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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Nutricionista explica os benefícios do ovo




 Segundo Lúcia Endriukaite, nutricionista do Instituto Ovos Brasil, o ovo possui cerca de 70 calorias e é considerado um alimento completo




Para coroar as comemorações pelos dez anos desde a fundação do Instituto Ovos Brasil, entidade sem fins lucrativos fundada para promover as propriedades nutricionais e os benefícios do ovo, a nutricionista do IOB, Lúcia Endriukaite, fala sobre os efeitos positivos do consumo desse alimento, que ainda gera algumas dúvidas nos consumidores.

Segundo a nutricionista, o ovo possui cerca de 70 calorias e é considerado um alimento completo. Por possuir proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e os carotenoides luteína e zeaxantina, o consumo do ovo melhora a qualidade da alimentação e é um grande aliado para incrementar a dieta.


P: Quais os benefícios do ovo?

R: O ovo é um alimento saboroso e acessível, além de uma excelente fonte de proteína. O ovo possui uma combinação de nutrientes muito importantes para a saúde do organismo, tais como vitaminas, minerais e carotenoides que possuem ação antioxidante. O ovo é um dos poucos alimentos que contêm vitamina D em sua composição. É também rico em colina, um nutriente responsável pela condução de impulsos nervosos e pela formação do centro da memória. Possui também, em quantidade expressiva, o selênio, um mineral antioxidante, e ainda todo um composto antioxidante – vitamina A, E, Magnésio, Zinco.


P: O ovo tem algum papel importante relacionado à saúde dos olhos?

R: O ovo possui na gema os carotenoides luteína e zeaxantina, que são extremamente antioxidantes e protegem os olhos da luz. Esses carotenoides ficam depositados em uma região da retina chamada mácula, área responsável pela visão. Na ausência desses pigmentos, pode ocorrer a degeneração macular relacionada à idade – uma doença que compromete a visão e pode provocar cegueira de forma irreversível. São esses carotenoides que proporcionam a cor amarelada à gema.


P: O ovo aumenta o colesterol?

R: Cerca de 70% do colesterol circulante é produzido no fígado e apenas o restante advém da ingestão alimentar. O fígado é o grande produtor de colesterol do corpo. Isso porque o colesterol é um tipo de gordura fundamental para o bom funcionamento do organismo. Ele é a matéria-prima para a produção de hormônios sexuais, vitamina D, participa da estrutura de todas as células, principalmente cérebro, e ainda é matéria-prima para a produção de secreção biliar, que atua no intestino como se fosse um detergente, melhorando a digestão e a absorção de gorduras. O desequilíbrio do organismo, alimentação irregular, excesso de gorduras saturadas e deficiência de fibras são alguns fatores externos relacionados ao aumento do colesterol.


P: A proteína do alimento está contida somente na clara?

R: A proteína do ovo está distribuída na clara e na gema. O ovo possui em torno de 6g de proteína, em torno de 3,6g na clara e 2,7 na gema.


P: Por que o alimento é importante para a gestante e para o feto?

R: A colina presente no ovo é fundamental na alimentação das gestantes, para que o bebê tenha um cérebro saudável. Ela atua no fechamento do tubo neural do feto e é também responsável pela formação da memória.


P: Existe diferença entre ovos comerciais e caipiras?

R: A diferença entre os ovos comerciais e os ovos caipiras está na forma de manejo da galinha poedeira. No entanto, não existe diferença na composição dos ovos.


P: Existe diferença entre ovos brancos e vermelhos?

R: A coloração da casca do ovo está relacionada à raça da galinha. Na prática, não existe diferença na composição nutricional entre os dois tipos de ovos.


P: O consumo do ovo ajuda no processo de emagrecimento?

R: Sim, alguns estudos foram realizados com o objetivo de avaliar o consumo do ovo no café da manhã e o poder de saciedade. O que se verificou é que a proteína do ovo proporciona saciedade e pode estar relacionada à liberação de hormônios da saciedade. Então, quando foi consumido no café da manhã, proporcionou saciedade evitando beliscos ao longo do dia.


P: Há um limite de consumo diário?

R: Um estudo publicado este ano mostrou que o consumo de 2 a 3 ovos/dia aumentou o colesterol bom e aumentou também a luteína plasmática, melhorando a saúde dos olhos. Diversos estudos mostram que o consumo de um ovo por dia não aumenta o risco de doenças cardiovasculares e nem acidente vascular cerebral, além de melhorar os índices nutricionais em geral. Além disso, estudo realizado pela American Academy of Pediatrics, no Equador, aponta que o consumo de ovos foi essencial para o crescimento de bebês em situações de risco.





IOB - Instituto Ovos Brasil
www.ovosbrasil.com.br




Ao atingir o overtraining, organismo de atletas para de produzir hormônio GH, aponta estudo



Pesquisa desenvolvida por especialistas brasileiros apresenta descobertas inéditas na área de endocrinologia do esporte


Muito se sabe sobre os benefícios da ação direta do Growth Hormone, conhecido popularmente como GH, o hormônio do crescimento, também utilizado por atletas e amadores do mundo da musculação. Um estudo inédito divulgado recentemente, produzido por médicos brasileiros, apontou que atletas saudáveis liberam quatro vezes mais GH do que sedentários, ainda que o estímulo não tenha relação com atividade física, esforço ou esporte.

