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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Nova análise comprova o impacto positivo da empagliflozina no aumento da expectativa de vida em pacientes adultos com diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares1



Os resultados mostraram um aumento da expectativa de vida entre 1 a 4,5 anos para os pacientes tratados com o medicamento oral a longo prazo quando comparados com o placebo1.


A revista científica Circulation, publicada pela Lippincott Williams & Wilkins para a American Heart Association, divulgou novos resultados do estudo clínico EMPA-REG OUTCOME®, que mostraram que o tratamento com a empagliflozina teve um impacto positivo na expectativa de vida em adultos com diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares estabelecidas.

Por meio de análises estatísticas e assumindo que os benefícios demonstrados continuam consistentes com o uso a longo prazo, a empagliflozina demonstrou uma probabilidade de extensão da expectativa de vida dos pacientes com diabetes e doenças cardiovasculares entre 1 e 4,5 anos em média, dependendo da idade, quando comparado ao placebo1. A sobrevivência média de pessoas com 45 anos de idade, tratadas com empagliflozina, seria de 32,1 anos enquanto as que receberam o placebo, teriam uma média de 27,6 anos, resultando em uma diferença de 4,5 anos. Em pessoas com 50, 60, 70 e 80 anos de idade, a média de sobrevivência com empagliflozina comparada ao placebo seria um adicional de 3,1 anos, 2,5 anos, 2 anos e 1 ano, respectivamente1.
Os primeiros resultados do estudo clínico EMPA-REG OUTCOME®, publicado no New England Journal of Medicine em setembro de 2015, demonstraram uma redução de 38% do risco de morte cardiovascular, com o uso da empagliflozina, em pessoas com diabetes tipo 2 e doença cardiovascular estabelecida, comparada com o placebo, em um período de 3,1 anos2.
"Para uma pessoa de 60 anos que vive com diabetes tipo 2, que já teve um evento cardiovascular, estudos anteriores estimam que a expectativa de vida pode ser reduzida em até 12 anos em comparação com alguém da mesma idade sem essas condições", comentou Brian Claggett, Ph.D., Divisão de Medicina Cardiovascular do Hospital Brigham and Women e principal  autor  do  artigo publicado na Circulation. "Esta última análise estima que a empagliflozina pode prolongar a vida de uma pessoa com diabetes tipo 2 em, em média, dois anos e meio”.

Sobre o diabetes e as doenças cardiovasculares

No mundo, existem mais 425 milhões de diabéticos, sendo que 212 milhões pessoas ainda não foram diagnosticadas com a doença3. Em 2045, o número de pessoas com diabetes no mundo deve aumentar para 629 milhões3. O diabetes tipo 2 é a forma mais comum da doença, corresponde a mais de 91% dos casos de diabetes em países desenvolvidos3. O diabetes é uma condição crônica que ocorre quando o organismo não produz ou usa o hormônio insulina3.
Em razão das complicações associadas ao diabetes, como os altos índices de açúcar no sangue, a hipertensão arterial e a obesidade, a doença cardiovascular é a maior complicação e a principal causa de morte associada ao diabetes4,5.
Diabéticos têm de duas a quatro vezes mais chance de desenvolver uma doença cardiovascular do que os não diabéticos5. Em 2017, a doença causou mais de 4 milhões de mortes no mundo, tendo a doença cardiovascular como a principal causa3. Cerca de 50% dos óbitos por diabetes tipo 2 decorre da doença cardiovascular6,7.
Ter diabetes aos 60 anos diminui a expectativa de vida do paciente em até seis anos, em relação a quem não tem a doença. Quem sofre de diabetes e possui histórico de infarto ou acidente vascular cerebral, também na mesma faixa etária, tem 12 anos a menos de vida, quando comparados a pessoas sem esse quadro clínico8.
A American Diabetes Association e Diabetes Canada recomendam o uso de medicamentos que tem a eficácia comprovada na redução de eventos cardiovasculares em pacientes com diabetes tipo 2 e condições cardiovasculares estabelecidas, como a empagliflozina 9,10.

