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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

“Reconhecer que precisamos do outro não é fraqueza; só no amor e na sexualidade essa necessidade não é vista como incapacidade pessoal”, diz psicanalista



“É impossível ser feliz sozinho”, já dizia a canção “Chega de Saudade”, escrita por Vinícius de Moraes e musicalizada por Tom Jobim. O poeta tinha razão, diz a psicanalista Débora Damasceno, diretora da Escola de Psicanálise de São Paulo. “Não somos capazes de viver sós; a necessidade de viver em grupo faz parte da nossa constituição filogenética”, explica. “O ser humano não pode cuidar de si mesmo e prover sua própria proteção e alimento”. 

Mas e quem afirma que vive só e “muito bem, obrigado”? “A solidão é uma grande ilusão. As pessoas podem viver sem a presença de outra pessoa, mas nunca sem uma estrutura social que a ampare – e isto se traduz nos cuidados e serviços de alguém, muitas vezes pagos para tal”, explica a psicanalista. “Ainda que eu não tenha ninguém, eu preciso de uma casa - que foi construída por outras pessoas. Preciso de remédio, que foi desenvolvido por uns e é vendido por outros. Não posso ficar sem o alimento que é cultivado, fabricado e comercializado por pessoas. E de um cuidador para quando eu não tiver mais condições de cuidar de mim. Se eu não tiver tudo isso por troca afetiva, terei por troca financeira, pelo dinheiro”. 

Infelizmente, na visão de Débora, reconhecer a necessidade do outro é visto como fragilidade. “Só no campo do amor e da sexualidade é que podemos declarar a nossa necessidade do outro sem que isto seja visto como incapacidade pessoal. Não soa como uma fraqueza reconhecer a fragilidade diante da vida, a necessidade do amparo, do cuidado e de ter alguém por perto até mesmo para ficar em paz”.

 A grande questão é que ainda há pessoas que acham que, se temos dinheiro, não importam os valores que pautam a nossa conduta porque “conseguiremos pagar”. “Se uma pessoa diz que teve filhos para ter quem os ampare na velhice, será duramente criticada, afinal, não se pode ter filhos com este fim”, ilustra a psicanalista. “No amor e no sexo a troca financeira é tabu, não é bem vista. Pagar por comida, por serviços, por saúde, tudo bem. Mas para relacionar-se com alguém, jamais!”. 

Apesar da modernidade e da correria do dia a dia, fica evidente que a afetividade ainda conta. É um sentimento que nos permite até mesmo assumir quem de fato somos: seres sociais, que precisam do outro para existir. “Embora não exista fórmula para a felicidade, talvez experimente uma sensação de bem-estar, paz e tranquilidade aqueles que têm consideração pelo outro; gratidão pelo que dele recebe e, principalmente, aceitam essa interdependência.”





Fonte: Escola de Psicanálise de São Paulo


 

Aproveite o Dia da Gula (26/01) para aprender a diferença entre fome, apetite e saciedade



A data é uma oportunidade de reflexão para evitar, principalmente, transtornos alimentares

 
Já passou por aquele momento de comer mesmo quando sente que a fome já acabou? Algumas pessoas chamam isso de gula, mas é muito importante estarmos atentos aos sinais do nosso corpo. A próxima sexta-feira, 26 de janeiro, é conhecida como o Dia da Gula, uma referência para pensarmos melhor a respeito dos sinais de fome e saciedade que nosso corpo "emite" e o quanto é prejudicial à saúde não ter o controle na hora de se alimentar, podendo até causar transtornos alimentares. 

De acordo com Marcela Tardioli, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), saber diferenciar sensações como a fome, apetite e saciedade é crucial na hora de manter o autocontrole. Mas, você sabe a diferença? 

Fome: é a necessidade fisiológica de comer e não está relacionada a alimentos específicos; 

Apetite: é o desejo de comer algum alimento específico. O apetite é muito sensível ao sabor dos alimentos; 

Saciedade: pode estar relacionada ao momento de parar de comer e seus sinais aparecem já quando pequenas quantidades de nutrientes são absorvidos em nosso corpo. Prestar atenção ao comer ajuda a identificar os indícios de saciedade. 

