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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Estrutura hospitalar dentro de casa é possível para qualquer família, revela empreiteiro


Quem acompanhou o documentário sobre Michael Schumacher no Netflix pôde conhecer alguns detalhes até então desconhecidos da mídia sobre a vida e a carreira do esportista. No entanto, o pouco que se sabe sobre a condição atual do piloto foi comentado por sua esposa, Corinna: “Ele está diferente, mas está aqui”.

 

Situações como essa do piloto alemão levam a crer que ele vive em um ambiente similar a um hospital, recebendo cuidados médicos 24 horas por dia. Serviços como esse não são raros, mas requer uma mudança na estrutura da casa da família que vai receber o paciente. Conforme explica o empreiteiro Márcio Inverneiro, “o home care é um serviço de suporte para pacientes que precisam de atenção especial, mas não necessita de ficar por dias, meses ou anos no hospital. É uma forma de fazer o acompanhamento médico em que a pessoa pode estar ao lado de sua família”.

 

Sobre a estrutura deste ambiente, ele recomenda que o paciente seja acomodado em um local confortável: “Pode ser um quarto, mas o ideal é que ele seja amplo, arejado, bem iluminado e que ofereça espaço para o conforto do paciente e das pessoas que lhe farão o suporte ali”. Em alguns casos, Márcio observa que até uma pequena reforma já vai atender a esses requisitos: “Dependendo do tamanho do lote onde a pessoa mora, é até viável construir um cômodo extra ou ampliar as paredes de um daqueles que já existem. É uma obra simples que vai possibilitar o melhor atendimento para quem precisa”.

 

Dentro daquela estrutura, o empreiteiro lembra que ela precisa dos mesmos equipamentos como se fosse um hospital: “É preciso de uma estrutura que possibilite a colocação do cilindro de oxigênio, uma cama hospitalar, um espaço para os equipamentos de suporte, um armário para guardar os medicamentos, outro para colocar a rouparia, e um espaço para que os profissionais, como o técnico de enfermagem ou o médico possam transitar pelo ambiente. Assim o ambiente onde aquela pessoa está instalada fica muito parecido com aquele que ela encontraria em um hospital”.

 

No entanto, não é um serviço barato. “Muitos planos de saúde ainda não cobrem esse serviço, mas acredito que será algo mais comum nos próximos anos. Apesar de tudo, é uma possibilidade que vai desafogar os hospitais e pode permitir que o paciente tenha a sua família por perto, o que lhe vai dar um conforto e bem-estar tão essenciais para o êxito de qualquer tratamento”. Mas, antes de construir, o ideal é procurar os médicos, recomenda Márcio: “Não faça isso de qualquer maneira. O ideal é ter uma avaliação do quadro do paciente e se seus médicos estão de acordo com essa medida. Afinal, este é um assunto muito sério e todos os riscos devem ser calculados antes de partir para essa ideia”, completa.

 

 

MF Press Global


Após 19 meses de pandemia no Brasil, curados da Covid-19 ainda sofrem com danos neurológicos

Novos estudos brasileiros revelam que mesmo após a cura, pacientes apresentam alterações no córtex cerebral e no padrão de conectividade funcional do cérebro

 

O novo coronavírus (Sars-Cov-2), causa da síndrome respiratória aguda grave que há mais de um ano e meio afeta países por todo o mundo, apresentou ao longo desse período uma grande evolução em seu quadro de sintomas e efeitos sobre o organismo. Muito além de comprometer apenas a capacidade pulmonar, sabe-se que o vírus também provoca acometimentos renais, cardíacos, hepáticos e, sobretudo, neurológicos. 

 

Casos conhecidos agora como "covid longa", "covid-19 pós-aguda" ou "síndrome pós-covid", têm provado que a doença pós-viral é mais prevalente do que se imaginava inicialmente. Além dos sintomas neurológicos presentes na fase inicial da doença, pacientes que não apresentaram complicações primárias ou comorbidades durante a infecção passaram a experimentar, meses depois, sequelas neurológicas críticas. 

 

Um trabalho realizado pela Unicamp e Universidade de São Paulo (USP), junto ao Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), descobriu alterações tardias na estrutura do córtex cerebral, mesmo em pessoas com sintomas leves de Covid-19. Tal região está ligada a funções fundamentais, como consciência, memória, linguagem, cognição e atenção. A pesquisa também mostrou que o vírus é capaz de infectar e se replicar nos astrócitos - células de suporte e as mais numerosas do sistema nervoso central - prejudicando o funcionamento dos neurônios. 

 

Outros dados preliminares de um recente estudo conduzido na Unicamp sugerem que, mesmo nos casos brandos, a Covid-19 pode alterar o padrão de conectividade funcional do cérebro, provocando uma espécie de “curto-circuito”. No cérebro normal, enquanto determinadas áreas estão sincronizadas durante uma atividade, outras permanecem em repouso. Nos indivíduos que tiveram Covid-19, notou-se uma perda severa da especificidade das redes cerebrais. Para compensar a falha no sinal, o cérebro ativa todas as redes simultaneamente, gastando mais energia e trabalhando de forma menos eficiente, o que pode indicar uma tentativa do cérebro de restabelecer a comunicação nas áreas afetadas.

 

Entenda o impacto da Covid-19 no cérebro

 

Estimativas sinalizam que cerca de 50% dos pacientes diagnosticados com Sars-CoV-2 apresentaram problemas neurológicos, como encefalite (inflamação no cérebro), anosmia (perda de olfato), acroparestesia (sensação de formigamento), aneurisma, acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico (AVE), síndrome de Guillain-Barré e outras diversas doenças. 

 

"Nesse espectro de síndromes tardias associadas à Covid-19, os mais comuns atualmente incluem fadiga, névoa cerebral, dores musculares e nas articulações, distúrbios do sono, enxaquecas, dor no peito, erupções cutâneas, nova sensibilidade a cheiros e sabores, além da disautonomia, uma condição normalmente rara que causa um aumento rápido e desconfortável dos batimentos cardíacos quando a pessoa tenta realizar qualquer atividade", explica o Dr. Feres Chaddad, Professor de Neurocirurgia da UNIFESP, especialista em danos neurológicos e Malformação Artério-Venosa.

 

A prevalência dos sintomas neurológicos é explicada pela forma como o vírus pode adentrar o cérebro. O Artigo “Lifting the mask on neurological manifestations of COVID-19”, publicado na revista Nature, avaliou que o novo coronavírus pode entrar no Sistema  Nervoso Central (SNC) por duas vias distintas: disseminação hematogênica e disseminação neuronal retrógrada. Na disseminação hematogênica, o vírus se espalha por todo o corpo através da corrente sanguínea e, em seguida, entra no cérebro cruzando a barreira hematoencefálica, enquanto a disseminação viral retrógrada ocorre quando um vírus infecta neurônios na periferia e usa a maquinaria de transporte dentro dessas células para obter acesso ao SNC.

