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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Crescimento da obesidade infantil alerta para mudança urgente nos hábitos alimentares desde a infância


 Com aumento no percentual de crianças e adolescentes acima do peso, Brasil precisa melhorar os hábitos para evitar surgimento de mais doenças relacionadas ao ganho ponderal


A Obesidade Infantil tem criado alerta em todo o mundo pela quantidade de casosnos últimos anos. No Brasil, aproximadamente33% das crianças entre 5 e 9 anos estão acima do peso, o que acumula um aumento de 110% no percentual de pessoas obesas no país, segundo o Ministério da Saúde. 

A Federação Mundial de Obesidade (IASO, na sigla em inglês)já havia alertado, em 2017, que se não houver mudança nos hábitos alimentares, em menos uma década, a doença poderá atingir 11,3 milhões crianças e jovens.Outras doenças também preocupam a entidade que estima, para o ano de 2025, mais de 150 mil crianças e jovens com diabetes tipo 2, em torno de 1 milhão com pressão alta e 1,4 milhão com problemas relacionadosa gordura no fígado. 

Com dados tão alarmantes, as campanhas do Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil, iniciadas em 3 de junho, se tornaram fundamentais. “Tratando-se de uma doença que acomete pacientes de todas as idades, onde crianças apresentam ganhos exorbitantes no peso, o que compromete seu crescimento, desenvolvimento puberal e psíquico, além de todas as comorbidades associadas (dislipidemias, hipertensão, diabetes), torna-se importante alertar a população sobre esse agravo”, explica o endocrinologista e nutrólogo pediátrico e do adolescente do Hospital Anchieta, Dr. Delmir Rodrigues.

Medidas preventivas podem ser adotadas para evitar doenças, mas a família precisa se empenhar e se apoiar na mudança para os novos hábitos. “O papel da família é fundamental para garantir saúde para as crianças. É importante ter acompanhamento regular com pediatra, educação familiar, escolar e comunitária para promoção de alimentação balanceada, estilo de vida saudável e a prática regular de atividade física. Incentivar o combate ao sedentarismo e em caso de suspeita de ganho de peso exagerado, procurar profissional de saúde qualificado para acompanhamento”, afirma Dr. Delmir Rodrigues. 


Amamentação: uma aliada contra a Obesidade 

O leite materno também é um aliado na prevenção ao excesso de peso em longo prazo, de acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS),divulgado no Congresso Europeu de Obesidade, na Escócia.O estudo, publicado no jornal especializado Obesity Facts, comparou a prática e a duração da amamentação com o peso da criança no nascimento e o índice de massa corporal quando já estavam com idades entre 6 e 9 anos. 

Os resultados mostram que as crianças que não foram amamentadas têm 22% chance de serem obesas, as que receberam pouco aleitamento (menos de um semestre) o risco diminui em 12%, enquanto as alimentadas exclusivamente com leite materno por seis meses têm 25% menos chance de ter obesidade infantil. “Mulheres devem programar a gestação, com controle de peso no ato da fecundação e durante a gestação. Garantir o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e mantê-lo com a alimentação complementar, introduzida de forma gradual e saudável. A interrupção precoce do aleitamento materno e a introdução de alimentos inapropriados, os distúrbios de comportamento alimentar, as condições genéticas ou uma combinação desses elementos ajudam a aumentar as estatísticas da obesidade”, acrescenta o médico.

Quanto maior o peso ao nascer, maior a possibilidade de ter sobrepeso na infância, segundoinformações de 11 dos 22 países europeus avaliados, que somam 100.583 meninos e meninas participantes da pesquisa.


Menos telas e mais atividade física

A OMS, endossada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, recomenda que crianças de até cinco anos gastem menos tempo em frente às telas de computadores, tablets e celulares e pratiquem mais atividade física commais horas dedicadasao sono.

A entidade indica que bebês de até um ano não tenham qualquer acesso às telas eletrônicas e que após os dois anos de idade o tempo máximo de entretenimento seja de uma hora por dia. Essa determinação ocorre porque crianças de até três anos estão em intenso processo de formação das conexões neurais e precisam de experiência física e interação social das três dimensões, e com uso das telas elas se fecham em apenas duas, além de estarem expostas à luz que atrapalha na produção dos hormônios do sono.  

De acordo com a comissão da OMS para fim da obesidade infantil, é possível ver relação entre o sedentarismo, atividade física e tempo adequado de sono e os impactos provocados por eles na saúde mental, física e bem-estar das crianças. 


Dicas para uma vida mais saudável

- Evitar alimentos industrializados e muito processados;

- Ingerir frutas, legumes, verduras e saladas;

- Hidratar bem as crianças;

- Praticar atividades físicas;

- Fazer acompanhamento regular com médico.


Obesidade infantil: como evitar esse problema?



O número de crianças obesas aumentou dez vezes nas últimas 4 décadas no mundo todo. 

A estimativa da OMS é que, a partir de 2022, o excesso de peso ultrapasse a desnutrição

Com a proximidade do Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil, a nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau, cita cuidados essenciais para afastar esse problema, e ensina receitas práticas e saudáveis para agradar o paladar dos pequenos 

A obesidade infantil é considerada uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e não é por menos: um estudo recente concluiu que o número de crianças obesas aumentou de 10 vezes nos últimos quarenta anos no mundo todo, e que, se essa tendência continuar, haverá mais crianças com excesso de peso do que abaixo do peso ideal até 2022.

