Pesquisar no Blog

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Como o desemprego pode afetar o desenvolvimento profissional

 Crédito: Envato Elements

Com o grande número de pessoas fora do mercado de trabalho, a falta de confiança e o desânimo podem atingir mesmo os profissionais mais capacitados; especialista em desenvolvimento humano Susanne Anjos Andrade lista alternativas para o profissional se adequar ao período de crise que o país enfrenta



A constante mudança do mercado de trabalho em busca de profissionais mais qualificados, dinâmicos e capazes de realizar multitarefas aumentou, ao mesmo tempo em que o país enfrenta um período de recessão econômica, queda de contratações com carteira assinada e fechamento de postos de trabalho, somados à pressão prejudicial da tecnologia e da transformação digital. Aqueles que não se adaptam ou simplesmente não conseguem investir em uma formação de qualidade, enfrentam o “fantasma” que ronda muitos brasileiros: o desemprego.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em abril deste ano, o número de pessoas que entraram para grupo de desempregados no país no primeiro trimestre de 2019 ultrapassou a marca de 1,2 milhão, chegando a um total de 13,4 milhões de pessoas sem trabalho - um índice de 12,7% na taxa de desocupação.

Os dados também apontam que a taxa de subutilização da força de trabalho foi de 25%, a maior desde 2012, registrando mais de 1,5 milhão de pessoas que passaram a se encaixar nessa condição. “Diante desses números, podemos ver o quanto os profissionais têm se prejudicado diante do desemprego. Mas como ele os afeta?” questiona a especialista em desenvolvimento humano Susanne Anjos Andrade, autora do best-seller “O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil”.

“Perder o emprego, por si só, já é motivo de sofrimento e desânimo. Porém, quando a situação perdura por muito tempo, o profissional precisa ir em busca de alternativas para se adequar ao período de crise e recessão que o país enfrenta”, explica Susanne. Muitas vezes, o indivíduo é obrigado a abrir mão de sua carreira ou mudar de atividade, aceitando outros tipos de trabalho e regimes de contratação.

Nesses casos, perdem-se as referências de como agir, apenas para garantir a sobrevivência, aceitando ocupações com uma carga horária massante e pesada. Desse modo, o trabalho passa a perder o sentido e começa a ser um fardo, causando impactos não só na vida pessoal do indivíduo, mas também na de seus colegas de trabalho, familiares e amigos.
“A pessoa trabalha carregando consigo uma espécie de sentimento de culpa, ao mesmo tempo em que também se sente impotente diante de tal situação, pois pensa ter falhado no “meio do caminho” e agora aceita qualquer emprego para sobreviver diante da crise”, avalia a especialista.
Desemprego x infelicidade no trabalho

Com este cenário de ter que se adaptar ao mercado e apostar em novas carreiras, muitos podem ficar insatisfeitos com o trabalho e, em alguns casos, até mesmo desenvolver depressão e ansiedade. “Trabalhador infeliz gera menos resultados, cria um ambiente de competição na equipe, entre outros problemas. Dessa forma, o profissional passa a se sentir incapaz, fracassado, e sem perspectiva para continuar”, aponta ela.

Susanne dá uma dica para os que estão desempregados e aspiram conquistar uma vaga na área desejada: investir em cursos de desenvolvimento humano e profissionalização, pois existem diversas opções online e gratuitas para intensificar o currículo. “Além disso, é preciso entender que o desempregado também tem a rotina de procurar a sua recolocação no mercado de trabalho. Acordar em um horário adequado, fazer uma boa alimentação e começar a jornada de buscas, procurando fazer networking e procurar novas vagas. “A sua hora, com certeza, vai chegar, se você fizer acontecer!” conclui Susanne.


Susanne Anjos Andrade - Autora dos best-sellers "O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", recém-lançado pela Editora Gente, e "O Segredo do Sucesso é Ser Humano", e do livro digital "A Magia da Simplicidade". É coach, palestrante e professora de cursos de MBA pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP) em disciplinas sobre carreira, coaching e liderança. Também é sócia-diretora da A&B Consultoria e Desenvolvimento Humano, empresa que criou o "Modelo Ágil Comportamental", e parceira da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP).


Qual é o principal aprendizado após a invasão do WhatsApp?


Quem utiliza o WhatsApp deve ter levado um susto quando soube da falha de segurança que permitia a instalação de um software espião por meio de chamada de voz. Neste caso, o usuário não clicou em nada que pudesse gerar uma vulnerabilidade, mas ao receber uma ligação, mesmo sem atendê-la, teve o aparelho invadido por um programa malicioso. A empresa rapidamente pediu aos usuários que atualizassem o aplicativo. O que fica de lição deste episódio?
  A primeira questão é o alerta geral para que todos fiquem mais atentos às atualizações e ao que trafega em nossa rede. As pessoas armazenam nos smartphones várias imagens, dados confidenciais, registros de senhas, sem utilizar um antivírus para proteger as suas informações. Há quem se preocupe em adquirir um antivírus potente para o computador, mas se esquece que os dispositivos móveis também são alvos de ataques.

  Alguns usuários menosprezam o risco que correm ao acessar dados estratégicos ou sensíveis por uma rede de Wi-Fi de um evento ou de um shopping, por exemplo. Pode acontecer que pessoas mal-intencionadas também estejam utilizando a mesma rede e aproveite alguma brecha para roubar informações. O celular é um computador e, como tal, também precisa de segurança. O ideal é assinar um antivírus para minimizar o risco, assim como fazemos com as nossas “máquinas” domésticas.

