Pesquisar no Blog

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Síndrome de Boreout: como o tédio no trabalho pode afetar a saúde mental

Falta de demandas está entre as causas de ansiedade e frustração nos profissionais, apontam especialistas


O excesso de trabalho pode levar os profissionais a um estado de extrema exaustão, estresse e esgotamento físico, fatores capazes de desencadear a conhecida Síndrome de Burnout. Em um cenário oposto, a falta de demandas pode levar a uma condição de tédio no trabalho, a chamada Síndrome de Boreout .

A expressão vem da palavra inglesa "boring", que significa monótono, entediante. Nas empresas, pode ser aplicada a uma situação de baixo volume de tarefas cotidianas. Também é relacionada a funções que exigem do colaborador alguns dias de atuação intensa, fazendo com que no restante do tempo ele fique ocioso. Essa combinação perigosa pode afetar a saúde mental de um profissional.

Para Ricardo Basaglia, diretor geral da Michael Page, referência mundial em recrutamento especializado de executivos para posições de alta e média gerência, a prática do home office durante a pandemia pode ter contribuído para gerar apatia em alguns profissionais.

"Com as pessoas trabalhando de casa, sem o convívio social com os demais colegas e com o ambiente da empresa, é possível que surjam reflexões e, até mesmo, questionamentos sobre a produtividade e relevância de sua função dentro da organização. Ter dias menos demandados é normal. O perigo está na sensação de tédio constante", comenta.

Muitos associam essa condição de tédio à preguiça ou má vontade, mas, para o especialista em recrutamento, há muito mais a que se observar: "Nem sempre a falta de demandas é uma questão natural, do dia a dia daquela função. Podemos nos deparar com situações de superiores centralizadores ou que praticam microgerenciamento. A falta de planejamento e de organização das tarefas da equipe também pode contribuir para esse cenário", diz.

Na visão de Basaglia, é necessário que haja uma comunicação clara e direta entre os líderes e seus subordinados para que casos de ociosidade no trabalho sejam reduzidos. "Especialmente nesse momento de trabalho remoto, os gestores devem estar ainda mais atentos a seus colaboradores e procurarem formas de ampliar seus espaços de comunicação. Reuniões de feedback podem ajudar nesse processo de escuta sobre as dúvidas, anseios e questionamentos dos profissionais", afirma.

Para Basaglia, mais do que apenas pensar nos resultados da empresa, é importante que empresas e lideranças se preocupem também com o desenvolvimento de seus colaboradores. "Uma condição de tédio pode levar o profissional à frustração, fazendo com que ele desista de seu emprego e da carreira que tanto se dedicou a exercer. Como líderes, precisamos olhar para essas situações com empatia, a fim de ajudar quem está ao nosso redor", conclui.


Impactos na saúde mental

De acordo com o Dr. Lúcio Costa, superintendente médico da It’sSeg, terceira maior corretora de seguros do país especializada em gestão de benefícios, além do sentimento de frustração, o tédio pode causar transtornos mentais, como a ansiedade.

"Acredito que quando a pessoa enfrenta o tédio no trabalho, ela de fato perde comprometimento e motivação. E isso pode gerar esgotamento mental, ocasionando aumento de estresse e transtornos como a ansiedade e a depressão, por exemplo. Consequências físicas também podem surgir como fadiga, dor de cabeça e insônia, formando um grande ciclo danoso ao profissional", explica.



PageGroup

 

It’sSeg Company

https://itssegcompany.com.br



Com real digital, fronteiras no mercado financeiro se apagam e demanda por tecnologia aumenta, afirma Capco

Com maior dinamismo, é preciso usar outras tecnologias como IA, IOT e realidade aumentada para recriar experiência do cliente e agregar valor.

 

Nos últimos anos, o Banco Central do Brasil (BCB) colocou em marcha uma agenda robusta e ousada de inovação e inclusão financeira que inclui a entrada de mais empresas de pagamentos no mercado e que passa pelo Pix e Open Banking para chegar ao próximo estágio: o real digital, que deve chegar ao mercado em dois a três anos. “A moeda digital trará um impulso ainda maior de competitividade para as empresas e um novo horizonte de oportunidades”, afirma o Head do Capco Digital Lab, Manoel Alexandre Bueno e Silva. A Capco é uma consultoria global de gestão e tecnologia dedicada ao setor financeiro e está engajada em vários processos de transformação digital no Brasil e outros países, inclusive nas discussões sobre as moedas digitais de bancos centrais (CBDCs).

Segundo o executivo, essas iniciativas do BCB vão gerar mais eficiência e reduzir custos e tempos de processos. Ao mesmo tempo, levarão ao uso, pelas instituições financeiras e empresas, de tecnologias emergentes como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e Realidade Aumentada (RA). Com isso, vão recriar a experiência do cliente e agregar outros tipos de valores, completa o executivo.

“O Pix e Open Banking têm foco em aumentar a competitividade e estamos vendo o que os grandes bancos e startups estão fazendo com essa agenda, criando, por exemplo, novos produtos. O varejo vai ser mais competitivo, terá menor custo, oferecerá mais segurança e poderá oferecer mais opções para seus clientes, o que é bom para todo o ecossistema. O real digital é mais um importante passo nesse movimento”, afirma o Head do Capco Digital Lab. Um dos motivos se deve à redução do alto custo com impressão, transporte e segurança do papel moeda. Além do fato de o BC ter como meta que a moeda digital leve à criação de novos produtos e serviços.