Sobre o estudo clínico EMPA-REG OUTCOME®2

O EMPA-REG OUTCOME®foi um estudo de longo prazo, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, com uso controlado de placebo, que envolveu mais de 7.000 pessoas com diabetes tipo 2 e alto risco para as doenças cardiovasculares, de 42 países.
O estudo analisou os efeitos da empagliflozina (10 mg ou 25 mg uma vez ao dia) associado ao tratamento padrão, comparando-o com o uso de placebo. O tratamento padrão inclui agentes que reduzem as taxas de glicose no sangue e de medicamentos cardiovasculares (como os de controle da hipertensão arterial e dos altos índices de colesterol). Numa análise primária, o estudo focou na primeira ocorrência das doenças cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral que não foram fatais.
O perfil geral de segurança da empagliflozina foi consistente com o dos ensaios anteriores.

Sobre a empagliflozina

A empagliflozina (comercializada como Jardiance®) é um inibidor de cotransportador de sódio 2 (SGLT-2) altamente seletivo, administrado oralmente, uma vez ao dia, e o primeiro medicamento de diabetes tipo 2 a incluir dados de redução de risco de morte cardiovascular em sua bula em vários países11,12,13.


Boehringer Ingelheim



Eli Lilly and Company






Referências
1 Clagget B, et al. Long-Term Benefit of Empagliflozin on Life Expectancy in Patients with Type 2 Diabetes Mellitus and Established Cardiovascular Disease. Circulation, 2018 ; 138 : 1599-1601.
2 Zinman B. et al. Empagliflozin, Cardiovascular Outcomes, and Mortality in Type 2 Diabetes. N Engl J Med. 2015;373:2117-2128.
3 International Diabetes Foundation. Diabetes Atlas 8th Edition. Available at: http://www.diabetesatlas.org. Accessed: March 2018.
4 World Health Organisation. Diabetes: Fact Sheet no. 312. Available at: www.who.int/mediacentre/factsheets/fs312/en/#. Last accessed March 2018.
5 World Heart Federation. Diabetes as a Risk Factor for Cardiovascular Disease. Available at: www.world-heart-federation.org/cardiovascular-health/cardiovascular-disease-risk-factors/diabetes. Last accessed March 2018.
6 Morrish NJ et al. Mortality and Causes of Death in the WHO Multinational Study of Vascular Disease in Diabetes. Diabetologia. 2001;44(2):S14–21.9
7 Nwaneri C et al. Mortality in Type 2 Diabetes Mellitus: Magnitude of the Evidence from a Systematic Review and Meta-analysis. The British Journal of Diabetes & Vascular Disease. 2013;13:192–207.
8 The Emerging Risk Factors Collaboration. Association of Cardiometabolic Multimorbidity With Mortality. JAMA. 2015;314(1):52-60.
9 American Diabetes Association. Cardiovascular Disease and Risk Management: Standards of Medical Care in Diabetes – 2018. Diabetes Care. 2018;41 [Suppl.1]:S86-S104.
10Diabetes Canada Clinical Practice Guidelines Expert Committee. Diabetes Canada 2018 Clinical Practice Guidelines for the Prevention and Management of Diabetes in Canada. Can J Diabetes. 2018;42(Suppl 1):S1-S325.
11 Jardiance® (empagliflozin) tablets U.S. Prescribing Information. Available at: http://docs.boehringer-ingelheim.com/Prescribing%20Information/PIs/Jardiance/jardiance.pdf. Last accessed August 2018.
12 European Summary of Product Characteristics Jardiance®, approved May 2018. Data on file.
13 Jardiance® (Full Prescribing Information). Mexico; Boehringer Ingelheim Pharmaceuticals, Inc; 2017.


Infecção urinária: doença pode levar a casos mais severos


Previna-se!

Doença que causou a morte do apresentador Wagner Montes merece atenção e cuidados especiais. Aparentemente simples, a doença pode comprometer os rins em estágio avançado. Especialista alerta para alguns sintomas

Uma grave infecção urinária levou o apresentador Wagner Montes à morte no último mês. A doença se desenvolveu para uma infecção generalizada e falência de múltiplos órgãos. Considerada “comum”, a infecção urinária é a contaminação bacteriana mais recorrente no ser humano, porém não causa tanta preocupação quanto deveria.