 

Necessidade e urgência do acompanhamento neurológico prolongado

 

“A implementação de centros de triagem neurológica é urgente. O acompanhamento longitudinal pós-infecção precisa ser indicado o quanto antes para pacientes recuperados e devem incluir avaliação neurológica, de imagem, laboratorial e neuropsicológica cuidadosa para examinar vários domínios cognitivos. Determinar em que medida a interação entre a infecção central e sistêmica leva a danos no SNC e alterações neurológicas, de maneira precoce, pode reduzir a incidência de danos graves e diminuir riscos futuros", reforça o Dr. Chaddad. 

       

O maior desafio nesse cenário é o monitoramento dos danos colaterais para o grupo de assintomáticos e não diagnosticados. A desatenção a sintomas neurológicos leves e intermediários, especialmente desses grupos ou com sintomas leves que não acessam o sistema de saúde, esconde a verdadeira taxa de danos presentes nos pacientes pós-covid. Para endereçar o desafio, os sistemas médicos precisam incluir em seus protocolos de acolhimento a anamnese correlacionando uma possível ligação entre danos neurológicos e o COVID-19, além de desenvolver estruturas de acompanhamento longitudinal para pacientes ambulatoriais de rotina. O investimento em políticas públicas também deve ser avaliado com maior atenção, visto que o contexto pode implicar impactos para todos os setores. 


Setembro Lilás coloca luz às discussões sobre Alzheimer

Apesar de não haver cura para este diagnóstico, rotina e atividades regulares podem amenizar os sintomas e o avanço da doença


Neste mês, acontece a campanha Setembro Lilás, em referência ao Dia Mundial da Doença de Alzheimer (21/09). Esta é uma oportunidade para sensibilizar a população sobre a doença que atinge 1,2 milhão de brasileiros, segundo a ABRAZ (Associação Brasileira de Alzheimer). Os dados são alarmantes: a cada três segundos, um novo diagnóstico de demência acontece pelo mundo; e seis em cada dez são de Alzheimer. 

O Alzheimer é um tipo de demência que afeta, principalmente, pessoas acima dos 65 anos. É uma condição neurodegenerativa, ainda sem cura, que atrofia o cérebro de maneira lenta e prejudica funções cognitivas, comportamentais, entre outras. Se identificado precocemente, é possível amenizar os sintomas e o avanço do quadro, por meio de tratamentos que garantem melhor qualidade de vida ao idoso e seus familiares.

De acordo com a geriatra e responsável médica da Cora Residencial Senior, doutora Ana Catarina Quadrante, a subnotificação e a falta de estímulos no idoso podem contribuir para os avanços do estágio da doença. É preciso tempo, dedicação e saber lidar com idosos em momentos de agressão ou irritabilidade, perda de memória contínua, recusa em colaborar com o tratamento ou síndrome do pôr do sol, como exemplos. 

"Os idosos portadores dessa condição necessitam de cuidados específicos. Por isso, é preciso oferecer o cuidado com uma equipe multidisciplinar e humanizada, promovendo qualidade de vida e bem-estar não só do idoso, mas de sua família", afirma a especialista.

Quando a família percebe que necessita de ajuda para cuidar do idoso com Alzheimer, é preciso buscar um local que tenha expertise e promova acolhimento e evolução no bem-estar e qualidade de vida, atuando de forma humanizada.

Rotina e estímulos retardam o avanço do Alzheimer

Embora o Alzheimer não tenha cura, através de estímulos físicos e cognitivos - como caminhadas, rodas de conversa e artesanato - são possíveis ganhos em independência e qualidade de vida. "Como exemplo, antes de entrar na Cora, uma residente não andava sozinha, não interagia e utilizava fraldas. Ao participar das atividades dentro do Residencial, voltou a se locomover e não precisou mais utilizar fraldas”, celebra a enfermeira Joely Malachia, coordenadora de qualidade da Cora Residencial Senior.

Na Cora, a equipe multidisciplinar é formada por médicos geriatras, enfermeiros, cuidadores, farmacêuticos, nutricionistas e fisioterapeutas, que realizam um trabalho em grupo, acompanhando o quadro clínico do residente. A equipe realiza reuniões frequentes para analisar a situação de cada idoso.

Os idosos, mesmo com a doença avançada, precisam ser estimulados e respeitados, considerando cada um de maneira individual e especial. O idoso com Alzheimer possui maior necessidade de contar com uma rotina e acompanhamento constante. A rotina traz para ele mais segurança e diminui a agitação, agressividade e recusa.  No caso de idosos com Alzheimer, as atividades também precisam ser focadas para seu estágio cognitivo.

De acordo com Joely, os profissionais da Cora utilizam diversas estratégias, conforme as características de cada residente. 

"Em alguns casos, o uso de música é excelente para atingir este objetivo. Por exemplo, temos um caso de uma residente que se recusava a participar das atividades, mas mudou de ideia quando a profissional colocou uma música de seu agrado" finaliza a especialista. 

5 fatos sobre o câncer de mama que toda mulher precisa saber

Exames como ultrassom de mamas e mamografia são fundamentais para a detecção da doença, que é o segundo tipo de câncer que mais atinge as mulheres em todo o mundo

 

 Câncer de mama é o segundo tipo que mais mata mulheres no Brasil, ficando atrás apenas dos cânceres de pele do tipo não melanoma. Segundo informações da Fiocruz, quando descoberta no início, a doença tem 95% de chance de cura. “Esse prognóstico é um acalanto para nós, mulheres, porque os tratamentos estão cada dia mais avançados. Porém, é preciso que o acesso aos exames, como ultrassonografia mamária e mamografia, sejam universalizados”, diz a Dra. Mariana Rosario, mastologista com especialização pelo Instituto Europeu de Oncologia, com sede em Milão. 

Dra. Mariana Rosario, que também é ginecologista e obstetra, membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein, em São Paulo, listou cinco importantes fatos sobre o câncer de mama que toda mulher precisa saber:

 

1 – O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo – e também no Brasil – sem contar os cânceres de pele não melanoma. É, também, o tipo de câncer que mais mata mulheres em todo o mundo.

 

2 – O câncer de mama pode ser hereditário ou ocasional. Assim, mulheres que não têm parentes com a doença também podem ser acometidas por elas.

 

3 – No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando ao diagnóstico precoce e a redução da mortalidade. Tal medida difere das recomendações atuais do Ministério da Saúde, que preconiza o rastreamento bianual, a partir dos 50 anos, excluindo dos programas de rastreamento uma faixa importante da população (mulheres entre 40-49 anos), responsável por cerca de 15-20% dos casos de câncer de mama. Quando há casos de câncer de mama na família, a situação muda: as mulheres precisam ser investigadas dez anos antes da idade em que apareceu o câncer em sua parente. Para que se entenda melhor, se sua mãe, tia ou irmã teve câncer de mama aos 30 anos, você deverá fazer mamografia a partir dos 20 anos.

 

4 – O autoexame não substitui exames como a ultrassonografia mamária e a mamografia. Na palpação, quando uma paciente percebe um nódulo, ele já tem tamanho considerado grande para o tratamento inicial. Já os exames de imagem conseguem diagnosticar microcalcificações e nódulos bem pequenos, permitindo maiores chances de sucesso no tratamento.

