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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Ano novo no horizonte: empresas devem começar já planejamento tributário para 2021


Levar em conta os efeitos da crise de 2020 e da reforma em tramitação no Congresso Nacional deve fazer parte da preparação para o exercício seguinte, orienta consultoria]

O ano caminha para o último trimestre e, além do final do exercício se aproximando, fatos e projeções exigem que as empresas brasileiras – dos mais variados portes e atividades econômicas – iniciem o planejamento tributário para 2021 atentas à conjuntura e ao cenário que se desponta no horizonte. Levar em consideração, inclusive, a necessidade de migrar de regime deve fazer parte desse planejamento.

Quem faz o alerta e aponta perspectivas é o advogado e consultor tributário Lucas Ribeiro, sócio-diretor da ROIT – accountech com unidades em Curitiba e Brasília, e que atende clientes de todo o Brasil. Especializada no atendimento a empresas no regime tributário Lucro Real, a ROIT tem acompanhado de perto as discussões em torno da reforma tributária, que vai tornar este regime o mais vantajoso para boa parte das organizações.

E a reforma tributária está muito perto sim de acontecer, na avaliação de Lucas Ribeiro. Em que pese o cenário de instabilidade e polarização política, há entendimento geral de que a economia brasileira não suporta mais o atual sistema tributário. “A necessidade de simplificação e de uma tributação mais justa é compreendida como urgente”, frisa o consultor.


PROPOSTAS

No momento, três propostas estão sendo avaliadas por uma Comissão Mista da Câmara dos Deputados e do Senado. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), tem declarado que, a depender do Legislativo, a reforma tributária sai ainda neste ano. O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), respectivamente presidente e relator da Comissão Mista, prometem para dia 30 de setembro a apresentação do relatório final. O relatório deverá consolidar as três propostas que estão sendo objeto de análise na comissão.

De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, em linhas gerais, a Proposta de Emenda Constitucional 110/2019 (PEC 110/19) acaba com nove tributos e cria dois impostos, um sobre bens e serviços (IBS) - "nos moldes dos impostos sobre valor agregado cobrados na maioria dos países desenvolvidos" - e um imposto específico sobre alguns bens e serviços; a PEC 45/2019 acaba com cinco tributos e também cria os impostos sobre bens e serviços; e, por fim, o projeto de lei 3887/2020, do Poder Executivo, cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota de 12%, em substituição ao Programa de Integração Social (PIS) e à Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Independentemente da síntese que vier a ser extraída dessas propostas, Lucas Ribeiro explica que as empresas devem, desde já, incluir em seus planejamentos para 2021 a perspectiva de migração de regime tributário. Ocorre que um novo modelo tributário brasileiro resultado da reforma em discussão - que vier a ser aprovada - vai tornar mais vantajosa a escolha pelo Lucro Real, sobretudo para as organizações hoje optantes pelo Lucro Presumido.

De acordo com levantamento da ROIT, feito a partir de dados da Receita Federal, dos 18 milhões de CNPJs existentes no Brasil que demandam serviços contábeis, 19% estão no Lucro Presumido (e apenas 3% no Lucro Real; outros 23% no Simples Nacional e 55% são Microempreendedores Individuais). Com a simplificação tributária e a não cumulatividade, princípios das propostas em tramitação, a empresa dispenderá valores tributários mais justos se a base de cálculo for o lucro real.


PROVIDÊNCIAS

Organização interna é a primeira providência a ser tomada como planejamento tributário, ressalta o consultor da ROIT. Na prática, isso significa ter controle minucioso de estoques, fazer lançamentos precisos no sistema de gestão e ter controle não apenas de “caixa”, mas do processo de forma sistêmica. Esse controle necessita ser rigoroso quanto à obtenção e geração de notas fiscais de mercadorias e serviços, ou seja, todas as operações precisam ser feitas com nota e, mais do que isso, com os valores exatos das operações.

Todo esse conjunto de informações mune o gestor de dados indispensáveis para “enxergar” a situação contábil, financeira e tributária da empresa e, assim, viabilizar um planejamento tributário factível e eficiente. Uma postura que passa pela incorporação na organização da "cultura do planejamento tributário", salienta Lucas Ribeiro, o que será indispensável para uma nova realidade, pós-aprovação da reforma tributária.

