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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Problema ocular afeta estrutura da córnea e pode comprometer visão

Pixabay

Esfregar os olhos e alergias são fatores relacionados à doença


A ceratocone é uma alteração progressiva do formato e arquitetura da córnea. O problema atinge uma em cada duas mil pessoas, sendo que é mais comum entre o fim da infância e o início da idade adulta. “Qualquer indivíduo pode ser acometido pela doença, porém é mais frequente na população de origem asiática”, aponta Dra. Heloisa Russ, médica oftalmologista.  

A origem da disfunção está associada a uma combinação de fatores genéticos, ambientais e hormonais. Em cerca de 7% dos casos verificam-se antecedentes familiares da doença, já dentre os possíveis fatores ambientais estão esfregar os olhos e alergias, como rinite.

Sintomas
Imagem desfocada, visão dupla, miopia, astigmatismo e fotossensibilidade estão entre os principais sintomas. Além disso, em alguns casos aparece cicatriz na córnea e linha pigmentada.

Dra, Heloisa explica que o problema pode ser diagnosticado por meio de exame oftalmológico na lâmpada de fenda, reninoscopia (esquiascopia), ceratoscopia computadorizadas e tomografias de segmento anterior.

Tratamento
Na fase inicial, a doença pode ser corrigida com óculos ou lentes de contato. Segundo a especialista, à medida que a doença avança podem ser necessárias lentes de contacto específicas para a doença e, quando necessário, o ‘crosslinking’ - tratamento que estaciona a progressão da doença.

Na maior parte das pessoas, a doença estabiliza ao fim de alguns anos, sem que ocorram problemas graves de visão. Em casos relativamente raros, pode ocorrer cicatrização da córnea, sendo necessário um transplante de córnea. “Apesar de suas incertezas, o ceratocone pode ser administrado com sucesso com diversas técnicas clínicas e cirúrgicas, geralmente causando pouco ou nenhum prejuízo na qualidade de vida do paciente”, afirma a oftalmologista.




Dra. Heloisa Russ - Possui uma densa formação acadêmica, é graduada em Medicina pela UFPR, fez Residência Médica em Oftalmologia pela Unicamp, onde também realizou Mestrado e Sub-especialização em Glaucoma. Em seguida, se tornou Doutora pela USP e Pós-Doutora pela Unifesp. A médica oftalmologista é membro de diversos Conselhos e Associações, dentre os quais estão o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a Sociedade Latino-Americana de Glaucoma, a ARVO (The Association for Research in Vision and Ophthalmology) e a Sociedade Brasileira de Glaucoma. Dra. Heloisa Russ é também autora de artigos científicos e capítulos de livros na área de Glaucoma e Oftalmologia Social. Além disso, é rofessora associada da pós-graduação da UFPR e da Unifesp.

De mãe para filho: doenças verticalmente transmissíveis comprometem saúde e vida do feto


Diagnósticos precisos conferem maior segurança a quem deseja engravidar


Gerar um filho é sonho da maioria das mulheres, mas essa fase exige mudanças e diversos cuidados com a saúde. Alimentação balanceada, atividade física orientada e um extenso calendário de consultas passam a fazer parte da rotina da mulher.

No rol dessas mudanças, os exames diagnósticos figuram como protagonistas não apenas na avaliação do desenvolvimento do feto, mas para controle da saúde da mãe e na detecção de doenças verticalmente transmissíveis. “A avaliação criteriosa da gestante é imprescindível, pois existem diversas doenças, que muitas vezes a mulher nem sabe que é portadora, e podem ser transmitidas durante a gestação ou no parto. O ideal é que a paciente que planeja ter um filho realize alguns exames antes mesmo de engravidar”, comenta a ginecologista obstetra, Lea Amaral Camargo.

A toxoplasmose, doença infecciosa que pode ser adquirida principalmente por meio de alimentos crus ou mal lavados, como peixe ou carne crua, pode causar malformações importantes, especialmente se adquirida no primeiro trimestre de gravidez. Embora tenha tratamento, os efeitos colaterais também são indesejáveis e intensos. Já a rubéola, se adquirida no primeiro trimestre da gravidez, gera riscos de malformações gerais que podem causar surdez, retardo no crescimento intrauterino e problemas cardíacos e de visão. Por afetar o diretamente feto, também é comum abortamento e parto prematuro.

A temida febre Zika causa microcefalia no feto, uma má-formação associada ao retardo mental em 90% dos casos. A malformação fetal também pode ser causada pelo Citomegalovírus, além dos riscos de surdez, retardo mental e epilepsia.

Algumas infecções sexualmente transmissíveis também são de alto risco para o feto. A sífilis, além de aumentar o risco de parto prematuro ou aborto, pode provocar surdez, hidrocefalia e anomalias nos dentes e nos ossos. Já o herpes genital pode ser transmitido para o feto durante a gestação ou no momento do parto, se a mãe estiver com a doença ativa, causando sequelas na pele e cérebro.

O HIV, vírus presente em mais de 827 mil pessoas no Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2016, pode ter risco reduzido de transmissão da mãe para o feto, se forem administrados medicamentos antivirais durante a gestação. Porém, ainda assim, o bebê não pode ser amamentado no peito, porque o vírus é transmitido pelo leite.


Exames moleculares garantem maior precisão no diagnóstico 

“A prevenção, por meio de vacinas e cuidados, sempre será a melhor alternativa para a saúde. No entanto, a detecção precoce de uma doença também colabora consideravelmente para o tratamento da mãe e prevenção da saúde do feto”, comenta a ginecologista. Com esse objetivo, os médicos vêm contando com o auxílio da biologia molecular na obtenção de resultados mais rápidos e precisos.