 

5 – O que ajuda na prevenção do câncer de mama é o estilo de vida adotado – e não exames. Para que se entenda melhor, exames são formas de se diagnosticar doenças – por isso, são importantíssimos e indispensáveis. No caso do câncer de mama, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, maior é a chance de o tratamento levar à cura da paciente. Mas, realizar exames não significa que uma mulher não desenvolverá a doença. Já o estilo de vida pode interferir no desenvolvimento do câncer de mama. Mulheres que fumam, são obesas, usam álcool em excesso e fazem terapia de reposição hormonal por tempo prolongado têm mais chance de desenvolver a doença. Portanto, adotar boa alimentação, controlar o peso e praticar atividades físicas regulares, mantendo-se longe do cigarro e do álcool, podem ajudar na prevenção da doença.

 

Para abordar o assunto com propriedade, a mastologista Mariana Rosario está à disposição da imprensa. Ela tem especialização pelo IEO – Instituto Europeu de Oncologia, em Milão, na Itália, um dos mais renomados do mundo, e pode falar sobre os temas mais atuais, como a polêmica das cirurgias em casos metastásicos, a redução dos efeitos colaterais da quimio e radioterapia, a terapia alvo, e o aumento da sobrevida das pacientes em estádio IV da doença, além, é claro, do alerta para a prevenção.

 

 

Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979. Formada pela Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), em 2006, a Dra. Mariana Rosario possui os títulos de especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela AMB – Associação Médica Brasileira, e estágio em Mastologia pelo IEO – Instituto Europeu de Oncologia, de Milão, Itália, um dos mais renomados do mundo. É membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) e especialista em Longevidade pela ABMAE – Associação Brasileira de Medicina Antienvelhecimento. É médica cadastrada para trabalhar com implantes hormonais pela ELMECO, do professor Elcimar Coutinho, um dos maiores especialistas no assunto. É membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein.

 

Alta nos preços das mercadorias e combustíveis pressionam os pequenos negócios

De acordo com a 12ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, esses são os principais gastos das empresas


A alta no preço das mercadorias e os sucessivos aumentos nos combustíveis têm sido os fatores que mais têm pressionado os custos dos pequenos negócios. É o que aponta a 12ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre o fim de agosto e o início de setembro com 6.104 respondentes de todos 26 Estados e do Distrito Federal.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que os gastos com insumos, mercadorias e combustíveis foram citados como os que mais impactam os negócios por 63% dos microempreendedores individuais (MEI) e por 61% das micro e pequenas empresas. Se somar a esses números as despesas com gás e energia elétrica, eles sobem para 76% para os MEI e 77% para as MPE. Custos com aluguel foram citados por 13% dos MEI e por 15% das MPE.

E o cenário ainda pode piorar. No acumulado deste ano até agosto, o preço da gasolina avançou 31,09%, enquanto o do diesel acumula alta de 28,02%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa do setor financeiro é que a inflação fique em torno dos 8% para esse ano. “Caso essa estimativa se confirme é possível que mais empreendedores sintam esse impacto, o que dificultará ainda mais o processo de retomada dos pequenos negócios, que estão começando a se recuperar dos danos causados pela pandemia”, comenta Melles.

Quando analisados por porte da empresa e setores, a alta dos preços das mercadorias e combustíveis exercem pesos diferentes. Apesar dos dois itens seguirem o mesmo grau de importância entre os microempreendedores individuais (MEI) e as micro e pequenas empresas, o preço dos insumos têm um impacto maior nas MPE (39%) do que entre os MEI (35%), e o preço dos combustíveis pesa mais nos microempreendedores individuais (28%) do que nas micro e pequenas (22%).

A mesma diferença acontece entre homens e mulheres. Para 32% dos homens, os gastos com combustíveis têm maior peso, contra 17% das mulheres. Já entre as empreendedoras, o que mais pressiona são os gastos com insumos e mercadorias: 41% delas indicaram esse quesito, enquanto apenas 34% dos homens escolheram essa mesma opção.

“Esse resultado é reflexo de muitas atividades que existem mais em determinados portes e perfis, como por exemplo motoristas e entregadores de aplicativos, que são na maioria das vezes microempreendedores individuais, homens e que dependem do combustível para trabalhar. Assim como as indústrias, que geralmente são micro ou pequenas empresas e dependem mais de matéria-prima”, analisa o presidente do Sebrae.

De acordo com a 12ª edição da pesquisa de Impacto, para 62% das Indústria o custo das mercadorias é o que tem mais peso, seguido pelo Comércio (49%), Agropecuária (47%), Construção Civil (36%) e Serviços (25%). Já quando o assunto é combustível, ele pesa mais nos empreendimentos da Construção Civil (41%), Agronegócio (34%), Serviços (32%), Comércio (18%) e Indústria (14%).

Os dados completos estão disponíveis no infográfico neste link


Pace layered: método de desenvolvimento tecnológico em camadas


Em tempos de constantes transformações, buscar novas tecnologias para otimizar os processos nas empresas tem sido algo recorrente em todos os setores. Uma metodologia chamada Pace layered, criada pela consultoria Gartner, busca categorizar, selecionar, gerenciar e orientar esquemas de governança como uma forma de proporcionar mudanças tecnológicas, minimizando ou interrompendo conflitos existentes entre os departamentos de negócios e tecnologia da informação. anos 

Embora não seja algo inovador no mercado de tecnologia, o conceito vem sendo discutido por instituições para alinhar as estratégias das áreas envolvidas. É fato que os profissionais de TI buscam trabalhar seguindo uma padronização, adequando-se apenas às mudanças necessárias para que os riscos sejam minimizados. Entretanto, especialistas em negócios são adeptos da flexibilidade, trabalhando pela solução de problemas específicos.

A tensão envolvida nesse processo fez surgir a metodologia Pace layered, que busca um ponto de equilíbrio entre as partes para desenvolver um processo de transformação em camadas ou etapas que consigam se adequar às mudanças necessárias, aplicando melhor viabilidade técnica e estratégias focadas aos pontos de atenção.

Basicamente, todo e qualquer planejamento surge de alguma ideia. São essas ideias que tornam o desenvolvimento de um processo em algo real, principalmente na categorização do Pace layered. Por esse motivo, a consultoria Gartner acredita que existam três tipos de ideias: as comuns, as diferentes e as novas. Conheça melhor sobre cada uma delas:

Ideias comuns: contemplam aspectos do negócio, no qual não há problemas em seguir formas mais tradicionais e amplamente aplicadas no mercado. Até mesmo porque, normalmente, elas precisam atender a uma série de diretrizes regulamentárias. Entretanto, nos casos em que há necessidade de vencer um concorrente em um aspecto particular do negócio, por exemplo, a melhor forma de se fazer isso seria melhorando a performance de execução e não necessariamente criando uma nova maneira de fazê-la.

Ideias diferentes: nesse setor, os líderes não somente querem fazer as coisas de forma diferente - quando comparadas às outras organizações -, mas também desejam especificar alguns detalhes e visualizar diferentes abordagens. A expectativa é que seja possível ajustar variáveis e detalhes de forma recorrente.