Bueno e Silva lembra que as CBDCs têm diferenças em relação as criptomoedas já existentes. Uma diferença fundamental é que são emitidas pelo BCB em formato digital, sendo, portanto, responsável por ela. “Trata-se de uma extensão da moeda do país. Ao contrário das criptomoedas, que não têm controle centralizado, um banco central dando regras. Inicialmente, o real digital não deverá substituir o dinheiro físico. Mas quem vai ditar como vai ser em 10, 20 anos, são os usuários”, explica.

“É importante ter em mente que o sistema financeiro brasileiro é um dos mais avançados do mundo. Por exemplo, os EUA demoraram 10 anos a mais do que nós para ter biometria nos caixas eletrônicos. Logo, temos uma chance enorme de que o real digital seja rapidamente aceito pelos usuários e ainda contribua para a inclusão financeira, assim como ocorreu com o Pix”, diz.

O real digital pode viabilizar, por exemplo, pagamentos offline, para permitir transações em áreas sem acesso à internet, mas com uma camada enorme de segurança. China e Índia estão entre os países buscando criar soluções offline. “Isso poderia evoluir para uma mudança conceitual do uso do dinheiro, fazendo pagamento sem se preocupar se há internet. Isso é um potencial enorme de bancarização e digitalização. Para pequenos negócios que têm margens pequenas e em crise com a pandemia, a internet é cara. Talvez seja a grande resposta para a digitalização da população”, completa.

Bueno e Silva defende que os empreendedores vejam as mudanças como grandes oportunidades para serem protagonistas e não vítimas. “É interessante ver que eles são os que mais usam o Pix, que mais rápido perceberam como o serviço poderia ajudar nos processos deles. Recomendo que os empreendedores acompanhem o que está acontecendo e com foco nos clientes para verem como agregar valor nos produtos deles a partir do que está acontecendo no mercado com Pix, Open Banking e o real digital. E que vejam de que forma podem reduzir etapas desnecessárias, captar negócios e integrar as novidades da melhor maneira possível nos negócios”, propõe o Head do Capco Digital Lab.

O executivo prevê que o processo de uso do real digital será como o do Pix e do Open Banking. “No início do Pix, houve uso tímido, não havia muitas soluções. E caminhamos com cada vez mais produtos e usuários tendo maior confiança nesse sistema. Open Banking é a mesma coisa, estamos entrando na fase dois, em que clientes podem compartilhar seus dados com as instituições financeiras que deverão aumentar a oferta de produtos e serviços mais adequados a eles, como créditos a taxas menores. A implantação da moeda será a mesma coisa. Será o começo de uma jornada que vai caminhar para oferecer segurança, vai entrar gradativamente nas faixas da população e depois as soluções mais ousadas, como pagamentos offline”, conclui.




Capco

www.capco.com

Twitter, Facebook, YouTube, LinkedIn, Instagram e Xing


Conheça 4 impactos que o ensino à distância forçado pela pandemia pode trazer para jovens em início de carreira

Crédito: Instituto Ser +
 Especialista em capacitação profissional alerta sobre os efeitos que os últimos 17 meses remotos podem ter na vida profissional dos jovens brasileiros

 

Desde que a pandemia da Covid-19 foi decretada em março de 2020, cerca de 1.5 bilhão de estudantes ficaram fora da escola em mais de 160 países, segundo relatório do Banco Mundial. Medidas para a contenção da disseminação do vírus foram adotadas e provocaram o fechamento total de escolas em alguns países, outros apenas em zonas consideradas de risco. No Brasil, uma retomada mais abrangente das atividades presenciais foi adotada a partir desse segundo semestre, nas redes públicas e particulares.

 

Apesar da adaptação ao sistema de educação remoto emergencial, a crise pandêmica acentuou o que já era deficitário no país. Para Wandreza Bayona, Diretora Executiva do Instituto Ser +, organização não governamental focada na capacitação profissional da juventude em vulnerabilidade, a educação básica influi diretamente na construção profissional do jovem. “Lidamos frequentemente com os impactos provocados pela desigualdade social na aprendizagem dos jovens. Porém, além dessa questão que já era o cenário real do brasileiro, temos o fator extra causado pela pandemia”, explica.

 

Para a especialista, a adaptação das aulas presenciais para as aulas virtuais em um curto espaço de tempo, resultaram em adolescentes despreparados para pleitearem uma vaga de trabalho ou até mesmo terem condições básicas para ingressarem nas universidades ou cursos de capacitação profissional. Afinal, nem todos os estudantes tinham recursos e infraestrutura para acompanharem as aulas online e a interação aluno e professor foram alguns dos fatores que comprometeram o aprendizado.

