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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Cuidados com bebês e crianças no verão



Os bebês e crianças precisam de cuidados, sempre, é óbvio. Porém, no verão, devido às altas temperaturas, a atenção deve ser ainda maior para evitar problemas e idas à emergência dos hospitais. A atenção com alguns detalhes certamente irá garantir tranquilidade e diversão nas férias.

“A temperatura elevada e a forte intensidade da radiação solar podem ocasionar desidratação, insolação e queimaduras solares”, informa a dermatologista doutora Silmara Cestari, presidente do Departamento de Dermatologia da SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo).

É necessário evitar que bebês e crianças fiquem expostos por muito tempo ao sol. Também nada de agasalhar os pequenos: eles devem vestir roupas frescas, usar bonés e/ou chapéus. Os pais precisam estar alertar ainda à qualidade da água do mar e não frequentar praias impróprias para o uso. Cuidado também com os mosquitos, pois nessa época proliferam e causam muitas doenças, como a dengue.

A boa alimentação também é importantíssima. Então, nada de comidas pesadas para as crianças.

“Os bebês requerem de uma boa hidratação, por meio de sucos, chás e, principalmente, água. As crianças maiores, além da hidratação com sucos, chás e água, devem consumir comidas leves e alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras”, ressalta a pediatra.

Os ambientes fechados e quentes também não são aconselháveis nessa época do ano. “Resfriar o local, quando está muito quente, é benéfico. Mas deve-se evitar a variação brusca de temperatura, para não expor o bebê a temperaturas quentes e frias sucessivamente. O ventilador e o ar condicionado não devem ser direcionados para o bebê. A manutenção e limpeza do ar condicionado são essenciais para evitar que o bebê respire os microrganismos que se acumulam nos aparelhos sem limpeza frequente”, explica a doutora Silmara.

Na praia e na piscina, os pais devem ter atenção com os horários, evitando a exposição solar entre 10h e 16h, quando a radiação solar que chega a terra é mais prejudicial para a saúde. Evitar também a exposição solar excessiva (muitas horas seguidas na praia ou piscina). “O filtro solar precisa ser aplicado 30 minutos antes de levar o bebê para esses locais e reaplicado a cada duas horas e após o banho de mar ou piscina. Lembrando sempre de oferecer água e outros líquidos com frequência”.

A doutora Silmara ressalta a relevância do uso do filtro solar. “É fundamental que os bebês utilizem a partir dos seis meses de idade. O produto deve ser apropriado para uso na infância. Há vários especializados para bebês no mercado.”

Sempre que houver suspeita de desidratação, insolação ou queimadura solar, um medico deve ser consultado. Vomito, diarreia e febre são sintomas a serem avaliados pelo médico em quaisquer circunstâncias.

“Varias doenças de pele ocorrem com maior frequência no verão, como a brotoeja, as micoses, o bicho geográfico, portanto qualquer lesão também deve ser avaliada por um médico”, conclui a doutora Silmara.





Depressão sorridente: um mal silencioso



De acordo com pesquisa, 89% de 2 mil entrevistados sofrem com os sintomas de depressão, mas escondem de amigos e familiares



É fácil perceber quando estamos diante de alguém depressivo. Isolamento, ansiedade e desânimo crônico estão entre os sintomas comuns para quem convive com o problema, mas a reação à doença é algo bem particular e em muitas pessoas é difícil o diagnóstico, ainda mais se tratando da depressão sorridente, uma doença assintomática que tem se tornando uma epidemia pelo mundo. Só no Brasil, de acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS), há 11,5 milhões de pessoas com depressão, sendo esse o maior número da América Latina, ficando atrás somente dos Estados Unidos. 

Já em relação à depressão sorridente, uma pesquisa realizada pela revista Women’s Health e a Aliança Nacional de Doenças Mentais, 89% dos 2 mil entrevistados disseram ter sofrido com os sintomas de depressão, mas os mantiveram escondidos de amigos e familiares.

Mas como diagnosticar a doença se o paciente não demonstra estar deprimido?! De acordo com a psicóloga Lia Clerot, o distúrbio é mais comum em mulheres do que em homens, e muitas vezes quem sofre desse tipo de depressão se adapta e convive bem. Inclusive, pessoas próximas não conseguem perceber. “Sorrisos forçados, fotos felizes, falta de satisfação em atividades que antes eram prazerosas, são algumas das características. Essas pessoas batalham entre a angústia interior e a alegria exterior. Elas assumem uma fachada para esconder os sintomas”, explica.

