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terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Fortes chuvas requer cuidados com os pets

Médica veterinária da DogHero traz dicas para manter o bem-estar de pets e tutores 

 

No período que ocorrem fortes pancadas de chuva em várias regiões do país, um dos alertas é para o bem-estar dos pets. Tempestades e alagamentos podem ocorrer de repente e todos precisam de cuidados, inclusive os animais de estimação. 

As fortes chuvas vêm acompanhadas de raios, rajadas de vento, trovões, vendavais, granizo, enchentes e inundações, por isso toda atenção é válida quando se fala em proteger os pets e seus tutores. Um dos riscos é a exposição a microrganismos e bactérias, pois os cães podem contrair leptospirose, parasitas, intoxicações (se houver resquícios de gasolina ou pesticidas na água) e problemas de pele. Já os gatos ainda podem sofrer com a panleucopenia felina. 

“Além dos problemas conhecidos, a água da chuva pode ser uma vilã para as articulações do pet. O problema ocorre principalmente em pets mais idosos, pois a soma do corpo molhado mais as baixas temperaturas potencializam as dores nos animais de estimação”, explica a médica veterinária, Thaís Matos, da DogHero, maior empresa de serviços para pet da América Latina. 

E esses são apenas alguns exemplos dos perigos que as chuvas e inundações oferecem ao seu pet, que pode ser arrastado pela correnteza ou se machucar durante a situação de emergência. Para ajudar os tutores nessas situações desafiadoras, Thais Matos preparou três dicas que merecem atenção.

 

O perigo da água parada

Em situações extremas de enchentes e inundações, os animais não devem ter contato e nem beber água parada. Caso se molhem, é importante mantê-los secos e com as medidas profiláticas em dia. Certifique-se que a vacinação do seu pet esteja em dia e caso ele apresente febre, vômito, urina escura ou apatia procure ajuda do médico veterinário.

 

Passeios em dias chuvosos

Capas de chuva protegem os pets durante os passeios.
Caso esteja chovendo, a recomendação é esperar a chuva passar e só depois sair com o pet. Ainda assim, durante os passeios, que são indispensáveis, principalmente no verão, o tutor e o pet podem ser pegos desprevenidos pela chuva. Uma das sugestões é utilizar uma capa de chuva própria para cãezinhos, que o tutor pode encontrar em lojas especializadas para animais de estimação. Apesar do acessório proteger o corpo do pet, as patas continuam expostas, então, ao voltar para casa higienize-as e seque-as completamente, para evitar frieiras e outras doenças. Se o tempo piorar, o ideal é se abrigar em um local seguro e esperar a chuva passar.


Prepare um kit de emergência para o pet

Ao saírem de casa com o seu animal de estimação, os pais e mães de pets precisam estar preparados para os piores cenários possíveis. Caso não consigam retornar para casa, por causa da forte chuva, ter um kit de emergência é essencial. Separe a alimentação do pet (quantidade suficiente para um período de longas horas fora de casa). Caso o pet faça uso de medicações, leve-as sempre, além da água potável (importante mantê-lo hidratado enquanto estiver fora de casa). Outros itens que podem conter no kit emergencial do pet são: brinquedos (para distrair e manter a calma diante de trovões), coleira e guia (para não deixar ele escapar, pois pode se perder ou se ferir), comedor pequeno (para alimentar seu pet adequadamente), toalha e itens de higiene (para limpar as patas e secar seu pet, caso ele se molhe neste período).

 

Amenize o medo da chuva

Chuvas fortes e tempestades causam medo aos pets, os sinais de que seu animal de estimação está totalmente desconfortável com a situação são: respiração ofegante, coração acelerado, nariz quente, pupilas dilatadas, salivação excessiva, rabo entre as pernas e orelhas e cabeça baixa. Portanto, ao perceber que vai chover, o tutor pode tomar algumas medidas para amenizar a apreensão do pet, como: deixar a caminha ou casinha em um local abrigado, deixar os brinquedos à disposição (assim ele pode se distrair e prestar menos atenção na chuva) e passar muita segurança ao pet, dando carinho e falando com tom de voz de baixo. Caso o pet se esconda, tirá-lo do local não é uma boa opção, afinal é onde ele está se sentindo seguro no momento.