"É importante comer com atenção plena. Ou seja, durante as refeições é essencial estarmos atentos aos sabores, cores, texturas e aromas dos alimentos. É necessário ter um momento calmo, tranquilo, com foco na ação da vez: o comer", explica Marcela. 

A desregulação do controle de fome e de saciedade pode ser uma das explicações para os transtornos alimentares. Estes são entendidos pela ciência como doenças psiquiátricas com características de alterações no comportamento alimentar, controle de peso e forma corporal. Entenda melhor: 

Anorexia Nervosa: perda em excesso e intencional de peso com emagrecimento intenso, abaixo do peso ideal para a altura, idade e outros fatores. 

Bulimia Nervosa: passa por um ciclo de restrição de alimentos, compulsão e compensação (podem ser ingestão de laxantes, diuréticos, indução de vômitos, entre outros). 

Para conseguir manter a sintonia entre as sensações do corpo, a comida e a mente a nutricionista separou algumas dicas: 

1) Antes de comer deixe os problemas de lado, relaxe e aprecie a sua refeição. 

2) Diminua as ideias de magreza e corpo ideal, aceita a sua forma física e a sua beleza natural. 

3) Use as roupas que te fazem sentir bem. Se admire ao espelho e não deixe que a beleza de outra pessoa traga aspectos negativos para forma que enxerga o seu próprio corpo. 

4) Quanto mais prazer você leva para as refeições, melhor será a sua relação com a comida. 

5) Quando temos sintonia com o nosso próprio corpo, conseguimos diferenciar o que é uma necessidade e o que é uma vontade. Tudo pode ser consumido, desde que na quantidade certa. Então, se permita! 

"É essencial lembrar que dentro de um cardápio balanceado e variado todos os alimentos e grupos podem fazer parte das refeições: legumes, verduras, frutas, pães, massas e carnes são exemplos de alimentos que devem estar presentes no dia a dia. Além disso, sempre procure um profissional da saúde capacitado para uma melhor orientação", finaliza a especialista.






Relacionamentos Ioiô



Psicóloga Lizandra Arita sinaliza as características e as soluções para as relações com infindáveis términos e recomeços


Os chamados “relacionamentos ioiô” baseiam-se em relações onde os envolvidos não conseguem estabelecer um compromisso duradouro e sempre se deparam com brigas, desentendimentos, términos e recomeços. 

De acordo com a psicóloga Lizandra Arita, na maioria das vezes, os motivos dos desentendimentos são tolos, o que deixa claro a baixa tolerância às frustrações. “Normalmente estas relações se caracterizam pela imaturidade emocional do casal, ou seja, um quer uma coisa, mas o outro não deseja ceder. Isso faz com que cada um vá para um lado.”, ressaltou.

O grande vilão das discussões e o principal responsável pelos problemas é o ciúme. Com isso, em alguns casos, há pessoas que se aproveitam e acabam se alimentando do sentimento do outro. “É a típica história de saber o que a pessoa está fazendo, terminar e acabar cedendo depois de diversos dramas e promessas. Isso culmina em um ciclo que voltará a se repetir brevemente.”, advertiu a psicóloga.

Apesar das situações conturbadas, é possível ter estabilidade nestas relações. “Cada um deve cuidar das suas próprias inseguranças. No entanto, o casal deve trabalhar junto para construir um relacionamento sem paranoias, tendo em vista uma base sólida e construtiva. Caso contrário, é possível que haja um basta em uma das partes ou a permanência eterna nesta rotina.”, concluiu Lizandra.





Lizandra Arita - Graduada em Psicologia pela Universidade Bandeirante de São Paulo, Lizandra Arita tem experiência em Psicologia Clínica e Institucional pelo Hospital Vera Cruz e atua desde 1998 em treinamentos de autodesenvolvimento. Realiza Programação Neuro Linguística, Hipnose e Autohipnose, Rebirthing, Psicodinâmicas, Gerenciamento de Emoções e Conflitos e atua, principalmente, em casos de depressão, ansiedade, processos emocionais ou comportamentais, problemas de relacionamento, fobias, pânico e transtornos obsessivos compulsivos.

Lizandra Arita Psicologia
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