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domingo, 3 de fevereiro de 2019

Dia mundial do câncer – 4 de fevereiro


 Antioxidante em protetor solar: nova promessa para prevenir câncer de pele


Descoberta foi feita por pesquisadores do ICB-USP ao constatarem que  a luz UVA inibe o reparo do DNA devido a um processo oxidativo que ocorre horas após a exposição.



Um estudo realizado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) constatou que o uso de antioxidantes é capaz de prevenir as consequências da exposição à luz ultravioleta. Os pesquisadores optaram por estudar células de pacientes Xeroderma Pigmentoso Variante (XP-V), uma doença genética rara, a fim de facilitar o entendimento dos efeitos provocados pela luz UVA, ainda pouco conhecidos.

O Xeroderma Pigmentoso apresenta deficiência no reparo das lesões do DNA causadas pela luz solar, podendo gerar mutações. Já no caso da XP Variante, outra manifestação da doença, o defeito é na replicação do DNA contendo lesões. O resultado, no entanto, é o mesmo: os pacientes apresentam pele seca e extremamente sensível ao sol, além de terem um risco dois mil vezes maior de desenvolver câncer de pele, em idades menores de 20 anos.

Comandada pelo professor Carlos Frederico Martins Menck, do Departamento de Microbiologia do ICB-USP, a pesquisa inovou ao analisar o efeito da luz UVA em células de pacientes com XP-V e em células sem o defeito – até então, estudava-se os efeitos de UVB e UVC. “UVC é completamente barrada pela camada de ozônio e apenas 5% de UVB consegue passar. Enquanto isso, 95% de UVA atinge a nossa superfície. Nesse sentido, trabalhar com UVA nos aproxima de nossa realidade”, explica.

Durante o estudo, os pesquisadores descobriram que, de 4 a 6 horas após a irradiação de UVA, as células sofrem um processo oxidativo que inibe o reparo do DNA. “Esse efeito foi muito mais grave nas células com o defeito XP-V. Embora tenham um sistema de reparo normal, a luz UVA gera radicais de oxigênio capazes de inibir esse reparo, ou seja, de impedir a remoção dos dímeros de pirimidina”. Os dímeros de pirimidina são as principais lesões provocadas pela radiação ultravioleta.

Como tentativa de solucionar o estresse oxidativo nas células, o pesquisador utilizou o antioxidante N-acetilcisteína (NAC) para tratar células XP-V antes de irradiá-las. Com isso, descobriu-se que o antioxidante funciona como um método de prevenção. “Quando tratamos as células com antioxidante antes da irradiação, elas ficam mais preparadas para enfrentar a oxidação. Assim, as proteínas responsáveis pelo reparo não são oxidadas e as células sofrem menos, de uma maneira geral”.

Segundo Menck, a próxima etapa é testar os tipos de antioxidantes, verificar qual é mais eficiente no tratamento dessas células e discutir a possibilidade de produzir um protetor solar com a substância.  “Acreditamos que o antioxidante nos cremes solares poderá prevenir os danos na capacidade de reparação da célula, prevenindo assim o câncer de pele em pacientes com XP-V e, por que não, na população como um todo”.


