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Esfregar os olhos e alergias são fatores relacionados à doença
A ceratocone é
uma alteração progressiva do formato e arquitetura da córnea. O problema atinge
uma em cada duas mil pessoas, sendo que é mais comum entre o fim da infância e
o início da idade adulta. “Qualquer indivíduo pode ser acometido pela doença,
porém é mais frequente na população de origem asiática”, aponta Dra. Heloisa
Russ, médica oftalmologista.
A origem da
disfunção está associada a uma combinação de fatores genéticos, ambientais e
hormonais. Em cerca de 7% dos casos verificam-se antecedentes familiares da
doença, já dentre os possíveis fatores ambientais estão esfregar os olhos e
alergias, como rinite.
Sintomas
Imagem desfocada, visão dupla, miopia, astigmatismo e fotossensibilidade estão entre os principais sintomas. Além disso, em alguns casos aparece cicatriz na córnea e linha pigmentada.
Imagem desfocada, visão dupla, miopia, astigmatismo e fotossensibilidade estão entre os principais sintomas. Além disso, em alguns casos aparece cicatriz na córnea e linha pigmentada.
Dra, Heloisa
explica que o problema pode ser diagnosticado por meio de exame oftalmológico
na lâmpada de fenda, reninoscopia (esquiascopia), ceratoscopia computadorizadas
e tomografias de segmento anterior.
Tratamento
Na fase inicial,
a doença pode ser corrigida com óculos ou lentes de contato. Segundo a
especialista, à medida que a doença avança podem ser necessárias lentes de
contacto específicas para a doença e, quando necessário, o ‘crosslinking’ -
tratamento que estaciona a progressão da doença.
Na maior parte
das pessoas, a doença estabiliza ao fim de alguns anos, sem que ocorram
problemas graves de visão. Em casos relativamente raros, pode ocorrer
cicatrização da córnea, sendo necessário um transplante de córnea. “Apesar de
suas incertezas, o ceratocone pode ser administrado com sucesso com diversas
técnicas clínicas e cirúrgicas, geralmente causando pouco ou nenhum prejuízo na
qualidade de vida do paciente”, afirma a oftalmologista.
Dra. Heloisa
Russ - Possui uma densa formação acadêmica, é graduada em Medicina pela UFPR,
fez Residência Médica em Oftalmologia pela Unicamp, onde também realizou
Mestrado e Sub-especialização em Glaucoma. Em seguida, se tornou Doutora pela
USP e Pós-Doutora pela Unifesp. A médica oftalmologista é membro de diversos
Conselhos e Associações, dentre os quais estão o Conselho Brasileiro de
Oftalmologia, a Sociedade Latino-Americana de Glaucoma, a ARVO (The Association
for Research in Vision and Ophthalmology) e a Sociedade Brasileira de Glaucoma.
Dra. Heloisa Russ é também autora de artigos científicos e capítulos de livros
na área de Glaucoma e Oftalmologia Social. Além disso, é rofessora associada da
pós-graduação da UFPR e da Unifesp.