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sábado, 2 de maio de 2020

Aula a distância. E agora?


Nos últimos dias, tenho recebido muitas mensagens de colegas professores pedindo ajuda para utilizar a tecnologia para o planejamento de suas aulas. “Como posso gravar um vídeo?”, “Qual o melhor programa ou aplicativo?”, “Como prender a atenção dos estudantes em uma live?”, “Como fazer uma live?”

Enfim, inúmeras dúvidas que estão chegando para que eu possa auxiliá-los de alguma maneira. Sim, esse cenário é atual, estamos em meados de abril e em plena quarentena nos resguardando da pandemia do coronavírus que assola nosso país e o mundo. Esses tipos de pedidos de ajuda esporadicamente chegavam a mim e, normalmente, surgiam na própria sala de aula, em disciplinas relacionadas ao uso de tecnologias ou vinham de algum colega mais próximo. Mas, e agora? Como dar aula a distância se não estou preparado para isso?

Presenciar essas mudanças aumenta minha crença na importância de formar professores para o uso das tecnologias na educação. Dedico minha pesquisa acadêmica a esse tema por pelo menos quatro anos e venho sustentando essa teoria de que professores precisam ter em sua formação inicial o contato com a educação a distância ou buscar em uma formação continuada esse conhecimento.

No entanto, nessas últimas semanas, participar dessa disrupção na educação, em que professores têm que readequar sua prática para dar aulas, mudar suas estratégias e metodologias, traz a certeza da importância da formação do professor para o uso das tecnologias. Parece tão simples ligar o celular, conectar a câmera e gravar uma aula, “Você vai conseguir se virar sozinho, é fácil, não é possível que não entenda”. Mas sabemos que não é fácil e nem simples, pois somos capazes de perceber que nos exige um mínimo de conhecimento e de expertise.

As escolas estão se adaptando à nova demanda, as políticas públicas estão abrindo portarias para a legislação educacional, a educação a distância está mais presente do que nunca. Professores estão gravando aulas e ensinando de suas casas, os alunos aprendendo de suas casas. O MEC driblou a LDB e autorizou as escolas de educação infantil e ensino fundamental a substituir aulas presenciais por aulas a distância. Grupos de professores e especialistas estão se unindo para disseminar conhecimento, com dicas, lives e encontros de como dar aula em vídeo.

Vemos que medidas estão sendo tomadas, há uma transformação na educação que está mexendo com todos e percebemos que o trabalho virtual requer capacidades que não foram alcançadas para este novo contexto.

Formar professores oriundos de outra geração para atuação no contexto atual evidencia-se como uma das problemáticas para a equipe gestora. Este cenário ainda é repleto das tendências educacionais, que se configuram com a incorporação de novas roupagens para as temáticas de necessidade constante de inovação nas práticas pedagógicas, com discursos de ambientes enriquecidos com tecnologias.

Talvez os professores não tenham tido a oportunidade de realizar uma formação específica para atuar na EAD. Quando são convidados para ministrar disciplinas na EAD, percebemos que apresentam uma certa resistência com a atuação nessa modalidade e com a utilização das tecnologias educacionais. São profissionais que possuem uma vasta experiência no ensino presencial, mas que nunca atuaram nesse campo.

São docentes formados em licenciaturas, mas que não cursaram uma disciplina da grade curricular de seu curso de formação inicial, que visasse a utilização das tecnologias educacionais como base a utilização de ambientes virtuais ou como recurso para o ensino de diversas disciplinas a distância. Consequentemente, deparam-se com esse conhecimento em uma formação continuada, fator este gerador de preconceitos com esta modalidade.

Diante desses fatos, concluímos que são novos tempos e precisamos nos reinventar. Depois que tudo passar, será o momento para dar mais valor à EAD e buscar por formações complementares para auxiliar com a tecnologia, com a inovação e estar preparado para essas transformações.






Mariane Regina Kraviski - mestre em Educação e Novas Tecnologias e professora da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.


Empatia em momentos de crise financeira


Esqueça os julgamentos e foque em como pode ajudar

Em momentos em que o medo reina, é preciso ter empatia pelos que estão a sua volta. A recente quarentena para reduzir a propagação da Covid-19 está causando grandes impactos na vida da população, principalmente trabalhadores.
“Muitas empresas estão mandando funcionários embora, visto que o trabalho não pode ser feito e não há como manter o normal funcionamento com o decreto de que todos devem permanecer em casa”, afirma Madalena Feliciano, gestora de carreira e CEO da Outliers Careers e IPCoaching.