O EROS (Endocrine and metabolic Responses on Overtraining Syndrome) Study, a maior pesquisa da história na área de endocrinologia do esporte foi desenvolvido por dois médicos endocrinologistas brasileiros, Flávio Cadegiani e Claudio Kater, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A pesquisa é dividida em quatro estudos e analisou em diversos aspectos do metabolismo e dos hormônios, de como o esporte age sobre o corpo humano - é também o primeiro estudo na história a analisar este tipo de comportamento do corpo humano.

Segundo Cadegiani, o estudo EROS-STRESS avaliou não apenas a liberação de GH no organismo, mas o comportamento hormonal do corpo durante o teste mais poderoso da endocrinologia: o Teste de Tolerância a Insulina (Insulin Tolerance Test - ITT), considerado o padrão ouro para testar a liberação de diversos hormônios.

Neste teste o corpo é inserido propositalmente em um cenário de estresse extremo ao provocar um quadro de hipoglicemia no organismo. "Além de tudo, como esse é um teste que não depende de esforço físico e das diferenças de condicionamento entre os participantes, ele permite que a comparação entre os grupos de atletas e os sedentários pode ser considerara mais justa", explica o endocrinologista Flávio Cadegiani.

• O estudo apontou que atletas saudáveis liberam quatro vezes mais GH do que sedentários, ainda que o estímulo não tenha relação com atividade física, esforço ou esporte. Esse também é um grande achado inédito, porque mostra que as glândulas se condicionam ao esporte, e não somente os músculos e o coração, e o que ajuda a explicar muito dos benefícios atribuídos ao esporte, mas que ainda não entendíamos como esses benefícios eram produzidos.

• O excesso de esporte ou a síndrome que o representa, o overtraining, ou também a falta de comida em relação a quantidade de treino, faz os atletas perderem completamente a capacidade de produzir GH, chegando a um nível de produção inferior até mesmo ao dos sedentários.

• A perda da liberação do GH pode explicar porque os atletas que treinam em excesso, que têm overtraining ou que não comem direito não só perdem os benefícios do esporte, mas também têm maior risco de muitas doenças e menor expectativa de vida. Aliás, o estudo vem para explicar muitos dos benefícios e do que se sabia sobre o esporte, mas não se conhecia o porquê desses benefícios e desses achados.

• Além disso, foi descoberto por meio das análises que a prolactina tem considerável aumento somente em atletas saudáveis e não em sedentários ou em atletas com overtraining. A descoberta da prolactina no atleta é completamente nova e o seu papel ainda não foi estabelecido ou explicado.

• Atletas com overtraining tendem a ter menos sintomas em hipoglicemia. "Ou seja, isso quer dizer que provavelmente eles treinem com glicemias mais baixas do que os atletas saudáveis e por isso tenham se acostumado a treinar nessas condições mais hostis", explica Cadegiani.





Mar e piscina podem provocar infecções de ouvido: Saiba como prevenir e curtir a estação mais quente do ano



 Criança e água é a combinação perfeita para a época mais quente do ano. Mas é importante seguir algumas recomendações para aproveitar o Verão sem problemas de ouvido. O contato frequente com a água e a umidade no interior do canal do ouvido é um fator que pode predispor a infecções. 

Porém a água associada a outros fatores pode desencadear sintomas. “Cutucar o ouvido com haste flexível de algodão pode ser a gota d´água. Se o mergulho foi no mar pior ainda, pois, além da umidade e da água, temos a areia, que penetra no canal do ouvido. Esses fatores unidos potencializa as chances de infecção”, explica a médica otorrinolaringologista e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Dra. Jeanne Oiticica.

No Verão o número de inflamações e infecções aumentam, já que a umidade, o excesso de exposição à água e o suor quando acumulados no interior do canal do ouvido, uma cavidade parcialmente fechada, tendem a favorecer a proliferação de fungos e bactérias. 

Segundo a especialista a pergunta chave é o que NÃO fazer. É fundamental não introduzir nada no canal do ouvido, nenhuma haste, não cutucar, pois isso pode criar microfissuras na pele, o que desencadeia infecção. 

“Entretanto, também é fundamental saber o que fazer. Deve-se secar o ouvido com uma toalha felpuda, com o próprio secador de cabelo, ou pingando uma gota de vinagre incolor no canal. Caso nada disso resolva, procure o especialista em Otorrinolaringologia para resolver a situação de maneira mais adequada possível”, esclarece a médica. 

Os pais devem prestar atenção aos seguintes sinais, que sãos alertas da necessidade de procurar o especialista:

*Quando os sintomas não melhoram, mesmo após algumas tentativas de secar o ouvido

* Quando há piora dos sintomas ou surgem outros associados como dor de ouvido, sensação de ouvido tampado, otorreia (secreção que drena do canal do ouvido) e febre. 

Além da secagem explicada acima, existem fórmulas que podem ser prescritas pelo médico Otorrinolaringologista com o intuito de secar o canal do ouvido após exposição excessiva à água. “Lembre-se: Nunca introduza hastes no canal do ouvido, esse ato além de predispor a infecções, pode levar à perfuração do tímpano e em alguns casos até mesmo surdez”, alerta a especialista.






Dra. Jeanne Oiticica - Médica otorrinolaringologista, concursada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Orientadora do Programa de Pós-Graduação Senso-Stricto da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP. Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Professora Colaboradora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Responsável do Ambulatório de Surdez Súbita do hospital das Clínicas – São Paulo.




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