A última pesquisa da organização, realizada em 2016, apontou que 41 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, estavam acima do peso ou obesas. Os dados são tão alarmantes, que cartilhas de orientação aos pais vêm sido desenvolvidas a fim de tentar reverter esse problema. As recomendações de saúde mais recentes da OMS, por exemplo, indicam horas de sono e atividades físicas como parte da rotina das crianças.

Além do incentivo a uma vida mais ativa, ficar de olho no que é colocado no prato das crianças também é essencial, já que “o excesso de peso sempre vem como consequência do consumo excessivo de calorias”, como explica a nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau.

Faltando pouco tempo para o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil – 03 de junho, a nutricionista dá dicas de alimentos que são podem faltar na dieta de uma criança, cita medidas simples para sempre implementadas na rotina alimentar da família, e ensina receitas saborosas e saudáveis para diferentes momentos do dia dos pequenos.


ALIMENTOS QUE NÃO PODEM FALTAR

Fontes de ferro: para prevenir anemias e favorecer a boa oxigenação dos tecidos corporais (carnes, feijões, verduras escuras).

Fontes de cálcio: para favorecer a boa formação óssea e dos dentes (leite e derivados, vegetais escuros e sementes, como a de gergelim).

Fontes de vitaminas do complexo B: importantes para o metabolismo energético e para o sistema nervoso central (carnes, arroz, feijões, vegetais escuros).

Fontes de vitamina A: atua na imunidade, na saúde da visão e da pele (vegetais amarelo alaranjados, leite integral, queijos amarelos, verduras verde-escuras).

“De forma geral, a alimentação deve se basear em “comida de verdade”, o mais fresca possível e preparada com ingredientes de qualidade nutricional elevada, com consumo frequente de frutas, legumes e verduras, além de carnes, feijões, cereais e laticínios”, indica Renata Guirau.

Já alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinho, balas, chicletes, iogurte açucarados, refrigerantes, sucos artificiais, alimentos fritos e fast foods devem estar fora do cardápio de uma criança, segundo a nutricionista.

Como promover uma alimentação saudável dentro de casa?

Para melhorar a alimentação dos filhos, é fundamental que os pais e cuidadores sejam exemplos. Aliado a isso, existem ações simples que podem ser acrescentadas na rotina familiar para incentivar os hábitos alimentares saudáveis ainda na infância: 
·         Manter frutas, legumes e verduras sempre presentes e, se possível, já lavados para que a criança possa pegar na fruteira ou geladeira

·         Permitir que a criança participe da compras no supermercado e no preparo das refeições

·         Estimular refeições em família, sentados à mesa

·         Dar autonomia desde cedo para a criança se alimentar sozinha, com alimentos na textura que seja possível que a criança pegue sozinha

·         Estabelecer regras para o consumo de guloseimas, sempre definindo de forma a promover a moderação

·         Evitar o consumo regular de refrigerantes e sucos artificiais

·         Não comprar guloseimas para deixar estocadas em casa

·         Não distrair as crianças com televisão, celular ou tablets na hora das refeições

·         Não oferecer açúcar antes dos dois anos de idade (para favorecer uma boa formação de paladar para alimentos saudáveis)

·         Não oferecer guloseimas como recompensa por bom comportamento, ou por “comer tudo o que tem no prato” 

Para finalizar, Renata Guirau sugere três receitas práticas, gostosas e saudáveis para serem incluídas na alimentação das crianças, e que podem ser preparadas por toda a família. 

RECEITAS

Cajuzinho saudável


Ingredientes 

2 colheres de sopa de pasta de amendoim 

1 colher de café de cacau em pó
1 banana nanica bem madura 
2 colheres de sopa de coco ralado

Preparo

1) Derreta a pasta de amendoim no micro-ondas
2) Amasse a banana
3) Misture todos os ingredientes e faça bolinhas
Como não precisa ir ao fogo, os pequenos podem e devem ajudar! É uma ótima opção de docinho para festa e para o lanche da escola. 


Bolinho de banana de micro-ondas:


Ingredientes:

1 banana nanica bem madura
1 ovo 
1 colher de sopa de aveia
1 colher de sopa de chocolate em pó 
1 pitada de fermento em pó



Preparo:

Amasse a banana e misture todos os ingredientes em uma caneca.
Leve ao micro-ondas por cerca de 3 minutos, e pronto! 


Pão de mandioquinha



Ingredientes:

2 xícaras de mandioquinha cozida
1 xícara de polvilho doce
1 xícara de polvilho azedo 
½ xícara de azeite 
1 colher de sopa de orégano desidratado 
Sal a gosto 
1 xícara de queijo cortado em cubinhos para rechear


Preparo:

Amasse a mandioquinha
Misture todos os ingredientes da massa: a mandioquinha, o azeite, os polvilhos, o sal e o orégano
Vá amassando a massa com as mãos, até que ela fique homogênea e se solte das mãos (se necessário, acrescente mais polvilho). 

Faça pequenas bolinhas, acrescentando o queijo em cubinhos para rechear. 
Asse em fogo baixo até que fiquem dourados.


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