Cinco cuidados com os pets no verão

É importante sempre deixar disponível água fresca e gelada para os pets
Créditos: Envato


As altas temperaturas do verão podem ser bastante incômodas para os animais domésticos, visto que, diferente dos humanos, cães e gatos não possuem muitas glândulas sudoríparas. A maioria delas estão situadas nos coxins, as “almofadas” das patas, o que acaba dificultando a termorregulação dos animais, que é o controle da temperatura corporal.

Por conta disso, os pets necessitam de inúmeros cuidados especiais para que não sofram com o calor. A coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Positivo (UP), Thais Costa Casagrande, destaca cinco cuidados importantíssimos com os pets durante a estação mais quente do ano.


  • Temperatura do ambiente

A coordenadora explica que a temperatura do ambiente em que o pet está é essencial para ajudá-lo no controle do calor no seu corpo. “Quando o animal se encontra em um ambiente quente, sua temperatura corporal aumenta e dificulta a termorregulação, por isso precisa estar em ambientes mais frescos para que não haja sofrimento”, aponta. Segundo Thais, mesmo a temperatura corporal dos animais domésticos sendo ligeiramente mais alta que a nossa, o ambiente ideal para eles gira em torno dos 20 a 25 graus Celsius.


  • Horário e local dos passeios

Segundo Thais, deve-se evitar os passeios com os pets em dias quentes entre 10h e 15h, bem como evitar andar por locais pavimentados. “A questão é que os cães respiram mais perto do asfalto e calçamentos e, com eles quentes, pode provocar o aumento da temperatura corporal. O ideal é realizar os passeios no início da manhã ou no final da tarde, o que também é importante para evitar o risco de câncer de pele nos animais. Caso seja necessário o passeio nesses horários de altas temperaturas, deve-se priorizar espaços com grama para evitar queimadura nas patas”, alerta.


  • Hidratação

Assim como os humanos, os pets precisam estar sempre bem hidratados, especialmente no calor. “É importante sempre deixar disponível água fresca e gelada para os animais, colocando potes em vários pontos do local e trocando-a com frequência, pois eles perdem muita água quando estão com a temperatura corporal alta”, aconselha.


  • Segurança nas viagens

Thais aponta que, para que não fiquem estressados durante uma viagem, os animais devem ser transportados com segurança e conforto. “Os pets têm que ser levados na caixa de transporte ou usar o cinto de segurança próprio para eles. Em hipótese alguma devem ir soltos no carro. Também precisam estar com todas as vacinas e os vermífugos em dia, pois estão indo para um lugar desconhecido. Além disso, é indicado que tenham uma alimentação leve para que não passem mal dentro do carro e, assim como nós, eles também precisam de pausas para ir ao banheiro e ‘esticar as pernas’ durante a viagem”, justifica. A especialista também ressalta a importância de agendar uma consulta com um médico veterinário para garantir a segurança dos pets em alguns pontos críticos. “Para animais mais agitados, é importante que sejam prescritos medicamentos corretos para acalmá-los durante o transporte. Ademais, dependendo do destino da viagem, existem algumas exigências relacionadas às guias de transporte animal, e há também a preocupação em, por exemplo, tomar a vacina específica antes de ir a uma região endêmica de leishmaniose, ou tomar os remédios para os vermes do coração antes de ir à praia”, aponta.


  • Fique atento aos sinais

Quando os pets estão sofrendo com o calor, eles dão alguns sinais que devem ser percebidos por seus tutores, conforme aponta a veterinária. “O animal que está com muito calor fica bastante inquieto, pois sempre está procurando um ambiente mais fresco. Além disso, quando deitam com a barriga inteira no chão ou de lado em um piso mais gelado, é porque estão tentando se refrescar. Outro sinal é que a sua frequência respiratória aumenta bastante, assim como a salivação. Se as mucosas orais do pet estão com cor de tijolo, muito avermelhadas, também é um sinal de alta temperatura corporal”, salienta.

A especialista elenca outras dicas importantes sobre a termorregulação dos animais. Os cães de pêlo mais longo devem ser tosados no verão para ajudá-los no controle da temperatura corporal, e os tutores de cães braquicefálicos – de focinho encurtado – devem ficar ainda mais atentos a todos os cuidados mencionados, pois eles têm ainda mais dificuldade para realizar a termorregulação.