 

Dados da PNAD Contínua publicados pelo IBGE registram recorde da taxa de desemprego no ano de 2020, especialmente entre jovens de 18 a 24 anos, o que corresponde a 29,8, seis pontos acima comparado a 2019. As taxas de desemprego alcançaram o maior índice desde 2012. A falta de experiência profissional dos jovens é o maior agravante, dificultando uma colocação profissional. Wandreza alerta que é possível notar na prática os impactos dos últimos 17 meses. “Hoje há uma lacuna ainda maior que nossos jovens precisarão enfrentar para terem um futuro mais igualitário e competitivo no mercado de trabalho”.

 

A especialista faz um alerta sobre os principais déficits que o público entre 15 e 29 anos pode enfrentar a curto e médio prazo e dá dicas para minimizar esses entraves e fortalecer o processo educativo.

 

1.Capacidade de escrita

As mensagens curtas, comuns nas redes sociais, condicionam o jovem a se comunicar de forma escrita com discursos cada vez mais informais e sem a estruturação necessária na construção coesiva de um texto, ou seja, com começo, meio e fim. A falta da prática da escrita e da leitura de livros influem diretamente na capacidade de interpretação de texto, necessária para um processo seletivo e para o dia a dia profissional.

 

Wandreza sugere que os jovens deixem um pouco a conexão ativa nas redes e invistam uma parte do tempo em leitura de matérias que vão ajudar com a atualização do que tem acontecido no Brasil e no mundo, livros que vão proporcionar uma linguagem mais robusta e ajudar com diferentes discursos e pelo menos uma vez por semana, escolham uma temática para escrever um texto, começando por algo que goste muito e partindo para assuntos menos comuns no dia do jovem. 

 

2.Raciocínio Lógico

As aulas de matemática vão além do cálculo, auxiliam no estímulo ao raciocínio lógico, essencial para formar um profissional capaz de manter discurso persuasivo e argumentativo. Também proporcionam a capacidade nas tomadas de decisões e elaboração de estratégias no dia a dia de qualquer segmento profissional.

 

A especialista ressalta que essas competências são avaliadas nos primeiros momentos do processo seletivo. Seja em uma avaliação aplicada, em uma dinâmica em grupo ou durante uma entrevista com o recrutador. Para ajudar a melhorar essas habilidades, além de se dedicar nas aulas e no comprometimento das tarefas, é possível correr atrás do tempo perdido focando em textos escritos a mão, práticas de resumos, interpretação de texto e jogos como caça-palavras, sudoku e jogo de xadrez.

 

3.Comunicação oral

Saber se expressar é fundamental para qualquer relação social. Seja no dia a dia com a família, com um recrutador ou com a equipe de trabalho. Porém, o rompimento instantâneo da interação do aluno e professor, com trocas imediatas para tirar dúvidas, e o convívio com colegas em sala de aula, pode dificultar o processo de construção dos discursos orais, especialmente quando se tem mais de uma pessoa no diálogo.

 

Pessoas mais tímidas podem ser as mais prejudicadas, segundo Wandreza. Para ela, é comum que os jovens enfrentem questões que o tornem introvertidos, mesmo que esse perfil não seja uma característica nata da personalidade. Não valorizar a própria história de vida é algo que certamente vai resultar em introspecção. Por isso, é importante que o jovem passe por um processo de autoconhecimento e reconhecimento do próprio histórico de vida, independentemente de qual tenha sido, para aprender a lidar com seus pontos mais fortes e trabalhar os outros. Dessa forma, a especialista garante que o jovem tem condições de ser protagonista da própria vida.

Este, inclusive é um dos métodos presentes em todos os cursos e mentorias dadas pelo Instituto Ser +.

 

4.Comportamento e questões emocionais

Viver em comunidade é uma tarefa importante para o desenvolvimento humano. Esperar a vez do outro, respeitar hierarquias, saber se posicionar e lidar com suas frustrações e ansiedades, sem prejudicar as relações humanas é necessário para uma vida adulta. O jovem precisa mostrar que é capaz de aprender a lidar com as lapidações necessárias no ambiente profissional. Afinal, ele está em processo de desenvolvimento pessoal e profissional.

 

A ruptura da rotina, o medo do novo e a necessidade imediata de mudar a forma convencional de interação com o mundo afetou diretamente o emocional das pessoal. Segundo o estudo Global Student Survey, que ouviu 16,8 mil estudantes de 18 e 21 anos em 21 países, 7 em cada 10 estudantes universitários brasileiros declararam que a pandemia trouxe impacto na saúde mental, tornando o território com maior índice (76%). Desses, 87% apresentaram aumento de estresse e ansiedade.

 

Segundo Wandreza, a faixa etária de maior risco emocional é a juventude. Pois é nesta fase da vida que além das mudanças hormonais, os jovens passam pelas indecisões de escolha de carreira e a ansiedade, comum entre eles, para o tão sonhado primeiro emprego. 

A busca por profissionais que podem ajudar a equilibrar esses questionamentos, emoções e receios pode ajudar. Traçar um plano real do estado de vida atual e uma provisão a médio e longo prazo vai ajudar cada jovem a lidar com as expectativas e projetá-lo para uma perspectiva pessoal e de carreira.

