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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Tremor nas pálpebras pode ser sintoma de estresse



Há muitas situações irritantes no dia a dia. Uma delas é quando sua pálpebra insiste em tremer e, neste caso, não há nada que você possa fazer, a não ser esperar passar. O nome médico deste tremor nas pálpebras é mioclonia ou mioquimia palpebral. Se isso acontece com você com frequência, é preciso prestar atenção, pois na maioria dos casos está ligado a quadros de estresse.

Segundo a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o tremor nas pálpebras é uma condição, geralmente, benigna. “Na maioria dos pacientes, a mioclonia palpebral é um sinal de cansaço crônico, de ansiedade, de consumo excessivo de cafeína ou de álcool ou ainda de deficiência de magnésio. Trata-se de uma queixa constante na prática clínica”, explica.

Qual a relação do estresse com o olho?
Dra. Tatiana explica que quando estamos estressados, liberamos hormônios, como o cortisol, que vão para o sistema nervoso autônomo (responsável por controlar funções como respiração e digestão). “Lá, eles geram estímulos para as pálpebras e isso faz com que elas tenham contrações involuntárias e repetitivas das fibras do músculo orbicular palpebral”.

Mas, não é só o estresse que pode fazer suas pálpebras tremerem. O consumo além da conta de café e álcool também tem relação com a mioclonia. Outra causa comum é a deficiência de magnésio, mineral ligado à transmissão de impulsos nervosos e às contrações musculares. O cansaço visual pode levar ao tremor. Horas em frente ao computador, falta de óculos ou lentes com graus inadequados também são causas da mioclonia, assim como o olho seco.


Gerenciamento do estresse
 
Não há nenhum tratamento para o tremor nas pálpebras. “O que é recomendado ao paciente é gerenciar o estresse, diminuir a ingestão de cafeína e álcool e trabalhar nos outros fatores de risco passíveis de prevenção, como reduzir a quantidade de horas em frente ao computador, consumir alimentos ricos em magnésio e assim por diante”, comenta a médica.

Tremores acompanhados de outros sintomas devem ser investigados
A mioclonia pode durar alguns minutos e persistir durante semanas, principalmente quando ligada ao estresse.

“Não há com o que se preocupar se não existirem outros sintomas relacionados. Entretanto, se o tremor persistir e outras manifestações surgirem, como contrações musculares nos braços e nas pernas, alteração da força, cansaço crônico, perda de peso, alterações visuais, no paladar, olfato, entre outros, é preciso procurar investigar”, finaliza Dra. Tatiana.






Fevereiro Roxo: mal de Alzheimer pode ser tratado com Medicina Nuclear



Exames de PET/CT e SPECT cerebral podem contribuir para o diagnóstico de pacientes com Alzheimer inicial


O Alzheimer é uma doença degenerativa que atinge as funções cognitivas, como a memória e a fala. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ), cerca de 1,2 milhão de brasileiros têm a doença. Em fevereiro, a campanha Fevereiro Roxo alerta para o diagnóstico e o cuidado com esta doença.

Uma alternativa que tem sido eficaz no diagnóstico precoce da condição é feita com o auxílio da medicina nuclear, que atua na detecção antes mesmo do surgimento de sintomas mais severos. "Os exames de Medicina Nuclear analisam o funcionamento das células e, portanto, consegue detectar alterações mais precoces e extensas do que os métodos tradicionais, como tomografia computadorizada e ressonância magnética", explica o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho – responsável clínico da Dimen SP (www.dimen.com.br).

As imagens obtidas por meio dos equipamentos PET/CT, que analisa se o metabolismo cerebral está preservado por meio da marcação da glicose com flúor-18, e SPECT Cerebral, que verifica a perfusão, possibilitam o diagnóstico específico da doença, ainda que ela esteja no processo inicial.


Medicina Nuclear

Ainda pouco conhecida pelos brasileiros, a especialidade analisa a anatomia dos órgãos e também seu funcionamento em tempo real, permitindo diagnósticos e tratamentos mais precoces e precisos. A prática atua na detecção de alterações das funções do organismo acometidos por cânceres, doenças do coração e problemas neurológicos, entre outros.