 

 

Universidade Positivo

up.edu.br/

 

 

Janeiro branco: saiba como prevenir que a saúde mental do seu pet seja afetada

Problemas de comportamento, ansiedade, fobias e depressão são problemas que podem acometer os pets com certa frequência, especialmente aqueles que não contam com atividades físicas e mentais de forma adequada. 

Durante o primeiro mês do ano, acontece o Janeiro Branco, data voltada ao bem-estar e saúde mental de humanos e animais. A rotina do tutor pode influenciar muito na qualidade de vida do pet, como aponta um estudo realizado pela Universidade Federal Fluminense. 

A pesquisa revelou que 55% dos cães de apartamento sofrem com a Síndrome de Ansiedade de Separação, um dos problemas psicológicos que mais acometem os pets e que pode ser agravada com a volta gradual ao trabalho, com o avanço da terceira dose da vacinação contra a Covid-19. 

De acordo com a pesquisa, 53% dos cães latem excessivamente, 46% possuem comportamentos destrutivos e 34% apresentam quadros depressivos. Pensando nisso, a Petlove elencou dicas de cuidados e alertas para a garantia do bem-estar animal. Confira:
 

Fique atento aos sinais!

Cansaço, apatia, falta de apetite, lambedura, latidos e miados em excesso podem indicar que algo não vai bem. Se o pet destrói objetos da casa, arranha as paredes, late sem parar ou faz xixi ou cocô onde não deve enquanto você está fora de casa, pode ser que ele sofra de ansiedade de separação, que acontece quando o cachorro não sabe lidar com a ausência dos humanos e com a falta de atividades e interação ao longo do dia.

Situações traumáticas, mudanças de ambiente e incertezas em sua rotina também podem afetar a saúde mental do pet. Por isso, é essencial que os tutores tomem decisões que pensem no animal e, idealmente, procurem a expertise de um médico-veterinário comportamentalista durante os períodos de transição.
 

Dicas de cuidado

No caso da ansiedade, existem algumas formas de fazer com que o animal não se sinta ansioso. É importante, por exemplo, ao adotar um pet, pensar na sua disponibilidade de atenção a ele, evitando deixá-lo muito tempo sozinho.

Outro fator, é que o filhote fique o suficiente com sua mãe e ninhada. A separação precoce pode gerar problemas futuros de ansiedade.

É essencial que o pet tenha uma rotina de atividade física, com passeios e brincadeiras diárias. O enriquecimento ambiental também permite que o pet se sinta mais confortável, com locais aconchegantes e brinquedos que prendam a atenção

No caso da mudança de rotina, é preciso fazer com que o pet se acostume com a ausência dos humanos, oferecendo diversas atividades para ele se ocupe neste período. Outra questão importante, é que deve-se evitar fazer muita festa quando chegar em casa, pois o animal pode associar a chegada com um momento que ele deva esperar, gerando ansiedade. Dizer tchau e parecer triste no momento de ir, também favorecem a ansiedade. Deve-se tratar chegadas e partidas como algo comum na vida do animal.

 

Petlove


Animais de estimação exigem cuidados especiais durante o verão

Especialista dá dicas para a hora do banho e do passeio com os pets, e chama atenção para raças que possuem necessidades específicas

 

Com a chegada do verão, muitas pessoas redobram os cuidados com a saúde e o bem-estar. No entanto, a mudança de temperatura esperada para a estação não afeta somente os humanos. Especialistas alertam que os animais domésticos, como cães e gatos, também exigem cuidados especiais durante esse período. Para manter a qualidade de vida dos pets, é preciso fazer adaptações em hábitos como banho e passeio ao ar livre. 

Segundo o veterinário e professor do Centro Universitário Newton Paiva, Leonardo de Rago, o banho é um dos momentos que mais geram dúvidas nos donos. Ele recomenda um a cada quinze dias, utilizando um shampoo adequado que ofereça limpeza e hidratação dos pelos. Sobre o consumo de água, ele explica que deve ser abundante, e se o pet reduzir a ingestão apesar do clima quente, é preciso procurar atendimento veterinário. 

Além disso, também é importante atentar para os horários de passeio. Segundo Leonardo, deve-se evitar os horários entre 10h e 17h, pois o asfalto alcança temperaturas que podem chegar aos 53º. “Passear com animais nas horas mais quentes do dia, principalmente em momento do ano de alta temperatura, expõe o animal a queimaduras nos coxins. Essas lesões são bem dolorosas necessitando de acompanhamento veterinário para o devido tratamento, pois muitas vezes o animal com dor não ingere água adequadamente nem se alimenta, o que pode agravar o quadro”.