 


Instituto Ser +


Colaboração na educação

Uma das razões da falta de efetividade do Plano Nacional de Educação (PNE) quanto ao cumprimento das metas estabelecidas é a dificuldade que o país tem de colocar em prática o regime de colaboração. O Art. 205 da Constituição Federal (CF) é muito claro quando afirma que, para oferecer uma educação de qualidade, é preciso trabalhar em colaboração. Quem melhor faz isso no Brasil é o estado do Ceará. Um dos frutos dessa colaboração entre o estado e os municípios é o exitoso programa de alfabetização das crianças cearenses.

Não é por falta de instrumento que os estados e municípios brasileiros não conseguem colocar em prática o regime de colaboração. O Art. 7º do PNE, em seu inciso 7º, ressalta a existência dos chamados Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADEs) como um instrumento que pode ser estratégico para esta finalidade. Os arranjos são um modelo de trabalho em rede no qual um grupo de municípios com proximidade geográfica e características sociais e educacionais semelhantes buscam trocar experiências, planejar e trabalhar em conjunto – e não mais isoladamente –, somando esforços, recursos e competências para solucionar as dificuldades na área da educação. 

Desde 2009, algumas regiões brasileiras, prefeituras, escolas e educadores já vêm trabalhando de acordo com essa concepção, porém tais iniciativas decorrem muito mais do resultado da articulação da sociedade civil com os municípios do que de uma ação organizada e induzida pelo Ministério da Educação, órgão que poderia coordená-las nacionalmente.

Mas agora surge uma real possibilidade de isso acontecer, em função da homologação, por parte do ministro da Educação Milton Ribeiro, do parecer produzido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre esse tema, que propõe de maneira clara diretrizes operacionais para colocar em prática este valioso instrumento de colaboração entre municípios. E isso se dá num momento muito oportuno, em que mais do que nunca os municípios vão precisar trabalhar em conjunto para vencer os déficits de aprendizagens que foram fortemente ampliados por conta da pandemia.

Esse modelo colaborativo de atuação no campo da educação tem se mostrado particularmente importante para os pequenos municípios brasileiros, que sofrem com a falta de recursos humanos e financeiros. Os resultados verificados nos últimos dez anos podem ser encontrados no livro do pesquisador da FGV-SP Fernando Luiz Abrucio, Cooperação intermunicipal – experiências de arranjos de desenvolvimento da educação no Brasil (Curitiba: Instituto Positivo, 2017). Trabalhando juntos, eles têm conseguido enfrentar com mais eficiência os desafios comuns, especialmente na redução das desigualdades educacionais.

 


Mozart Neves Ramos - membro do Conselho Nacional de Educação, titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira da USP-Ribeirão Preto e membro do Conselho de Governança

 

10 dicas para ter um bom desempenho na redação do Enem

A pouco mais de dois meses para a aplicação do teste, redação ainda gera dúvidas e ansiedade. Professor do SAS Plataforma de Educação ajuda na preparação

 

A prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) será aplicada no dia 21 de novembro, para quem já está inscrito, e no dia 9 de janeiro de 2022, para isentos e ausentes no exame de 2020. Para auxiliar e tirar as dúvidas dos jovens que se preparam para essa importante etapa do Enem, o professor de Letras e coordenador de Integração Pedagógica do SAS, Vinícius Beltrão, lista algumas dicas para facilitar a produção do texto.   

“A redação do Enem é temida por muitos estudantes, mas pode ser mais tranquila quando o vestibulando sabe como estruturar o texto. O tema é surpresa, mas o treino constante vai deixar o jovem mais confiante e preparado para abordar qualquer assunto. Entender o que os avaliadores esperam do texto, conhecendo detalhadamente o edital, é fundamental também”, explica o professor.  

Veja abaixo 10 dicas para ter um bom desempenho na redação.     

 

1.Ler os textos motivadores com atenção – “Esses textos servem para instrumentalizar o estudante, para situá-lo no contexto, na ideia a ser discutida. É importante refletir bastante com a leitura e, a partir disso, desenvolver seu raciocínio. Cuidado para não copiar ou parafrasear nenhum trecho, pois isso pode prejudicar na sua nota e, até mesmo, anulá-la.” 


2. Ficar atento ao tema - “Fugir do tema é algo que pode acontecer sem que percebamos e é falha grave no Enem. Sabe aquela frase em negrito na proposta final? Para não esquecer sobre o que precisa discorrer, escreva-a no centro da sua redação, assim você estará ‘de olho’ o tempo todo e evitará tangenciar o tema. Não esqueça de apagar depois, ok?” 

 

3. Conhecer o gênero cobrado na prova - “O gênero escolhido pelo Enem é o dissertativo-argumentativo. A tese deve ser estabelecida logo de início e desenvolvida a partir de fatos consistentes com uma proposta de intervenção ao final. Trazer qualquer outro gênero textual (crônica, poema, receita e outros) pode acarretar a anulação.”  


4. Ter atenção ao tamanho da redação - “Poucas linhas ou muitas linhas? Depende do seu repertório e conhecimento do tema. Escrever menos de sete linhas é insuficiência de repertório, assim como ultrapassar as linhas estabelecidas, diminuir a letra no meio do caminho e outras peripécias também vão prejudicar. Procure organizar o seu texto em quatro ou cinco parágrafos: introdução/tese, dois ou três de argumentação/desenvolvimento e o último para a conclusão/proposta.” 