“As propostas que estão sendo analisadas pela Comissão Mista estabelecem prazos para adaptação. A PEC 110/2019 prevê um período de transição mais viável para a realidade das empresas, frente ao modelo tributário que temos hoje. O projeto de lei, por outro lado, fixa um período mais curto de adaptação. O importante é, neste momento, as empresas estarem cientes da necessidade de adequação a um cenário novo, e isso exige planejamento, que precisa ser feito desde já”, recomenda o consultor.




ROIT

https://roit.ai/


Cartão de crédito vilão ou mocinho? Entenda como utilizá-lo ao seu favor

O cartão de crédito é uma ótima opção, mas se a pessoa não souber como utilizar também pode complicar e se tornar um motivo de preocupação; especialista explica as vantagens e desvantagens do uso do crédito

 

A pandemia mudou a forma de viver dos brasileiros. Com os comércios fechados, as pessoas precisaram se adequar à novos formatos de vendas e de compras. Por conta disso, o cartão de crédito se tornou uma ótima opção para quem precisava comprar e não tinha todo o dinheiro no momento. Para se ter uma ideia, dados divulgados pela Associação Brasileira de Cartões de Créditos e Serviços (Abecs), mostram que os brasileiros movimentaram R$540,4 bilhões com cartões de créditos no primeiro semestre de 2020.

Além disso, dados do Banco Central apontam que, em 2019, o número de cartões de crédito no país chegou a 123 milhões. Para Ariane Marta, contadora e diretora da Brascont Contabilidade, os benefícios dessa forma de pagamento contribuem para que as pessoas optem por essa forma de pagamento. “A maior vantagem é que o cartão de crédito aumenta o poder de compra, então as pessoas conseguem adquirir algo com um valor bem mais elevado do que se pagassem à vista. Outra vantagem é a possibilidade de fazer parcelamentos sem juros nas lojas que liberam essa opção”, explica.

Entretanto, por mais que muitas vezes os cartões de crédito pareçam uma ótima opção, é preciso ter atenção quando se trata deles. Abaixo, a especialista esclarece alguns pontos sobre o uso do crédito. Confira:

 

1- Tome cuidado com o excesso: quando falamos de cartões de crédito, as pessoas precisam ter em mente que é necessário ter um equilíbrio e controle para fazer o pagamento das faturas em dia, e também para saber o que ela tem condição de pagar de parcela. “Se você não tem esse controle e acaba atrasando os pagamentos, os juros podem ser muito altos e as dívidas podem aparecer”, entende a especialista.

 

2- Acumule pontos, mas tenha atenção: outro ponto que precisa de atenção é quando as pessoas utilizam cartões de crédito pensando apenas em acumular pontos e outras vantagens. “A questão de pontos ou milhas é bastante benéfica para quem tem equilíbrio, condição e controle para usar o cartão de crédito. O que eu acredito que seja importante neste caso é a pessoa colocar no papel quanto vai usar e se vai gerar uma quantidade de pontos interessante. Geralmente, esses programas são atrelados a anuidades altas, então às vezes você nem usa tanto o cartão, não consegue gerar ponto e está pagando anuidade para nada”, exemplifica.

 

3- Não se descontrole com as mensalidades: também não é difícil encontrarmos alguém que tem vários cartões e acaba se perdendo nos valores. Nesses momentos, as pessoas não podem deixar de pensar na melhor forma de se reorganizar e quitar suas dívidas. “Em casos como esses, a melhor forma de retomar o controle é ligando para cancelar o cartão e parcelar a fatura que está atrasada. Muita gente cria dívidas e continua usando os cartões, acaba virando uma bola de neve. Então é melhor deixar de usar o cartão e começar a trabalhar com pagamentos à vista”, completa Ariane.

 

4- Cuidado com as taxas: quando se decide ter um cartão de crédito, também deve-se analisar a questão de taxas a serem pagas. Grande parte das vezes os valores não são baixos, então é preciso pensar se vale a pena. “A grande parte das pessoas que usam cartão de crédito precisam pagar anuidades. O fato é que existem cartões que cobram um valor super alto, então, muitas pessoas esquecem de olhar a fatura e pagam sem saber. Esse tipo de valor precisa ser pago de uma forma bem consciente, então se a pessoa não quer arcar com os custos da anuidade, por exemplo, já existem bastante opções de cartão sem anuidade”, explica.