 

Atenção redobrada 

Leonardo destaca ainda para a existência de riscos específicos para certas espécies, como é o caso de cães braquicefálicos (bulldog, PUG, dentre outros). “Nessa classe é muito comum que os cães apresentem angústia respiratória, ou seja, dificuldade durante o processo de passagem do ar até os pulmões. Em situação de exercício físico e calor intenso, esses animais agravam esse quadro de dificuldade e alguns podem chegar a apresentar síncope (desmaios) por baixa oxigenação tecidual”, explica Leonardo. 

O professor também chama atenção para animais pertencentes a raças originadas em países de zona temperada ou clima frio, como Shit-zu, Maltês, Yorkshire, entre outros. São espécies que sentem mais os efeitos da temperatura elevada com alta umidade. Segundo Leonardo, atitudes simples como fornecer água com uma pedrinha de gelo, por exemplo, podem aliviar muito tais efeitos térmicos.


Pets resgatados precisam de cuidados especiais, inclusive com a alimentação

Shutterstock/Divulgação PremieRpet®
Encher a vasilha com alimento logo de imediato não é recomendável. Confira dicas!


Resgatar um cão ou gato possibilita oferecer cuidados que ele talvez nunca tenha recebido até então, como abrigo, alimentação adequada, acompanhamento veterinário e, principalmente, muito carinho e amor. 

Mas essa iniciativa exige muita responsabilidade, paciência e dedicação. “O primeiro passo é levar seu novo amigo a um médico-veterinário para verificar seu estado de saúde e realizar todos os exames necessários”, afirma Flavio Silva, médico-veterinário, mestre em nutrição de cães e gatos e supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet®

É importante também providenciar o alimento que será oferecido ao pet. “Uma alimentação completa e balanceada faz toda a diferença na vida dos cães e gatos resgatados. A boa nutrição proporciona saúde e bem-estar para que os pets tenham uma vida mais longa e prazerosa junto aos seus tutores”, garante Flavio. 


O especialista dá dicas sobre os cuidados na alimentação de animais resgatados:

· É importante contar com a orientação de um médico-veterinário para indicar a alimentação mais adequada para a faixa etária, o porte, o nível de atividade física, bem como as condições fisiológicas e corporais de cada pet.

· Quando um cão ou gato é recolhido das ruas, o primeiro pensamento pode ser encher o comedouro para saciar sua fome. Mas, atenção: essa não é a prática mais recomendada, já que o animal muitas vezes não está acostumado a receber um grande volume de alimento de uma única vez. O ideal é oferecer alimento e água em pequenas porções ao longo do dia.

Shutterstock/Divulgação PremieRpet®

· Se o animal estiver abaixo do peso, a nutrição adequada promoverá aos poucos ganho de peso e massa muscular, deixando-o cada vez mais ativo e saudável. Importante: não dê suplementos vitamínicos, minerais ou energéticos sem orientação do veterinário.

· Não alimente o pet com refeições para humanos. As necessidades alimentares de cães e gatos são diferentes das pessoas e eles precisam de alimento específico para suprir sua demanda de vitaminas, gorduras, carboidratos, proteínas e fibras. Além disso, muitos dos ingredientes utilizados para humanos podem ser tóxicos ao animal, como o alho e a cebola.

Flavio Silva reforça que os alimentos de alta qualidade, e nas quantidades certas, proporcionam a cães e gatos uma boa nutrição ao longo de toda a vida. “Tutores que têm o cuidado de oferecer alimentos completos e balanceados para seus pets, como os das categorias super premium, sem dúvida estão garantindo a eles uma vida mais saudável e feliz”, finaliza.

 


PremieRpet®

www.premierpet.com.br

PremieRpet® Responde: 0800 055 6666 (de segunda a sexta, das 8h30 às 17h30).


Maus-tratos contra animais crescem 15,6% durante a pandemia

Em SP, lei determina que condomínios denunciem problema; Graiche explica como proceder

 

Casos de maus tratos contra animais cresceram durante a pandemia. Dados mais recentes da Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (Depa) da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, mostram que, de janeiro a novembro de 2021, foram registradas 16.042 denúncias de crimes contra cães, gatos e outras espécies de estimação. No mesmo período de 2020, foram 13.887, um aumento de 15,60%.