 

5. Revisar as regras gramaticais – “Com certeza você demonstrou o seu conhecimento da norma culta ao longo de todo o exame, mas aqui você precisa ser impecável na escrita, isto é, atenção ao uso da pontuação, acentuação, grafia, concordância e termos adequados. Se precisar recorrer a alguma gíria ou termo incomum (estrangeirismo, por exemplo), destaque-o entre aspas para mostrar ciência e a intenção do uso. Não abuse, afinal 1/5 da sua nota depende disso.” 

 

6. Organizar as ideias e argumentos que pretende apresentar – “A hora da organização é agora! Deixar as ideias claras e ordenadas é uma grande oportunidade para ter uma excelente nota. Lembre-se que cada parágrafo representa uma ideia e elas devem se relacionar entre si. É o que chamamos de coerência. Um exemplo fácil é o desenvolvimento: cada parágrafo deve trazer um fato, contexto ou ideia que sustente e justifique o seu posicionamento sobre o tema. Esgotou aquele argumento? O próximo deve vir em outro parágrafo.” 

 

7. Estude a constituição brasileira – “Somos seres sociais vivendo numa sociedade cheia de desafios. Esse é o lema do Enem, um exame que provoca o estudante a pensar nos problemas e se posicionar criticamente diante deles. Assim, para não ser pego de surpresa, estude bastante a nossa constituição e os direitos humanos. Eles vão aparecer com recorrência nas questões e, na redação, sua posição e proposta de resolução da situação-problema devem ser pautadas nos princípios que os documentos propõem. Nada de discurso de ódio ou justificativas vazias.” 

 

8. Lembre de propor uma solução ao problema indicado – “Concluir ou resolver? Resolver, sempre! Diferente de muitos vestibulares, a redação do Enem pede que você vá além da conclusão de ideias. Seu texto deve finalizar com uma proposta de intervenção, ou seja, o problema apresentado precisa de uma solução e não importa quanto tempo leve e/ou quantas pessoas envolva. Seja otimista ao enxergar solução para tudo, mas com cuidado para não propor algo utópico e impossível. É importante ser racional e consciente. A sugestão é responder a essas perguntas na hora de elaborar a proposta de intervenção: ‘o quê? quem? como? para quê?’. Não tem erro.” 

 

9. Acompanhe o noticiário - “Pessoas que tem repertório tem o mundo nas mãos. A maravilha do nosso tempo é ter uma avalanche de informações na palma da mão a qualquer hora ... e a preocupação é o que fazer com essas informações. Então, procure sempre se atualizar sobre tudo o que está ocorrendo, principalmente no Brasil. O tempo está corrido? Está difícil ler ou assistir a um telejornal? Hoje em dia temos podcasts e redes sociais com influenciadores e empresas que sintetizam as informações e facilitam o nosso corrido dia a dia. Cuidado na hora de selecionar quem vai seguir, pois alguns perfis podem trazer a informação já com algum juízo ou opinião disfarçados. Confie desconfiando e questione sempre!” 

 

10. Deixe o título por último - “O título na redação do Enem é opcional, então você pode colocar na sua ou pode já iniciar seu texto. Se optar por usar título, saiba que ele conta como linha e, obviamente, deve representar sua redação. Vamos pensar nele como a embalagem de um presente. É interessante, chama a atenção, mas não é o principal. E tal como uma embalagem, já pensou como seria mais fácil pensar no título no final? Depois de escrever todo o texto ficará mais fácil enxergar um título adequado. Não sofra tentando escolher o título primeiro. Além de perder um tempo precioso, você pode se limitar no desenvolvimento do texto.”, conclui o coordenador do SAS. 

 


SAS Plataforma de Educação  

 

5 em cada 10 PMEs sofreram com aumento da inadimplência de seus clientes na pandemia, revela pesquisa da Serasa Experian

45,2% dessas empresas identificaram que o crescimento foi de mais de 50% neste período. Carta e telefone são os canais de cobrança mais utilizados pelos empreendedores brasileiros na pandemia

 

Uma pesquisa especial da Serasa Experian, feita em junho de 2021, revelou que cinco em cada dez (49,4%) micro, pequenas e médias empresas brasileiras identificaram crescimento da inadimplência de seus clientes (consumidores e empresas) na pandemia. 45,2% desses empreendedores calcularam que este aumento na falta de pagamento de seus clientes foi de mais de 50% no período, veja mais informações no gráfico abaixo:

Na pesquisa realizada em junho, entre as micro, pequenas e médias empresas que sentiram o aumento da inadimplência de seus clientes na pandemia, o comércio se destacou, relatando um crescimento de 52,7%. Na visão por regiões, o Nordeste também apareceu na liderança, com alta de 51,8%, resultado acima da média nacional. Confira abaixo todos os detalhes sobre os demais segmentos e regiões:


O levantamento também mostrou que, antes da pandemia, 66,8% das empresas de menor porte costumavam cobrar as dívidas em aberto presencialmente. Agora, a estratégia que elas preferem para tentar recuperar a dívida é por meio de carta ou telefone (52,1%), seguido pelas plataformas digitais (13,2%).