RENAN CALHEIROS E A VELHA POLÍTICA


        A candidatura de Renan Calheiros começou a ruir na sexta-feira (01/02), quando o jovem presidente da sessão preliminar submeteu à deliberação do plenário o voto aberto.  Dos 52 votantes, apenas dois foram favoráveis ao voto secreto. Onde estavam os demais 29 senadores? Viu-se ali que o candidato do MDB teria no máximo 31 dos 41 votos necessários. Para mantê-los e conquistar mais alguns ao longo do processo de votação foi preciso tirar Toffoli da cama na madrugada (alguém aí acredita nisso?) para sentar-se ao teclado e digitar um calhamaço inteiro decretando a nulidade da decisão tomada pelo Senado.
        A interferência do STF pesou contra Renan e aumentou a pressão das redes sociais sobre os senadores. Isso é fato novo, impensável e incompatível com as rotinas da velha política. O direito de manifestação se democratizou, se digitalizou, e bate no telefone que vai no bolso do deputado, do senador, ou na rede social onde esteja seu perfil.
        Durante a sessão de sábado, Renan buscou estancar o vazamento que lhe produzia a atitude serena, austera e adversária da colega Simone Tebet. Quanto mais ele se perturbava, mais ela crescia. A distinção da senadora funcionava como libelo acusador para ele e para os seus. Um torturante sinal de contradição.
        O fatigante discurso de Renan como candidato cuidou de buscar simpatias na base do governo. No que disse, ninguém ali estava tão comprometido quanto ele com as reformas necessárias ao país. Na presidência do Senado, seria o poderoso senhor das reformas. No que não disse, sabiam todos: ali estava, investigado em muitos processos, o senhor das impunidades e a mão amiga quando os fantasmas do passado fazem soar a campainha às seis horas da manhã. A insistência de muitos senadores, entre os quais se destacava o gaúcho Lasier Martins, apelando para que os votos fossem declarados ou exibidos, pesava, porém, contra seu projeto de poder.
        Ao retirar seu nome e deixar o plenário, aparentando uma dignidade que lhe falta, condenando como antidemocrática a decisão soberana dos próprios colegas, em votos contados, imaginando talvez como abusivo o fato de o público ter opinião e ser ouvido pelo plenário, Renan encerrou um capítulo da velha política ainda aberto por sua reeleição em Alagoas.
        De início, antipatizei com o nome “velha política”, usado para designar práticas falecidas nas eleições de outubro passado. No entanto, os episódios desta abertura de ano legislativo no Senado Federal evidenciam a mudança que esse nome designa. Renan precisava do sigilo. Do segredo. “Meu segredo é meu” (Secretude meum mihi”, dizia-se em latim). A porta da sociedade de celerados, contudo, foi arrombada. O abracadabra foi ouvido e a caverna aberta.
        Em A Divina Comédia, Dante adverte que “a vontade, se não quer, não cede, é como a chama ardente, que se eleva com mais força quanto mais se tenta abafá-la”. Foi exatamente o que vimos. À medida que as intenções de voto eram manifestadas, sumiram os de Renan. E o Brasil, esse Brasil que volta aos brasileiros, se tornou um lugar um pouco melhor.



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Quatro dicas indispensáveis para a instalação do seu ar-condicionado



Consumidores devem conhecer a rede elétrica do escritório ou residência e avaliar a capacidade de acordo com o ambiente que irá acomodar o eletrodoméstico



Imagem meramente ilustrativa



No entanto, para garantir o funcionamento correto e vida útil do equipamento, antes da instalação é fundamental que os usuários se atentem a questões como a capacidade do produto escolhido, local em que será acomodado e a tensão da rede elétrica do escritório ou da residência.

A Samsung listou informações que prometem ajudá-lo nessa tarefa. Confira a seguir:


1-  Fique atento à capacidade do produto

A boa instalação do ar-condicionado é importante para o funcionamento de todo o sistema. Por isso, observar a capacidade do produto – medida em BTU (British Termal Unit, ou Unidade Térmica Britânica) – deve ser um dos primeiros passos do consumidor. Para climatizar um ambiente de 20m², por exemplo, um equipamento de 12 mil BTU/hora é recomendado. Vale lembrar que também é importante considerar o número de usuários do espaço, os demais aparelhos eletrônicos presentes no mesmo ambiente e fontes de calor, além da incidência de sol.


2-  Escolha o melhor local para acomodação do aparelho

Em residências, os locais mais comuns para a instalação do ar-condicionado costumam ser os mais frequentados pelos moradores, como o quarto e a sala. Por isso, na hora da instalação é imprescindível avaliar muito bem o ambiente que receberá o produto. Prefira locais com superfícies livres de cortinas, persianas e demais elementos presentes na decoração que possam impedir a circulação do ar. No quarto, uma das melhores posições é instalar o aparelho sobre a cama; já na sala de estar, posicioná-lo logo acima do sofá e o mais centralizado possível para otimizar a refrigeração do espaço.


3-  Antes de instalar, conheça a rede elétrica do seu escritório ou residência

Antes da compra e instalação do produto, ainda é preciso observar qual a tensão que o modelo escolhido necessita para entrar em funcionamento e qual a tensão disponível no ambiente em que o eletrodoméstico será instalado. Os modelos Split, por exemplo, aqueles formados pela evaporadora (responsável pela saída do ar no ambiente interno) e a condensadora (localizada na parte externa), geralmente exigem uma tensão de 220V. Uma boa pedida é solicitar que um eletricista verifique a rede elétrica do local antes de partir para a instalação do produto.


4-  Conte com o apoio de mão de obra especializada

As particularidades dos equipamentos de ar-condicionado e os detalhes específicos de cada modelo, ainda exigem o conhecimento de especialistas que saibam indicar qual é o mais adequado para cada local e perfil de uso. Os especialistas ainda podem ajudar a dimensionar a capacidade de acordo com o tamanho do ambiente e avaliar a quantidade de insolação que incide na casa, apartamento ou escritório, entre outras dúvidas dos usuários.


