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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Quarentena muda a percepção do brasileiro sobre o morar e registra aumento na procura por casas


Durante o período, mercado observou que casa com área verde se tornou desejo de possíveis novos moradores; Profissionais de arquitetura ensinam como avaliar o imóvel antes de comprar 



Casa com área verde realizada pela arquiteta Isabella Nalon | Foto: Julia Herman

Uma nova tendência no mercado imobiliário surgiu com a quarentena imposta pela pandemia do Covid-19 no Brasil: desde abril, a busca por casas maiores aumentou em relação aos anos anteriores, de acordo com os dados informados pelas principais imobiliárias de São Paulo. Os números comprovam: no Imovelweb, a busca por casas na Vila Mariana (capital paulista) passou de 4%, em abril de 2019, para 57% do total no mês passado. Na Lello, a busca por casas subiu 41% entre janeiro e abril deste ano

Além de espaços mais amplos, a vontade de ter mais quartos e o sonho de um quintal demanda planejamento. “Fica evidente que a tendência de apês pequenos deixou uma lacuna na vida nos moradores, que precisaram abdicar de espaço nesses imóveis. Além disso, a análise desses dados demonstra que as pessoas desejam ter a sua própria estrutura, em detrimento da proposta atual de compartilhar áreas comuns nos edifícios”, relativiza Cristiane Schiavoni, à frente do escritório de arquitetura que leva o seu nome.

Atentas ao novo movimento do mercado, que refletem às expectativas do morar pós-pandemia, Cristiane Schiavoni e as arquitetas Isabella Nallon, à frente do Isabella Nalon Arquitetura, Júlia Guadix, do escritório Liv’n Arquitetura, e Carina Dal Fabbro, do Carina Dal Fabbro Arquitetura, expõem suas experiências e pontos que devem ser observados para a realização dessa mudança.


  1. Primeiros passos
A primeira dica é unanimidade entre as profissionais consultadas: antes de começar a busca da sonhada moradia, é imprescindível fazer uma lista de necessidade dos moradores. Ter em mente o que se quer x o que realmente precisa.

Nesta lista entram pontos que englobam a estrutura da futura residência, como o número de quartos desejados, banheiros e a existência ou não de escada, como também questões fundamentais como a localização. “Essa lista auxilia na eliminação dos imóveis que não estão de acordo com a nova demanda e possibilita focar nas oportunidades que realmente poderão atender. “Gosto de orientar para que meus clientes usem a internet e pesquisem as distâncias da possível residência para o local de trabalho e a escola das crianças, bem como analisar sobre a rua, o bairro... Apenas depois disso é hora de sair para conhecer as opções”, revela Isabella Nalon.

Na hora da visita, tudo precisa ser analisado de forma minuciosa para não cair em erros. Tendo o imóvel atendido aos desejos, outros fatores devem ser levados em consideração antes do fechamento do negócio. A arquiteta Júlia Guardix relaciona que a segurança deve fazer parte. “Pesquisas na internet e conversas com vizinhos são muito recomendadas para se aprofundar nas questões de boa convivência, criminalidade no bairro e a existência de empresas que realizam rondas. Além disso, é interessante quando a casa já oferece sistema da câmera, internet e um portão automático eficaz para a abertura e o fechamento”, detalha.


  1. Olhar atento na visita ao imóvel
 

 Desejo de uma área verde para cultivar uma horta e um jardim. Projeto: Isabella Nalon | Foto: Julia Herman


Como estamos falando de uma casa pronta que passará apenas por reformas, ao entrar no imóvel o futuro comprador precisa seguir com outra lista em mãos. “Quem está saindo de um apartamento deseja, impreterivelmente, ter mais contato com sol e o verde”, relata Carina Dal Fabbro.

Por isso, a visita se configura como uma oportunidade para verificar a existência de uma área verde – ou a perspectiva de construí-la –, bem como saber sobre a presença do sol. “Onde e em quais momentos a luz solar incide nos ambientes da casa? É muito desconfortável, principalmente nessa época de outono, quase inverno, ter uma casa gelada, resultado do pouco sol que o imóvel recebe. Além do conforto térmico, o sol é muito importante para quem tem o desejo de um quintal com gramado, um jardim... o sonho não pode ser frustrado”, adiciona Carina. Ainda sob esse aspecto, visitar o imóvel em diferentes horários e dias da semana é o ideal.

Mofos e infiltrações são sinônimos de problemas na saúde do imóvel e geralmente estão relacionados à falta de ventilação e infiltração. “Em muitos casos não basta somente ‘arrumar as paredes’, pois as situações podem reincidir e serem prejudiciais para moradores comorbidades respiratórias”, comenta a arquiteta Cristiane Schiavoni.

Avançando etapas, a saúde do imóvel deve ser avaliada. O telhado não pode ser esquecido, pois a falta de manutenção do antigo morador pode ter ocasionado telhas quebradas ou caibros acometidos por cupins, por exemplo.