O médico nefrologista e presidente da Fundação Pró-Rim, referência nacional em tratamentos renais, Dr. Marcos Alexandre Vieira explica que a infecção urinária pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, bexiga, uretra e ureteres. Mulheres entre 20 e 40 anos e grávidas são as mais afetadas. Já os homens sofrem com a doença na infância e depois dos 55 anos.

A patologia tem alguns sintomas bastante conhecidos como dor forte ao urinar; necessidade de urinar com frequência; urina escura ou com presença de sangue, dor pélvica, entre outros. Mas, segundo o médico, existem outras situações especiais que surgem e devem ser levadas em conta:


1.             Obesidade

2.             Segurar a urina

3.             Intestino preso (constipação)

4.             Cálculos renais

5.             Doenças da próstata

“Em todas as situações acima são consideradas condições propícias de proliferação bacteriana, o que facilita o quadro de infecção. Já pacientes com cálculos renais devem ser tratados com urgência para não ocorrer processo infeccioso”, explica o especialista.

O aspecto da urina pode também trazer informações valiosas. “A urina turva e/ou avermelhada - pela presença de sangue -, causada por cálculo ou pelo próprio processo inflamatório é um alerta importante.


Para evitar a doença, o médico indica algumas medidas:

- Ingerir bastante líquidos;

- Urinar em intervalos de 2 a 3 horas;

- Urinar sempre antes de deitar;

- Tratar a constipação intestinal;

- Tratar casos de incontinência ou urgência miccional, ou casos de cistocele (conhecida como bexiga caída);

- Cuidar de doenças da próstata

“Tratar a infecção urinária de forma correta é de extrema importância. Com ações simples do dia a dia, geralmente é possível prevenir as infecções urinárias. Mas, no caso de qualquer sintoma, procure imediatamente um médico de sua confiança, para que possa indicar o tratamento correto”, conclui o médico.

Em caso de suspeita de infecção, procure um clínico geral, nefrologista ou urologista. As infecções urinárias são combatidas com facilidade a partir do uso de antibióticos de eficácia comprovada. A duração do tratamento depende do diagnóstico e da gravidade da infecção.

Se não tratada, a infecção urinária pode causar outras complicações como a infecção dos rins, chamada de pielonefrite, ou até mesmo, evoluir para casos de septicemia, a infecção generalizada. Uma infecção grave que atinge os rins pode levar a perda aguda da função renal ou causar cicatrizes nestes órgãos, levando futuramente a perda total da função renal.





Pró-Rim 


Antioxidante em protetor solar: nova promessa para prevenir câncer de pele


Descoberta foi feita por pesquisadores do ICB-USP ao constatarem que  a luz UVA inibe o reparo do DNA devido a um processo oxidativo que ocorre horas após a exposição.



Um estudo realizado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) constatou que o uso de antioxidantes é capaz de prevenir as consequências da exposição à luz ultravioleta. Os pesquisadores optaram por estudar células de pacientes Xeroderma Pigmentoso Variante (XP-V), uma doença genética rara, a fim de facilitar o entendimento dos efeitos provocados pela luz UVA, ainda pouco conhecidos.

O Xeroderma Pigmentoso apresenta deficiência no reparo das lesões do DNA causadas pela luz solar, podendo gerar mutações. Já no caso da XP Variante, outra manifestação da doença, o defeito é na replicação do DNA contendo lesões. O resultado, no entanto, é o mesmo: os pacientes apresentam pele seca e extremamente sensível ao sol, além de terem um risco dois mil vezes maior de desenvolver câncer de pele, em idades menores de 20 anos.

Comandada pelo professor Carlos Frederico Martins Menck, do Departamento de Microbiologia do ICB-USP, a pesquisa inovou ao analisar o efeito da luz UVA em células de pacientes com XP-V e em células sem o defeito – até então, estudava-se os efeitos de UVB e UVC. “UVC é completamente barrada pela camada de ozônio e apenas 5% de UVB consegue passar. Enquanto isso, 95% de UVA atinge a nossa superfície. Nesse sentido, trabalhar com UVA nos aproxima de nossa realidade”, explica.