Equipamentos de ar-condicionado Samsung

A Samsung disponibiliza um portfólio completo de equipamentos de ar-condicionado no Brasil. Além do modelo Wind-Free1, primeiro ar-condicionado sem vento2 do mundo, com conexão Wi-Fi, a marca ainda disponibiliza os modelos Digital Inverter Quente e Frio – que selecionam automaticamente a troca de resfriamento para aquecimento.

Para espaços comerciais, como redes hoteleiras ou lojas de departamentos, o Cassete 360 é um equipamento de insuflação circular que emite ar fresco em todas as direções. Com ele, cada canto do ambiente permanece com a mesma temperatura, de forma homogênea3.

Já o modelo Multi Split (FJM) pode ser usado tanto em espaços comerciais quanto residenciais. Incrivelmente silenciosos e eficientes, esses sistemas proporcionam uma solução de climatização otimizada. São leves e compactos, permitindo que uma única unidade externa do condensador de ar suporte até cinco unidades internas.

Todo o cuidado antes da instalação do ar-condicionado é fundamental para garantir a vida útil do produto e o funcionamento com desempenho máximo. Além disso, a escolha errada pode acarretar, até mesmo, no consumo desnecessário de energia elétrica”, lembra Jefferson Porto, Diretor Associado de Produtos da Divisão de Digital Appliance da Samsung Brasil.

Para mais informações, acesse: www.samsung.com/br





1O Wind-FreeTM é o modelo de ar-condicionado da Samsung que pode ser controlado por meio de conexão Wi-Fi.

2 A Sociedade de Engenheiros de Refrigeração, Aquecimento e Ar Condicionado Americana (ASHRAE) define o efeito sem vento devido às correntes de ar insufladas com velocidade inferior a 15m/s.

3Em um raio de 9,3 metros, a diferença de temperatura é inferior a 0,6 °C.

Samsung Electronics Co., Ltd.


Tigre alerta para a necessidade da limpeza periódica da caixa d'água


Pode não ser uma tarefa divertida, mas certamente algum tempo empreendido na limpeza da caixa d'água deverá eliminar muitos problemas futuros. Se não estiverem devidamente limpos e tampados, os reservatórios podem se tornar grandes criadouros do mosquito transmissor da dengue, vírus Zika e febre de chikungunya. 

Segundo o Ministério da Saúde, em 2018 foram registrados 245 mil prováveis casos de dengue no Brasil. A maior incidência ocorre nos períodos de chuva e, por esse motivo, o intervalo de janeiro a março exige cuidados redobrados – e que devem ser mantidos durante os outros meses do ano. 

Para deixar essas doenças bem longe da sua casa, a Tigre preparou um passo a passo para a limpeza da caixa d'água: 


Passo 1 

  • Para iniciar a limpeza tenha em mãos uma brocha ou caneca plástica, pano limpo, esponja macia, balde e água sanitária.
  • Feche o registro de entrada de água da casa.
  • Separe uma quantidade de água para utilizar nas últimas etapas de limpeza da caixa.
  • Deixe na caixa d'água uma reserva de aproximadamente um palmo de água. 

Passo 2 

  • Feche as saídas de água da caixa d'água e utilize a água reservada para limpar as paredes e o fundo da caixa usando um pano úmido.
  • Retire a água da lavagem e a sujeira pela tubulação de limpeza. Caso necessário, utilize um balde, pano úmido e uma esponja macia.
  • Tire bem as impurezas e seque a caixa utilizando panos limpos, evite passa-los nas paredes. 


Passo 3 

  • Feche o registro da saída de limpeza e, ainda com a saída de água fechada, deixe entrar um palmo de água.
  • Adicione dois litros de água sanitária e deixe por duas horas. A cada 30 minutos utilize caneca de plástico ou brocha para limpar as paredes internas da caixa. 

Passo 4 

  • Após duas horas, ainda com o registro fechado, esvazie a caixa abrindo as saídas.
  • Abra todas as torneiras da casa e acione a descarga, assim todas as tubulações da residência serão desinfetadas. 

Passo 5 

  • Feche todas as torneiras e abra o registro de água para encher novamente a caixa d'água.
  • Coloque a tampa na caixa d'água e se assegure de que ela esteja travada.
  •  Anote em um papel ou etiqueta a data da última limpeza. 

Dicas: 

  • Verifique o estado da caixa d'água de seis em seis meses. Entretanto, vale reforçar que este período pode variar de acordo com cada região brasileira. Se for um lugar que tenha cortes de água constantes, a sujeira pode vir pela tubulação quando se faz a retomada no reabastecimento. Nestes casos, a limpeza tem um tempo menor.
  • Nunca utilize sabão ou detergente.
  • Evite o uso de vassoura e escova de aço. 