Para Isabella, a idade do imóvel também diz muito sobre ele e permite que o profissional de arquitetura saiba mais sobre os métodos construtivos e materiais utilizados na obra. A infraestrutura também pede bastante atenção aos futuros moradores, que precisam avaliar com muito cuidado a parte elétrica e hidráulica. “Avaliar se a fiação já foi refeita alguma vez – assim como o quadro de luz, verificar se a tubulação de água ainda é de ferro ou cobre e observar a capacidade e material da caixa d´água, são itens fundamentais antes de selar a compra”, reforça a profissional.


  1. Olhar profissional
Geralmente, quem está em um processo de compra nunca gosta de fechar negócio sozinho. Além de contar com as impressões de familiares e amigos durante as visitas ao imóvel, o olhar profissional transmite a segurança.

Para tanto, arquitetos realizam esse tipo de consultoria e uma análise criteriosa para avaliar não só o estado do imóvel, como também a viabilidade das reformas dentro do contexto almejado pelo proprietário. “Hoje em dia vivemos essa experiência gostosa de integrar a área social da casa com uma varanda e ter uma cozinha dos sonhos. Mas muitas vezes a existência de pilares e outras condições, que compõem a planta original da residência, podem inviabilizar esses planos”, explica Júlia Guadix.

No campo burocrático, apurar a documentação do antigo proprietário e do imóvel evita dores de cabeça no futuro. Além disso, a conferência na prefeitura indica a validação (ou não) do habite-se e a existência de impostos atrasados.



  1. Hora da reforma
É fato que o estado e a configuração do imóvel antigo não oferecerão as condições plenas para a mudança no novo morador, que precisa considerar a execução de reformas. Todavia, todo o processo precisa fazer valer o investimento para que, em algum dia, as benfeitorias executadas possam beneficiar o novo proprietário em uma futura venda.

Ao fechar a compra, o melhor caminho não é realizar a reforma por conta, mas sim contratar um profissional especializado. Contar com a experiência de um escritório de arquitetura assegura a decisão pelo melhor projeto e planejamento dentro do orçamento disponibilizado pelo cliente. “O lado financeiro do cliente norteia o projeto e a escolha dos materiais. Minha equipe trabalha para ajustar o melhor dentro da verba disponível e sem gastos extras que não estava previsto”, conta Cristiane.

Junto com o arquiteto, os moradores devem informar o que gostam da casa antiga e o que almejam para o melhor estudo de layout. Além da planta baixa, o projeto 3D facilita o entendimento do cliente, que consegue enxergar o resultado da obra.



  1. Como economizar

Orçamento disponível conduz todas as escolhas para a obra. Foto: Pexels


A primeira dica para quem está com o orçamento enxuto é ter clareza e estabelecer as necessidades e orçamento. “Sempre digo para os clientes que, em hipótese alguma podemos economizar na infraestrutura. Quando trabalhamos em com investimento mais curto, os ajustes acontecem na escolha dos revestimentos e na finalização da obra. De forma alguma podemos apresentar alguma inconsistência na reforma”, preocupa-se Cristiane.

Ainda no quesito revestimentos, a compra da quantidade completa para a instalação nas paredes e pisos colabora para uma melhor negociação. Nesse volume, um mesmo porcelanato, por exemplo, pode ser utilizado para os ambientes de salas, varanda e dormitório, traduzindo em amplitude e a sensação de continuidade.

Por fim, durante o processo de decoração a economia pode se fazer presente na decisão pelas peças que irão compor o mobiliário, nos itens de iluminação e objetos de decoração.




 
Carina Dal Fabbro
(11) 3078-8922
@carinadalfabbroarq


Cristiane Schiavoni Arquitetura
Tel.: (11) 3649 4900
@cristianeschiavoni


Isabella Nalon Arquitetura
Tel.: (11) 3060-8313
@isabellanalon


Liv’n Arquitetura
Tel.: (11) 94537-0101
@ livn.arq



Geração de caixa através dos tributos em meio a pandemia


Mesmo antes da pandemia do COVID-19 que surpreendeu o mundo com sua capacidade de disseminação, espera-se que, no Brasil, existam possibilidades de redução da carga tributária, sem que seja necessária discussão judicial que, consequentemente, passa por um longo caminho processual até que o contribuinte tenha o efetivo resultado. No entanto, após o anúncio das medidas governamentais, no âmbito tributário, em razão do novo coronavírus, que já temos ciência, como as postergações de recolhimento e as reduções de alíquotas, vários setores se viram, de alguma forma amparados, a fim de ao menos conseguirem pensar numa estratégia de sobrevivência. Para alguns as medidas são suficientes e para muitos não chega nem no início do pensamento de uma sobrevida.

O que as empresas, com exceções, necessitam, é de geração de caixa como medida imediata e é imprescindível saber que, a possibilidade existe por iniciativa própria e dentro da lei.

