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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Fique atento, tristeza não é depressão!



Conheça as diferenças entre o sentimento e a doença


Provavelmente você conhece pelo menos uma pessoa que declara ter depressão, até mesmo quando não houve um parecer clínico de um profissional. A palavra “depressão” já é bem popularizada, mas a falta de informação acaba banalizando o real significado da doença.

Aline Carvalho Monteiro, psicóloga da Doctoralia, alerta para o problema da alta quantidade de diagnósticos errados. “A maioria dos usuários de antidepressivos, hoje em dia, fazem uso desses medicamentos sem necessidade. A tolerância ao sentimento de tristeza e frustração está cada vez mais baixa, na sociedade contemporânea, que passou a buscar por um diagnóstico do sentimento e, consequentemente, de uma medicação que amorteça o sofrimento”.

A psicóloga destaca algumas das principais características da patologia e do sentimento, o primeiro passo para a pessoa identificar em qual condição ela pode se encaixar.


Tristeza

·  Sentimento comum vivido por qualquer ser humano em diversos momentos da vida;

·  Normalmente provém de um evento externo real, como a perda de algo ou alguém significativo na vida da pessoa;

·  Uma pessoa que sofre de uma tristeza intensa e não dispõe de recursos internos para dar significado a esse sentimento pode desenvolver um quadro depressivo;

·  Por não se tratar de uma doença e sim um sentimento, não tem cura.


Depressão

·  Doença caracterizada pela mudança de humor e perda de vontade em atividades do cotidiano que em períodos anteriores eram fontes de prazer e dotadas de motivação;

·  Fortemente relacionada à predisposições genéticas e disfunções neurológicas;

·  Existe a depressão leve, moderada e profunda. Esta irá variar de acordo com a gravidade dos sintomas, período de permanência da doença e capacidade de resposta do paciente.

·  A melancolia, para a psicanálise, é o estágio mais extremo da depressão, caracterizado por uma forte apatia e ausência de resposta à estímulos que antes mobilizavam o indivíduo.


Para identificar os primeiros sinais da depressão, é importante que a pessoa seja honesta consigo e aceite a possibilidade de contar com ajuda profissional. “Quanto mais cedo o paciente perceber que pode estar sofrendo de depressão e procurar ajuda, mais facilmente irá reagir positivamente ao tratamento”, ressalta Aline.

“O que acontece, é que muitas pessoas resistem em aceitar que podem estar doentes e   relutam em procurar um psicoterapeuta, acreditando que resolverão seus conflitos sozinhos, e nem sempre isso é possível”, complementa.

De acordo com a especialista, a avaliação leva em consideração os fatores genéticos que podem predispor a pessoa à depressão, bem como aspectos neurológicos. “É fundamental a investigação da presença da doença em familiares, sendo que também está relacionada à disfunção de algumas substâncias químicas do cérebro, como o neurotransmissor chamado serotonina”.


Tratando a depressão

Após a avaliação do psicólogo, o tratamento varia conforme o nível da doença, que pode ser leve, moderada ou profunda. Aline esclarece que “dependendo da gravidade, o tratamento deverá ser multidisciplinar, ou seja, medicamentoso, realizado por um psiquiatra, e psicodinâmico/comportamental através da psicoterapia, que deverá ser realizada por um psicólogo”.

“Em um processo de psicoterapia faz-se necessário identificar a qualidade do diálogo interno do paciente, que muitas vezes, é  improdutivo , cíclico  e disfuncional”, explica a psicóloga. “A atividade física também é fortemente recomendada como um dos tratamentos para a depressão”.





Doctoralia




A importância do aprendizado entre dar e receber

João Alexandre Borba, psicólogo e coach, fala sobre como esses atos podem significar muito para a vida pessoal e profissional.
 
Prosperidade e felicidade. A nossa vida gira em torno de esses dois conceitos.
São ideias subjetivas e que aparentam – erroneamente - que não podem ser alcançadas por qualquer um, mas posso provar o contrário.