De acordo com o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas e Identidade Digital da Serasa Experian, Cleber Genero, é fundamental que as empresas invistam em métodos eficientes para recuperar o dinheiro e manter o fluxo de caixa equilibrado. “É um momento muito delicado para todos, mas é importante que os empreendedores continuem mantendo contato com seus clientes inadimplentes, pois essa aproximação muitas vezes facilita o recebimento das contas evitando prejuízos aos negócios. Sabemos que é bastante desafiador estabelecer um processo de cobrança funcional, no entanto, conhecer a carteira de clientes e o melhor canal de contato de acordo com o perfil de cada um é a forma mais adequada de começar”, diz Genero.

Além disso, ainda segundo o executivo, também é essencial pensar no passo anterior, ou seja, ter boas estratégias no momento da concessão do crédito para identificar com mais segurança a probabilidade de pagamento de determinado cliente, evitando problemas e prejuízos financeiros aos negócios. Ferramentas disponíveis no mercado, como o Score 2.0 da Serasa Experian, ajudam a tornar a concessão de crédito mais eficiente e assertiva.

21% das PMEs ficaram inadimplentes por conta da pandemia
A pesquisa da Serasa Experian também mostrou que, por conta dos desafios da pandemia, a inadimplência se tornou uma realidade para 21% das micro, pequenas e médias empresas. O comércio lidera essa situação, veja na tabela abaixo a visão detalhada por segmentos:



Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, as empresas do comércio e serviços foram as que mais ficaram inadimplentes por causa da pandemia. Por terem um contato mais direto com o consumidor final, as medidas de distanciamento social, bem como os lockdowns, acabaram prejudicando bem mais estes setores do que a indústria, a qual ainda pode contar com o mercado externo para o direcionamento de seus produtos.

Rabi reforça ainda que a inadimplência funciona como uma cadeia e que, com a ponta final, isto é, as empresas comerciais e de serviços tornando-se mais inadimplentes, todo o ecossistema pode acabar se prejudicando. “Se o comércio e os serviços devem para os seus fornecedores, estes acabam incorporando tal aumento de custo em seus produtos. Sendo assim, as MPMEs vão pagar mais caro e repassar essa alta do valor para seus clientes finais. Mais ainda, se os seus clientes se tornam inadimplentes, os empreendedores terão de priorizar pagamentos que possibilitem a continuidade de sua operação, postergando outros pagamentos que julgarem menos relevantes. A chance desse processo virar uma bola de neve é alta”, finaliza o economista da Serasa Experian.


Metodologia
Foram entrevistados executivos de 505 micro, pequenas e médias empresas em todo o país, que tandem consumidores, empresas ou os dois públicos. Participaram representantes dos segmentos de Serviços, Comércio Varejista, Comércio Atacadista e Indústria. O levantamento foi feito em junho de 2021.


Serasa Experian disponibiliza o Mentoria PME
A Serasa Experian disponibiliza aos donos de pequenas e médias empresas o Mentoria PME, uma série videoaulas gratuitas que auxiliam a retomada financeira destes empreendimentos. O programa aborda temas como meios de pagamento e inadimplência, otimização de serviços para recuperação de dívidas, marketing digital para crescer com os recursos disponíveis, estratégias e automatização de processos por meio de ferramentas online e como ter mais eficiência na gestão dos negócios para manter a saúde financeira. Qualquer pessoa pode ter acesso, basta fazer o cadastro no site.


Sobre a área de PME na Serasa Experian
Utilizando o poder dos dados para trazer mais precisão e segurança na tomada de decisão dos negócios, a Serasa Experian possui uma área voltada exclusivamente para atender as necessidades das micro, pequenas e médias empresas brasileiras. São soluções adequadas para quem precisa crescer a carteira de clientes, proteger o negócio, monitorar clientes e fornecedores e recuperar dívidas. Além disso, a área promove uma série de conteúdos e webinars gratuitos, auxiliando os empresários a encontrarem oportunidades e enfrentarem os desafios do mercado.

 

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Dia Nacional de Conscientização do Retinoblastoma

 

18 de Setembro


Hospital do GRAACC lança cartilha para orientar sobre a importância do diagnóstico precoce em casos de câncer nos olhos

Quando diagnosticado em estágio inicial e tratado em centros especializados, as chances de cura da doença superam 90%


Para celebrar o Dia Nacional de Conscientização do Retinoblastoma (18/09), o Hospital do GRAACC, referência no tratamento de casos de alta complexidade do câncer infantojuvenil, acaba de lançar uma cartilha digital (https://bit.ly/retinoblastoma-graacc) com informações sobre os principais sintomas e como identificar precocemente a doença, que é um tipo de câncer nos olhos, considerado o terceiro mais comum entre crianças com até três anos de vida. São cerca de 250 novos casos diagnosticados anualmente, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Se detectado em estágio inicial e tratado em centros especializados, as chances de cura passam de 90%.

"O diagnóstico precoce é imprescindível em qualquer tipo de câncer, pois quanto mais cedo for descoberto maiores são as chances de cura. No caso do retinoblastoma, em mais de 60% dos casos, o tumor pode causar leucocoria, que é um reflexo anormal da pupila quando exposta à luz conhecido como ‘reflexo do olho de gato’. É perceptível em fotos com flash por meio de um brilho branco diferente no olho da criança", comenta a Dra. Carla Macedo, oncologista pediátrica do GRAACC.