 

Em 17 de dezembro, foi publicada no Diário Oficial de São Paulo lei que obriga condomínios residenciais ou comerciais em todo o estado a denunciar maus-tratos contra animais. A partir da data da publicação, o Executivo de São Paulo tem o prazo de 30 dias para regulamentar a legislação.

 

De acordo com o texto, quando a ocorrência estiver em andamento, síndicos ou administradores devem realizar a denúncia de imediato aos órgãos de segurança pública, por meio de ligação (190) ou aplicativo.

 

Quando a violência já ocorreu, o registro deve ser feito em até 24 horas após a ciência do

fato pelo síndico, por meio eletrônico, como o portal da DEPA (http://www.ssp.sp.gov.br/depa), ou em qualquer Delegacia da Polícia Civil.

 

“A denúncia deve ter a maior quantidade de informações possível, como identificação, contato e endereço dos tutores, raça e características do animal e detalhes das provas ou indícios dos maus-tratos”, explica Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche, empresa que administra quase 800 condomínios, com mais de 90 mil unidades de apartamentos.

 

Ainda de acordo com a lei, cartazes e placas com a divulgação da lei devem ser fixados nas áreas comuns, incentivando os condôminos a notificarem à administração quando suspeitarem de algo.

 

Os trechos que previam multas em caso de descumprimento da lei e o que indicava a fiscalização pela administração pública foram vetados.


 

O que pode ser considerado maus-tratos


Segundo o artigo 32 da lei 98/9.605 (alterado pela Lei 14.064 de 29 de setembro de 2020), ao praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, a pena é detenção de três meses a um ano, e multa. O mesmo ocorre para quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

 

Quando se tratar de cão ou gato, a pena será de reclusão, de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. 

Luciana pontua que sair para trabalhar e deixar os animais dentro de casa e sozinhos, não é considerado maus-tratos. “Isso é algo que acontece com a maioria da população economicamente ativa. Maus-tratos é qualquer ato de violência e de negligência que provoque dores e/ou sofrimento aos animais, a privação de direitos que prejudiquem a integridade física e mental, como falta de comida, água, falta de higienização e sem abrigo do sol e chuva”, fala a vice-presidente do Grupo Graiche. “Deixar o animal por dias a fio, como em viagens do tutor, sozinho sem água e comida é classificado como maus-tratos, principalmente se o bichinho ficar com o espaço limitado apenas na varanda”, completa.

 


Grupo Graiche


Esporte para crianças: educador físico explica os benefícios da prática

Crianças e adolescentes que não praticam nenhum tipo de atividade física podem virar adultos com diversos tipos de problemas de saúde

 

A prática esportiva traz inúmeros benefícios, inclusive para as crianças, é o que aponta pesquisa da Universidade de Montreal publicada no Journal of Developmental & Behavioral Pediatric. O estudo concluiu que o esporte reduz o risco de depressão na infância, além de combater o sedentarismo. O educador Ivan Westin, professor do curso de educação física da Faculdade Pitágoras, afirma que é preciso ficar atento aos sinais de sedentarismo ainda na infância. “O sedentarismo não é considerado uma doença, mas ele traz várias enfermidades como a hipertensão arterial, diabetes, ansiedade, aumento do colesterol, infarto e muitos outros riscos. E todas essas doenças podem aparecer ainda na infância. Se a criança for sedentária e continuar até a fase da adolescência, com certeza ela terá riscos ainda maiores. O esporte é fundamental para crianças”. 

Com a pandemia, o consumo de jogos eletrônicos aumentou 75% no Brasil e a população gamer com menos de 18 anos cresceu 10%, conforme a pesquisa Game Brasil 2021. O educador físico defende que os pais devem incentivar que as crianças se movimentem e não fiquem pressas nas atividades eletrônicas. Pular, correr e dançar são algumas das atividades sugeridas pelo especialista. “É fundamental que os pais tenham iniciativa para mostrar para as crianças esse lado da infância, o lado do movimento, do esporte, da prática, do saber ganhar e perder. Movimento em geral, não somente o esporte, mas também brincadeiras, jogos, tudo que traz movimento é muito bem-vindo nessa faixa etária. Além de fortalecer a parte muscular e óssea, o movimento ajuda na secreção de vários hormônios ligados ao prazer e bem-estar, proporcionando qualidade de vida”. 

