Uma doação de
sangue pode salvar 4 vidas, alerta Hemomed
No mês mundial de alerta para a doação de sangue, o
Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, maior centro privado de
atendimento ao câncer no país, destaca que uma doação de sangue pode salvar
quatro vidas.
No Brasil, 1,8% da população doa sangue enquanto a
meta da OMS- Organização Mundial da Saúde é de 3%. Ao mesmo tempo, 35 milhões
de pessoas realizam transfusão de sangue. O mês de junho vermelho foi escolhido
com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a necessidade de doação e
agradecer aos voluntários pela atitude de salvar vidas.
Junho laranja e vermelho alerta para a anemia e a necessidade da doação
de sangue / Foto: Divulgação
Os hemocomponentes do sangue
doado
Segundo o hematologista Adelson Alves, presidente
do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia,após a doação, o sangue é
processado, ou seja, separado e se transforma nos seguintes hemocomponentes: o
plasma, as hemácias, o crioprecipitado e as plaquetas.
As hemácias são utilizadas em pacientes que fazem
cirurgias ou com anemias graves e nas hemorragias; o plasma é aplicado em
pacientes com distúrbio de coagulação; os crioprecipitados são transfundidos em
pacientes com deficiência de um fator de coagulação específico ou falta de uma
proteína chamada fibrinogênio e as plaquetas são usadas em pacientes com câncer
ou que necessitem de transplantes.
Qualquer pessoa pode doar sangue desde que esteja
com boa saúde de acordo com o hematologista do Hemomed, porém, existem
algumas restrições que visam manter a saúde de quem doa e evitar riscos para
quem recebe o sangue.
O presidente do Hemomed destaca as condições
importantes a serem observadas na doação: estar em boas condições de saúde, ter
entre 16 e 69 anos, ter peso igual ou maior que 50 quilos, não estar
amamentando e não ser gestante e não ter feito tatuagem ou piercing nos últimos
6 meses. Ele informa ainda que o doador não pode ter tido hepatite após os 11
anos e não ser diabético com uso de insulina, estar alimentado aguardando pelo
menos 2 horas após a refeição, ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24
horas e não ter feito procedimento ou exames com utilização de endoscópio nos
últimos 6 meses.
E por que é tão importante
doar?
Para o hematologista do Hemomed,doar sangue é um
gesto de solidariedade, respeito e cidadania. É oferecer ajuda sem interesse
próprio sabendo que pode ser a única esperança de quem precisa. “O sangue e
seus componentes são fonte vital para os seres vivos. Até hoje a ciência não
conseguiu reproduzir esse elemento de forma artificial eficiente. Sem a doação,
os atendimentos a politraumatizados e cirurgias do coração e transplantes não
poderiam ser realizados”, destaca.
Anemia
No mês de junho, a cor laranja da campanha da OMS
alerta para a conscientização sobre a prevenção e tratamento da anemia.
Segundo o hematologista Adelson Alves, presidente
do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, a anemia é classificada em
duas categorias: a hereditária ou a adquirida ao longo da vida. As hereditárias
referem-se a alterações genéticas na fabricação do glóbulo vermelho como a
Talassemia ou Anemias do Mediterrâneo comuns em indivíduos com ascendência
italiana, portuguesa e libanesa ou ainda temos a Anemia Falciforme comum em
africanos.
Nas anemias adquiridas, o hematologista destaca
como causas carência de nutrientes, alterações da medula óssea como as
leucemias ou outras doenças como a falta de ferro ou de vitamina B12, doenças
renais crônicas e alterações da tireoide.
O tratamento indicado depende do tipo e da extensão
da doença, podendo incluir reposição de vitaminas, cirurgias, transfusões de
sangue e até o transplante de medula óssea.
No Brasil, 50% das crianças
têm anemia
Dados da OPAS- Organização Panamericana de Saúde
indicam que 40% a 50% das crianças brasileiras menores de 5 anos possuem
anemia. Entre as gestantes a incidência é de 30% a 40%. Estudos no município de
São Paulo apontam para o crescimento da anemia em crianças menores de 5 anos,
que cresceu de 22% no ano de 1974, passando para 35% em 1984 e chegando a 46%
atualmente.
Uma das maneiras de prevenir a doença é oferecer
sais de ferro para suplementar a dieta. O Ministério da Saúde recomenda a
medida para toda criança entre seis meses e 2 anos de idade.
Um novo estudo, realizado por uma equipe da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sinaliza, no entanto, que poucas
famílias seguem o conselho. Ou o seguem mal.Somente 5,6% das crianças de até 2
anos fazem essa suplementação, uma parcela muito abaixo da meta perseguida pelo
Ministério da saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário