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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Como será a volta ao trabalho após a pandemia?


Imagine que você receba uma mensagem de seu gestor informando que no próximo dia primeiro — pode ser de qualquer mês — você deve retornar às suas atividades em seu ambiente de trabalho físico, ao local onde trabalhava antes do home office. O que você espera encontrar? Como será o reencontro com seus colegas? E, em termos de gestão, o que será que mudou ou mudará?

Nossa intenção neste artigo é discutir o papel da área de gestão de pessoas no que diz respeito à volta do colaborador, às tendências e possíveis ações que poderão ser tomadas após o controle da pandemia do coronavírus.

As mudanças em função da Covid-19 ocorreram de forma muito rápida. Não houve tempo hábil, como profissionais de gestão de pessoas, para refletir e estudar as melhores alternativas, escolher as mais adequadas e discuti-las com os envolvidos. Tudo aconteceu de maneira tão veloz que tem gente que ainda nem se conscientizou das mudanças pelas quais passamos, estamos passando e, principalmente, pelas que virão no tocante ao trabalho e à gestão das pessoas.

Se outras áreas sofreram impacto — a de gestão de pessoas, posso afirmar — foi uma das mais atingidas, pois todas as empresas mexeram em seus quadros de pessoal, alterando atividades e colocando a maior parte, quando possível, em home office; algumas já fizeram demissões, outras estão planejando isso agora e muitas outras as farão após o retorno dos trabalhadores aos seus postos. Logo, se a área de gestão de pessoas sofreu de forma muito marcante neste processo de mudança, também deverá responder de maneira ainda mais contundente às necessidades da empresa e dos colaboradores em todo esse processo.

A tendência é que se perceba o trabalho a distância de forma mais positiva do que se via até então, que se reconheçam as vantagens desta categoria de labor — entendidas antes da pandemia como pouco significativas. Muitos torciam o nariz quando se aventava instituir o home office. Hoje, entretanto, empregados e empregadores, com certeza, já pensam diferente. Não cabe discutir se o trabalho remoto é positivo ou negativo ainda, mas sim que foi possível e que foi factível fazer a alteração do local e tipo de trabalho executado até então.

Outro olhar recai sobre as tecnologias que temos disponíveis: as que funcionaram, as que precisam ainda de muito investimento ou aquelas que só necessitam de pequenos ajustes para servir aos objetivos de se mudar a forma de como e onde o trabalho é ou será realizado. Ficou claro o quanto somos dependentes delas e como nos tornaram independentes de uma cadeira e uma baia dentro da empresa para produzirmos. Essa área, a de TI, aliada à gestão de pessoas, conquistará grandes espaços em um breve futuro.

A volta dos colaboradores à empresa, aos seus postos de trabalho, não se dará de forma única e irrestrita, ou seja, cada empresa está decidindo quando e como isso ocorrerá. Mas, voltaremos todos, em tempos e formas diferentes. E, diferente também, será nossa percepção de como é trabalhar ao lado de outras pessoas, de ter um lugar fixo numa empresa, de ter uma rotina mais controlada e menos flexível. E, talvez isso faça com que as pessoas passem a inquirir suas empresas do porquê não poderem ter mais flexibilidade.

Cabe à gestão de pessoas pensar nesse momento de retorno, como o de um recomeço. Alguns colaboradores regressarão com mais dores e perdas do que ganhos. Outros, mais maduros e seguros, outros ainda, desconfiando de tudo e de todos. Assim, se quem tem a responsabilidade de cuidar das pessoas dentro da empresa ignorar todos esses impactos, nossa volta pode ser mais traumatizante do que nossa vinda para trabalhar em casa.

Alguns se questionam se haverá aumento de pessoas que atuarão em home office depois do controle da pandemia. Para Fabiana Marin, consultora empresarial com 20 anos de experiência em Gestão de Pessoas, a resposta é positiva. “Haverá um misto entre presencial e teletrabalho. No passado as empresas não acreditavam que os colaboradores pudessem ser produtivos se trabalhassem de seus lares, mas isso mudou”, explica. Desta maneira, cabe à gestão de pessoas ensinar seus colaboradores a como atuar longe das instalações da empresa, capacitá-los não apenas na área técnica, mas especialmente, visando seu lado humano, pois precisam estar preparados psicologicamente para essa nova etapa de suas carreiras.





Ademir Bueno - professor dos cursos de Gestão Estratégica Empresarial e Administração do Centro Universitário Internacional Uninter


Dólar alto antecipa vendas de soja de 2020 e 2021


 Divulgação
A moeda americana flertando com os R$ 6,00 fez com que, em média, 20% da safra para outras temporadas já fosse vendida


O dólar, que atualmente gira em torno de R$ 5,60, perto dos R$ 6,00, tem causado impulsos na venda das safras de soja não apenas deste ano, como de 2021 também, com a desvalorização cambial compensando as perdas em bolsa.

De acordo com Esalq/BM&FBovespa, calculado pelo Cepea, esta oleaginosa está cotada a menos de US$ 9 o bushel em Chicago – a saca negociada em Paranaguá (PR) supera R$ 95, com alta acumulada de 6,65% na parcial do mês de março.

Por conta desses baixos preços, de 20% a 33%, a depender da região, o esperado para as próximas temporadas já foi comercializado, o que aumenta as fixações em reais para o ano que vem.
Em todo o país, algumas regiões têm maiores percentuais dos seus custos em dólar do que outras, como o Centro-Oeste. Em Mato Grosso do Sul e Rondônia, há um percentual de custo em dólares bem maior do que no Sul.

O Mato Grosso está no topo da lista de estados nos quais a colheita de 2021 está mais adiantada. De acordo com os dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), 20,27% da safra estava comercializada até o último dia 9 de março. No mesmo período de 2019/2020, o valor observado era de 2,45%.


Trocas

A valorização do dólar em relação ao real ajudou no preço das exportações, mas também enfraqueceu e desacelerou a troca positiva por insumos, isso por conta da desvalorização da soja em dólar e da valorização internacional de fertilizantes.

Dados apurados pela INTL FCStone Inc., empresa de serviços financeiros customizados e gerenciamento de volatilidade, tendo como base o Porto de Paranaguá, no Paraná, demonstram que, desde o início do ano, o valor em dólar da ureia aumentou 10% e o do MAP, 17%. Diferentemente do cloreto de potássio (KCl), que teve baixa de 16%. Em reais, houve aumento de 16% na ureia, de 25% no MAP e queda de 9% no KCl.

Expectativas
Ainda para o final deste semestre, mais precisamente o início de junho, o que se espera é que as menores demandas façam as peneiras vibratórias das produções de soja diminuir o ritmo, acompanhando a baixa prevista para a movimentação do mercado, já que a participação dos países mais ativos no momento deve abaixar, podendo gerar um cenário mais favorável aos produtores de grãos do Brasil.



Rodolfo Milone

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