A boa notícia é que o tratamento de câncer nos olhos, em casos diagnosticados em estágios iniciais e intermediários, têm avançado substancialmente na última década. O Hospital do GRAACC possui um dos mais modernos centros de tratamento do retinoblastoma, comparado aos principais serviços existentes em países da Europa e nos Estados Unidos. Experiência de 10 anos na aplicação da quimioterapia intra-arterial, procedimento minimamente invasivo que injeta a medicação diretamente na artéria oftálmica agindo direto no foco da doença, com mais de 1500 quimio-cirurgias realizadas. "Esse procedimento, juntamente com a quimioterapia sistêmica, quimioterapia intraocular e as demais técnicas de tratamento local, reduz, em média, para 20% as necessidades de enucleação, que é a remoção do globo ocular", afirma Dr. Luiz Teixeira, oftalmologista do GRAACC.


PRINCIPAIS SINTOMAS

Os cuidados com os olhos, desde os primeiros dias de vida da criança, são fundamentais. "O exame de fundo de olho é o mais indicado na rotina de consultas com o pediatra para diagnosticar em estágio inicial qualquer alteração ocular nos bebês. Independente do surgimento ou não de sintomas aparentes é muito importante também que pais e responsáveis levem a criança para avaliação de um oftalmologista no primeiro ano de vida", alerta a oncologista pediátrica.

Alguns sintomas podem revelar alterações oculares que devem ser investigadas. Os mais comuns são:

Reflexo branco na pupila: (reflexo do olho de gato). Pode ser percebido quando o olho da criança aparece com um brilho branco diferente em fotos tiradas com flash e, também, por meio de um exame oftalmológico. É considerado um dos principais sinais de retinoblastoma.

Estrabismo: desvio ocular que pode acontecer por conta da fraqueza do músculo que controla o movimento do olho, sendo o retinoblastoma uma das raras causas.

Proptose: deslocamento anterior do olho na cavidade da órbita.

Outros sinais também merecem atenção como, por exemplo: problemas de visão; aumento do tamanho do olho, dor nos olhos; vermelhidão da parte branca do olho e sangramento na parte anterior do olho.


TRATAMENTO

Como centro de referência no tratamento do câncer infantojuvenil, o Hospital do GRAACC possui equipe multidisciplinar especializada e todas as modalidades terapêuticas necessárias: quimioterapia intravenosa, quimioterapia intra-arterial, intravítrea, braquiterapia, laser e crioterapia.

"Um dos grandes avanços no combate ao retinoblastoma é a quimioterapia intra-arterial. Um microcateter é introduzido, normalmente em um acesso na virilha, e por meio de micronavegação é posicionado na artéria oftálmica do olho onde será injetada a medicação quimioterápica que tem concentração 80 vezes maior que a quimioterapia sistêmica. Geralmente são suficientes de 3 a 5 sessões para a remissão do câncer", explica Dra. Carla.

O tratamento varia de acordo com cada caso e pode contemplar também: quimioterapia sistêmica que combina medicamentos administrados por via oral ou intravenosa; radioterapia; braquioterapia com dispositivos contendo material radioativo; terapia a laser; crioterapia e, como último recurso, a enucleação para a extração cirúrgica do globo ocular.


RETINOBLASTOMA

Apesar de raro, é o tipo mais comum de câncer no olho em crianças, independentemente de sexo ou etnia. É formado na retina e 95% dos casos ocorre em crianças de até 5 anos. A maioria dos casos o retinoblastoma é unilateral, ou seja, se manifesta em apenas um dos olhos. 30 a 40 % restantes afetam os dois olhos (bilaterais). Também pode ser hereditário, o que ocorre em aproximadamente 40% dos casos.

A Classificação Internacional de Retinoblastoma intraocular é um sistema de estadiamento que divide os casos em 5 grupos:

A - Tumores pequenos na retina, de até 3 mm de diâmetro, que não estão perto de estruturas oculares importantes.

B - Tumores na retina maiores que 3 mm, mas próximos de estruturas oculares importantes.

C - Tumores definidos, com pequena dispersão sob a retina ou para dentro do material gelatinoso que preenche o olho.

D - Tumores grandes ou mal definidos com humor vítreo comprometido ou acometimento sub-retiniano longe do tumor retiniano. A retina pode se desprender da parte de trás do olho.

E - Tumor muito grande que se estende até perto da parte frontal do olho, é hemorrágico ou causa glaucoma, ou tem outras características que indicam a impossibilidade de o olho ser salvo.

 

A inflação subiu, e agora, como proteger meus investimentos?

Basta uma visita ao supermercado ou abastecer o carro, por exemplo, que constatamos que a inflação chegou de vez no Brasil. Na prática isso significa que compramos hoje menos produtos ou serviços que comprávamos num passado recente. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice que mede a inflação oficial no Brasil comprova isso, ele saltou de aproximadamente 4% ao ano para mais de 9% no valor acumulado dos últimos 12 meses.

É uma alta de mais de 100%. Como essa alta da inflação impacta seus investimentos?