Ideias novas: essas ideias correspondem a aspectos do negócio, em que os líderes estão nos estágios iniciais, pensando no conceito. Então ainda não é possível especificar muitos detalhes sobre como os produtos deveriam ser. O que se espera nesse momento são mock-ups, ou provas-conceito, que possam ser testadas de forma rápida e, a partir das informações obtidas nesses testes, especificar melhor o conceito, ou até mesmo decidir se a ideia inicial vale a pena ser perseguida ou não.

Assim como as ideias, existem três camadas no Pace layered que ditam em qual ritmo os processos serão postos em prática pela instituição. São elas:

Systems of Record: geralmente relacionados a aplicativos ou sistemas legados internos que funcionam como banco de dados ou suportam o processamento de transações, gerenciando dados críticos das organizações, ou seja, fundamentais para o funcionamento da empresa. Nessa camada, a taxa de mudança é baixa, porque esses processos são normalmente os mesmos em todas as empresas e seguem regulamentações externas, como, por exemplo, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para o uso e armazenamento de dados. Além disso, como eles estão relacionados ao core business - e isso é algo que não muda com frequência -, as mudanças acontecem mais devagar.

Systems of Differentiation: nessa camada, as aplicações geralmente são focadas em um único processo, que é específico da empresa. O seu ciclo de vida costuma ser médio, entretanto, é necessário fazer ajustes, adicionar novas funcionalidades e realizar novas configurações para se adequar às mudanças estratégicas ou de mercado e exigências de clientes. Portanto, os sistemas utilizados aqui correspondem aos processos que tornam as empresas únicas, e, assim, elas acabam mudando em uma velocidade um pouco maior do que a camada anterior, para se adaptar e incorporar novas tecnologias.

Systems of Innovation
: lugar onde são construídas novas aplicações/softwares, com o objetivo de conquistar oportunidades únicas ou cumprir novos requisitos estratégicos do negócio. Para desenvolver esses projetos, é possível usar os recursos de um departamento de inovação ou mesmo de uma outsourcing de TI. Essa é a camada que se movimenta com mais rapidez e onde é possível realizar mais experimentações. Systems of Innovation: lugar onde são construídas novas aplicações/softwares, com o objetivo de conquistar oportunidades únicas ou cumprir novos requisitos estratégicos do negócio. Para desenvolver esses projetos, é possível usar os recursos de um departamento de inovação ou mesmo de uma outsourcing de TI. Essa é a camada que se movimenta com mais rapidez e onde é possível realizar mais experimentações.

Como o pace layered auxilia na tomada de decisões?

O pace layered é uma ferramenta que pode ser muito útil no processo de tomada de decisão, justamente porque ele permite uma análise integrada do contexto, de forma que as áreas de tecnologia e de negócio possam entender o que está acontecendo e, assim, fazer a melhor escolha.

Isso significa que o processo de sensemaking, que nada mais é do que "fazer entender, criar sentido ou dar significado", também pode ser beneficiado desse cenário, já que, assim, é possível considerar todos os elementos para compreender um determinado contexto, seguindo, pelo menos, três fases fundamentais:

1. Exploração do ambiente;
2. Contextualização do sistema;
3. Aprendizado e atuação sobre o sistema.

Atualmente, com o mundo se transformando em uma velocidade ímpar e, especialmente, se considerarmos os impactos da pandemia do novo coronavírus e a quantidade de mudanças que ela acabou gerando ou acelerando nos últimos dois anos, fica claro que a capacidade de tomada de decisão ágil é cada vez mais necessária. Isso porque, o business agility - que se refere à capacidade de adaptação rápida às evoluções e inovações do mercado - é fundamental para manter ou criar vantagens competitivas.

Com essas estruturas apresentadas, torna-se mais simples segmentar os sistemas e observar os conceitos que se encaixam em cada organização, guiadas, principalmente, pelos processos de experimentação, transformação digital e organizacional. Além disso, a estrutura ainda fomenta maior conectividade e alinhamento estratégico que, consequentemente, resultam em menores taxas de erros.

 

Walter Ruiz é Co-Owner - Business Development da OPUS Software

 

2ª Exposição Siga seu Coração reúne corações gigantes para conscientizar a população sobre os riscos das doenças cardiovasculares

Dez corações pintados por diferentes artistas plásticos estarão expostos no Conjunto Nacional, em São Paulo


incentivo da Lei Rouanet, apresenta ao público, este ano, dez corações pintados por diferentes artistas plásticos brasileiros, entre eles Tikka Meszaros, Yan Monteiro, Ricardo Kaur e Luiz Pardal. As obras estarão dispostas no piso térreo do Conjunto Nacional, que fica na Avenida Paulista, em São Paulo. Cada escultura representa uma versão do coração como, por exemplo, o saudável, o brasileiro, o solidário e o sustentável.

 

O objetivo da exposição é conscientizar a população sobre a necessidade de cuidar desse órgão vital e, também, fazer um alerta para as doenças cardiovasculares, que são as que mais mortes causam no mundo e no Brasil, mas que muitas delas podem ser evitadas com hábitos de vida saudáveis. O acervo estará disponível para visitação gratuita entre 24 de setembro e 17 de outubro.                                                                                                                                                                      

O projeto é uma das iniciativas da Campanha Siga Seu Coração/Setembro Vermelho que anualmente desenvolve ações para conscientizar a população para a prevenção e promoção da saúde cardiovascular. De acordo com Marlene Oliveira, presidente do LAL, a conscientização quando atrelada a arte tem maior alcance, pois gera empatia. “A partir do momento em que apresentamos a conscientização por meio da expressão artística, conferimos à campanha descontração e leveza. A reflexão sobre os cuidados com a saúde pode ser realizada de forma prazerosa. A intenção da exposição é causar impacto de forma lúdica ao transmitir conhecimento de que depende de nós cuidar desse órgão vital”, argumentou.

 

A Organização Panamericana da Saúde (OPAS) estima que mais de três quartos das mortes por doenças cardiovasculares ocorrem em países de baixa e média renda e das 17 milhões de mortes prematuras (pessoas com menos de 70 anos) por doenças crônicas não transmissíveis, 82% acontecem nesses países e média renda e 37% são causadas por doenças cardiovasculares.

De janeiro a setembro de 2021, o Brasil já registrou mais de 71 mil óbitos por infarto e outros 74 mil por Acidente Vascular Cerebral (AVC), superando as mortes pelas mesmas causas registradas em igual período de 2020. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil (Arpen-Brasil).

 

As esculturas medem 1.70cmX 2.25cm X 1m e foram idealizadas para impactar com suas cores e dimensões. Cada artista expressou de forma singular seu olhar sobre esse órgão crucial. Na visão de Marlene, o cuidado que eles tiveram ao retratá-lo deveria receber igual dedicação por parte da população ao órgão. “A arte exerce um papel fundamental na transformação da sociedade. É por meio dela é que podemos repensar a realidade e modificá-la. Neste caso, ela tem a função de estimular a mudança de hábitos nocivos que impactam diretamente a saúde do coração. E lembrar que o nosso órgão deve estar tão bem cuidado como os do acervo”, finalizou a presidente.