 

Para evitar erros utilizando o cartão de crédito, a especialista acredita que a melhor opção é estar sempre se educando financeiramente. “Quando eu falo de educação financeira é porque a pessoa precisa ter muita atenção com o que ela está comprando parcelado e das contas que precisa pagar. Por exemplo, se você parcelar algo em 12 vezes,  precisa ter um controle de todas as parcelas que for pagando. É importante analisar tudo o que for comprando e consumindo, e não colocar o problema dentro da gaveta. O essencial é ter o controle das contas a pagar, por conta disso, sempre enfatizo que é imprescindível ter equilíbrio e controle para ter um cartão de crédito“, finaliza Ariane.


Isolamento social gerou “pandemia de cibercrimes” e aumentou necessidade de cooperação internacional, diz Ministério da Justiça

 Representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública discutiram a inclusão do país na Convenção de Budapeste, que reúne mais de 60 nações no combate a crimes digitais

 

O isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19 aumentou o número de crimes digitais, o que reforça a necessidade de uma cooperação internacional, uma vez que estes criminosos geralmente ficam baseados em países distantes de suas vítimas. O diagnóstico é do delegado Alesandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

“Estamos numa pandemia de criminalidade digital. Somente no Brasil, temos mais de 400 milhões de dispositivos conectados, entre celulares, computadores, tablets etc. A cooperação internacional é chave na luta contra a criminalidade cibernética. Nenhum país sozinho consegue ter efetividade, porque este é um crime transnacional. Necessita de repressão uniforme e cooperação entre as polícias e a iniciativa privada”, disse Barreto, lembrando que o cibercrime envolve diversos tipos de delitos, desde ataques a sistemas

bancários até exploração sexual infantil.

 

Barreto participou, na última sexta-feira (25), de webinar sobre a adesão do Brasil à Convenção de Budapeste, um tratado internacional de combate ao cibercrime, que reúne mais de 60 países, e ao qual o governo brasileiro deve aderir.

 

Embora a Convenção de Budapeste esteja em vigor desde 2004, somente em 2019 o Brasil foi convidado a fazer parte do acordo.

 

A atual chefe da Assessoria Internacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Georgia Sanchez Diogo, acompanha o assunto desde 2006, quando o Ministério Público Federal solicitou ao Ministério de Relações Exterior a adesão do Brasil à Convenção.

 

“Naquela ocasião e nos anos seguintes, o Itamaraty avaliava que não seria bom o Brasil aderir a um acordo elaborado pelo Conselho Europeu e do qual não havia participado da criação. Algumas autoridades, de diversos países, entendiam que a Convenção não tinha um caráter universal”, lembra Georgia Diogo.

 

Em 2019, o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, enviou novo ofício ao Itamaraty, solicitando a adesão ao acordo, “com a maior rapidez possível”. Ainda no passado, o país foi convidado a fazer parte da Convenção e, em julho de 2020, o presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional o processo de adesão.

 

“Houve uma mudança de mentalidade das autoridades no mundo todo sobre o cibercrime”, aponta Georgia Diogo.


 

16 anos de atraso

 

Alesandro Barreto reconhece que o Brasil já evoluiu no combate ao cibercrime, com o Marco Civil da Intenet e agora com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Entretanto, somente a Convenção de Budapeste garante a cooperação entre os países nas investigações destes delitos.

 

“A Convenção torna possível a busca e apreensão remota de evidências e provas digitais e deixa mais rápida e efetiva a troca de informações entre polícias”, salienta.


Ele alerta que a adesão do Brasil ao acordo deve ser tratada com urgência. “Estamos 16 atrasados (a Convenção é de 2004). Os prejuízos são enormes. É necessário ser mais efetivo e demonstrar alinhamento global contra criminalidade cibernética”, diz o delegado.