Grupo Tigre


Dicas de como economizar na faculdade



Ao ingressar em uma universidade, o estudante precisa manter além do desempenho e disciplina, o controle com os gastos. Por estar iniciando na carreira profissional ou por possuir independência financeira, é necessário estar atento e não correr riscos, pois será necessário estar preparado economicamente após o término dos estudos. Para lhe ajudar, confira algumas dicas listadas pelo Juros Baixos.





Produzido por: Juros Baixos

Aprender um novo idioma desde cedo estimula raciocínio e eleva o QI, afirmam especialistas


Você provavelmente já ouviu falar da expressão “janelas de oportunidade”. Essas janelas representam o período de desenvolvimento cerebral de um ser humano, na qual experiências e conhecimentos específicos são melhor absorvidos e assimilados. Este período acontece nos anos iniciais de vida, onde aprender um idioma torna-se uma tarefa mais fácil, rápida e natural.

A partir do momento que nascemos, janelas vão se abrindo com a intenção de expor nosso cérebro a novas experiências, incluindo o aprendizado de uma nova língua. Para que elas se mantenham abertas, o estímulo gradativo desses conhecimentos é fundamental.

De acordo com a Cambridge English Assessment, departamento da Universidade de Cambridge dedicado a avaliação internacional de proficiência da língua inglesa, nos primeiros anos de vida, o cérebro se desenvolve incrivelmente rápido. São milhares de conexões neurológicas novas e aprender qualquer coisa nessa fase se torna muito mais fácil, inclusive idiomas diferentes do materno.

Ainda, um estudo promovido pela empresa de tecnologia da educação Rosetta Stones, afirma que além de adquirir pronúncia próxima a de um falante nativo, as crianças alfabetizadas em inglês podem apresentar maior quociente de inteligência (QI), evitando ainda o desenvolvimento de doenças senis, como Alzheimer.

Para que aconteça de forma natural, o aprendizado precisa ser envolvente, fácil e divertido. Por isso, é importante o uso de jogos, histórias, brincadeiras, música, além de recursos que criam situações reais dentro do universo infantil. “É essencial que nesta idade a curiosidade e o interesse sejam frequentemente despertados. Assim, a criança terá uma facilidade maior de aprender, assim como aprendeu sua língua-materna”, afirma o supervisor pedagógico da KNN Idiomas, Gleidson do Espírito Santo.

A baixa eficiência do ensino de idiomas nas escolas tradicionais é uma realidade preocupante. O domínio no inglês entre os brasileiros, por exemplo, é tão baixo que o país ocupa a 41ª colocação num ranking de 70 países, desenvolvido pela EF Education First, empresa de educação internacional especializada em cursos de idiomas no exterior. Além disso, estima-se que apenas 5% da população fala uma segunda língua e menos de 3% tem fluência em inglês.

Segundo Gleidson, fatores como baixa valorização e padronização, pouco apoio aos professores e falta de recursos em sala de aula são os fatores que mais influenciam nos consecutivos resultados ruins na educação brasileira. “Nosso propósito é então suprir esta carência, com modelos estruturados, profissionais capacitados e metodologia moderna criada para cativar os alunos e fazer com que aprendam mais rápido e com qualidade”, conclui.


Mochila deve ter no máximo 10% do peso corporal para não prejudicar coluna
Maioria dos estudantes carrega mais peso do que deveria, o que aumenta risco de lesões e problemas na coluna

Para a maioria das crianças as férias chegaram ao fim. A volta às aulas é um período em que os pais precisam pensar na compra do material escolar, uniformes, na adaptação a uma nova rotina, nova escola ou até mesmo em uma nova turma. Entretanto, existe um aspecto da vida escolar que nem todos os pais se preocupam: a mochila escolar!

De acordo com a fisioterapeuta, Walkíria Brunetti, especialista em RPG e Pilates, a maioria das crianças e adolescentes carrega mais peso do deveria. “Podemos dizer que a média de uma mochila escolar de uma criança de sete anos é de cinco quilos ou mais. O ideal é carregar até 10% do peso corporal. Um exemplo: uma criança que pesa por volta de 30 a 40 quilos, poderia carregar no máximo 3 kg”.

Ameaça à saúde da coluna
O ato de carregar mochilas pesadas prejudica a coluna e a região dos ombros. Isso pode levar a quadros de dores importantes. Outro ponto é que subidas, descidas, escadas e outros terrenos acidentados exigem uma postura mais ereta.

"Com a mochila nas costas, a tendência é projetar o corpo para frente, forçando a coluna. Sem contar quando a mochila é carregada em apenas um ombro, descompensando totalmente a postura”, comenta Walkíria.