 

 

Campanha Siga seu Coração


A iniciativa nasceu em 2014 com a missão de ser um alerta sobre as doenças cardiovasculares no Brasil, levando informação de qualidade para a população acerca dos cuidados com o coração e as doenças crônicas. O objetivo da campanha é estimular a mudança de hábitos por parte da população, de forma a manter os fatores de risco para as doenças cardiovasculares, como o colesterol, a diabetes, hipertensão, obesidade, sedentarismo, entre outros, sob controle.

 


Serviço:

Exposição Siga Seu Coração

Data: Entre 24 de setembro e 17 de outubro

Hora: Das 06h às 22h

Local: Conjunto Nacional

Endereço: Av. Paulista, 2073 – São Paulo

 

Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL) - idealizador das campanhas Respire Agosto, Siga seu Coração, Mulher Por Inteiro e #LivreSuaPele. 


Paraná tem mais de 3,3 mil vagas de estágio abertas em todas as regiões

De acordo com o CIEE/PR, as três áreas com maior número de oportunidades de estágio são Administração, Ciências Contábeis e Pedagogia


Mais de 3,3 mil oportunidades de estágio estão disponíveis no Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR). O número de vagas ofertadas é 65% superior ao registrado no mesmo período de 2020, quando foram contabilizadas 2.030 vagas de estágio no estado. 


Oportunidades em todas as regiões 

De acordo com o CIEE/PR, as três áreas com maior número de oportunidades de estágio são Administração, Ciências Contábeis e Pedagogia. E há vagas disponíveis em diferentes regiões do estado. Somente em Curitiba e região metropolitana são mais de 1,8 mil oportunidades. Na região Oeste, são cerca de 480 vagas e na região Norte-Central do estado mais de 570 opções para os estudantes. “O estágio é uma oportunidade para o aluno colocar em prática o conhecimento adquirido em sala de aula. A modalidade ainda possibilita que sejam desenvolvidas  as habilidades necessárias para o mundo do trabalho e a carreira do jovem. Tudo isso com o acompanhamento dos profissionais do CIEE/PR”, explica a coordenadora da Central de Atendimento ao Estudante do CIEE/PR, Fernanda Ortiz.

As vagas de estágio do programa oferecido pelo CIEE/PR são para diferentes níveis de escolaridade e voltadas para jovens que tenham a partir de 16 anos completos. O estudante precisa estar matriculado regularmente no Ensino Médio, Técnico ou Superior. Os interessados podem consultar as vagas disponíveis e fazer o cadastro no site do CIEE/PR, ou ainda, conseguir informações pelo telefone (41) 3313-4300, moradores de Curitiba e região metropolitana e 0800 300 4300 para demais cidades do estado.

 

Museu do Futebol faz aniversário em 29 de setembro e oferece entrada grátis para todos os visitantes


Na próxima quarta (29), dia que se completam 13 anos da inauguração do Museu do Futebol, as portas estarão abertas gratuitamente


Na próxima quarta-feira (29), o Museu do Futebol, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, completa 13 anos de existência. E quem ganha presente é o visitante: para comemorar o aniversário, todos que forem ao museu neste dia não pagarão ingresso. Mesmo assim é necessário reservar horário e emitir o ingresso pelo site.

Localizado embaixo das arquibancadas do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, o Museu do Futebol é um espaço interativo, lúdico e multimídia, que reúne objetos, imagens e curiosidades sobre o esporte mais popular do planeta, além de, claro, muitos gols.

Além da exposição de longa duração, que apresenta um envolvente percurso pela história do futebol e sua importância para a formação da identidade brasileira ao longo de 15 salas, está também em cartaz até dia 21 de novembro a exposição temporária Tempo de Reação – 100 anos do goleiro Barbosa. A mostra homenageia o ex-goleiro da Seleção Brasileira e do Vasco, Moacyr Barbosa (1921-2000), e os 150 anos da posição de goleiro, oferecendo ao visitante a chance de ver luvas, camisas e defesas históricas dos principais craques da posição.

PATROCÍNIO E APOIO

A exposição temporária “Tempo de Reação - 100 anos do goleiro Barbosa”, parte da Temporada do Museu e em cartaz até 21/11, conta com patrocínio do SporTV, e com apoio da EMS Farmacêutica por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Tem como parceiro a Poker Esportes e consultoria de conteúdo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Coletivo Pretaria e Malik Esporte e Cultura.

A Temporada 2021 do Museu do Futebol tem o patrocínio do Aché Laboratórios Farmacêuticos, que também patrocina o programa "Museu Amigo do Idoso". Tem como apoiadores: SporTV/Globo, EMS Farmacêutica, TIVIT, Evonik Brasil e Pinheiro Neto Advogados. A Rádio CBN, UOL, Revista Piauí, Gazeta Esportiva e Guia da Semana são seus parceiros de mídia. O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a organização social responsável pela sua gestão. A Temporada é realizada pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.  

 

PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA DE 2022 LIBERA FNDCT E RECUPERA PARTE DAS VERBAS PARA A C&T



O Projeto de Lei Orçamentária para o ano de 2022, enviado pelo governo na data limite legal de 31 de agosto, traz importantes notícias para o setor de Ciência e Tecnologia, se comparado aos anos de 2019 e 2020. Pela primeira vez, é prevista recuperação de recursos para o MCTI e agências de fomento à pesquisa e não há dependência de créditos suplementares a serem aprovados pelo parlamento para que as previsões sejam cumpridas.

 

No total, as dotações previstas na classificação Ciência e Tecnologia, segundo estudo da SBPC, chegam a R$ 7,9 bilhões. O governo prevê o cumprimento da lei – inacreditável ter que comemorar algo assim! – e destina os recursos de R$ 4,2 bilhões do FNDCT para a Finep, algo que não foi feito neste ano, além de liberar os 2 bilhões ao IBGE para a realização do Ceso Demográfico.

 

Para Flávia Calé, presidenta da ANPG, é preciso que fique claro que os recursos do FNDCT não podem ser considerados como complemento orçamentário. “Quanto à liberação do FNDCT, o governo não faz mais nada que sua obrigação legal, aliás, com um ano de atraso", afirma. 

 

Flávia considera que que a receita do fundo deve viabilizar pesquisas que tenham relevante impacto para o desenvolvimento nacional e a recuperação das bolsas dos pesquisadores. "O FNDCT deve ser usado para projetos estratégicos na área de ciência, tecnologia e inovação e não para tapar buraco. Pensamos também que a liberação do fundo deve resgatar a perspectiva da carreira científica, reajustar as bolsas de estudo e reverter o desmonte desse período de retrocessos”, completa.