De imediato podemos concluir que se você aplicou em setembro de 2020 e até agosto de 2021 teve um retorno abaixo de 9,68%, significa que teve uma perda do poder de compra, ou seja, sua aplicação não foi suficiente para acompanhar a alta da inflação.

Mas, a boa notícia é que existem opções no mercado financeiro para se proteger ou amenizar os efeitos negativos da inflação. Abaixo, falo um pouco sobre eles.

 

Títulos Públicos: NTN-B e Tesouro IPCA

O investimento mais tradicional para cumprir a função de proteção à inflação são os títulos públicos indexados ao IPCA, como as NTN-Bs e o Tesouro IPCA. Ambos podem pagar juros semestrais, ou o valor investido mais os juros no vencimento do título.

Para termos uma ideia, hoje o Tesouro Direto IPCA com vencimento em 2026 paga uma taxa de IPCA+4,53%, isso significa um rendimento bruto de 14,65% nos últimos doze meses. Nada mau, não é? Calma, apenas esta informação não é determinante para escolher este título na hora de investir. 

No exemplo acima, para o investidor ter de fato a taxa de IPCA+4,53% ele precisa carregar o título até o vencimento em 2026, caso contrário ele estará sujeito às oscilações de mercado e  elas podem ser muito intensas. Portanto, essa não é uma boa opção para formar a reserva de emergência, por exemplo, ao mesmo tempo, se levado até o vencimento ela oferece 100% de proteção contra a inflação e ainda paga um prêmio de risco.

 

CDB – LCI – LCA

Outra opção disponível aos investidores são os CDBs, LCIs e LCAs indexados ao IPCA. Diferente do Tesouro IPCA e das NTN-Bs, os títulos bancários CDB, LCI e LCA geralmente não possuem liquidez, sendo possível o resgate apenas no vencimento do papel. Isso pode ser um problema caso necessite sacar o dinheiro imediatamente, mas se estiver alocado em uma parcela da sua carteira da qual não necessita de liquidez eles podem ser uma excelente alternativa pois, normalmente, pagam taxas maiores do que os títulos públicos, possuem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até R$250.000,00 por instituição e por CPF e no caso das LCIs e LCAs ainda são isentas de IR.

 

Debêntures

Debêntures são títulos de créditos emitidos por empresas, é uma forma das empresas captarem dinheiro diretamente dos investidores ao invés de recorrer a um banco. Elas podem ser atreladas a diferentes indexadores, mas neste caso vamos nos ater a aquelas indexadas ao IPCA. 

Estas, assim como CDB, LCI e LCA, normalmente não possuem liquidez, portanto, o investidor deve carregar o título até o vencimento. As debêntures não possuem garantia do FGC e por possuírem esse fator de risco adicional normalmente pagam taxas maiores do que às dos títulos bancários. Vale ressaltar que existem debêntures do tipo incentivadas, as quais são isentas de IR assim como as LCIs e LCAs.

Ao escolher uma debênture muitos fatores devem ser levados em consideração, como o momento da empresa, qual a destinação dos recursos, qual o cenário para o setor no qual a empresa está inserida, qual o rating desta companhia entre outros. Por isso, uma alternativa para os investidores acessarem o mercado de debêntures é fazê-lo via fundo de investimentos. 

Falo um pouco sobre isso logo abaixo.

 

Fundos de Investimentos

Sempre que optamos por investir em fundos, estamos delegando a gestão do recurso a especialistas, os quais, normalmente, possuem mais aptidão e informação para lidar com as variáveis de mercado. Neste caso, um fundo de inflação pode investir em diversos títulos, os quais visam proteger o capital do investidor de variações no IPCA, por exemplo. Mas é importante saber que apesar de terem liquidez este produto é para longo prazo, a fim de capturar as oscilações da inflação no decorrer do tempo uma vez que no curto prazo podem apresentar bastante volatilidade. 

 

Fundos imobiliários - FII

Por fim, mas não menos importante, podemos destacar os fundos imobiliários. Os fundos de tijolo, que alugam seus espaços para empresas ou pessoas geralmente possuem em suas cláusulas de aluguel algum tipo de correção monetária, geralmente IPCA ou IGP-M e este último acumula alta de 31,12% nos últimos 12 meses, por exemplo. Essa indexação tende a corrigir os dividendos pagos pelos FIIs ao longo do ano valorizando o capital investido.

Essa lógica também ocorre para muitos fundos de papel, mas é muito importante conhecer bem o tipo de fundo, quais são os ativos que compõem sua carteira e se ainda assim estiver inseguro é importante saber que caso ainda não possua o conhecimento necessário para analisar este produto é possível investir em fundos de fundos de FII, ou seja, em FIIs que investem em outros FIIs, assim o gestor faz essa análise por você e distribui o capital de acordo com sua estratégia.

Desequilíbrios macroeconômicos, como aumento da inflação, sempre são desafios para os investidores, sejam eles experientes ou não. Assim, conhecer as alternativas de investimentos como as apresentadas acima podem trazer enormes benefícios para seus investimentos.

 


Diogo Santos - assessor de investimentos da iHUB, escritório credenciado à XP. 


Posts mais acessados