Durante o estudo, os pesquisadores descobriram que, de 4 a 6 horas após a irradiação de UVA, as células sofrem um processo oxidativo que inibe o reparo do DNA. “Esse efeito foi muito mais grave nas células com o defeito XP-V. Embora tenham um sistema de reparo normal, a luz UVA gera radicais de oxigênio capazes de inibir esse reparo, ou seja, de impedir a remoção dos dímeros de pirimidina”. Os dímeros de pirimidina são as principais lesões provocadas pela radiação ultravioleta.

Como tentativa de solucionar o estresse oxidativo nas células, o pesquisador utilizou o antioxidante N-acetilcisteína (NAC) para tratar células XP-V antes de irradiá-las. Com isso, descobriu-se que o antioxidante funciona como um método de prevenção. “Quando tratamos as células com antioxidante antes da irradiação, elas ficam mais preparadas para enfrentar a oxidação. Assim, as proteínas responsáveis pelo reparo não são oxidadas e as células sofrem menos, de uma maneira geral”.

Segundo Menck, a próxima etapa é testar os tipos de antioxidantes, verificar qual é mais eficiente no tratamento dessas células e discutir a possibilidade de produzir um protetor solar com a substância.  “Acreditamos que o antioxidante nos cremes solares poderá prevenir os danos na capacidade de reparação da célula, prevenindo assim o câncer de pele em pacientes com XP-V e, por que não, na população como um todo”.



8 doenças que você pode evitar quando está com a vitamina D em dia



Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade da população mundial – 3,6 bilhões – tem quantidades insuficientes de vitamina D¹. Só na América Latina, cerca de 67% das pessoas têm níveis inadequados de vitamina D no organismo. A situação é ainda mais alarmante quando indicações apontam que a falta da vitamina causa tantos problemas à saúde. O médico Roberto Dischinger Miranda (CRM 64140-SP) selecionou 8 doenças que podem ser surgir ou se intensificar com a insuficiência de vitamina D no organismo.


Fragilidades ósseas

A enfermidade óssea e o raquitismo são somente a ponta do iceberg chamado vitamina D. Um número cada vez maior de adultos desenvolve uma condição óssea relacionada à deficiência de vitamina D chamada osteomalacia, que também é conhecida como raquitismo adulto. Diferentemente da osteoporose, que é a doença dos ossos frágeis, indolor, e que acomete os adultos com idade mais avançada, a característica da osteomalacia é a dor vaga, mas frequentemente intensa, nos ossos e nos músculos. Por vezes, a doença é diagnosticada, equivocadamente, como fibromialgia, síndrome da fadiga crônica ou artrite².


Fraqueza muscular

Buscando avaliar os benefícios econômicos e clínicos da suplementação de vitamina D com relação à prevenção de quedas em pacientes idosos, um grupo de pesquisadores do Reino Unido observou que a suplementação com 800 UI/dia de colecalciferol em idosos com idade superior a 60 anos durante cinco anos levou à prevenção de 430.000 quedas menores; evitou 190.000 quedas maiores; preveniu 1.579 mortes agudas por quedas; evitou 84.000 pessoas-ano de cuidados longo prazo e preveniu 8.300 mortes associadas com o aumento da mortalidade em cuidados de longo prazo. As maiores vantagens foram observadas em pacientes com idade superior a 75 anos. O estudo concluiu que o tratamento da população idosa do Reino Unido com 800UI/dia de colecalciferol está associado à redução na mortalidade dessa população e importante redução de custos em saúde pública pela prevenção de quedas³.


Câncer

O aumento dos níveis de 25-vitamina D na corrente sanguínea com a exposição à luz do sol, dieta e a suplementação ajuda a diminuir a probabilidade de ocorrência de diversas doenças – especialmente aquelas causadas pelo crescimento celular anormal, tal como câncer³.


Asma gripes e resfriados

Uma pesquisa, confirmada por outros estudos que também observam redução de risco de infecção das vias respiratórias superiores em adultos, como H1N1, em indivíduos com 25 vitamina D circulante, observou que, nas crianças com diagnósticos prévio de asma, a suplementação com vitamina D levou a 74% de redução no risco de exacerbação da doença⁴.


Artrite reumatoide

Em adultos, a deficiência de vitamina D está associada ao aumento do risco de esclerose múltipla, artrite reumatoide, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, demência, cânceres e doenças infecciosas. As mulheres podem reduzir a ocorrência de artrite reumatoide em até 42% suplementando a vitamina D⁵.