 

Segundo informações da presidência do CNPq, a agência terá incremento orçamentário de R$ 81 milhões, passando de R$ 1,018 bilhão na LOA 2021 para R$ 1,099 bilhão em 2022. Os recursos destinados às bolsas de estudos concedidas pelo órgão serão R$ 980 milhões, cerca de R$ 57milhões a mais em comparação com o ano anterior. A rubrica fomento à pesquisa também receberá acréscimo, passando de pouco mais de R$ 27 milhões para R$ 57 milhões projetados para 2022.

 

De acordo com a análise da Assessoria Parlamentar da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a CAPES terá um modesto acréscimo de 4% em seus recursos, indo para 3,14 bilhões previstos para suas ações em 2022.  As bolsas de ensino superior da Capes projetam pequena queda de 2%, ficando com a destinação de R$ 1,9 bilhão. Já a área de Avaliação de Educação Superior e Pós-Graduação deve sofrer profundo corte se a proposta se mantiver, um decréscimo de 28%, passando a R$ 6,7 milhões. 

 

O orçamento das universidades federais também projeta uma melhora de R$ 5,06 bilhões em 2021 para R$ 5,67 bilhões no próximo ano. Em compensação, para o governo a pandemia acabou, tanto que a destinação à Fiocruz cairá quase pela metade, de R$ 6,8 bilhões (2021) para R$ 3,7 bilhões em 2022.

 

Contudo, nada indica que o governo tenha mudado sua postura negacionista e nem é motivo para que a comunidade científica deixe de estar alerta e mobilizada para pressionar e impedir que o cenário de cortes e escassez dos anos anteriores se repita. O fato é que a PLOA/2022 foi recebida como mero ato protocolar no Congresso Nacional, pois o governo é obrigado a apresentar a proposta no prazo legal, e é voz corrente nos meios políticos que a peça é apenas uma projeção, existindo inúmeros impasses para confirmar as fontes de receita. 

 

Um dos principais entraves é que a galopante inflação experimentada em 2021 que está acabando como espaço discal que o governo projetava. Outro exemplo de como a PLOA/22 depende de muitos fatores para ficar em pé é a PEC dos Precatórios, uma espécie de legalização de calote na qual o Executivo deseja liberar dezenas bilhões de recursos já comprometidos para utilizar em outros gastos.

 

 

 


Associação Nacional de Pós-graduandos

 

A Teologia da Substituição e seus frutos nefastos contra Israel na contemporaneidade


A Teologia da Substituição afirma que o povo de Israel foi rejeitado por Deus ao não receber Jesus como Messias e tê-lo assassinado. Tal rejeição teria anulado a aliança mosaica feita no Sinai e, logo, Israel teria deixado de ser o povo eleito, tendo sido substituído pela Igreja cristã com quem Deus fizera uma nova aliança, a partir do sacrifício de Cristo. Essa doutrina antijudaica alega que todas as promessas feitas a Israel desde a aliança abraâmica teriam sido transferidas para a Igreja.

Seus fundamentos foram lançados ainda no século II por Justino Mártir em seu Diálogo com Trifão. Aqui, Justino propõe em sua exegese que os cristãos são o “novo Israel” ou o “verdadeiro Israel”, termos constantes em suas argumentações.

No início do cristianismo, havia uma natural afinidade entre os cristãos e Israel, a nação da Torá. Porém, as ideias da Teologia da Substituição foram fermentando esse perigoso levedo e ganhando força com o tempo. Então, os Pais da Igreja Primitiva, com base nessa teologia, começaram a sufocar tal ligação. Dentre seus maiores defensores, está João Crisóstomo que, em suas famosas homilias, mostrou-se um dos agressores mais inflamados contra os judeus, a quem rotulou de “habitações de demônios, assassinos, sanguinários e piores que bestas selvagens”.

A separação do cristianismo de Israel e suas raízes judaicas foram se dando, então, gradativamente, logo nos primeiros séculos da era cristã. Diversos concílios foram realizados com o propósito de consolidar tal separação, como o Concílio de Elvira (306 d.C) que, por exemplo, proibiu que judeus e cristãos casassem entre si ou simplesmente compartilhassem refeições. No Concílio de Niceia (325 d.C), desvinculou-se a data da Páscoa bíblica para uma data que coincidisse com um domingo, passando a Igreja a celebrá-la em uma data móvel. Em uma carta circular, o imperador Constantino I esclarece que o motivo de tal separação era não celebrar a festa na mesma data que os judeus, “assassinos de Nosso Senhor”. Esses são apenas alguns exemplos.

Há, porém, um sério problema com essa teologia. Se Deus realmente rejeitou Israel, como explicar seu renascimento como Estado moderno, contra todas as probabilidades, após dezenove séculos? Nenhuma nação ou povo antigo que tenha sido disperso, como foi Israel por duas diásporas, ou chegado à beira da extinção, conseguiu renascer mais tarde com a mesma força e vigor de outrora, incluindo o ressurgimento da língua falada, como é o caso do hebraico moderno.

A Teologia da Substituição é a principal responsável por grande parte do ódio dirigido aos judeus ao longo dos séculos, gerando feridas profundas e danos irreversíveis como ocorreu com as Cruzadas. Esses movimentos por combatentes que se nomeavam “soldados de Cristo”, ocorridos entre os séculos XI e XIII, da Europa para à Terra Santa, buscavam dominar está à força, matando, em seu percurso, milhares de judeus.

Os tentáculos dessa infame teologia também são vistos na tenebrosa Inquisição que visava combater as heresias praticadas em sua grande parte por judeus. Entre os séculos XIII e XIX, levou dezenas de milhares à incineração em praças públicas, incluindo bebês e idosos, onde as vítimas eram queimadas vivas em ato de máxima penitência — um espetáculo sinistro e dantesco. E seus algozes cuidavam estar prestando um serviço a Deus!

Em pleno século XX, as sementes de ódio da Teologia da Substituição prosseguiram dando seus malditos frutos no episódio mais bárbaro e hediondo da História, em que o pecado mortal de nascer judeu acarretou o genocídio de seis milhões de pessoas, das quais um milhão e meio eram crianças. Infelizmente, em nosso presente século, essa teologia continua a infectar muitas mentes mundo afora.

 

 

Getúlio A. Cidade - tradutor, pesquisador, estudioso do hebraico e autor do livro A Oliveira Natural: As Raízes Judaicas do Cristianismo.


26 de setembro - Dia Nacional do Surdo

ACESA Capuava realiza a mediação entre famílias e escolas, auxiliando no processo de inclusão escolar de crianças e adolescentes com deficiência auditiva e surdez   

 

O próximo dia 26, Dia Nacional do Surdo, e o mês de setembro como um todo são dedicados à visibilidade da Comunidade Surda Brasileira, momento conhecido por trazer reflexões significativas, abordando a história de lutas e conquistas de pessoas surdas, além de propor debates sobre os direitos e inclusão na sociedade. O reconhecimento da Libras como meio legal de comunicação e expressão, a obrigatoriedade do ensino de Libras na formação de professores e a necessidade da presença de um intérprete de Libras nos órgão públicos são algumas das conquistas da comunidade surda. 