“Além das dores, se este hábito for constante ao longo ano pode alterar a curvatura da coluna, causando cifose, lordose e piorando quadros de escoliose. Ao carregar de um lado só do corpo, pode também levar a um importante desalinhamento do eixo corporal”, diz a especialista.

Dicas para os pais
A maior preocupação deve ser com as crianças maiores e adolescentes, que são mais independentes e acabam não gostando muito da supervisão dos pais.

“Lembrando que uma má postura e movimentos que prejudicam a coluna na infância e adolescência podem afetar a saúde musculoesquelética mais tarde ou até mesmo de imediato. Portanto, a consciência corporal e a postura são aspectos que devem ser ensinados desde a infância”, encerra Walkíria.
 
  1. Organização: Para crianças menores, os pais devem criar um calendário ou cronograma das matérias. Com isso, o ideal é colocar na mochila apenas os materiais que serão usados no dia.
  2. Mochilas ou carrinho? Provavelmente, os adolescentes não vão aceitar usar malas de rodinhas. Porém, essa é a opção ideal para preservar a coluna. A mochila com rodinhas deve ser usada até que a criança aceite. Mas, mesmo este tipo de mala requer uma postura correta para usar. O ideal é empurrar para frente, sem fazer flexão lateral do tronco.
  3. Divida o peso: Se a mochila está muito pesada e o carrinho não é uma opção, a recomendação é usar uma outra bolsa, sacola, etc., para dividir o peso. Essa bolsa deverá ser carregada nas mãos e naturalmente não deve ser muito pesada. Lanches ou roupas, por exemplo, são itens que podem ser levados desta maneira.
  4. Cadernos: Para os alunos que têm várias matérias, o ideal é ter apenas um caderno ou uma pasta fichário, devidamente separados por matéria. Evite comprar um caderno para cada matéria, pois além de aumentar o peso, há um risco maior de esquecimentos ou trabalho redobrado na hora de arrumar a mochila.
  5. Supervisão: Para os pais dos adolescentes, especialmente aqueles um pouco mais rebeldes, a dica é pegar a mochila periodicamente para avaliar se está muito pesada. Nessa fase da adolescência, o ideal é conversar e orientar sobre as consequências do uso inadequado da mochila.


Volta às aulas: como cuidar do diabetes no ambiente escolar



Atenção e cuidados especiais são necessários para que a criança com diabetes possa manter um dia a dia saudável na escola



A rotina da criança e adolescente com diabetes causa uma série de preocupações aos pais, já que a doença exige cuidados diários, como alimentação regrada e, em alguns casos, até aplicação de insulina diversas vezes ao dia e o monitoramento frequente da taxa de açúcar no sangue. Em casa, o controle fica por conta dos responsáveis, que já sabem lidar com os desafios, mas, quando voltam às aulas, fica a pergunta: como manter essa rotina?

De acordo com Débora Bohnen Guimarães, nutricionista e coordenadora do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a criança e adolescente com diabetes deve, primeiramente, ter uma alimentação adequada e saudável no ambiente escolar – que não foge muito do padrão preconizado a todas as crianças. “O grande problema é que nem sempre as cantinas oferecem alimentos saudáveis. Com isso, o melhor seria mesmo se planejar para levar a merenda, favorecendo iogurtes ou sucos naturais sem açúcar, sanduíches leves, biscoitos, bolos ou cereais integrais e frutas”, aconselha.

Porém, quando o aluno opta pelo lanche oferecido na escola, ele pode contar com alguns métodos que o auxiliam a manter os níveis de glicemia estáveis, como a contagem de carboidratos, que possibilita calcular a quantidade exata de insulina que deve ser utilizada para cada refeição. “Essa é sempre uma ótima opção para dar flexibilidade alimentar, pois o estudante pode comer qualquer alimento desde que ele ajuste sua dose de insulina ultrarrápida. Não há alimentos proibidos, mas sim um controle dentro dos conceitos do que é saudável ou não. No caso de lanches oferecidos pela escola e dependendo da idade da criança, será necessário auxílio de um adulto para realizar a contagem. O que os pais podem fazer é tomar conhecimento do cardápio anteriormente e já estabelecer, junto aos educadores da escola, a quantidade de alimentos adequados para a criança, que estará de acordo com seu regime de insulina”, comenta a nutricionista.

Aplicação dos medicamentos
É importante que os pais tenham uma conversa com a direção e coordenação do local de ensino a respeito do diagnóstico e tratamento que seus filhos estão realizando no momento: desde as doses de insulina, o grau de controle do diabetes, os casos de hipoglicemia e até as necessidades alimentares.

