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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Imunoterapia revoluciona o tratamento do câncer



Tratamento é reconhecido como maior avanço no ano de 2016

A imunoterapia é um tratamento para o câncer avançado que utiliza o sistema imunológico do paciente para destruir as células cancerígenas. Os ótimos resultados apresentados nos trabalhos dos últimos 6 anos vêm aumentando o entusiasmo da Sociedade Norte Americana de Oncologia Clínica, considerando essa terapia como o maior avanço na luta contra o câncer nos anos de 2015 e 2016.
O tratamento é composto por diferentes medicamentos, aplicados na veia do paciente, porém têm efeitos colaterais muito diferentes das convencionais, como a quimio e radioterapia (com um perfil muito mais favorável por não apresentar náuseas, vômitos, queda de cabelo e riscos sérios de infecções). Com os avanços observados em vários tumores, são variadas as modalidades de imunoterapia e cada dia mais abrangentes e eficazes. Essa melhora da imunidade incentiva as células imunológicas normais do nosso corpo a identificar e combater as células doentes do câncer, que detêm formas variadas de "se esconder" das nossas células de defesa. O médico oncologista Gabriel Lima Lopes, lembra ainda que Imunoterapia pode modificar as células tumorais e principalmente os linfócitos, por conta da bioengenharia, auxiliando essas células a reconhecerem o câncer.
Um erro de duplicação das células dá origem a uma célula cancerosa, e ela passa a se multiplicar de forma “descontrolada”; após uma sequência de eventos complexa, o tumor adquire a capacidade de não ser reconhecido pelo sistema imunológico e, assim, fazem com que as células de defesa não reconheçam a ameaça, e inibem a resposta imune fisiológica.
A imunoterapia é indicada para casos de cânceres: pele (Melanoma), pulmão, hematológico (sangue) e rim, porém a cada mês vem sendo demonstrada a clara superioridade desse tratamento para tumores de bexiga, pescoço (garganta) e alguns subgrupos de tumores de estômago, mama e cólon. Os estudos científicos com essa estratégia de tratamento são feitos nas fases mais avançadas da doença, onde se demonstram melhores resultados, e vem sendo avaliada não só na forma isolada mas também em combinações com outras terapias, como a própria quimioterapia.
Esse fim da invencibilidade dos tumores vem sendo observado no tratamento de cânceres agressivos, como o de bexiga, que há quase 30 anos não tinha nenhum tratamento novo. No momento, os melhores resultados foram identificados para o câncer metastático de Pulmão e Melanoma, doenças que até pouco tempo atrás tinham um prognóstico muito reservado.
Recentemente aprovado pela Anvisa, esse novo tratamento tem sido oferecido em hospitais privados e por algumas instituições públicas que participam de pesquisa clínica em Oncologia.


Dr Gabriel Lima Lopes    -Oncologista clínico da Pro Onco - Centro de Tratamento Oncológico e do Hospital do Câncer de Londrina.   
Professor-assistente das disciplinas de Oncologia e Cuidados Paliativos do curso de Medicina da PUC Londrina                                                                                                                       Especialista em Oncologia Clínica pelo Hospital Sírio-Libanês                                           Observership in Clinical Oncology no Memorial Sloan Kettering Cancer Center - New York/USA                                                                                                                                 Especialista em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paul
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Pesquisa inédita faz uma radiografia sobre o câncer de pulmão e revela que o brasileiro não fala sobre a doença com seu médico




 
76% das pessoas nunca falaram com seu médico sobre o câncer de pulmão. Esse é um dos principais resultados da pesquisa encomendada pela biofarmacêutica Bristol-Myers Squibb com exclusividade para o instituto Datafolha com objetivo de revelar o grau de conhecimento a respeito da doença que é a principal causa de morte entre homens e a segunda entre as mulheres no país, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). *

