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sábado, 16 de dezembro de 2017

Espírito de Natal




O espírito natalino até que seria muito bom se durasse depois do Natal. O problema é que o Natal é só um dia. Nesse dia, durante uma guerra, é comum acontecer uma trégua de Natal, para recomeçar a matança dias depois. É uma data em que a solidariedade e a fraternidade se transformam em uma obrigação, para depois voltar ao mundo real. 

Não gosto do Natal por ser uma festa de escandaloso apelo de mercado, onde o mais importante é dar e receber presentes e promover belos jantares, onde poucos têm demais e muitos nada tem. É uma época de falsas gentilezas. 

É comum ouvirmos as lojas anunciarem as promoções de Natal, e orientarem as pessoas para que façam o maior Natal de suas vidas comprando os brinquedos e guloseimas para a grande ceia natalina. O Natal é uma festa de aniversário estranha, na qual, muitas vezes, o aniversariante não participa e, às vezes, nem é lembrado.

Existe um conto no livro ‘Os Irmãos Karamázovi’, de Dostoievsky, que fala sobe a aparição de Cristo entre os habitantes de Sevilha, na Espanha, em pleno século XVI, durante o período da Inquisição. Ele apareceu sem alarde e muitos o reconheceram de imediato. Uma força curativa emanava de seu contato e os milagres aconteciam à sua volta. De repente, surge um guarda e arrasta Cristo para a prisão por perturbar a ordem. Lá dentro, um inquisidor encara o prisioneiro e pergunta: ‘Quem és tu? Por que vieste nos atrapalhar? Não digas nada. Cala-te! Não tens o direito de falar mais nada do que já disseste outrora. Amanhã eu te condenarei e serás queimado’.

O chefe da inquisição faz um discurso onde afirmava que só uma mentira organizada e institucionalizada poderia garantir a ordem e achava absurda a ideia de que cada homem pudesse ser senhor de seu próprio destino. Cristo apenas ouvia. De repente, ele fitou seu inquisidor nos olhos e o abraçou. O inquisidor ficou surpreso, confuso e assustado. Ele abriu a pesada porta, e apontou a saída para o prisioneiro: ‘Vai embora! Vai e não volta nunca mais para nos perturbar’.

O prisioneiro não respondeu. Ele saiu da cela e desapareceu na noite escura. Se esse prisioneiro aparecesse em uma noite de Natal em nossa época, talvez a história tivesse o mesmo final, mas, um dia qualquer, poderá ser diferente. Nesse dia, teremos um verdadeiro e duradouro Natal.






Célio Pezza - colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Nova Terra - Recomeço. Saiba mais em www.facebook.com/celio.pezza



 

Festas de fim de ano: os sete pecados alimentares e dicas para uma melhor digestão!



Especialista explica como fugir dos exageros com opções de cardápio para iniciar o ano com o pé direito


Se tem uma palavra perfeita para descrever um dos principais destaques na comemoração do Natal e do Ano Novo é COMIDA! Muitas pessoas aguardam ansiosamente para saborear o tão esperado peru da avó, o tender da tia ou o chester da mãe. Junto com as comemorações, no entanto, vem a sensação de culpa pelos exageros. A nutricionista e consultora do medicamento Eparema®, Dra. Vanderlí Marchiori, listou "os sete pecados da alimentação" nessa época e dicas para uma passagem de ano mais leve.

“Não só o Natal e o Ano Novo, como as celebrações entre amigos e outros eventos sociais, são momentos repletos de alimentos e bebidas não habituais e, para que tudo aconteça como o esperado, é importante tomar algumas medidas que evitam a azia e má digestão”, explica a Dra. Vanderlí.

Em função disso, a nutricionista diz que o principal é fazer um planejamento do dia para garantir pelo menos uma refeição com frutas e fibras: “Normalmente, as comemorações acontecem no final do expediente ou à noite. O ideal é tentar pelo menos tomar um bom café da manhã que contemple frutas, aveia, sementes de linhaça ou chia”. 

Entenda quais são "os sete pecados na alimentação" das festas de fim de ano!
  1. Consumir muita bebida alcoólica 
  2. Deixar de tomar o café da manhã
  3. Ficar em jejum até a meia noite para ter mais fome e aproveitar mais o cardápio
  4. Comer tudo de uma vez só
  5. Exagerar nas quantidades
  6. Ingerir alimentos que não dão tanto prazer, mas que acabam sendo consumidos por estarem expostos em cima da mesa
  7. Preparar pratos muito gordurosos
Atenção aos fãs de panetone! A Dra. Vanderlí explica que é um alimento muito engordativo e as pessoas tendem a exagerar na quantidade. Na noite de Natal, o peru assado ou frutas secas são boas opções. Após as festas, é o momento de readaptar o corpo à rotina alimentícia regular. 

