres vivos (animais ou vegetais) com os locais em que estamos inseridos. 

O problema ambiental que temos vivido mais intensamente é fruto de não termos dado a atenção devida à ecologia, que indicava, há muito tempo, a tendência de que tudo o que está acontecendo agora não está tão ao nosso controle como se previa.  

Gostaria de lembrar que nosso meio ambiente é um sistema fechado, ou seja, “daqui não sai nada”. Exemplo, o infeliz comentário “a água vai acabar um dia”. É uma expressão que nos leva ao engano, pois não tem como a água sair do planeta. O que estamos fazendo é sujando-a. Com isso, teremos de procurá-la cada vez mais longe, ou pior, limpá-la para podermos fazer seu reuso. Isso quando possível, uma vez que existem resíduos que nem a tecnologia mais avançada conseguiria eliminar. 

Lamento não citar com ênfase que estamos comemorando o Dia da Ecologia e do Meio ambiente. Como tentei mostrar, a palavra “ecologia” está distorcida de seu real sentido. Já o meio ambiente parece que só é longe de onde moramos, nunca na frente da nossa casa, dentro dela, ou logo abaixo de nossos pés. 

Precisamos dar o devido valor à ecologia para podermos usufruir do meio ambiente da maneira como cita o artigo 225 da nossa Carta Magna, considerando que tais cuidados são obrigação tanto do governo como da sociedade. Portanto, cuidemos de nossa casa maior.

 

Rogério Ap. Machado - docente de Química e Meio Ambiente na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e doutorando em Saúde Pública pela USP.


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