 

Conheça os setores da economia que seguem em pleno desenvolvimento mesmo na crise

A crise econômica causada pelo coronavírus acertou em cheio a economia brasileira, impactando inúmeros setores, como entretenimento, alimentação, turismo e construção civil. No entanto, outras áreas não foram tão prejudicadas, ou já estão se recuperando e voltando a crescer rapidamente. Os motivos deste crescimento são diversos, da resiliência e reinvenção a produtos e serviços que se tornaram essenciais na nova realidade. Conheça alguns dos segmentos que vêm puxando a retomada da economia, seis meses após o início das medidas de isolamento social. 


Marcas Próprias


Os produtos de marcas próprias, por exemplo, estão desde o mês de abril crescendo acima do esperado para o período. De acordo com uma pesquisa feita pela Nielsen, em parceria com a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO), houve um crescimento nas vendas desses produtos em abril deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado, com destaque para o leite (73,7%), óleo (65,9%) e farinha de trigo (63,9%). Ainda de acordo com a entidade, o segmento estima fechar o ano de 2020 somando mais de R$ 8 bilhões em faturamento, algo que, caso confirmado, será um avanço de 9,6% em relação ao ano anterior. 


Serviços de limpeza 


O setor de serviços de limpeza, considerado essencial durante a crise epidêmica, conseguiu superar o momento, se readaptou e cresceu. Foi o caso da rede de franquias Maria Brasileira, de cuidados e limpeza residenciais e corporativas. Durante os meses de março e julho, foram comercializadas mais de 40 unidades e hoje já soma 300 em todo o Brasil. A rede passou a oferecer o serviço de sanitização de ambientes, atraindo principalmente empresas, que precisavam retomar as atividades sem colocar em risco a saúde de seus colaboradores.


E-commerce


O e-commerce foi, sem dúvida, o segmento que mais cresceu na pandemia. Segundo a ABComm, até o início da segunda quinzena de março, a média era de 10 mil aberturas por mês. O número saltou para 50 mil mensais logo após os decretos de isolamento social. O Bagy, plataforma que ajuda pequenos e médios varejistas a criarem seus e-commerces, foi fundado em 2017 e até o início da pandemia tinha 3500 clientes. Em julho já havia superado a marca dos 8 mil, em sua maioria pessoas que tinham apenas lojas físicas e viram no online uma maneira de sobreviver à crise. 


Consórcios


Muito conhecido no Brasil como poupança tupiniquim, o setor de consórcios também segue de vento em popa. Segundo a ABAC - Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, de janeiro a julho de 2020, os créditos comercializados somaram R$ 74,57 bilhões, alta de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando não tínhamos a crise epidêmica. As vendas de cotas do UP Consórcios, fintech da Embracon, registraram um crescimento de 221% em julho de 2020 em comparação ao mês de julho de 2019. O consórcio de Autos é o que apresenta maior adesão, com 62,8% das cotas comercializadas no período. Serviços figura em segundo lugar, com 26,9%, seguido de Imóveis, com 10,3%. São Paulo é o estado com mais consorciados (37%), seguido de Minas Gerais (13,1%), Bahia (5,7%), Paraná (4,8%) e Espírito Santo (4,2%). 


Serviços de assinatura


Outra fintech que apresentou crescimento substancial durante a pandemia foi o Allugator. Em plena crise, a maior plataforma de assinatura de eletrônicos da América Latina, que aposta no "consumo inteligente", registra crescimento mensal acima dos 40%.  O site, que em janeiro tinha apenas 4 mil assinantes ativos, hoje conta com quase 80 mil usuários. O crescimento do negócio permitiu que os fundadores lançassem, em maio deste ano, a Allugator Invest, plataforma de investimentos que promete rendimentos que podem variar de 9% a 13% ao ano a partir do financiamento dos lotes de eletrônicos que são disponibilizados no site.  Atualmente, a fintech de investimentos já tem quase mil investidores. 


