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terça-feira, 11 de junho de 2019

Especialista alerta para os cuidados na alimentação da gata gestante


Diferentemente das cadelas, as gatas gestantes necessitam de mais energia já no começo da gestação, além de manter a nutrição equilibrada, como explica o especialista Thiago Marçal, veterinário da Nutrire - indústria de alimentos de alta performance para pets.

“Isso ocorre porque existe a necessidade de se criar um “estoque” de gordura para suprir a necessidade energética ao longo do desenvolvimento da ninhada, e também durante a fase de lactação, que dura de 6 a 8 semanas”, explica. O gasto de energia nas primeiras semanas é muito alto, por isso, os cuidados com a alimentação são fundamentais.

Dessa forma, a gata não sofre com perda de peso, diminuição da imunidade e ainda garante todo o leite necessário aos filhotes, pois no final da gestação e na lactação a gata não consegue metabolizar energia na mesma velocidade e quantidade que necessita. “Por esses motivos, durante toda a gestação e até o final da lactação, é recomendado que seja oferecido às gatinhas alimento indicado para filhotes, pois possui maior quantidade de proteína e gordura e, consequentemente, de energia”, revela Dr. Marçal. 

Além disso, recomenda-se dobrar a quantidade diária oferecida ou deixar acesso livre durante todo o dia, pois os gatos possuem o hábito de se alimentar várias vezes ao dia em pequenas porções. “Esses cuidados, aliados a exercícios físicos moderados, garantirão uma gestação e lactação tranquilas assim como filhotes fortes e saudáveis”, complementa. Outra dica importante é manter a carteirinha de vacinação em dia. Visitas ao veterinário são essenciais, principalmente nesta fase de vida.


PETS: especialista orienta como escolher a ração ideal para o seu cão



Crédito foto: Pixabay
 
A chegada de um animalzinho de estimação é só felicidade para a família. Porém, algumas dúvidas sobre a alimentação do pet assombram os tutores. Por isso, o veterinário Thiago Marçal, especialista da Nutrire, separou algumas dicas fundamentais para garantir saúde e bem-estar ao seu cão.
É fundamental ter em mente que a utilização de um alimento completo específico para a fase de vida do animal traz muitos benefícios. “Além de proporcionar uma nutrição completa, com todos os nutrientes, vitaminas e minerais exigidos diariamente, uma boa formulação conta com fontes de proteína de qualidade, proporcionando uma maior digestibilidade, diminuindo assim o volume das fezes e também auxiliando na manutenção da musculatura”, explica Dr. Marçal.
Além disso, o fornecimento de ômega 3 - gordura poli-insaturada conhecida como gordura 'boa',  contribui para manter a imunidade em dia, diminuindo o risco de doenças. “Já o ômega 6 - da mesma família do 3, auxilia na manutenção de uma pele e pelagem forte e bonita. E também temos os antioxidantes como zinco, selênio, vitaminas A e E, que garantem saúde e longevidade aos pets”, acrescenta.
O especialista lembra que sempre se deve levar em conta alguns fatores para definir qual o melhor alimento. “Cães em fase de crescimento necessitam um maior aporte de proteína, pois estão desenvolvendo massa muscular, pele e pelagem, além de maior disponibilidade de energia para garantir a saúde e disposição dos filhotes”, diz.
É muito importante salientar que o período que o cão deve consumir alimento para filhotes é diretamente proporcional ao porte do cão, por exemplo, porte pequeno até os 12 meses e porte grande até os 18 meses. “O alimento para filhotes também deve ser indicado para fêmeas nas últimas três semanas de gestação e durante toda a fase de lactação, pois fornece proteína, energia, vitaminas e minerais necessários para a mamãe e os filhotes”, acrescenta.
Quando adultos, a seleção por porte é importante em cães com até 12 kg, assim, eles recebem um alimento com formato e tamanho de grãos que facilita a mastigação, além de cuidados especiais na formulação, como prebióticos e Yucca, que atuam no intestino estimulando a absorção de nutrientes e a diminuição do odor das fezes.

O extrato de Yucca schidigera
Outra grande dúvida dos tutores gira em torno desse aditivo extensamente utilizado em nutrição de cães e gatos. “O extrato atua auxiliando na redução do odor das fezes. As saponinas, presentes em sua composição, têm a propriedade de atuar sobre o metabolismo do nitrogênio fixando amônia e, desta forma, reduzindo os níveis de gases que produzem o odor desagradável nas fezes”, explica.
A planta Yucca schidigera pertence à família Agavaceae e cresce em desertos, mais especificamente nas Américas Central e do Norte - principalmente no sudeste dos Estados Unidos e no México. “Os povos indígenas destas regiões comiam os frutos frescos e secavam as sobras para se alimentar durante os períodos de escassez de alimento”, complementa o especialista. Para a produção de produtos comerciais a base de Yucca, as plantas são mecanicamente maceradas e secas para produção do pó, ou então o macerado sofre processo de prensagem para obtenção do suco. A partir do suco é obtido o extrato, que então é utilizado no alimento dos pets.