O mês ficou marcado desde 1880 quando, em 11 de setembro, no Congresso Internacional de Milão, na Itália, pessoas ouvintes (em sua maioria) de todo o mundo discutiram políticas públicas relacionadas às pessoas surdas. Desde o ano de 2010, o Teste da Orelhinha é um direito do recém-nascido garantido pela Lei Federal 12.303. Este marco reconheceu a importância do diagnóstico precoce das perdas auditivas como forma de oferecer melhores oportunidades de desenvolvimento à criança surda.

A cor azul vem de 1945, quando Adolf Hitler, marcou com fitas azuis as pessoas que tinham algum tipo de deficiência e que, por isso, deveriam ser mortas, incluindo os surdos.

A ACESA Capuava, entidade sem fins lucrativos de Valinhos que tem como público alvo crianças, jovens e adultos com Transtorno do Espectro Autista, deficiência intelectual, deficiência múltipla e surdez, através do Termo de Colaboração com a Secretaria de Educação de Valinhos, oferece o Serviço de Atendimento Educacional Especializado (AEE) para crianças e adolescentes com deficiência auditiva e surdez, possuindo 20 vagas para alunos regularmente matriculados na Rede de Ensino Pública Municipal da cidade. São realizados atendimentos pedagógico e fonoaudiológico semanais.

“Sempre mediando o contato entre a escola e a família, nós identificamos, elaboramos e organizamos recursos pedagógicos de acessibilidade que eliminem as barreiras que impedem a plena participação dos alunos com deficiência auditiva e surdos no contexto escolar. ”, diz a psicopedagoga da ACESA Capuava, Juliana Bertelli, reforçando também a realização de planos individuais para os alunos surdos, propostos com base na comunicação e condições de cada um.

Complementando os atendimentos pedagógicos, está a fonoaudiologia. É realizada também uma avaliação individual para definir qual será a forma de comunicação adequada à realidade da criança surda. Seja a partir da Libras ou da comunicação oral, a terapia fonoaudiológica será essencial para acompanhar o desenvolvimento e aprimorar as habilidades de comunicação da criança.“Nós atuamos na surdez desde o diagnóstico até a intervenção terapêutica. No AEE conseguimos atender as crianças e avaliar caso a caso quais as demandas relacionadas à comunicação e, principalmente, ao desenvolvimento da linguagem”, afirma a fonoaudióloga da ACESA Capuava, Júlia Tavoni.

Pensando na necessidade de acompanhamento anual dos aspectos auditivos das nossas crianças, a ACESA conta com a parceria social da Ouvire – Audição e Equilíbrio, desde o ano de 2018. A clínica oferece exames auditivos gratuitos para os atendidos da ACESA que não possuem convênio médico, reconhecendo a importância do impacto dessa avaliação na evolução das terapias. 

Vale lembrar que setembro é o mês que dá visibilidade a causa, mas luta é diária. Afinal, pessoas surdas sofrem preconceito e enfrentam barreiras de acessibilidade todos os dias.

 


ACESA CAPUAVA

 www.acesacapuava.com.br

 

Empreendedorismo e a arte de sonhar

Sabe aquele empurrão que recebemos vez ou outra na vida? A pandemia de covid-19 pode também ser considerada esse empurrão. Do nada, uma nova realidade surgiu, deixando, em muitos casos, a seguinte mensagem: se vira! Em alto e bom som, o recado deixou muitos de nós desnorteados, sem saber o que fazer, que rumo tomar, e foi nesse contexto que o Brasil perdeu mais de 10 milhões de empreendedores, ao mesmo tempo que outros abraçaram oportunidades que surgiram mesmo em um momento de dúvidas, isolamento, perdas e medo. 

Os estudantes presenciaram o desenrolar de uma pandemia,  e uma sociedade sendo obrigada a mudar seus hábitos. Se somarmos comportamento, inovação e criação, teremos como resultado um dos elementos essenciais para o desenvolvimento da economia: o empreendedorismo. Mas os desafios são cada vez maiores, considerando o aumento da população mundial e o aquecimento global.

Hoje, a escola deve ter como objetivo a formação integral do aluno, e a proposta pedagógica deve contemplar um trabalho voltado para as competências e habilidades que vão além das fórmulas de Matemática, Química e Física, Língua Portuguesa ou História. É necessário sensibilizar os alunos, ensinar o que significa inteligência emocional, a respeitar a opinião do próximo, filtrar informações, e trabalhar constantemente as competências socioemocionais, a educação financeira e o empreendedorismo.

Pensando nos empreendedores que viram seus negócios falir, o que faltou? Eles aprenderam na escola o que é empreendedorismo? Ou sobre planejamento, estratégia, visão, adaptação, inovação, criação? Provavelmente não. No entanto, receber na escola noções de empreendedorismo é fundamental. O empreendedorismo está intimamente ligado à autoconfiança, ao autoconhecimento, a acreditar, perseverar, ser proativo, trabalhar as emoções, e a liderar a própria vida dentro do seu projeto de vida.

Mas quem deve ser o professor de empreendedorismo? Todos! Tanto o professor regente quanto o professor especialista são responsáveis por esse aprendizado. Todos devem contribuir. Porém, nos anos finais do Ensino Médio, a recomendação é ter um professor à frente do projeto. A ideia é que ele seja dinâmico, e que se relacione bem com todos os professores e alunos da escola. Esse profissional será o mediador das reflexões e ideias que surgirão, além de conduzir as atividades e os trabalhos em grupo. 

É muito importante que os alunos criem seus próprios projetos, seus “negócios”, e tracem objetivos em comum que devem ser alcançados dentro do ano letivo. Nada deve ser imposto. Quando aprendem sobre empreendedorismo, eles precisam estudar o público-alvo, entender a geografia local, regional, nacional e mundial, elaborar pesquisas, estudar gráficos, tabular, comparar, estudar a história do produto ou serviço, estudar seus costumes e hábitos, tecnologias, arte, comunicação verbal e visual, criar sites, saber gerenciar redes sociais e conhecer a concorrência. São inúmeros elementos que fazem parte do processo para empreender. Portanto, todos os componentes curriculares são aplicáveis e necessários para o bom resultado de uma educação empreendedora. O importante é fazer com que os alunos apliquem todos os conhecimentos adquiridos para que possam aperfeiçoar suas competências e habilidades.

Empreender é executar uma ação cidadã, é ser sustentável, olhar para o próximo, buscar soluções com a mentalidade ganha-ganha, estar atento para conseguir enxergar e aproveitar as oportunidades. Agora, mais do que nunca, temos um contexto, exemplos e resultados para trabalharmos com os nossos alunos para promovermos discussões, debates, estudos, fóruns, afinal, eles vivenciaram, na prática, um movimento global. Com o seu atual repertório de vida e conhecimentos adquiridos antes, durante e depois da pandemia, nossos alunos terão condições de compartilhar suas experiências e entender, de fato, o que é o empreendedorismo, e compreender que muitas vezes a necessidade faz você mudar, superar desafios e romper obstáculos.