Têxtil


No setor têxtil, a inovação com o tecido antiviral - que atua na inibição da propagação da Covid-19 - foi a grande aposta da Cataguases e Dalila Têxtil, que se uniram em parceria inédita para ampliar a distribuição de tecidos com acabamento antiviral.  Os resultados apresentaram alta eficiência contra o coronavírus, de 99,9% de inatividade em um minuto de contato, e a proteção se estende por, no mínimo, 50 lavações. Quanto à rentabilidade, a Dalila Têxtil registra um volume de vendas de 25% no faturamento a partir do acabamento antiviral, e para a Cataguases, que adotou a tecnologia há pouco mais de um mês, a expectativa é que o acabamento seja responsável por 10% a 15% do faturamento no segundo semestre de 2020. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), as tecnologias protetivas serão um upgrade para o segmento, que já demonstra recuperação nas operações, em torno de 40% a 50%, podendo chegar a 70% até o final do ano. 

 

Parentalidade em risco

Em uma separação, muitas mágoas e traumas podem aparecer para os dois lados do casal. Entretanto, quando há filhos envolvidos, é preciso cuidado para que o afastamento dos pais não gere danos psicológicos nas crianças.

A Lei da Alienação Parental (12.318/2010) é uma grande aliada para proteger as crianças da manipulação psicológica e de tentativas de dificultar o contato com o pai ou a mãe, após a separação do casal. E durante a pandemia, tem sido comuns casos de afastamento de pais ou mães, principalmente por medo de que a criança seja contaminada. “A alienação parental é extremamente prejudicial para o menor e quanto mais tempo ela existir, mais traumas deixará na vida da criança/adolescente em desenvolvimento. Por esses motivos, o momento de ingressar na Justiça e ajuizar uma ação é aquele em que for detectada a alienação parental. Caso exista uma ação de Guarda e Regulamentação de Convivência em trâmite, a ação de alienação deve ser incidental à esta, e não de forma autônoma”, diz a advogada Bruna Giannecchini, especialista em Direito de Família.

A seguir, Bruna chama a atenção para alguns exemplos comuns de alienação parental. 

– Desqualificar o pai ou a mãe no exercício da paternidade ou da maternidade

– Dificultar que o outro genitor exerça a função (autoridade) parental

– Dificultar contato da criança ou adolescente com o outro genitor 

– Dificultar a convivência familiar do filho com o seu pai/sua mãe ou responsável

– Omitir ao pai/mãe ou responsável informações pessoais relevantes sobre a criança ou o adolescente, entre elas, escolares, médicas e alterações de endereço

– Apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente

– Mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares ou com avós.


Futuros cibórgues: 92% das pessoas melhorariam capacidades físicas e cognitivas com tecnologia

  Novo estudo da Kaspersky revela entusiasmo pelo conceito Human Augmentation, mas muitos dos entrevistados temem que seus corpos possam ser alvo de cibercriminosos


Novo estudo da Kaspersky, The Future of Human Augmentation 2020 , revela entusiamo pelo Human Augmentation, conceito que pode ser definido como o processo de aperfeiçoamento das habilidades humanas (físicas e mentais) por meio da tecnologia. A pesquisa verificou que 92% dos entrevistados mudariam sua aparência se tivessem oportunidade, enquanto mais da metade (63%) consideraria alterar suas habilidades físicas implantando ou abrigando algum elemento tecnológico em seus corpos - permanente ou temporariamente.

Antes reservado à ficção científica, o conceito ganhou espaço conforme a digitalização se tornou parte cada vez mais importante de nossas vidas. Segundo o estudo, os italianos são a população mais interessada pelo tema (81%), enquanto os britânicos são relativamente mais céticos em relação à tecnologia (33%).

A maioria dos entrevistados gostaria que essa tendência fosse usada para o bem da humanidade e 53% para melhorar a qualidade de vida. Em todos os países, a meta de qualquer "Human Augmentation" se concentra na melhoria da saúde física como um todo (40%) ou da visão (33%).

No entanto, algumas dúvidas persistem. 69% dos entrevistados temem que o uso dessas tecnologias só se torne disponível para os ricos, enquanto 88% têm medo que seus corpos possam ser hackeados por cibercriminosos.