Problemas cardiovasculares

A ação da vitamina D na saúde óssea já é extremamente conhecida. No entanto, nos últimos anos, suas ações além do esqueleto ósseo têm sido amplamente estudadas, tornando-se importante a compreensão das consequências da deficiência de vitamina D no organismo. Em inúmeros estudos epidemiológicos, a deficiência de vitamina D tem sido consistentemente associada com aumento do risco cardiovascular e hipertensão. De acordo com Michael Holick, pode-se reduzir em até 50% a probabilidade de hipertensão, de acidente vascular cerebral e de infartos mantendo o nível de vitamina D adequado⁶.


Obesidade

De modo geral, as pessoas pensam que os adipócitos são somente bolas inanimadas de gordura; mas, na verdade, eles são participantes ativos no processo que sinaliza ao cérebro que estamos satisfeitos e que não precisamos de mais comida. Quando estamos saciados, os adipócitos secretam um hormônio chamado leptina, que permite que nos afastemos da comida. A falta de vitamina D interfere na ação desse hormônio supressor do apetite, que trabalha regulando o peso do corpo⁷.


Previne a depressão

O cérebro possui receptores de vitamina D e a forma ativa da vitamina estimula produção de serotonina, neurotransmissor relacionado ao bom humor. Isso explica como a vitamina D pode ajudar a reduzir a depressão⁸.
“A vitamina D é hormônio multifuncional, já que diversas células e tecidos possuem receptores para síntese da vitamina e seus benefícios atuam de forma similar, influenciando o bom funcionamento das vias metabólicas e funções celulares”, explica o médico.





Referência

¹https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=document&layout=default&alias=478-a-eficacia-calcio-e-vitamina-d-na-prevencao-fraturas-osseas-v-2-n-10-2005-8&category_slug=uso-racional-medicamentos-685&Itemid=965 (acessado em 05/06/2018)
²Poole CD, et al. Cost-effectiveness and budget impact  of empirical vitamin D therapy on unintentional falls in older adults in the UK. BMJ Open.2015 Sep 29;5(9):eoo7919
³, ⁵, ⁶, Holick, Michel F. Vitamina D/ Michael F. Holick [versão brasileira da editor] – 1. Ed. São Paulo-SP: Editora Fundamento Educacional Ltda., 2012.
⁴Xiao L, et al. Vitamin D supplementation for the prevention of childhood acute respiratory infections: a systematic review of randomised controlled trials. Br J Nutr. 2015 Oct;114(7):1026-34.


Brasileira está entre as mulheres que mais sofrem com TPM


Entenda a diferença entre os tipos e saiba como amenizar e até mesmo acabar com os sintomas da tensão pré-menstrual



É difícil encontrar uma mulher que nunca tenha sentido algum desconforto ligado ao ciclo menstrual. Estima-se que até 90% das brasileiras conviva mensalmente com pelo menos um dos sintomas físicos ou emocionais da temida TPM, que pode trazer grande impacto na qualidade de vida feminina. “A mulher deve atentar-se à intensidade e frequência desses sintomas. Caso eles causem prejuízos à sua rotina, é importante consultar o ginecologista”, afirma o ginecologista e obstetra Achilles Cruz.


Para quem acha que tensão pré-menstrual é “frescura”, é importante saber que seus efeitos podem até trazer aumento das faltas no trabalho. “Além de afetar a vida profissional, a TPM pode trazer prejuízos nas relações sociais e familiares. Portanto, em alguns casos, os sintomas não podem ser encarados como algo normal da natureza da mulher”, pontua o médico. Segundo estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a brasileira está entre as mais afetadas pela TPM no mundo. Por isso, é importante saber quando buscar suporte do médico.


Fique por dentro dos tipos de TPM:


Sintomas pré-menstruais: existem cerca de 150 sintomas conhecidos, entre físicos e emocionais, que podem acometer as mulheres durante o período pré-menstrual. Até 90% das mulheres apresenta um ou mais desses sintomas durante a segunda fase do ciclo menstrual. Os mais frequentes são: inchaço, dores de cabeça, cólicas, acne, alteração do humor, irritação, depressão, choro fácil, aumento do apetite, alterações de sono e diminuição do desejo sexual.