Estamos em uma época em que o aprendizado dos  nossos alunos vai além dos conteúdos acadêmicos. E não mais preparando-os apenas para serem aprovados nos vestibulares ou para boas notas no Enem. Contribuímos para que possam sonhar, preparando-os para a vida, para que façam suas próprias escolhas, entendendo que toda escolha tem consequências, ensinando-os que precisam entender e controlar suas emoções para que sejam os verdadeiros gestores de suas vidas, pensando de forma sustentável, local e global, questionando, argumentando, construindo e reconstruindo, sabendo que a vida é um processo constante de reconstrução e resiliência - e que tudo isso nos torna pessoas melhores e mais fortes.

 


Cristiane Braga - consultora pedagógica da Conquista Solução Educacional.

 

Transtorno e prejuízos financeiros na clonagem de WhatsApp


Dificilmente você encontrará uma pessoa que não use o celular nos dias de hoje. Junto a ele o WhatsApp, a rede de mensagens instantâneas mais popular do Brasil e que, segundo uma estimativa superficial realizada pelas operadoras de celular, é utilizada por 120 milhões de brasileiros. 

No entanto, na mesma proporção em que cresce o uso, crescem, a cada dia, os golpes de criminosos que invadem o aplicativo para tentar extorquir os contatos do dono do celular. Porém, há uma modalidade de golpe que traz consequências mais danosas ao consumidor: a clonagem do chip do celular, seja por meio de WhatsApp Web e até mesmo, por descuido da operadora na hora de vender um novo chip ou não estar atento ao fornecimento de dados pelo telefone. O dono da linha tem seu telefone invadido e pode até perder o número.

As ações contra as companhias telefônicas por motivo de WhatsApp clonado por meio do chip já são uma realidade e o cliente pode receber indenização pelo transtorno, pelos prejuízos financeiros e pelo próprio risco sofrido. Manter-se informado e alerta é o primeiro passo para a busca da defesa dos seus direitos. 

Segundo o advogado especialista em direito do consumidor, Leo Rosenbaum, sócio do Rosenbaum Advogados, existem alguns cuidados que o cidadão precisa ter para tentar evitar o golpe, uma vez que os criminosos não precisam de muitas informações para começar a agir: basta o número do celular para dar início à fraude. “É preciso cuidado na hora de divulgar seu número em sites e aplicativos, sobretudo os de compra e venda. Estar atento às medidas de segurança recomendadas pelos sites, desconfiando de ligações em que se solicitam senhas ou outros, pois nenhuma empresa solicita sua senha ou códigos pelo telefone, é de extrema importância”, considera. 

A clonagem também pode ocorrer por meio do chip. O criminoso consegue o chip da vítima pela operadora, por exemplo, que não verifica devidamente os dados cadastrais e então ele restaura o WhatsApp em seu próprio celular possibilitando o envio de mensagens aos contatos da pessoa clonada. 

Rosenbaum adverte que clonagem do WhatsApp com o chip envolve diversos crimes dentre eles o de falsidade ideológica e quando envolve transferências financeiras é considerado crime de estelionato. A Polícia Civil faz recomendações às vítimas de como amenizar os efeitos dessa fraude, sendo que a principal é a de registrar um boletim de ocorrência. “Um cliente que adquire um celular e habilita a linha em uma empresa de telefonia, está firmando uma relação de consumo, em que há papéis definidos de consumidor e fornecedor. Essa relação é explicitada no Código de Defesa do Consumidor”. 

Desse modo, entende-se que a empresa deva solucionar os problemas dos seus clientes e oferecer seus serviços da melhor forma. O mesmo vale, portanto, conforme vem se firmando no entendimento dos Tribunais, para casos de clonagem de chip . As operadoras de telefonia atuam como mediadoras da oferta de serviços e responsabilizam-se em caso de erro inclusive quanto ao WhatsApp e, por isso, devem reparar os danos ao consumidor. Eventualmente, podem pedir algum ressarcimento ao WhatsApp, mas até lá, devem prezar pela segurança do cliente. 

Além disso, para WhatsApp clonado por conta do chip, as operadoras têm pedido 7 dias para reativação do serviço, o que sem dúvida, traz prejuízos ao cliente. Hoje, muitos estabelecimentos comerciais trabalham diretamente com vendas por WhatsApp e, por exemplo, em um caso de desativação do aplicativo após clonagem, há prejuízos financeiros visíveis. 

Os Tribunais têm entendido que a demora na reabertura de linha, a troca de número, o tempo em que o cliente fica sem poder usar o WhatsApp e os prejuízos decorrentes disso podem contribuir para a configuração de danos morais.  

“Faz parte desse entendimento jurídico que há falha na prestação do serviço em caso de clonagem de WhatsApp através do chip. Quando o estelionatário clona uma linha de celular, ele pode usar a mesma não apenas para extorquir dinheiro dos contatos, mas também para realizar chamadas. Essas, por sua vez, podem ser cobradas do consumidor, que não as realizou. Nesse caso, pode haver cobrança indevida pela operadora telefônica. 

Há casos em que a clonagem é realizada por descuido da vítima e aí infelizmente não dá para responsabilizar operadora. Assim, é recomendável que se busque orientação jurídica especializada”, conclui.


Varejo: novas funcionalidades PIX surgem como diferencial aos comerciantes

Elidecir Rodrigues Jacques, professor de Processos Gerenciais do ISAE Escola de Negócios, fala sobre as vantagens e riscos de segurança do PIX para redes varejistas

 

Sacar dinheiro no comércio mais próximo será possível graças às novas funcionalidades do Pix, conhecidas como Pix Saque e Pix Troco. A novidade, que estará disponível para adesão da rede varejista a partir de novembro de 2021, não é obrigatória, mas garante diversos benefícios para os comerciantes que optarem por ofertar os serviços.  

“Além de não haver custo para o comerciante, os novos serviços surgem como um diferencial de mercado, podendo atrair mais clientes para dentro do comércio”, aponta Elidecir Rodrigues Jacques, servidor do Banco Central do Brasil e professor de Processos Gerenciais no ISAE Escola de Negócios. Além disso, os estabelecimentos que aderirem às novas funcionalidades Pix poderão receber de 25 a 95 centavos por cada transação realizada, a depender do banco contratado para oferecer os serviços.

Mas, se o cliente não paga pela transação e o comerciante recebe por ela, quem paga ao comerciante? Os bancos. “Ao remunerar os comerciantes pelo serviço, os bancos economizam com o custo do transporte, com a guarda de cédulas e moedas e com a gestão do numerário em si”, explica. Para ficar ainda melhor, a rede varejista não é obrigada a ofertar os serviços a qualquer momento: é possível limitar o uso em dias e horários convenientes ou definir um valor mínimo (ou máximo) de troco permitido.

Em termos de segurança, o especialista do ISAE explica que o risco é mínimo. “Observando a quantidade de transações diárias com Pix e a segurança nas transações até o momento, praticamente não há riscos de segurança”, diz. “Já a redução de numerário em circulação no estabelecimento é extremamente positiva, pois com menos dinheiro em espécie, menor a chance de um desfalque por subtração de valores”, completa Elidecir Rodrigues Jacques.


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