"O Human Augmentation é uma das principais e mais importantes tendências tecnológicas hoje em dia. Estamos vendo uma ampla gama de aplicações práticas para ela, como nas áreas da saúde, serviços sociais, esporte, educação ou transportes. Os exoesqueletos para bombeiros e outros profissionais de resgate ou o bioprinting de órgãos são alguns exemplos. Contudo, não podemos esquecer - como em tudo o que envolve tecnologia - que são necessários padrões de segurança comuns para garantir todo o potencial do Human Augmentation, minimizando ao máximo os riscos", comenta Marco Preuss, diretor europeu da GReAT (sigla em inglês para Equipe de Investigação e Análise Global da Kaspersky).

Confira abaixo outras conclusões da pesquisa:

• Os participantes do sul da Europa - incluindo Espanha, Portugal, Grécia e Itália -, assim como Marrocos, são os mais receptivos ao Human Augmentation.

• Os britânicos e os franceses parecem ser os mais céticos em relação ao assunto. 36% e 30%, respectivamente, mostraram-se contrários a essa tendência. Mais da metade dos participantes na França (53%) e no Reino Unido (52%) acredita que o Human Augmentation poderá ser perigoso para a sociedade, resultado significativamente superior à média global do estudo, de 39%.

• O uso da tecnologia de aperfeiçoamento do corpo humano para alcançar um físico mais atraente interessa, na amostra geral, a mais de um terço das mulheres (36%) e a um quarto dos homens (25%), sendo que eles preferem mais melhorar a sua força (23%), do que o sexo feminino (18%).

• Quase metade dos entrevistados (47%) considera que as entidades governamentais deveriam regular a tecnologia do Human Augmentation. O Reino Unido é o país mais favorável à intervenção do Governo nesse tema (77%), enquanto a Grécia é o que mais se opõe a isso (17%).

• Um terço das pessoas (33%) reconheceu seu entusiasmo pelo Human Augmentation, embora a preocupação seja maior entre as mulheres (21%) do que entre os homens (15%).

"Ao longo da história, os cibercriminosos sempre exploraram as novas tecnologias e com o Human Augmentation certamente não será diferente, embora esses avanços tenham sido geralmente positivos para a Humanidade. Posto isso, devemos permanecer vigilantes em relação às tentativas de utilização mal-intencionadas dessa tecnologia ou de ataques de segurança quando se tornar uma realidade cotidiana", conclui David Jacoby, Investigador Sênior de Segurança do GReAT, da Kaspersky.

Sobre o relatório da Kaspersky

O trabalho de campo foi realizado pela Opinium Research entre 9 e 27 de julho de 2020, contando com a participação de 14.500 pessoas com mais de 18 anos, em 16 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Marrocos, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, România e Suíça.

 

 

Kaspersky

http://www.kaspersky.com.br.


O conteúdo rico ganha ainda mais força para os resultados de marketing durante a pandemia

Gestores e líderes devem ter como uma de suas prioridades o fornecimento de conteúdo de qualidade para os públicos interno e externo


Tão importante quanto reinventar o modelo de negócios e enfrentar os desafios que uma pandemia implica a um gestor empresarial, é manter-se firme em seu posicionamento e continuar a disseminar conteúdos de qualidade que fomentam o endomarketing e a formação de opinião pública. Em épocas de crise, o setor de marketing acaba por ser um dos mais prejudicados, pois não é visto como essencial pelas grandes lideranças da empresa, entretanto, a comunicação é a ferramenta que fará a diferença durante todo o processo e planejamento futuro.

É importante lembrar que todos os setores foram afetados, alguns mais que os outros, mas todas as empresas estão a passar por dificuldades de gestão. Liderar nessa época exige competência e gerenciamento de informações. Para que o gestor continue a manter a marca como formadora de opinião no segmento, é preciso que a conexão com o público permaneça contínua através das redes sociais e presença na mídia tradicional. Para isso, é necessário planejar o conteúdo e a melhor estratégia para informar ao público consumidor.

A empresa que estiver a entregar conteúdo de qualidade e que demonstra vasto conhecimento em sua área de atuação, trabalha imagem e reputação até nos piores momentos e estará a frente de todas as suas concorrentes. Contando, claro, que o conteúdo seja bem trabalhado e esteja de acordo com as demandas de mercado. De acordo com a diretora da WH Comunicação, Aline Wolff, os gestores não devem esquecer de quem são, principalmente neste momento de crise: “o marketing existe para vender e comunicar, os líderes que até o momento se demonstraram grandes formadores de opinião e destaques em suas linhas de atuação devem continuar a executar o seu trabalho com excelência, dentro das medidas de segurança”, afirma a gestora.