No âmbito contencioso, empresas no país, possuem demandas judiciais com teses tributárias buscando a inexigibilidade de tributos e inúmeras delas, como exemplo, lançaram mão da tutela jurisdicional no que diz respeito à exclusão do ICMS da base de Cálculo do PIS/COFINS que, inegavelmente, trouxe suntuoso benefício para quem já obteve o trânsito em julgado da medida. Para quem não chegou a este estágio, resta a opção de não usufruir do benefício no momento ou optar pela utilização do crédito mediante compensação, com risco de ser questionado pelo fisco, mesmo havendo permissivo no processo. Havendo questionamento do fisco, é cediço que existe um enorme embasamento jurídico para defesa. Sendo assim, o que pode ser considerado como medida imediata de geração de caixa, dentro da lei, que não apresente risco de questionamentos pelo ente tributante, sem necessidade de propositura de ação judicial? É possível? Estas indagações podem ser respondidas de forma sólida, positivamente. Vejamos algumas das medidas plausíveis:

Há tempos existe o questionamento do recolhimento do INSS sobre verbas de natureza indenizatória, que dá ensejo ao não recolhimento. No judiciário, há um enorme volume de ações questionando a natureza indenizatória de várias verbas, no entanto, três delas já se apresentam sedimentadas, bastando executar o levantamento dos arquivos fiscais da empresa para apuração do crédito, são elas: aviso prévio indenizado, 1/3 férias constitucional e os 15 dias de auxílio doença.

Outra possibilidade é a apuração de crédito de PIS/COFINS não cumulativo, no que tange a essencialidade e relevância de produtos e serviços. Para cada segmento empresarial, existe um rol extenso de itens passíveis de geração de crédito, apurado também, nos arquivos fiscais da empresa.

As duas hipóteses, referem-se aos impostos federais, onde os créditos, existentes de acordo com o regime tributário da empresa, compreendem o período retroativo de 5 anos, podem ser compensados com PIS, COFINS, IR e CSLL, e os créditos apurados a partir de agosto de 2018 podem ser compensados com o INSS a recolher, através da compensação cruzada.

Em qualquer caso, é preciso estar ciente da legislação aplicável, a fim de que se profira o levantamento e aproveitamento do crédito dentro dos parâmetros legais.

Sendo assim, em momento de tamanha escassez econômica, imprescindível a união dos esforços e compartilhamento de informações de benefícios efetivos e as hipóteses aqui avençadas representam possibilidade eficiente de geração de caixa, sendo executadas com critério a vista da legislação.





Viviane Torres - advogada no Torres & Torres Sociedade de Advogados


Especialista relata a importância de se atualizar durante o período de quarentena


Alexandre Slivnik ressalta que o distanciamento tem um prazo, e em breve, os profissionais mais habilidosos estarão de volta ao mercado de trabalho


É muito difícil prever os próximos meses com toda situação que o todo o mundo está vivendo. Com isso, muitas empresas e colaboradores ficam inseguros com o futuro e as possibilidades. Negócios fecham e pessoas acabam perdendo seus empregos devido a quarentena. Além disso, a saúde mental pode ser afetada por tudo isso.

Alexandre Slivnik, especialista em gestão de pessoas e vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e desenvolvimento (ABTD), ressalta sobre a importância de se manter firme e com confiança para os próximos meses. “É essencial que o medo seja um agente que impulsione as atitudes nesse período, mas que não seja algo paralisante. Quem optar por utilizar essas inseguranças para criar oportunidades e desenvolver as habilidades, será ainda mais valorizado quando tudo isso acabar”, relata.

Com o distanciamento social e um bom tempo em casa, é possível utilizar esse tempo para aprimorar e desenvolver competências que vão fazer toda a diferença quando a situação estiver normalizada. Slivnik recomenda inserir pelo menos uma hora na rotina para dedicar a isso, com cursos profissionalizantes, leituras, palestras ou qualquer coisa que possa ajudar no processo. Nas últimas semanas muitos conteúdos foram disponibilizados gratuitamente na internet, o que facilitou o acesso a esses materiais.

Ainda assim, não é difícil ver que muitos profissionais ainda serão desligados ou terão suas jornadas de trabalho reduzidas por conta de um cenário que algumas empresas realmente não conseguem suportar. Um estudo recente do SEBRAE resultou no cálculo de que pelo menos 600 mil pequenas empresas vão fechar devido a COVID-19 e, por consequência, terão que demitir funcionários até mesmo a distância.

Por esse motivo, Alexandre destaca a importância de se manter atualizado e com boas conexões. “O perfil do profissional que consegue se recolocar no mercado de trabalho mais facilmente é aquele que tem uma boa rede de relacionamento e que não fica na zona de conforto, mas se esforça para inovar. Pessoas com habilidades são valorizadas por qualquer companhia”, revela o especialista.

O período requer paciência e cautela, além de toda a criatividade para sair dele com maior experiência e mais capacidades de crescimento. “Não será algo definitivo e trará aprendizados. Daqui em diante, as pessoas vão entender que é preciso guardar mais dinheiro, investir em educação e se conectar de forma mais intensa. De certo, as coisas irão mudar.”, finaliza.






Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É membro da Society for Human Resource Management (SHRM) e da Association for Talent Development (ATD). Palestrante e profissional com 19 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, ÁFRICA e JAPÃO, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston/ EUA). www.slivnik.com.br

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