A medicina nuclear conta com exames de alta tecnologia, como o PET/CT, que é capaz de realizar um mapeamento metabólico do corpo e captar imagens anatômicas de altíssima resolução, com reconstrução tridimensional, localizando com exatidão nódulos, lesões tumorais e inúmeras outras condições clínicas. O SPECT/CT é a tecnologia de diagnóstico mais rápida, precisa e com menos radiação, que permite melhor localização anatômica dos achados de cintilografia, permitindo um procedimento mais preciso e menos invasivo.






A luta contra a febre amarela



O ano de 2018 mal começou e os relatos de casos da febre amarela têm provocado dúvidas e ansiedade na população. Isso porque a doença, provocada por um vírus cuja circulação está em expansão, já contaminou 213 pessoas e matou 81 desde julho de 2017, de acordo com o mais recente monitoramento do Ministério da Saúde, divulgado em 30 de janeiro de 2018. A doença é uma das mais temidas nas Américas.
As primeiras manifestações da enfermidade são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), hemorragias e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela, entretanto, as taxas de letalidade dos casos graves, no Brasil, oscilam entre 40 e 60%.
Combatida por Oswaldo Cruz no início do século 20 e erradicada dos grandes centros urbanos desde 1942, a enfermidade voltou a assustar os brasileiros nos últimos dois anos, com a proliferação de casos, especialmente no verão. A principal arma contra a doença continua sendo a vacinação. A vacina atenuada contra o vírus da febre amarela, utilizada no Brasil desde 1937, tem altos índices de segurança e eficácia. Sua produção é baseada na tecnologia de replicação de vírus em ovos embrionados, na qual cada ovo produz em torno de 400 doses da vacina.
No Brasil, a vacinação é recomendada para toda a população, exceto para quatro grupos de pessoas:
  • crianças menores que seis meses de idade;
  • mulheres grávidas,
  • pessoas com histórico de hipersensibilidade aos componentes de vacina ou ovo;
  • pessoas com imunidade mais baixa por conta de doenças ou do vírus HIV.
Isso ocorre porque a atual vacina utiliza o vírus atenuado — em que o vírus está vivo, mas enfraquecido e sem possibilidade de produzir a doença. Para imunizar as pessoas que não podem tomar a atual vacina, diversas pesquisas lançam mão da biotecnologia para desenvolver vacinas com a tecnologia do DNA recombinante, em que haveria inserção de genes no genoma do vírus. Um destes projetos está sob o comando da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco. O centro estuda a eficácia de um imunizante preparado com base no material genético do vírus e deve iniciar em 2019 os testes clínicos. Para a diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani, essa estratégia já é utilizada contra outras doenças. “A biotecnologia, que já é uma aliada na produção de vacinas contra a dengue e a hepatite B, tem grande potencial para diversificar os métodos de combate à febre amarela”.
Macacos x febre amarela
Assim como os seres humanos, os macacos são hospedeiros do vírus da febre amarela e não reservatórios da doença. Mas, se para nós a doença pode ser detida por meio da vacinação, para os macacos, não há vacinas e a enfermidade é fatal. As mortes de primatas indicam áreas de maior risco de transmissão do vírus e orientam as campanhas de vacinação. a morte dos animais pela doença é um alerta aos órgãos de saúde sobre a necessidade de vacinação da população humana nos arredores. Ou seja, eles permitem aos gestores de saúde implementar estratégias preventivas, antes de o vírus atingir populações humana.
Sem os macacos, estamos desprotegidos para perceber a chegada e os deslocamentos dos vírus”, alerta o biólogo Júlio Cesar BIcca Marques, em entrevista à revista Pesquisa Fapesp. Os macacos não transmitem o vírus diretamente às pessoas e acabam sendo vítimas duas vezes: da doença, à qual as espécies são muito sensíveis, e da perseguição das pessoas, que acham erradamente que eles transmitem a doença. Segundo a Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr), o Brasil vive um dos períodos de maior mortandade de primatas da história devido à febre amarela silvestre no país. O quadro pode levar à extinção de espécies, prejudicando todo o meio ambiente.


  Fonte: Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB)




 

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