Para Aline, o marketing de conteúdo reforça a reputação da empresa e a torna mais forte, principalmente em períodos de crise. Esse modelo acaba por refletir também no público interno, que sente confiança na empresa e trabalha para maiores rendimentos. A comunicação interna também deve ser planejada tão bem quanto a externa, principalmente para comunicar como a empresa se adaptou às novas regras, qual o modelo de trabalho escolhido e qual rumo a organização pretende tomar durante e após a pandemia. “Independente de qual público deseja-se comunicar, o conteúdo continua e continuará sendo o principal. E o marketing de conteúdo atua como diferencial para a saúde da empresa em diferentes âmbitos” - completa Aline.




Aline Wolff - Consultoria de Marketing


O futuro da gestão de energia são os microgrids?

Os loucos anos 20 estão de volta.

Não estou falando sobre um ressurgimento de melindrosas e jazz. Acredito que podemos esperar uma revolução na energia nos próximos anos, remanescente do boom de eletricidade da década de 1920. 

 

Considere isso: o jeito que criamos, distribuímos e consumimos energia é surpreendentemente similar ao modo que era adotado no século passado. Como Aamir Paul, presidente da Schneider Electric nos Estados Unidos, gosta de ressaltar, nossas redes são tão velhas que Thomas Edison poderia reconhecer. 

Mas a maré está mudando. Hoje em dia, conversas sobre mudanças climáticas, energias renováveis e consumo responsável de energia estão ocorrendo nas salas de reunião. Recentemente, incêndios na Califórnia, tornados no Tennessee e a pandemia da covid-19 ao redor do mundo estão desempenhando grande papel nessas discussões. E essas conversas estão propondo um foco na descarbonização, descentralização e digitalização para aumentar a confiabilidade e a eficiência energética.

 

Aqui, explorarei essas três megatendências e discutirei como microgrids são a solução lógica a ser usada nessa nova era de energia. 

 

Descarbonização

 

Descarbonização, ou redução de gases do efeito estufa, é a primeira megatendência energética que, esperamos, deve ter seu fim até a próxima década. 

 

De acordo com a U.S. Energy Information Administration, combustíveis fósseis e nucleares garantem 82% de nossa eletricidade. Mas esse número está rapidamente declinando. O Annual Energy Outlook 2020 informou que as energias renováveis estão tendo crescimento acelerado nos Estados Unidos como fonte de geração de eletricidade. Em contraste, esperamos declínio da geração de energia nuclear e de carvão nos EUA a partir de 2020. 

 

Por que isso está acontecendo? Pessoas, companhias e governos estão se comprometendo com o carbono, pois veem as mudanças climáticas como o maior desafio de nossos tempos. Além disso, as energias renováveis têm o melhor custo-benefício e a melhor acessibilidade. 

 

Descentralização 

 

Em segundo lugar, aqueles que se preocupam com a confiabilidade da energia, como proprietários de negócios, governos locais em regiões propensas a desastres e gerentes de instalações críticas, agora buscam controlar toda energia. Essa mudança está levando à descentralização: uma revolução na forma como geramos, armazenamos, movemos e consumimos energia.

 

Eletricidade não é apenas mais uma conveniência; é uma necessidade. Então, quando a energia é interrompida na rede principal, todos sofrem. Interrupções de qualquer duração são caras e perturbadoras. Mesmo que a maioria das concessionárias de energia definam queda de energia como cinco ou mais minutos com corrente zero, uma interrupção de tensão de um segundo é suficiente para paralisar linhas de fabricação, dispositivos eletrônicos sensíveis e sistemas de energia elétrica. Todos nós vimos os impactos de interrupções de longo prazo na Califórnia: instalações, empresas e proprietários sofreram. Infelizmente, as mudanças climáticas, o envelhecimento da infraestrutura e o crescimento da população continuarão a aumentar a pressão sobre os serviços públicos. 