Para alcançar a prosperidade, é preciso saber dar e receber com a mesma intensidade, sem cobranças. É preciso ter em mente que tudo o que você recebe, é porque você merece – seja isso um aumento de salário, um presente do seu parceiro(a) ou uma lembrança de um amigo. Se você não se sente bem, ou para você não é natural receber um presente ou uma boa ação, é porque está com algum outro problema: você acha que não merece as coisas.

E é aí que mora o problema. Pessoas que têm dificuldade em receber, também apresentam dificuldade em prosperar. Porque você pode oferecer, mas não pode receber? É preciso que haja essa troca. É isso o que torna um relacionamento saudável.

A relação deve seguir em acréscimo – mas um acréscimo natural. “Um parceiro dá ‘x’, o outro dá ‘x+1’, o outro responde com ‘x+2’, e assim por diante, de uma forma natural, sem excessos. Porém, pessoas que apresentam dificuldade em receber, costumam dar demais – e isso faz com que comece a surgir um déficit na relação.

Você doa demais, recebe pouco – o que, na verdade, não é pouco, é o “normal”, - começa a ficar insatisfeito com o relacionamento e se torna crítico com o outro, começa a encontrar defeitos e problemas na relação – problemas esses que nunca lhe incomodaram. Você sente que precisa compensar essa “falta” de alguma forma – e faz isso criticando o outro, e não aprendendo a receber.

Por outro lado, quando você dá demais, pode acabar por infantilizar o outro, se tornar o “pai” ou “mãe” do companheiro. E isso faz com que ele procure outra pessoa para suprir o papel de namorado ou namorada.

Outra questão bastante comum observada por pessoas que dão demais, é que elas são consideradas arrogantes: “Porque você dá demais e não se permite receber? Você é tão bom assim que ninguém pode te ajudar da mesma maneira que você ajuda os outros?”. A arrogância nasce em se acreditar que só o que vem através de você é bom.

Ressalto que a única relação que tem essas características e sobrevive, é a relação entre pais e filhos. Essa é conhecidamente uma relação desigual: eles dão muito e nós não retribuímos a altura. Eles deram – e continuam dando – a vida por nós. Nos educaram e nos deram tudo o que precisávamos. Essa é quase uma relação hierárquica, na qual eles estão acima de nós.

Portanto, se você não quer virar pai ou mãe do seu parceiro, entenda a importância de dar e receber com a mesma naturalidade e mesma medida.

Aqueles que dão demais, ou aqueles que são egoístas demais não vêem a vida prosperar. Ela simplesmente trava, no aspecto afetivo, financeiro, seja o que for. 

O plano é aprender a receber e a merecer. E, se você quer merecer, se responsabilize pelos seus desejos. Para aqueles que não se doam: ser egoísta não vai levar a nada. Como já dito anteriormente, é preciso uma via de duas mãos, em que os dois estejam em harmonia e aceitem e se doem.

Para maiores informações, assista ao vídeo que gravei falando sobre esse assunto: https://www.youtube.com/watch?v=TQXh0hMLD4k





João Alexandre Borba - Coach e Psicólogo




Quais atitudes dos pais podem ajudar ou atrapalhar no desempenho das crianças na escola?



Em mais de 30 anos de atuação na área de educação percebi que os pais precisam ser parceiros da escola, para que a criança perceba que eles e os colégios têm as mesmas atitudes em relação à aprendizagem. Quando falamos em educação, cada família tem a sua estrutura, já a escola trabalha com o coletivo. Ou seja, cada criança vem de uma família diferente, com crenças diferentes, mas o colégio tem uma rotina específica, que traz não só as questões pedagógicas e de aprendizagem, mas também as questões de limite, e acima de tudo, de respeito. Para a fase infantil, ter uma rotina é muito importante e a escola contribui com isso. Quando a família escolhe a instituição de ensino para o filho, é necessário que ela acredite nos valores e na proposta pedagógica que ela possui, para poder validá-los. A criança tem que saber que a atitude de ambas é a mesma.