Exames moleculares conseguem detectar patógenos em amostras de locais onde nem sempre o agente infeccioso é percebido com facilidade. “Testes baseados na tecnologia de PCR em tempo real podem detectar, em alguns casos, o DNA do agente patológico mesmo que a pessoa não tenha desenvolvido a doença. Além disso, os resultados costumam ficar prontos em algumas horas”, revela o especialista do laboratório da Mobius Life Science, Lucas França. A empresa desenvolve e distribui kits para exames diagnósticos que detectam infecções sexualmente transmissíveis, o citomegalovírus, diversos tipos de herpes e do HPV.

O grande diferencial do exame molecular com genotipagem para HPV é capacidade de identificar 36 tipos do vírus, entre eles 18 com alto risco de evolução para câncer. Além disso, é um importante aliado na prevenção do câncer de colo de útero, causado principalmente pelos tipos 16 e 18 do vírus: com um resultado negativo no teste molecular, mais sensível e completo que o Papanicolau, a mulher pode ficar de três a cinco anos isenta de repetir o procedimento.





Mobius Life Science


Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita alerta para diagnóstico precoce em recém-nascidos


Referência no assunto, Hospital e Maternidade Santa Joana tem obtido sucesso em 90% das cirurgias de cardiopatias congênitas


A cardiopatia congênita é uma doença que consiste na anormalidade na estrutura ou função do coração. Todos os anos, mais de 21 mil bebês precisam de algum tipo de intervenção cirúrgica para sobreviver. Para alertar sobre a enfermidade durante o período gestacional e os meios de diagnosticá-la precocemente, no dia 12 de junho é celebrado o Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita.

O Hospital e Maternidade Santa Joana é uma das principais referências no país em cuidados de malformações cardíacas. Além de oferecer os mais variados exames de diagnóstico, realiza todos os tipos de cirurgias para o tratamento das cardiopatias congênitas. Desde 2012, mais de 200 procedimentos foram realizados em recém-nascidos. “Temos obtido sucesso em mais de 90% das cirurgias para correção de cardiopatias congênitas no período neonatal”, afirma Dr. José Cícero Stocco Guilhen, especialista em cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Santa Joana.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos 29 mil bebês que nascem no Brasil têm cardiopatia congênita. Porém, para maioria das cardiopatias congênitas, a causa não é identificada, pois podem incluir vários fatores: genéticos, uso de medicamentos e drogas, doenças maternas - diabetes e lúpus -, e infecções como rubéola e sífilis. Também são considerados mais susceptíveis às cardiopatias congênitas os bebês que nasceram com doenças cromossômicas, como a síndrome de Down. Essas enfermidades podem interferir no momento da formação do coração fetal, que ocorre nas primeiras oito semanas de gravidez.

Entre as malformações mais comuns estão as comunicações interatriais e as comunicações interventriculares, além de doenças como a estenose pulmonar e a tetralogia de Fallot. Os sintomas são falta de ar, cansaço, ponta dos dedos e lábios azulados, modificações no formato do tórax, suor e, no caso dos bebês, cansaço entre as mamadas. “Essas más formações ocorrem devido a falhas no desenvolvimento embrionário de uma estrutura cardíaca normal. Com isso, o desenvolvimento estrutural e funcional do restante do sistema circulatório pode ficar comprometido”, afirma Dr. Guilhen.

Diagnóstico Precoce
O diagnóstico precoce das cardiopatias congênitas pode ser feito ainda na vida fetal. Os exames de ultrassom morfológico realizados rotineiramente nos primeiro e segundo trimestres gestacionais fazem o rastreamento da má formação no coração do bebê. Se existir suspeita de alguma anormalidade, o segundo passo será realizar um ecocardiograma do coração do feto. Esse exame permite avaliar e detectar detalhadamente as anormalidades estruturais da função cardíaca. “Por isso, é fundamental acompanhar a saúde do bebê antes mesmo dele nascer, como propõe o Centro de Medicina Fetal do Santa Joana. Neste serviço, uma equipe multiprofissional especializada realiza desde consultas de acompanhamento de rotina até os mais sofisticados exames e, diante da descoberta de qualquer problema, como uma cardiopatia congênita, o acompanhamento da gestação será mais intenso para que a saúde e o bem-estar do bebê e da mãe sejam preservados com o máximo de segurança possível”, afirma Dr. Guilhen.

Além disso, os bebês têm à disposição toda a moderna infraestrutura hospitalar da UTI Neonatal do Santa Joana, que conta com o protocolo de atendimento segmentado cardíaco e equipe altamente especializada para atender casos relacionados. Para os procedimentos cirúrgicos, ainda há a máquina de circulação sanguínea extracorpórea, garantindo que a função do coração do bebê não seja comprometida durante a realização de procedimentos que necessitem de intervenções no órgão. O equipamento desvia o sangue não oxigenado do paciente e devolve sangue reoxigenado para a circulação. Ou seja, ele desempenha temporariamente o papel do coração para que o bebê seja operado. 

“Após o nascimento, também é importante continuar a investigação. Para isso, é realizado o teste do coraçãozinho, onde um equipamento de oximetria de pulso é colocado na mão direita e, em um dos pés do bebê, para medir a quantidade de oxigênio no seu corpo. Esse exame, associado à realização do ecocardiograma, ajudam os médicos a confirmarem se existe ou não problemas no coração do bebê”, conclui Dr. Guilhen.




Hospital e Maternidade Santa Joana


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