Síndrome pré-menstrual (SPM): a SPM atinge até 40% das mulheres e caracteriza-se por reunir pelo menos um sintoma físico e um emocional com intensidade suficiente para causar incômodo e interferência nas atividades diárias e nos relacionamentos. Para caracterizar a SPM, os sintomas devem se repetir durante dois ou mais ciclos consecutivos, uma ou duas semanas antes da menstruação, com melhora ou desaparecimento após os primeiros dias de sangramento.


Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM): mais grave do que a SPM, atinge de 3 a 8% das mulheres, sendo classificado na categoria dos transtornos depressivos. Nesses casos, os sintomas são mais severos e de natureza psíquica, trazendo sofrimento acentuado e impacto importante no desempenho das atividades do dia a dia da mulher. O diagnóstico considera sintomas que incluem instabilidade emocional significativa, irritação/raiva, ansiedade e humor depressivo. 

A boa notícia é que existe tratamento e medidas capazes de amenizar e, até mesmo, acabar com a TPM. “Os anticoncepcionais orais são uma ótima opção. Eles ajudam a estabilizar as flutuações hormonais que estão envolvidas no desencadeamento dos sintomas e ainda oferecem outros benefícios, como a melhora da pele, diminuição do fluxo e cólicas menstruais. Em alguns casos, o médico também poderá considerar pílulas administradas em regime sem pausa, que oferecem maior estabilidade hormonal”, explica o ginecologista. “Já quando o quadro é mais intenso, como no TDPM, também deve ser considerada a combinação de medicamentos antidepressivos e o acompanhamento multiprofissional”, completa o especialista.

No dia a dia, vale apostar em pequenas mudanças que podem fazer toda a diferença na qualidade de vida. “Manter uma alimentação saudável, com boa hidratação e uma rotina de exercícios físicos é essencial para aliviar os sintomas pré-menstruais. Também recomenda-se evitar a ingestão excessiva de gorduras, sal, açúcar, álcool e cafeína, que podem desencadear ou agravar o quadro”, finaliza o ginecologista.




Serviço:

Não se esqueça de procurar o seu médico para entender mais sobre o assunto e decidir, junto com ele, qual é o melhor tratamento para o seu perfil. No site www.vamosdecidirjuntos.com.br é possível esclarecer suas dúvidas sobre contracepção e se preparar para a consulta. E se quiser mais dicas para mandar a TPM para longe, acesse: vivasemtpm.com.br.




Libbs Farmacêutica


Equipe do Einstein desenvolve técnica minimamente invasiva para tratar bebê dentro do útero da gestante e treina cirurgiões por todo o mundo


Cirurgia fetoscópica para mielomeningocele, mais conhecida como espinha bífida, reduz risco de hidrocefalia e paralisia no bebê, além de apresentar menos complicações à mãe

Uma equipe brasileira tem feito escola pelo mundo. Especialistas em medicina fetal da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein vêm estudando, há mais de cinco anos, uma forma minimamente invasiva de tratar a mielomeningocele, conhecida também como espinha bífida. E, por meio da fetoscopia, espécie de laparoscopia - cirurgia realizada por meio de cânulas em pequenos furos no abdômem -, criaram um procedimento inédito no mundo e que é capaz de corrigir a malformação congênita dos bebês antes do nascimento, dentro do útero da gestante.
A mielomeningocele, conhecida também como espinha bífida, é uma malformação que deixa a medula espinhal do bebê exposta ao líquido amniótico dentro do útero da mãe. Essa exposição pode ocasionar lesões aos nervos responsáveis pelo controle de bexiga e ânus, além da musculatura dos membros inferiores.

Com o uso de uma câmera endoscópica e instrumentos muito finos, o procedimento desenvolvido pela brasileira consiste em operar o feto ainda no interior da barriga da mãe. Em outras palavras, evita-se a operação aberta, utilizada atualmente na maioria dos casos, e que é mais agressiva e com maior risco de complicações. “A incidência da espinha bífida se aproxima de um a cada 1.000 nascidos no Brasil e a cirurgia, quando feita após o parto, ou de forma aberta, pode provocar algumas sequelas importantes no bebê, como hidrocefalia, paralisia e falta de controle de bexiga”, afirma Dra. Denise Lapa, especialista em medicina fetal do Einstein e que lidera as cirurgias.