Nesse momento, é preciso ter empatia tanto com os que estão em casa quanto com quem não pode parar de trabalhar para sustentar sua família, pois não é possível saber quanto tempo a situação de crise irá durar e a maioria não pode contar com a sorte.

Basta se colocar no lugar do próximo, evitando julgamentos e conselhos genéricos. Entender que nem todos tem a opção de largar toda a sua vida por medo de se contaminar é o primeiro passo.

A resposta que mais envolve empatia, para as empresas, é oferecer a opção de trabalho home office, a fim de respeitar as regras de quarentena e manter os empregos.

“Com adaptações e empatia de ambos os lados, é possível manter a questão financeira sob controle! Foque-se em cuidar de si mesmo e da sua família sem se deixar levar pelo desespero”, finaliza Madalena.






Madalena Feliciano – Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta
Rua Engenheiro Ranulfo Pinheiro Lima, nº 118, Ipiranga/SP.


Jovens lideram as compras online durante a quarentena


Millennials e Centennials saem na dianteira como as gerações que aumentaram suas compras online em decorrência do Covid-19, entre a população geral há cautela no consumo de bens e aumento no consumo de mídia pelo mundo
 

Centennials e Millennials, jovens adultos entre 18 e 34 anos, têm uma expectativa maior quanto a participação mais proativa das marcas na sociedade, em comparação com outras faixas etárias, indica a sétima edição do Kantar Thermometer. Segundo o estudo online, realizado em mais de 50 mercados pelo mundo, 48% dos Centennials e dos Millennials esperam que as marcas sejam exemplos e guias de mudança e 39% que elas usem seu conhecimento para explicar e informar sobre o atual cenário.
 

O que os consumidores esperam das marcas?
Fonte: Kantar COVID-19 Barometer

Os hábitos de consumo de mídia das gerações mais jovens também se acentuaram com o distanciamento social. TV e canais digitais têm atenção dividida e amplificada entre eles, como fonte de entretenimento e informação. Millennials e Centennials declaram ter aumentado o consumo de quase todos os meios, o que significa um aumento maior em relação ao das outras faixas etárias.

 
Mídias sociais - Com seus "desafios" que geram engajamento em massa, o TikTok se tornou uma forma de entretenimento rápido e de socialização digital em tempos de isolamento social para a geração mais jovem, mas o uso do YouTube e Instagram continua crescendo devido ao aumento das lives - transmissões ao vivo que incluem exercícios, receitas de culinária e, claro, os shows de música.

Como a situação atual do coronavírus impactou no seu uso das redes sociais?
 

 
Entre a população geral, cautela no consumo - Em tempos de isolamento social e quarentena, os consumidores têm realizado menos visitas aos pontos de venda, resultando em compras maiores por viagem.
 
Fonte: Kantar | Semana 12 de dezembro a 6 abril | Raw Data Index

As compras online continuam ganhando destaque. Na América Latina, o e-commerce cresceu 3,3 vezes nas quatro semanas após o isolamento social (semana de 6 de abril, em comparação com a semana de 9 de março). Entre os latino-americanos, 78% declararam que devem continuar a utilizar o e-commerce no futuro. No Brasil, esse índice chega a 82%.


Um olhar para mídia -
A pandemia de Covid-19 se espalhou pelo mundo e, conforme as medidas de isolamento social são adotadas pelos países, o consumo de mídia aumenta. A audiência de TV, por exemplo, segue crescendo no mundo inteiro, em relação ao mesmo período do ano passado. No Brasil, o aumento chega a 19%.

Aumento de tempo de consumo de TV em relação ao mesmo período de 2019
 

Kantar - Media Division TV Audience Measurement ATS

Assistir TV é um comportamento social e, em um momento em que as pessoas estão socialmente distantes, o comportamento de assistir televisão com outras pessoas da mesma residência cresceu. O aumento na audiência de indivíduos acompanhados cresceu 36% no Brasil, na comparação entre o período de 2 a 8 de março e 13 a 19 de abril.

Ao olharmos para o rádio neste período de isolamento, vemos que o meio exerce diversas funções, com um papel diferente para cada faixa etária. Entre os mais jovens, o rádio nesse momento é para ouvir música; já os jovens adultos estão ouvindo por que têm mais tempo livre e para se informar sobre Covid-19; enquanto os mais velhos escutam para se informar de acontecimentos gerais. 


Digital: Atividade Publicitária

Na publicidade online, as categorias relacionadas a atividades fora de casa foram impactadas negativamente, enquanto lojas de departamento aumentaram sua presença.
 

A sétima edição do Kantar Thermometer já está disponível no site http://br.kantar.com/covid-19/, que traz atualizações frequentes sobre os impactos do novo coronavírus.


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