Segundo Débora, as crianças que precisam de ajuda para tomar insulina em escolas nas quais não há enfermeiros ou outro profissional que se dispõe a arcar com os cuidados necessários com monitorização de glicose e aplicação de insulina, acabam adaptando suas rotinas de medicamento. “Os pais, muitas vezes, vão até a escola para dar a insulina na hora do intervalo ou adequam o regime de insulina anterior e de lanche da escola para que não haja necessidade dessa aplicação. Os alunos com diabetes que estão em terapia de múltiplas injeções diárias podem não precisar de insulina em algumas refeições, como no meio da manhã ou da tarde, e normalmente é esse o período que os pais escolhem para seus filhos estudarem”, afirma.

Atualmente, existem escolas “amigas da criança com diabetes”, que oferecem profissionais que se dispõem a ajudar no controle da glicemia e até mesmo aplicam a insulina. Os pais devem treiná-los de acordo com a receita médica do aluno. Esta, porém, ainda não é uma obrigação de todos os locais de ensino.

Ensinando sobre diabetes
Visando disseminar a educação em diabetes no ambiente escolar, a SBD é parceira em iniciativas como o Projeto Kids – Diabetes in Schools, criado pela ADJ – Diabetes Brasil em parceria com a International Diabetes Federation (IDF), que oferece materiais educativos para auxiliar as escolas com informações sobre o diabetes. O material é conhecido como “Pacote Educativo para Informar sobre Diabetes nas Escolas”, e foi aprovado pelo Ministério da Saúde, SBD e Sociedade Brasileira de Pediatria.

Alguns locais, como o Centro de Referência Diabetes nas Escolas (CRDE) da Santa Casa de Belo Horizonte, oferecem até mesmo treinamento presencial ou à distância para capacitar os profissionais das escolas sobre os cuidados necessários com o aluno com diabetes, a fim de que os pais e alunos tenham segurança em relação ao tratamento durante o período escolar. “Os professores, coordenadores, diretores e demais profissionais são vistos como membros da equipe de tratamento do diabetes, então é necessário desmistificar a doença, orientá-los a respeito dos cuidados e alertá-los sobre as dificuldades do aluno com diabetes”, comenta.

Um ponto importante é o apoio necessário para que o bullying com estes estudantes não ocorra, já que pode atrapalhar a aderência ao tratamento e, consequentemente, prejudicar a saúde da criança. “A situação deve ser analisada por toda equipe escolar para que esses adolescentes se sintam à vontade com a doença - seja por ajuda emocional, caso necessário, ou por apoio familiar e dos professores no esclarecimento de toda a turma do aluno. A escola deve ser um ambiente de apoio, saudável e de segurança, sem necessidade de vitimização ou exposição à condição do aluno com diabetes. Dessa forma, a aliança entre casa e escola será um meio ideal para a manutenção de uma boa saúde para todos”, completa Débora.




SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes

Alimentação incorreta de crianças e adolescentes nas escolas pode influenciar obesidade


Atualmente no Brasil, 9,4% das meninas e 12,7% dos meninos estão obesos


O Brasil se prepara para receber cerca de 36 milhões alunos em suas escolas públicas e privadas em 2019, segundo o senso escolar do MEC, divulgado em 31 de janeiro deste ano. Nesse ambiente de aprendizado existe um risco eminente à saúde que acaba fugindo aos olhos dos professores e até mesmo dos pais: a alimentação dos alunos.

Especialistas alertam que bons hábitos alimentares em escolas são imprescindíveis para a educação alimentar e a saúde dos jovens. “Não adianta ter uma dieta balanceada em casa se a criança ou o adolescente chega na escola e acaba comendo alimentos calóricos. A fuga dessa rotina alimentar pode criar reservas de energia excessivas no organismo, acarretar o acúmulo de gordura e até mesmo causar obesidade”, alerta Dr. Henrique Eloy, médico clínico geral, especialista em cirurgia e endoscopia bariátrica e gastroenterologia.

Na maioria dos casos, as lanchonetes de escolas vendem alimentos embalados, processados, industrializados, refrigerantes e frituras. São exatamente esses os exemplos que devemos instruir as crianças a não consumirem. “Hoje no Brasil 9,4% das meninas e 12,7% dos meninos estão obesos. Boa parte dessa responsabilidade se refere a má alimentação nas escolas”, comenta Dr. Henrique.

Mas, o perigo não está apenas nos ambientes de ensino. Ele também pode vir de casa. “Muitas vezes, por causa da falta de tempo, os pais preferem o fast food nas lancheiras por ser mais prático, rápido e barato. Vejo também que para tentar satisfazer a vontade dos filhos, alguns pais acabam cedendo e colocando biscoitos recheados, sucos de caixinha, balas, doces e até mesmo sanduíches nas lancheiras, ao invés de frutas e alimentos naturais. Essas atitudes são abomináveis porque é um incentivo tremendo para o mau hábito alimentar”, alerta o médico.