A aplicação da técnica vem chamado a atenção da comunidade internacional. Desde 2011, quando foi iniciado o estudo sobre o tema, a utilização da fetoscopia para espinha bífida foi difundida em diversos países, como Chile, Israel, Itália, Inglaterra e Estados Unidos. Agora, após a publicação dos resultados encorajadores dos primeiros 47 casos operados em 2018, o treinamento a cirurgiões fetais para a técnica está com fila de espera.  

“O ideal é que a operação seja feita até a 26ª semana de gestação para minimizar os problemas neurológicos. Quanto mais cirurgiões pelo mundo forem treinados, menos bebês com sequelas teremos no futuro”, comenta a médica. Além dos centros de saúde internacionais, um hospital público do Rio de Janeiro também segue em treinamento para poder tratar mães e bebês nessas condições via SUS.




Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

Quais os riscos e benefícios da reposição hormonal da menopausa?


A maioria das mulheres que passam pelo climatério, período que marca o fim da vida reprodutiva, apresenta sintomas desconfortáveis, sendo o principal deles as ondas de calor.  As ondas de calor são causadas pela queda da produção de estrogênio nos ovários, que deixam de funcionar após a menopausa (última menstruação da vida). São sintomas incômodos, que podem se associar a insônia, ansiedade, depressão e irritabilidade, além de causar prejuízo no convívio social e relações de trabalho. Também são frequentes no período as palpitações, sensação de fadiga, dores no corpo e dor de cabeça. O melhor tratamento para essa situação é a reposição de estrogênio, que apresenta alguns riscos e muitos benefícios.

Entre os benefícios da reposição hormonal temos não só a melhora das ondas de calor, mas também fortalecimento dos ossos, pele, cabelos, melhora da libido, disposição, distribuição de gordura, apetite, risco de doença cardiovascular, memória, entre outros. Já os riscos aparecem predominantemente se ela for utilizada em mulheres com contraindicação à medicação, como alto risco cardiovascular, câncer de mama e lúpus, e envolve aumento da ocorrência de infarto, AVC e trombose. Nas mulheres saudáveis ou com risco cardiovascular baixo, a reposição hormonal não traz esses riscos. É importante ressaltar que ao usar o estrogênio em gel ou adesivo, não há aumento do risco de trombose, já na via oral, o aumento é de 2 a 3 vezes.

E quanto ao risco de câncer de mama, tão temido pelas mulheres quando falamos em reposição hormonal? Você sabia que o uso da terapia com estrogênio + progesterona (obrigatória em quem tem útero) só aumenta o risco após 5 anos de uso? Antes disso o seu risco é igual ao de mulheres que nunca repuseram hormônios. Mesmo após 5 anos, o aumento é pequeno, cerca de 30%. Para quem usa apenas o estrogênio (mulheres sem útero) não houve aumento de risco após 7 anos de uso no grande estudo norte-americano WHI. Entretanto, para mulheres que já tiveram câncer de mama ou lesões pré-malignas na mama a reposição não é indicada.

Por fim, cabe uma reflexão: as mulheres temem o câncer de mama, que atualmente tem diagnóstico precoce, tratamento adequado e baixa mortalidade (e que não tem seu risco aumentado com o uso da reposição hormonal pelo tempo recomendado). Por que as mulheres não temem a doença cardiovascular, principal causa de morte no climatério? O estrogênio se indicado nos primeiros anos de menopausa em mulheres saudáveis previne a doença cardiovascular. Sabe-se que mulheres que fazem reposição vivem mais do que as que não fazem.

Portanto, se você tem ondas de calor e/ou osteoporose (as duas indicações formais para reposição hormonal) e não possui contraindicações, não existe em utilizar a reposição prescrita pelo seu médico. Lembrando que a via não-oral é sempre mais segura.
Para quem não pode utilizar estrogênio e/ou progesterona, existem outros meios de melhorar as ondas de calor, mas sem os demais benefícios do estrogênio.