Realizado por meio de entrevistas individuais com 2.044 pessoas, em 130 municípios do país durante o mês de março de 2016, o levantamento buscou medir a percepção da população brasileira sobre o assunto e o resultado mostra que, embora a maioria tenha noções básicas sobre a doença, os números comprovam que há desconhecimento e falta de informação aprofundada. Assim, apesar do alto índice de respostas positivas quando questionados se sabem que a chance de sobrevivência no caso do diagnóstico da doença em estágio inicial é maior (95% de concordância), que fumantes são mais propensos a ter o câncer de pulmão (83%) e fumantes passivos (95%), ex-fumantes (88%) e não fumantes (85%) têm chance de contraí-lo, do total de entrevistados:

         76% nunca falaram com o médico sobre a doença e 17% não sabem o que fazer para reduzir o risco de ter câncer de pulmão.
         Apenas 39% julgam-se bem informados sobre o câncer de pulmão. 44% da população julgam-se mais ou menos informados e 17% mal informados.
         39% não se preocupam com a doença, uma vez que não são fumantes. 
         33% da população não estão tomando providências para reduzir o risco de contrair a doença.
         25% consideram que câncer de pulmão atinge mais mulheres do que homens e 57% que o câncer de pulmão mata mais que câncer de mama, colorretal e próstata juntos.
         Aproximadamente três em cada dez brasileiros (27%) declaram conhecer alguém que tem ou teve câncer de pulmão e desta população 19% são representados por parentes.

A pesquisa é o primeiro levantamento do gênero no Brasil e foi dividida em quatro módulos:

         Conhecimento sobre doenças pulmonares e respiratórias;
         Costume de fumar (quantidade média de cigarros por dia, razões que o levariam a parar de fumar, grau de concordância com hábitos relacionados ao cigarro);
         Conhecimento sobre câncer de pulmão (grau de informação sobre, grau de concordância com aspectos relacionados à doença, grau de concordância com aspectos relacionados ao risco de contraí-la, conhecimento sobre assuntos relacionados a este tipo de câncer);
         Sintomas e fatores de risco do câncer de pulmão (fatores que aumentam o risco de ter a doença, fatores que reduziriam esse risco e a proximidade com portadores da enfermidade).

Outros destaques da pesquisa apontam que o conhecimento sobre doenças e riscos sobre câncer de pulmão se concentra entre o público mais escolarizado e de classes A/B, pessoas que, de modo geral, têm mais acesso a informação.

Também é verificado que, embora as pessoas estejam cientes que fumar aumenta o risco de desenvolver a doença (87%) e que não fumar reduz esse risco (85%), a percepção com relação ao fumo passivo está menos disseminada:  do total de entrevistados, 49% acham que a exposição ao fumo passivo aumenta o risco e 45% concordam que diminuir a exposição ao fumo passivo reduz o risco.

Conclusões
Se, por um lado, algumas informações básicas sobre a doença parecem que estão disseminadas, por outro, os resultados também mostram que há necessidade de aprofundar o conhecimento e disponibilizar informações mais detalhadas sobre o câncer de pulmão, formas de prevenção e tratamento. Campanhas de esclarecimento e de incentivo às mudanças comportamentais poderiam provocar mudanças importantes neste cenário de relativo desconhecimento com foco na população em geral e especialmente às pessoas menos favorecidas, com menor escolaridade, pertencentes às classes C e D/E.

Metodologia
Para revelar essa radiografia da percepção do câncer de pulmão, o universo pesquisado foi a população brasileira com idade a partir de 16 anos pertencente a todas as classes econômicas. O perfil dos entrevistados revela ligeira preponderância do sexo feminino, média de idade igual a 40 anos e grau de escolaridade Fundamental e Médio.

Os dados foram coletados por meio de uma pesquisa quantitativa com entrevistas pessoais e individuais, realizadas por meio de questionário estruturado em tablet. A população foi entrevistada em pontos de fluxo populacional, segundo metodologia desenvolvida pelo Datafolha.