“Nesse período, muitos têm sensação de má digestão porque ingeriram alimentos diferentes num curto período de tempo. Nesses casos, pode-se optar pelo tratamento com medicamentos fitoterápicos comercializados em diferentes formas farmacêuticas, como óleos, cápsulas e extratos concentrados. Extratos naturais indicados para esse tipo de problema são boldo, ruibarbo e cáscara sagrada”, aponta a Dra. Vanderlí.

Há no mercado diferentes medicamentos fitoterápicos como o Eparema®, produzido à base de extrato de boldo, cáscara sagrada e ruibarbo, que diminui possíveis desconfortos causado pela digestão e alivia a "sensação de peso" após a ingestão de alimentos gordurosos¹.

Ainda tem dúvidas do que fazer? Veja abaixo sete dicas e um cardápio completo produzido pela nutricionista para iniciar o ano com o pé direito!

1. Beber água

2. Consumir frutas frescas

3. Garantir porções fartas de saladas verdes

4. Evitar carnes gordurosas

5. Incluir suco de frutas batido com farelo de aveia no café da manhã

6. Fazer atividades físicas regulares

7. Beber chá gelado de boldo com ruibarbo e hibisco


Café da manhã

1 copo de suco de maçã com cenoura e farelo de aveia (1 maçã pequena + 1/2 cenoura pequena batidas com um copo de água mineral e misturado com uma colher de sobremesa de farelo de aveia)

1 fatia de pão integral com queijo cottage ou ricota temperada com sálvia e alecrim 


Lanche da manhã

1 gelatina com maçã e canela – colocar na panela de pressão maçãs, envelope de gelatina e dois pauzinhos de canela. Após cinco minutos já na pressão, desligar e deixar descansar 2 horas. 


Almoço

1 prato de verduras cruas – com rúcula e tomate

2 colheres de sopa de arroz integral

1 filé de frango grelhado com molho de laranja e  manjericão

Couve-flor e brócolis grelhados

1 fatia de melão Cantaloupe 


Lanche da tarde

1 fatia de melancia média

½ copo de iogurte com fibras 


Jantar

1 prato de sopa de beterrabas

1 prato de salada de folhas cruas com queijo branco e temperada com molho de iogurte com hortelã

1 taça de morangos grande 





Referências:
1. Eparema® [Bula]. São Paulo: Takeda Pharma Ltda.





A Celebração do Natal



Percebo que, com o tempo, as pessoas parecem vivenciar de forma diferente o Natal, mas nem sempre isso significa que a celebração se torna mais madura, como se poderia prever. O que se observa é que para muitos, conforme vem a idade, essa época do ano os faz sentir cada vez mais tristes.

Motivos não faltam: comparação com épocas passadas; pessoas da família que não estão mais presentes ou porque morreram ou por morar longe; filhos que cresceram, fizeram suas próprias famílias e agora celebram com ela; problemas financeiros, conflitos familiares e tantos outros.

Quando crianças saber que era Natal bastava e, mesmo sem grandes festas ou presentes, era sempre motivo de alegria, porque nessa época não havia maiores preocupações. As crianças têm muito a nos ensinar! Não foi a magia que acabou e sim a forma de ver a situação; sendo uma questão de ótica existe outras maneiras que podem ser vislumbradas.

Motivos também não faltam: se é verdade que houve perdas, também o é que ganhos se somaram; mesmo sentindo a falta de alguns, outros afetos se agregam; as crianças cresceram, mas possivelmente outras nasceram ou estão por nascer; lidar com problemas financeiros e conflitos familiares são aprendizados importantes e existem muitas outras razões a serem enumeradas.

O espírito do Natal pode ser a alavanca que nos impulsiona a encarar essa data com uma visão diferente, muito mais justa e oportuna, já que comemoramos o nascimento do Cristo. Uma visão de conciliação, de empatia com os outros, de enxergar a vida por outros ângulos, de ser mais compreensivo e tolerante com ideias diferentes.

Aproveitar a oportunidade de celebrar com aqueles que estarão ao seu lado nesse Natal, ainda que seja um número menor do que era antes. Porque se formos honestos conosco mesmos, quase sempre, chegaremos a conclusão que gostaríamos que o tempo voltasse, para valorizar cada momento junto aos que não estão mais conosco. Então por que repetir o mesmo erro?

Aproveitar o momento para refletir, porque Natal significa introspecção e espiritualidade. Sem contar que não precisamos olhar muito longe para perceber que se não temos tudo o que desejamos, temos muito mais do que muita gente sequer ousa desejar.

Amadurecer é preciso e quanto mais tempo a pessoa se demora nas margens do significado da época, mais triste será a cada ano. Quando percebemos que, independente de qualquer questão, sempre temos mais a agradecer, então compreendemos que o Natal é uma data a ser celebrada de coração.





Suely Buriasco





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