O professor Ivan Westin destaca que a falta de movimento pode gerar danos para a saúde das crianças e adolescentes. “Com o tempo, a falta de movimento traz malefício e ele pode ser muito grave. Também não podemos esquecer da questão psicológica da criança que está envolvida somente com jogos eletrônicos e não tem uma vida social bem desenvolvida”, diz o docente. O último senso do Ministério da Saúde aponta que no Brasil 6,4 milhões de crianças, entre 3 e 12 anos, estão com sobrepeso e 3,1 milhão já estão com quadro de obesidade 

A seguir, o professor lista alguns benefícios das atividades físicas para crianças e adolescentes: 

  • Combate a obesidade;
  • Auxilia no desenvolvimento da coordenação motora;
  • Estimula a convivência em grupos;
  • Ensina a respeitar regras;
  • Melhora o desenvolvimento cognitivo;
  • Ensina a lidar com frustrações: o ganhar e o perder;
  • Diminui os riscos de depressão e outras doenças mentais;
  • Ganho de força e melhora muscular.

 

Faculdade Pitágoras

https://www.pitagoras.com.br/

 

Kroton

https://www.kroton.com.br/


É importante combater o preconceito contra as pessoas com vitiligo, ressalta Sociedade Brasileira de Dermatologia

 

Pessoas que apresentam vitiligo não possuem limitações físicas ou cognitivas, não transmitem sua condição pelo contato social e estão aptas ao trabalho e ao desenvolvimento de relação afetivas e humanas em qualquer contexto. Essa é a avaliação de médicos que integram a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Por meio deles, a entidade reitera essa percepção no momento em que uma das participantes do Big Brother Brasil (BBB) tem essa condição exposta em nível nacional. 

“A forma como a candidata Natália Deodato se relaciona com o vitiligo é um exemplo de como pessoas com esta condição devem preservar sua autoestima em alta e buscarem ocupar espaços no convívio social. Um portador de vitiligo não deve ser excluído ou alvo de estigmas. Ele merece respeito, como qualquer outro individuo, e estímulos para desenvolver seu potencial”, ressalta o presidente da SBD, Mauro Enokihara. 

O vitiligo tem como principal característica manchas que se espalham pela pele em decorrência de despigmentação provocada pela falta ou diminuição da melanina. No entanto, as marcas da doença não se limitam ao corpo. O estigma e o preconceito têm feito com que pessoas nessa condição fiquem vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos psicológicos e busquem o isolamento. 

Apesar de alterações na aparência, geralmente, o vitiligo não traz comprometimentos graves à saúde de quem o desenvolve. Por isso, falar dessa condição requer um empenho especialmente dedicado ao combate do preconceito e à discriminação contra essas pessoas. “Estamos diante de uma oportunidade. Nos últimos dias, a busca pelo termo ‘vitiligo’ na internet foi impulsionada em decorrência da confirmação de uma das candidatas ao prêmio do BBB com essa característica. É um espaço privilegiado para reforçar a luta em defesa de pessoas que, como ela, devem ser respeitadas em sua diversidade”, afirma Beni Grinblat, 2º secretário da SBD.

 

Manchas - O vitiligo é uma manifestação não contagiosa, autoimune e multifatorial. Seu surgimento pode estar relacionado à predisposição genética. Fatores externos podem contribuir para o aparecimento ou agravamento das manchas que decorrem da perda gradativa da pigmentação devido à formação de linfócitos T que destroem os melanócitos, responsáveis pela produção de melanina. 

Existem cinco formas de manifestação do vitiligo: focal (manchas pequenas em uma área específica do corpo); mucosal (manchas somente nas mucosas, como lábios e região genital); segmentar (manchas distribuídas unilateralmente, apenas em uma parte do corpo); acrofacial (manchas nos dedos e em volta da boca, dos olhos, do ânus e genitais); comum (manchas no tórax, abdome, pernas, nádegas, braços, pescoço, axilas e demais áreas acrofaciais); e universal (manchas espalhadas por quase todas as regiões do corpo). 

Para esclarecer dúvidas sobre o assunto e ajudar no combate ao preconceito causado pela desinformação, Caio Castro, dermatologista especialista da SBD, apresenta, a seguir, respostas a dúvidas relacionadas a essa condição. Confira e compartilhe.