A família também precisa caminhar junto à escola, pois se ela traz algo diferente do que a escola oferece para a criança, que passa grande parte do dia dentro do colégio, acaba atrapalhando o desenvolvimento infantil. Os familiares ajudam a escola quando acredita no trabalho da escola. A criança precisa ter a certeza de que a linguagem é a mesma, em casa e na escola, assim ela sai ganhando com isso. Como coordenadora pedagógica da Educação Infantil no Colégio Salesiano Santa Teresinha, na Zona Norte de São Paulo, percebi outras atitudes importantes de pais e responsáveis que ajudam a proporcionar momentos de estudo com qualidade aos educandos que gostaria de compartilhar.

Não há necessidade de obrigar a criança a estudar após o colégio. Para ela, a aprendizagem é muito espontânea e significativa. Portanto, uma atividade muito formal numa fase inicial não se faz necessária. Vale muito mais um tempo de leitura junto à família do que horas de estudo. Porém, você rever o que seu filho aprendeu na sala de aula, sentar com ele para que ele conte o que fez na escola, isso sim ajuda, além disso, ver e acompanhar a tarefa de casa é muito importante, pois nessa fase, a tarefa que vai para casa tem o intuito de formar a rotina de estudo. É fundamental que a criança tenha um período para essas tarefas que a escola envia, pois é a escola que dosa esse tempo necessário mediante as tarefas solicitadas. Não precisa de horas e horas de atividades e estudo na infância, mesmo porque num primeiro momento ela vai se dedicar, depois não mais, será algo mecânico.

Ela deve ter uma rotina, por conta disso são enviadas tarefas de acordo com a faixa etária que trará essa rotina. Dedicar um tempo curto para que a criança possa repensar o que ela aprendeu ou o tempo da demanda da tarefa que a escola encaminhou ajuda bastante. A família auxilia essa rotina. Se todo dia a criança tem tarefa, então todo dia ela sentará para fazê-la naquele momento, longe de brinquedo, televisão e outros aparelhos ou objetos que possam distraí-la.  Outro ponto que pode ajudar é reforçar a postura de estudante e, por exemplo, evitar levar a criança para passear sem antes ter o tempo da tarefa, o que acaba mostrando que a escola está em segundo plano e que outras atividades são as prioridades.

Sendo assim, o tempo de tarefa que a escola solicita deve ser respeitado, pois a criança passa a entender qual é sua responsabilidade e vai inserindo uma rotina adequada de estudo. A quantidade de horas que uma criança precisa ter de estudo fora da sala de aula deve aumentar gradativamente. Para uma criança pequena, de 4 a 5 anos, uma tarefa de 30 minutos dá conta de uma dedicação efetiva nesse momento. Conforme ela vai crescendo, o tempo vai aumentando, pois, a necessidade é outra.

Na infância, ela passa pelo processo de construção do próprio conhecimento, mas com o passar do tempo o contato será com temas mais conceituais, que necessitam de mais estudo e pesquisa, ou seja, de um período maior. E quando, mesmo pequeno, mostramos que esse tempo de estudo é importante e mostramos que não é opcional, trabalhamos a postura de estudante e isso vai aumentando gradativamente, para que essa postura seja fortalecida e para que a criança dê conta da demanda que crescerá durante a vida escolar. 





Gislene Maria Magnossão Naxara  - Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil e 1° ano do Colégio Salesiano Santa Teresinha, Gislene Maria Magnossão Naxara atua na área de educação há 32 anos. Formada em pedagogia e pós-graduada em psicopedagogia pela Universidade Presbiterana Mackenzie, ela também cursou especializações em didática de 1ª a 4ª série, semiótica e aprendizagem cooperativa com novas tecnologias no estilo Salesiano.


Colégio Salesiano Santa Teresinha
Rua Dom Henrique Mourão, 201 – Santa Terezinha




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