Ainda de acordo com a psicóloga, as pessoas que sofrem com depressão sorridente não devem deixar de procurar ajuda de um especialista. “É muito importante que o paciente procure ajuda assim que perceber os sintomas, a depressão é uma doença séria que precisa de tratamento especializado, quanto mais demora para pedir ajuda, mas difícil e demorado é o tratamento”, alerta Lia.

Para aqueles que sofrem com esse distúrbio, é importante reconhecer os sintomas para que um profissional possa ajudar “Caso  identifique, o paciente deve procurar ajuda imediatamente. O tratamento envolve psicoterapia e em casos mais graves, medicação e acompanhamento de um médico psiquiatra. diz a psicóloga.






A primeira vez no ginecologista



A primeira visita ao ginecologista pode deixar a adolescente preocupada, envergonhada ou até assustada. As mudanças pelas quais está passando já são imensas e enfrentar um novo médico, assim como próprio crescimento podem intimidar.

Porém, nesta hora, só há uma saída. Enfrentar e vencer todos os temores, enfrentando-os consciente de que o ginecologista será por muitos anos parte vital de sua vida como mulher.

“A primeira visita deve acontecer logo que a menina sentir a necessidade de conversar a respeito das alterações de seu corpo, ciclo menstrual ou relação sexual. É interessante que tenha um acompanhamento e aconselhamento desde cedo e de preferência antes de iniciar a atividade sexual. Caso apresente alguma mudança mais significativa no desenvolvimento ou no ciclo menstrual, deve procurar um ginecologista antes”, aconselha a ginecologista e obstetra especialista em infecções genitais e higiene genital feminina Helena Giraldo Souza, membro da SOGESP (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo).

As visitas devem acontecer a cada ano, mas “sempre que houver alteração, o ginecologista irá estabelecer um intervalo mais curto para retorno de acordo com cada caso”.

A mãe pode e deve acompanhar a ida ao ginecologista, se a filha se sentir a vontade com isso. “Não é obrigatório, somente se ambas julgarem necessário e estiverem de acordo. O essencial é que a menina tenha o contato e o vinculo com o ginecologista”, ressalta Helena.

É fato que a adolescência é um período de muitas mudanças e inseguranças em relação ao corpo da mulher. A especialista informa que a melhor forma de lidar com isso “é esclarecendo todas às duvidas que possam surgir e estar disponível para uma comunicação agradável e bem aberta. É importante que a mulher se sinta segura com seu médico para abordar qualquer assunto”.

Antes mesmo da ida ao ginecologista, a mãe deve esclarecer a relevância do ginecologista na vida da mulher.

“Precisamos ter a certeza de que podemos falar abertamente com o médico para esclarecer todas as dúvidas. Não há necessidade de se sentir envergonhada ao ser examinada; a consulta e o exame ginecológico, além de comuns, não doem e não devem constranger, já que são fundamentais para a boa saúde”, esclarece.

Nessa fase é imperioso saber se o desenvolvimento das mamas, genitais e o crescimento dos pelos estão adequados para a idade e etnia.

“Isso se faz através do exame clínico. Deve também ocorrer uma avaliação de imagem para visualização dos órgãos pélvicos com ultrassonografia. Exames de sangue para avaliação da saúde global como hemograma, colesterol, triglicérides, hormônios tireoidianos, glicemia, função renal e função hepática. Havendo alguma alteração, aí exames específicos devem ser solicitados”, pontua Helena.

Um dos temas mais importante de toda a visita é o início da vida sexual, incluindo uso de preservativo para evitar as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada.

“É importantíssimo abordar essa questão. A adolescente precisa saber o que esperar em relação ao sexo e todas as alterações que seu corpo passará. Deve estar ciente dos riscos em relação às DSTs e aparecimento de infecções genitais, possuir mecanismos para lidar e se prevenir. É imprescindível que o ginecologista transmita segurança a essa menina para ajudá-la a lidar com esses assuntos. Também tem de desmitificar os tabus e mostrar-se pronto para resolver quaisquer problemas quando surgirem”, finaliza.





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