No total, foram realizadas 2.044 entrevistas por todo Brasil, distribuídas em 130 municípios, de forma a representar as regiões geográficas do país: Sudeste (876), Sul (304), Nordeste (545) e Norte/Centro-Oeste (319).  A maior parte dos entrevistados reside na região Sudeste e em cidades localizadas no interior (59%), fora das Regiões Metropolitanas, que representaram 41%.


* Fontes: MS/SVS/DASIS/CGIAE/Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM
MP/Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
MS/INCA/Conprev/Divisão de Vigilância

Pacientes precisam estar atentos às qualificações dos cirurgiões-plásticos



Médicos colombianos estão recebendo certificados brasileiros sem aulas práticas, segundo SBCP.

Especialista mostra o caminho para o paciente se certificar das competências do médico antes da cirurgia.
 

Membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) se encontraram com representantes da área na Colômbia e com integrantes do governo local, na última quarta-feira (27), para tratarem de uma possível fraude de especialização que médicos colombianos estão realizando no Brasil. De acordo com a SBCP, os profissionais estrangeiros assistem a uma aula teórica a cada dois meses em uma universidade particular situada na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e, ao fim de dois anos, saem com um certificado de especialização em cirurgia-plástica. O órgão brasileiro afirmou que o custo é de, no máximo, R$ 100 mil.

Segundo a SBCP, o Brasil possui um cirurgião-plástico para cada 45 mil habitantes, o que resulta em um país entre os líderes em realizações de operações estéticas e reparadoras no mundo. Hoje, já são mais de 5,5 mil cadastrados no órgão, entre titulares, associados e aspirantes a membros.

O cirurgião-plástico brasiliense Dr. Sérgio Morum alerta aos pacientes e para quem quer se submeter a um procedimento que é de extrema importância conhecer as qualificações do cirurgião e explica os instrumentos necessários para fazer essa verificação. “Existem duas maneiras: uma é pelo site da SBCP e outra através é através do número de registro no Conselho Federal de Medicina (CFM). O médico atuante na cirurgia-plástica não precisa, obrigatoriamente, ter o título de membro da SBCP, apesar de demonstrar mais credibilidade ao paciente. Mas todos precisam ser cadastrados no CFM, e ali o paciente pode possuir todas as informações a respeito do profissional.”

Dr. Morum está há 11 anos no mercado estético. Formado em medicina pela Universidade de Brasília, concluiu sua especialização na área em 2005, após realizar residência em cirurgia plástica no Hospital dos Defeitos da Face, em São Paulo (SP), e no mesmo ano foi aprovado como membro especialista na SBCP. Em 2006, fez pós-graduação na área pela New York University School of Medicine, nos Estados Unidos. O médico, que frequentemente vai a congressos e simpósios internacionais, ressalta que, para se tornar um especialista em procedimentos estéticos, é necessário muito mais do que uma aula teórica a cada 60 dias. “Para poder ser cirurgião plástico, você precisa realizar uma residência de pelo menos cinco anos, reconhecida pelo MEC ou pela SBCP, em hospitais credenciados. É obrigatória essa residência, pelo menos.”

A respeito do caso envolvendo os médicos colombianos, Dr. Morum reforça a preocupação com a segurança dos pacientes no país. “É um absurdo que se permita formar cirurgiões-plásticos dessa maneira. É muito grave, porque a vida do paciente pode estar em nossas mãos, e um erro é crucial nesses momentos. Fazer residência é um processo concorrido, entrar na SBCP também o é, e não é um curso de 12 finais de semana que vai dar todo o conhecimento necessário.” O médico brasiliense afirma que as consequências de realizar cirurgias com profissionais não capacitados podem ser traumáticas. “Além do risco de morte que o médico sem capacitação adequada submete seus pacientes, a chance de o procedimento estético ter complicações, ou chegar num resultado não esperado pelo paciente, aumenta consideravelmente”.


Dr. Sérgio Morum - Cirurgião-plástico
Complexo Brasil XXI: SHS 06 - Conjunto A - Torre E, Sala 820 - Asa Sul - Brasília-DF

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