São muitas orientações que podem contribuir para modificar esse quadro e revertê-lo de forma positiva. “Os pais precisam ficar em cima. É bom visitar a cantina da escola dos filhos para conhecer o cardápio, quem o prepara e quem serve os alimentos aos alunos. Uma outra dica envolver as crianças no preparo do lancheira e mostrar o porquê da escolha de determinado alimento. Seja sincero e incentive o filho a comer melhor”, orienta Dr. Henrique.

Enquanto isso, a escola também tem um papel indispensável. “A Instituição pode fornecer mais informações sobre como cultivar uma alimentação saudável e a importância disso. Pode trabalhar a alimentação no currículo escolar e ofertar maior esclarecimento do que está sendo servido e os aditivos nutricionais desse alimente. E deve tentar compreender os hábitos alimentares dos alunos em casa para levantar as possíveis restrições alimentares e oferecer um cardápio que não os exclua”, orienta. “Sim, é trabalhoso! Mas ao tratar a saúde de crianças e adolescentes não podemos afrouxar”, conclui.


Obesidade preocupante

Segundo os dados mais recentes revelados pela Organização Mundial da Saúde, no último trimestre de 2017, eram cerca de 124 milhões de crianças e adolescentes acima do peso no mundo. Esse registro compreende a faixa etária entre 05 e 19 anos e para se ter ideia do quão catastrófico esses números são, na década de 70, o senso dessa população foi de 11 milhões. E, ainda segundo o relatório, se as tendências dos últimos anos continuarem, logo em 2022 haverá no mundo mais crianças e adolescentes com obesidade do que abaixo do peso.

“Uma criança ou um adolescente acima do peso dificilmente irá conseguir reverter essa situação na fase adulta. Esse é um problema que pode ser uma bola de neve. Uma vez que a obesidade pode acarretar inúmeras doenças e complicações no corpo humano como problemas ósseos, problemas circulatórios e até mesmo o câncer. Isso sem mencionar que certamente a obesidade em escolas é um exponencial para bullyng – uma situação que pode desenvolver problemas psicológicos graves nas crianças, as vezes irreversíveis pelo resto da vida”, explica Dr. Henrique.


06 dicas para lanches mais saudáveis por Dr. Henrique Eloy


Cuidado com as quantidades: “Uma criança não precisa de grandes porções na lancheira. Primeiro porque o tempo que a criança tem para comer nas escolas é curto. Portanto, os pais precisam de compreender bem o quanto o filho necessita de se alimentar e enviarem a quantidade ideal de alimento. Quem come o suficiente não engorda”.


Esqueça sucos industrializados: “Essas bebidas são repletas de açúcar e evoluem muito a probabilidade da obesidade. Se os país não puderem enviar suco natural sem açúcar, ou uma água de coco natural, é preferível que coloquem apenas água ou leite”.


Não deixe faltar: “A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é para que a composição seja assim: um líquido para repor perdas em atividades físicas, uma fruta que a criança goste de comer, um tipo de carboidrato para fornecer energia preferencialmente integral e de repente um derivado do leite. Lembrando que é bom fugir de alimentos com açúcar em excesso e industrializados”.


Tente inserir alimentos novos: “Antes de incluir o lanche na lancheira, dialogue com a criança. Explica para ela o quanto um alimento ou outro pode fazer bem para ela. Dê uma pequena porção desse alimento para ela em casa. Prove que ele é bom e a induza aceita-lo. O primeiro contato não precisa de ser na escola”.


Momento do lanche é para socializar também: “Durante esse tempo do recreio, a criança aprende a socializar, a compartilhar, experimentar novos alimentos que muitas vezes podem estar na lancheira do coleguinha. Apenas induza seu filho a não exagerar, comer alimentos saudáveis e a não comer além da vontade. Trabalhe para que esse momento seja divertido – dessa forma ele terá prazer em desfrutar da boa alimentação sugerida pelos pais”.


O Exemplo vem de casa: “Seja sincero e incentive o seu filho a comer melhor. Inclusive, seja par ele um exemplo. Evite fast food, comidas altamente calóricas e que podem desenvolver a obesidade. O filho sempre acaba seguindo os passos dos pais e se esses passos forem numa boa direção, a criança irá segui-los”.