Apesar dos seus benefícios comprovados, até o momento não há indicação de prescrever a reposição como prevenção de doenças, apenas para tratar ondas de calor e osteoporose, e no caso de secura vaginal deve-se usar a via vaginal.

FEVEREIRO MARCA O DIA MUNDIAL DE COMBATE AO CÂNCER


Mês também é conhecido pela cor laranja, voltada à conscientização em relação à leucemia



Embora a palavra câncer ainda seja um tabu para um grande número de pessoas, os especialistas são unânimes em afirmar que a identificação precoce da doença aumenta consideravelmente as chances de cura.

Por isso, a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), marcou 4 de fevereiro como o Dia Mundial de Combate ao Câncer, com o objetivo de conscientizar e educar a população sobre a prevenção, que pode evitar milhões de mortes todos os anos. O mês também é conhecido pela cor laranja para alertar sobre a leucemia.

A tendência global ainda é de crescimento no número de casos de câncer, o que aumenta a importância de iniciativas como essas. De acordo com a OMS, uma a cada seis pessoas morrem no mundo em razão da doença e cerca de 18 milhões desenvolvem o câncer a cada ano, a maioria em países de baixa e média renda. A expectativa é que o número chegue a 21 milhões de pessoas, em 2030.

No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima a ocorrência de 600 mil novos casos em 2019, sendo 1/3 relacionados com o estilo de vida: tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade e exposição excessiva ao sol. Entre os cânceres com maior incidência entre os homens estão os de próstata, de traquéia, de brônquio e de pulmão, seguido de cólon e reto. Já entre as mulheres, os mais frequentes são os de mama, de cólon e reto e de colo do útero.

“É importante destacar o impacto da educação e a prevenção junto a todos os tipos de cânceres, pois já está comprovada a redução de pelo menos 30% da incidência e mortalidade quando as ações são efetivas no sentido de prevenir ”, destaca o Dr. Ricardo Antunes coordenador da área de Cirurgia Oncológica do Grupo Leforte e presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC).

Alimentação saudável e a prática de atividades físicas, como caminhar, já são um bom começo, pois contribuem para evitar um fator de risco importante para o câncer: a obesidade.  Aliado a estas práticas, é preciso dar atenção aos exames preventivos de acordo com a faixa etária ou identificação de alguma alteração na saúde ou no corpo, como um pequeno nódulo.


Fevereiro laranja

O mês e a cor buscam atuar na conscientização de combate à leucemia, uma doença que começa na medula óssea, onde o sangue é produzido, e está entre os dez tipos que mais atingem a população brasileira (https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer).

Geralmente, de origem desconhecida, a leucemia possui mais de 12 tipos sendo que os quatro mais comuns são:

  • Leucemia linfoide crônica (LMC): Raramente afeta crianças. A maioria das pessoas diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais de 55 anos. Se desenvolve de forma lenta.
  • Leucemia mieloide crônica (LMA):  Atinge principalmente adultos
  • Leucemia linfoide aguda (LLA): Mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos. Avança rapidamente
  • Leucemia mieloide aguda (LMA): A incidência aumenta com o aumento da idade.. Ocorre em crianças e adultos e avança rapidamente.
Entre os sintomas estão: cansaço, dores nos ossos e nas articulações, febres que podem vir acompanhadas de suores noturnos, perda de peso, aparecimento de manchas roxas ou avermelhadas na pele, palpitações e sensações incômodas na região abdominal, sangramento nas gengivas e no nariz, e inchaço no pescoço.

“Estes indicativos iniciais podem ser confundidos com outras doenças, principalmente quando falamos de crianças. Por isso, a importância desta data de alerta para reforçar a investigação de alterações na saúde e também nos resultados de exames de sangue de rotina”, explica o Dr. Rodrigo Santucci, médico-chefe do setor de Transplantes de Medula Ossea do Hospital Leforte.

Ele reforça as chances de cura por meio de tratamentos avançados como os anticorpos monoclonais –proteínas usadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar corpos estranhos, como células tumorais –, tratamentos quimioterápicos ou o mais conhecido que é o transplante de medula óssea. Neste caso, a doação pode vir de um parente compatível ou de uma pessoa que fez um cadastro no hemocentro, cujo dados vão para o REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).




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