 

O que causa o vitiligo?

Vitiligo é uma doença autoimune de origem genética em que os melanócitos são alvos dos linfócitos T que estão em situação desregulada. Eles acham que os melanócitos são substâncias estranhas e os atacam. Provavelmente, esses melanócitos apresentam alguma substância que o linfócito T reconhece como corpo estranho, destruindo a fonte de produção da melanina, que é o que dá cor à pele.

 

Quais as limitações de alguém que vive nessa condição?

Não limitações que os impeçam de trabalhar, casar, ter amigos e conviver em grupos sociais. No entanto, alguns cuidados físicos devem ser tomados, sobretudo com a exposição solar.

 

É um problema contagioso?

Por ser autoimune, não há nenhum risco de transmissão ou contágio por vitiligo. Contudo, o principal problema para as pessoas que vivem com vitiligo é o impacto causado na aparência, que por fugir aos padrões pré-estabelecidos, leva à baixa na autoestima. Isso resulta em isolamento e traumas emocionais.

 

A doença pode acometer outros órgãos do corpo?

Aproximadamente 15% dos pacientes com vitiligo têm alguma doença relacionada à tireoide. Porém, esses problemas são causados pelos mesmos fatores que provocaram o vitiligo. Não há uma relação de dependência entre as duas condições autoimunes. Por ser uma doença sistêmica, os pacientes com vitiligo podem desenvolver uveíte (inflamação nos olhos) e aproximadamente 10% dos afetados desenvolvem déficit auditivo.

 

Existe algum grupo (raça, sexo, idade) mais propenso ao desenvolvimento do vitiligo?

O vitiligo afeta ambos os sexos e pessoas de qualquer etnia. Os sinais costumam aparecer, em média, aos 24 anos. Contudo, existem alguns dados de prevalência diferentes. Por exemplo, nos países anglo-saxões, em média, 1% desenvolve a doença; no Brasil, 0,5% da população manifesta essa condição; na China esse percentual chega a 0,1% e na Índia a 5%.

 

O vitiligo é hereditário?

Como se trata de uma condição com origem genética, as chances de aparecer em pessoas da mesma família são muito grandes, sobretudo quando se tem mãe ou irmãos com essa condição.

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico clínico é feito, a princípio, a olho nu, apenas com o auxílio de uma lâmpada especial. Quando há dúvidas é realizada biópsia das lesões, já que as manchas do vitiligo podem se confundir com as de outras doenças de pele, como a micose fungoide hipocromiante ou lúpus discoide.

 

O vitiligo tem cura?

O vitiligo ainda não tem cura, mas tem controle. Com a ajuda médica, fazendo uso de medicamento e terapias reconhecidos cientificamente, alguns pacientes podem repigmentar a áreas afetadas ou mesmo despigmentar o corpo por inteiro.

 

As primeiras manchas surgem em alguma área específica do corpo?

Cada indivíduo pode apresentar os sinais do vitiligo de forma diferente. Porém, geralmente, as primeiras manchas aparecem no rosto, mãos e região genital.

 

As pessoas com vitiligo estão vulneráveis ao desenvolvimento de outros problemas na pele?

Os pacientes dessa condição têm uma maior tendência de envelhecimento na pele, em especial nas áreas despigmentadas; além de maior propensão a sentir os efeitos de “queimaduras” no local por conta de exposição excessiva ao sol.



Câncer de pele pode atingir couro cabeludo: saiba como identificar e evitar que a doença passe despercebida

 Região que muitas vezes é ignorada também precisa de cuidados específicos. Especialista reforça importância do autoexame e sinais para ficar de olho

 

Câncer de pele é assunto sério e manchas, pintas ou feridas não devem ser ignoradas, principalmente se surgirem no couro cabeludo, local que muitas vezes pode acabar passando despercebido. No verão, esse cuidado deve ser redobrado, por isso, é importante olhar mais a fundo para o tema. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que haja 185 mil novos casos de câncer de pele a cada ano, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados. Uma das principais causas da doença é a exposição prolongada sem proteção aos raios solares, o que além de provocar o envelhecimento precoce da pele, aumenta em até 10x o risco de câncer. 

Dentre os casos, o câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum. A boa notícia é que quando descoberto precocemente, as chances de tratamento e cura da doença aumentam significativamente. Segundo a Dra. Sheila Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, é muito importante investigar as manchas que aparecem no couro cabeludo. 