CHAVISMO E LULISMO, DUAS TRAGÉDIAS E MUITA LAMA


        Houve um tempo (e quase nada resiste ao tempo) em que Hugo Chávez e Lula eram vistos como os primeiros santos do socialismo! Nada corroía a imagem que, num espelho defeituoso, os credenciava aos altares da veneração mundial. Madre Tereza, coitada, fazia tão pouco, por tão poucos! Enquanto a vida lhes sorria, eles corriam mundo, lideravam o movimento socialista na América Ibérica, financiavam eleições e governos de esquerda.
        Não faltava sequer, nas igrejas cristãs, por exemplo, quem entoasse cânticos, fizesse genuflexão e concedesse indulgência plenária à vida para lá de escandalosa do santo de Garanhuns. Na Venezuela, essa devoção originou um Pai Nosso em versão chavista (“Chavez nuestro que estás en el cielo”). Pergunto: o que fizeram ambos, cada um no seu quadrado, para alcançarem esse reconhecimento referendado por razoável crescimento da economia, elevação do nível de emprego e do Índice de Desenvolvimento Humano? Para produzir desenvolvimento, praticamente nada; para gerar os desastres subsequentes, tudo que estava ao alcance deles.
        A economia Venezuelana era e continua sendo, totalmente dependente do petróleo. O país tem a maior reserva mundial dessa estratégica commodity que corresponde a 90% de suas exportações. Quando Hugo Chávez assumiu o poder em fevereiro de 1999, o barril de petróleo custava US$ 10; quando disputou reeleição em 2006, o preço se elevara em 600% e o barril era adquirido a US$ 61. Quando morreu, em março de 2013, Maduro manejava a economia com o barril a US$ 102. Com a receita de exportações aumentada em 10 vezes, o chavismo ganhou prestígio e teve recursos para implantar o socialismo que iria, logo ali adiante, entregar seus mais conhecidos produtos: fracasso absoluto de renda, miséria, supressão de liberdades. Em vez de usar a riqueza que, circunstancialmente, lhe caiu dos céus para promover novos eixos de desenvolvimento, o chavismo promoveu seu oposto e hoje precisa de 2000 generais companheiros para manter-se no poder em escancarada ditadura militar.
        O surgimento do lulismo tem clara simetria com o caso venezuelano. Embora a economia brasileira seja mais complexa, o período correspondente ao governo Lula envolve o somatório de dois fenômenos em relação aos quais o pernambucano não teve qualquer ingerência: as importações chinesas e os preços internacionais do petróleo.
        Em 2003, quando Lula assumiu o poder, a China importava US$ 295 bilhões no mercado mundial. A economia do país crescia num ritmo alucinante, sempre acima de dois dígitos e centenas de milhões de novos consumidores exerciam forte pressão de demanda nos preços mundiais das principais commodities. A produção brasileira era bola desse jogo: minério de ferro para a indústria chinesa e cereais para produção de proteína animal. Na eleição de 2006, as compras chinesas haviam saltado para US$ 631 bilhões e Lula posava de sábio, de mágico, de santo. Nunca houve tanta disponibilidade de dinheiro para ser roubado chamando pouca atenção. Em 2010, quando Dilma disputou seu primeiro pleito, o gigante oriental já estava consumindo US$ 1,307 trilhão e o Brasil vendendo tudo. E tudo a preços crescentes. A tonelada do minério de ferro, por exemplo, em 2003 (primeiro ano de Lula) era vendida a US$ 32; em 2006 a US$72; em 2010 a US$$ 148. Desde então vem caindo e fechou o ano passado a US$ 69. Aconteceu o mesmo com todas as nossas commodities. Os preços, no mínimo, dobraram durante esse período. E vêm caindo desde então.
        O petróleo brasileiro, durante os governos petistas, viveu o mesmo período áureo que beneficiou o chavismo. Em 2003, o barril valia US$ 31, subiu para US$ 58 em 2006, para US$ 82 em 2010 (eleição de Dilma) e alcançou US$ 108 em 2014. Esses preços viabilizaram a exploração do pré-sal, mas não se mantiveram e fecharam o ano de 2018 a US$ 54. 
        Conto toda essa história para destapar o grave pecado desses dois ícones da hecatombe regional. Entregaram-se à embriaguez do momento. Usaram para o mal a sorte que tiveram. Elevaram o gasto público supondo que os níveis de receita se manteriam elevados para sempre. Não criaram as condições para sustentar o desenvolvimento por outro meio que não fosse a venda de commodities. Abriram as comportas da corrupção. Liberaram a criminalidade. Satisfizeram-se com capturar parcela expressiva da população em situação de aparente dependência direta de seus favores. O resto é história sabida.
Penso que faltava contar esta. Uma barragem se rompendo em lama talvez seja a melhor representação visual de sua obra. 



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

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