Outra dica é nunca acessar links sem saber a origem. Se é algo envolvendo o aparelho, busque ajuda em pontos seguros, como lojas dos fabricantes. Sempre que possível, utilize autenticações para ampliar a camada de segurança. O próprio WhatsApp conta com essa opção quando se clica em configurações. É possível ter um duplo fator de autenticação, ou seja, uma segunda senha para afastar, ao máximo, qualquer tipo de invasão.

Quantas vezes recebemos dos fabricantes avisos sobre atualizações e deixamos para depois. Economizar tempo neste momento pode significar uma baita dor de cabeça no futuro. Evitar ataques em qualquer dispositivo passa por premissas básicas de segurança, que precisamos incorporar no dia a dia.

Por onde começar? Criando uma cultura de valorização das atividades de prevenção, além de educar a si a mesmo e as pessoas que estão ao seu lado, seja em casa ou no ambiente de trabalho, com medidas simples, mas que podem significar um grande passo no combate aos programas maliciosos que querem saber tudo sobre você.





Longinus Timochenco -  diretor de cyber security  da Stefanini Rafael para América Latina. Tem mais de 25 anos de experiência em tecnologia e é especialista em segurança da informação corporativa, cyber security, professor, palestrante e colunista. O executivo possui forte atuação em defesa, governança corporativa, risco & fraude, compliance e gestão de TI. Membro do Comitê Brasil de Segurança da Informação ISO IEC JTC1 SC 27 na ABNT Brasil, Timochenco desenvolveu uma série de trabalhos junto a consultorias e grandes corporações globais no gerenciamento de projetos estratégicos, auditorias e combate a crimes cibernéticos. Em seu currículo traz uma série de cases de sucesso com empresas nacionais e internacionais, como Oracle, Checkpoint, Rapid7, Pentest Magazine, Projetos IT Green, Outsourcing de TI. Premiado – Security Leaders Brasil 2014 e 2016.


terça-feira, 11 de junho de 2019

Praticamente todos os turistas estrangeiros que visitam o Brasil querem voltar



Pesquisa revela o perfil, hábitos e percepção do visitante internacional. Estudo foi realizado ao longo de 2018 com mais de 39 mil estrangeiros

O Ministério do Turismo anunciOU, nesta terça-feira (11), os resultados da Demanda Turística Internacional, pesquisa sobre o perfil, hábitos e percepção dos viajantes estrangeiros que visitaram o país em 2018. O estudo, realizado ao longo de 2018 com 39 mil turistas de outras nacionalidades, revelou que a experiência turística brasileira superou ou atendeu plenamente a expectativa de 87,7% dos entrevistados e 95,4% pretendem voltar ao país.

O Brasil registrou 6.621.376 chegadas internacionais, um crescimento de 0,5% em relação a 2017 (6.588.770). O número de turistas vindos das quatro nacionalidades beneficiadas com o visto eletrônico – Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão – cresceu 15,73%. Os canadenses foram os que mais aproveitaram a iniciativa, com um salto de 45,3%, seguidos dos australianos (24,7%), norte-americanos (13,3%) e japoneses (5,5%). A partir da próxima segunda-feira (17), cidadãos desses quatro países estão isentos de visto para entrar no Brasil.

“Os resultados deste projeto piloto, iniciado há um ano, mostram que estamos no caminho certo para alavancar o turismo brasileiro e posicioná-lo entre os grandes destinos internacionais. Temos a expectativa de que, com a isenção de visto para esses quatro países, os próximos resultados sejam ainda mais expressivos. A economia brasileira tem muito a ganhar com medidas como esta”, comemorou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

No ranking geral de principais emissores para o Brasil estão a vizinha Argentina (2.498.483), EUA (538.532) e Chile (387.470). As viagens a lazer representaram mais da metade da motivação dos turistas que vieram ao país - 58,8% -, seguidas de viagens a negócios, eventos e convenções (13,5%) e por outras motivações (27,7%), como visitas a amigos e familiares, estudos e saúde.

Entre os destinos mais procurados a lazer, o Rio de Janeiro continua na liderança, na frente de Florianópolis e Foz do Iguaçu. Em se tratando de negócios, São Paulo também manteve a primeira posição. Rio de Janeiro e Curitiba ocupam respectivamente o segundo e terceiro lugares.

Sobre os modais de transporte, o segmento aéreo segue sendo a forma mais utilizada por quem desembarca no Brasil: 4.328.074 passageiros, o que representa um crescimento de 3,35% em comparação a 2017. Destaque para o aumento de 102% na entrada destes turistas pelo modal marítimo, chegando a 105.593. “O crescimento da chegada de turistas no segmento marítimo já é uma resposta às ações que vêm sendo trabalhadas para incentivar o setor, com a abertura de novas rotas e aumento de leitos e navios em nossa costa”, comentou o ministro.

Apesar de ter sido a forma escolhida por 2.088.506 estrangeiros que desembarcaram no Brasil, as entradas por meio terrestre em 2018 reduziram 7,2% em relação a 2017.


AVALIAÇÃO - A hospitalidade brasileira foi o item mais bem avaliado pelos turistas estrangeiros, com aprovação de 97,9% dos viajantes. Logo após, vieram alojamentos (96,7%), gastronomia (95,9%), e restaurantes (95,8%).
Os turistas europeus são os que permanecem por maior período no país (23,6 pernoites), seguidos pela média de tempo de estadia dos visitantes da Ásia, Oceania e América Central (22,7 pernoites).

Além disso, pelo quinto ano consecutivo, a internet (55,7%) se torna ainda mais relevante como principal fonte de informação dos turistas que vêm ao Brasil. Transporte internacional, hospedagem e pacotes turísticos são os serviços mais comprados na web pelos viajantes estrangeiros.

O levantamento mostrou também que três em cada 10 entrevistados visitaram o Brasil pela primeira vez em 2018. O estudo foi encomendado pelo Ministério do Turismo e realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).



Posts mais acessados