Displasia Coxofemoral: doença que afeta as articulações dos pets


O diagnóstico é realizado pela constatação dos sintomas, avaliação ortopédica e exame radiográfico específico das articulações


A crescente evolução da Medicina Veterinária vem abrindo espaço em diversos segmentos e diversas especialidades médicas existentes. Uma das patologias em ascensão é a ortopedia de pequenos animais, que hoje tem amplo acesso a diagnóstico e tratamentos inovadores, e de última geração, proporcionando melhor qualidade de vida aos pets. 

De acordo com o médico veterinário e professor de técnica cirúrgica e patologia cirúrgica de pequenos animais da Universidade UNIVERITAS/UNG, Renato Dalcin Segala, os problemas ortopédicos podem acontecer em pequenos animais, desde o nascimento até o fim da vida. "Uma doença que rotineiramente diagnostica é a Displasia Coxofemoral (DCF), enfermidade ortopédica de caráter hereditário, podendo raras vezes ser considerada adquirida, e que acomete em cães de pequeno e grande porte e gatos. Os cães de raças grande e gigante (Rottweiler, Pastor Alemão, Labrador, Golden Retriever, Cane Corso, Bernese, Fila Brasileiro, entre outras), são os mais afetados", explica. 


Displasia Coxofemoral: 

É caracterizada por uma incongruência e consequente instabilidade da articulação coxofemoral (articulação entre o osso fêmur e o quadril), que resulta em sintomatologia clínica, que pode variar de claudicação leve a impotência funcional dos membros pélvicos. Sintomas de dor e desconforto ao se levantar e transpor obstáculos são característicos da doença, e os sinais clínicos podem aparecer nas primeiras semanas ou meses de vida. A sintomatologia clínica do pet jovem é justificada pela frouxidão e instabilidade da articulação, resultando em quadro de dor e inflamação na superfície articular; já no adulto o quadro degenerativo e de osteoartrose que normalmente se desenvolve nessas articulações são os grandes responsáveis por esses sintomas. Alguns fatores como rápido crescimento e desenvolvimento, ganho de peso excessivo, perda de massa muscular, exercícios intensos quando filhotes e presença de piso liso no ambiente onde ficam são considerados predisponentes para uma evolução gradativa da doença. 


Diagnóstico: 

O exame radiográfico permite classificar a Displasia Coxofemoral em cinco categorias, de acordo com a mensuração do ângulo de Norberg, podendo ser caracterizada como: normal, próximo ao normal, grau de displasia leve, displasia moderada e displasia severa. O grau da doença pode evoluir, principalmente durante o desenvolvimento do paciente. Cães com grau de displasia moderado ou severo não estão aptos à reprodução. O diagnóstico precoce e o acompanhamento radiográfico da articulação acometida são fundamentais para a decisão do tratamento e tentativa de controlar a evolução da doença. 


Tratamento:

Pode ser conservativo, com administração de analgésicos, anti-inflamatórios, tratamento específico, redução de peso, e substituição do piso onde o pet habita. Também deve restringir exercícios que sobrecarreguem as articulações coxofemorais, como transpor obstáculos, carregar peso, subir escadas, puxar pessoas em bicicletas e/ou skates. Ainda fazem parte do tratamento conservativo à realização do tratamento fisioterápico e acupuntura, que colaboram muito para a analgesia e ganho de massa muscular. O tratamento conservativo costuma reduzir grande parte da sintomatologia clínica dos pacientes, permitindo melhor qualidade de vida e condição clínica próxima do normal. 

"Um dos fatores muito discutido nas consultas é como evitar a permanência desses pacientes no piso liso, pois muitos tutores se deparam com situações onde não possuem espaço com piso rústico em suas residências. Uma saída para esse desafio é colocar tapes ou "passadeiras" de borracha no espaço onde o pet permanece a maior parte do tempo ou recobrir o espaço com placas de "EVA", assim não necessitando trocar o piso liso por um rústico, ou trocar de residência como muitos optam em fazer", finaliza o professor. 

Quando o tratamento conservativo não é o suficiente para fornecer qualidade de vida a estes pacientes, pode-se optar pelo tratamento cirúrgico que varia entre técnicas que visam somente o controle da dor articular, até a substituição completa da articulação do quadril por prótese total da cabeça, colo femoral e acetábulo. Algumas técnicas cirúrgicas só apresentam bons resultados quando instituídas em pacientes jovens, ainda na fase de desenvolvimento, justificando a importância de um diagnóstico precoce.


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