No
inverno risco de doenças cardíacas aumenta; Medicina Nuclear conta com exames
para diagnóstico precoce
De acordo com a cardiologista e médica nuclear da DIMEN, Priscila Cestari Quagliato, isso acontece, pois as baixas temperaturas fazem com que o sistema cardiovascular trabalhe mais para manter o equilíbrio térmico do corpo. “A vasoconstrição - processo em que os vasos se contraem para impedir a perda do calor – é uma reação de defesa natural ao frio, mas que pode resultar em uma sobrecarga do coração em casos específicos”, explica a médica.
Existem exames
cardiológicos que permitem a detecção precoce de problemas cardiovasculares,
como o teste ergométrico. Mas algumas populações, como pacientes hipertensos
por exemplo, podem apresentar alterações do eletrocardiograma relacionadas ao
aumento crônico da pressão arterial e em alguns casos, até relacionadas a
hipertrofia (aumento da musculatura do coração) gerando dúvida diagnóstica.
Nessa situação, exames de imagem tem um papel o importantíssimo.
A Medicina Nuclear conta
com dois exames que podem auxiliar de forma precisa a detecção das doenças
cardiovasculares, prevenindo eventos catastróficos como o infarto, sendo eles:
a cintilografia de perfusão miocárdica e o PET/CT cardíaco. Conheça:
Cintilografia de perfusão miocárdica
Este exame avalia a
circulação sanguínea do coração. É realizado em repouso – com a administração
endovenosa de um material com baixa radioatividade – e após o estresse – seja
por atividade física em esteira ergométrica ou simulação desta por meio de
medicamentos, para os casos em que o paciente não consegue realizar o esforço
físico (por dificuldades motoras, por exemplo).
"A cintilografia
capta imagens do coração e avalia se o fluxo de sangue está preservado e, em
caso de redução de fluxo (a chamada isquemia), permite identificar qual a
coronária deve ser tratada", esclarece.
PET/CT
O PET-CT (Tomografia por
Emissão de Pósitrons e Tomografia Computadorizada) utiliza uma glicose
radioativa por via endovenosa, que permite diferenciação com extrema precisão
entre cicatriz pós- infarto do músculo do coração; de músculo ainda vivo. O
resultado deste exame auxilia o cardiologista na decisão de investir em um
procedimento de revascularização para restabelecer o fluxo de sangue para a
área doente, permitindo assim a sua recuperação quando ainda há músculo vivo.