"Uma das maneiras de identificar o câncer de pele no couro cabeludo é a partir do autoexame e da avaliação do dermatologista na dúvida se uma lesão pode ser câncer. Apesar de muitas vezes ser uma região deixada de lado, é fundamental estar atento aos sinais do próprio corpo. As manchas, pintas ou feridas podem aparecer de tamanhos e formas diferentes e, por isso, devem ser investigadas por um especialista", explica.

 

Cuidados que valem ouro 

Apesar dos cabelos oferecerem uma certa proteção ao couro cabeludo contra os raios ultravioletas, a oncologista recomenda o uso de bonés ou chapéus durante a exposição solar. "É muito importante ainda não esquecer de proteger as orelhas. Para isso, deve-se usar protetor solar na região e reaplicar a cada duas horas ou após o mergulho e atividades ao ar livre". 

No couro cabeludo, a recomendação é que em pessoas com cabelos ralos ou calvície o protetor também seja passado na região. Uma alternativa são os produtos mais fluidos, justamente por espalharem melhor. "O filtro solar deve ser aplicado, pelo menos, 30 minutos antes da exposição ao sol. Além disso, é importante que o FPS seja de 30 para cima. Usar o produto em pouca quantidade ou vencido prejudica a eficácia da proteção", alerta.

 

Pintas, manchas e feridas não devem ser ignoradas 

Segundo Sheila Ferreira, a doença pode começar com uma pequena mancha ou ferida no couro cabeludo que, conforme o tempo, vai aumentando de tamanho e sofrendo alterações em sua cor, por exemplo. Essas mudanças podem ser identificadas a partir da regra "ABCDE" - Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro e Evolução.

 

Assimetria: quando metade da lesão é diferente da outra parte 

Bordas: se a pinta, sinal ou mancha apresenta um contorno irregular 

Cor: quando a lesão possui cores diferentes, podendo ser entre vermelho, marrom e preto 

Diâmetro: caso a lesão apresente um diâmetro maior do que 6 mm 

Evolução: mudanças nas características da lesão ao longo do tempo (tamanho, forma, cor)

 

Como fazer o autoexame 

Nem sempre a detecção do câncer de pele no couro cabeludo é fácil, afinal, é uma região de difícil acesso. Apesar de poder ser feita individualmente, a dica é pedir ajuda para outra pessoa. A oncologista recomenda a inspeção uma vez ao mês, em ambiente bem iluminado. É fundamental passar os dedos por todo o couro cabeludo e abrir os cabelos para observar o local. 

"De preferência, essa análise deve ser feita de dia, com luz natural, para uma melhor visibilidade da região. Porém, se algo diferente for encontrado ou houver dúvidas, é importante que o paciente procure um especialista para a investigação adequada".

 

Sintomas para ficar de olho 

● Lesões com crescimento rápido

● Feridas que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramentos, coceira e dor

● Lesões que mudam de cor, tamanho e formato

● Manchas avermelhadas ou acastanhadas

 

Câncer de pele também pode atingir outros órgãos 

Quando a doença não é tratada em estágio inicial, as células cancerígenas podem se espalhar pela corrente sanguínea ou pelo sistema linfático, acometendo outras regiões do corpo e levando ao surgimento de metástases. Por isso, assim que a lesão é identificada em sua forma primária, é muito importante que seja retirada, evitando o crescimento, sangramento e piora do quadro. 

Na grande maioria dos casos, o tratamento é realizado a partir de cirurgia, mas também pode ser combinado com radioterapia, imunoterapia e terapia alvo. "As chances de cura podem chegar a 90% quando o câncer é identificado precocemente. Por isso, é essencial a realização do autoexame mensalmente e o acompanhamento periódico com dermatologista, além da avaliação especializada caso haja uma lesão suspeita no couro cabeludo", conclui. 

Na grande maioria dos casos, o tratamento é realizado a partir de cirurgia, mas também pode ser combinado com radioterapia, imunoterapia e terapia alvo. "As chances de cura podem chegar a 90% quando o câncer é identificado precocemente. Por isso, é essencial a realização do autoexame mensalmente e o acompanhamento periódico com dermatologista, além da avaliação especializada caso haja uma lesão suspeita no couro cabeludo", conclui.


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