 

Para garantir a continuação do suprimento de energia, comunidades, negócios e até mesmo proprietários estão investindo agora em tecnologias como a eólica e a solar, e baterias que permitem geração, armazenamento e consumo de energia localmente. 

 

Digitalização 

 

A última megatendência energética, a digitalização, usa dados para permitir tomada de decisão flexível para produção, consumo e gerenciamento de energia.


Quando o equipamento de geração de energia se torna inteligente com um software que analisa e responde a dados em tempo real, isso pode resultar em uma operação mais eficiente. Por exemplo, examinando os dados de um prédio comercial com sistema fotovoltaico, um gerente de instalação pode determinar se faz sentido armazenar parte do excesso de energia no local usando uma bateria reserva ou vendê-la de volta à concessionária. 

 

As tecnologias digitais emergentes permitem operações mais eficientes, confiáveis e sustentáveis. E, à medida que mais dispositivos entram em nossas vidas, o potencial para dados melhores e mais acionáveis só aumenta.

 

Microgrids como o futuro da gestão de energia

 

Microgrids são uma solução lógica de gerenciamento de energia para descarbonização, descentralização e digitalização. Ou seja, são redes localizadas de produção e distribuição que operam por conta própria ou fornecem energia diretamente para a rede principal. Na maioria das vezes, os microgrids se conectam à rede principal. Eles também podem “estar ilhados” ou operar independentemente da rede, em casos como condições meteorológicas extremas, danos à rede principal etc.

 

A eletricidade em um microgrid é gerada a partir de fontes de energias renováveis, como a solar e a eólica, e excessos de energia podem ser estocados em uma bateria de sistema de armazenamento energético. Usar fontes de energia renováveis reduz inerentemente o uso de carbono na energia, seguindo a tendência de descarbonização. 

Os microgrids são essencialmente descentralizados, o que significa que criam, armazenam e distribuem energia localmente. Quando a rede principal é desativada, a energia gerada no local fica disponível imediatamente. Isso reduz as interrupções e os encargos financeiros de uma interrupção prolongada. 

Finalmente, por causa da digitalização, os microgrids são uma solução de energia flexível e eficiente. Os produtos conectados permitem que o proprietário de microgrid forneça energia para a rede principal ou ilha. Os controles digitais também podem otimizar a produção de energia. 

De modo geral, os microgrids estão ajudando a sociedade a alcançar um futuro energético descarbonizado, descentralizado e digitalizado.

Veja mais em: https://www.youtube.com/watch?v=72RhPRZY01E 

 

 

Julio Martins - vice-presidente de Energy da Schneider Electric


Mandata Ativista aprova projeto que dá suporte a policiais vítimas de violência em serviço

Iniciativa do primeiro mandato coletivo de São Paulo vai agora para a sanção do governador João Dória


O Projeto de Lei nº 1051/2019, de autoria da Mandata Ativista, foi aprovado nesta quinta-feira (24/09) na Assembleia Legislativa de São Paulo e prevê assistência psicológica e proteção a policiais vítimas de violência em serviço.

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de policiais que cometem suicídio é maior do que aqueles que morrem em serviço vítimas da violência. São 23,9 a cada 100 mil habitantes, enquanto no total da população é de 5,8.

“É muito significativo que o projeto tenha sido aprovado em meio ao  Setembro Amarelo quando se discute saúde mental das pessoas”, analisa a deputada Mônica Seixas, da Mandata Ativista. 

“Reduzir a violência e construir uma polícia que preze pela vida e por direitos passa por incorporar no cotidiano desses trabalhadores assistência à saúde mental”, complementa

O Projeto de Lei prevê que policiais e familiares que tenham passado por situações de violência deverão receber tratamento médico, assistência psicológica e terapêutica. 

Além disso o governo deverá veicular campanhas de promoção e prevenção a saúde mental e bem estar desses agentes públicos, divulgar anualmente o mapa da violência que envolve policiais e criar um programa para reduzir esses índices. O governo também precisará metas e prazos para a redução dos índices de violência que envolvem policiais.

“O Brasil é o país em que os policiais mais matam e que mais morrem no mundo. Tudo é parte do mesmo problema. A lógica de guerra que está baseada a polícia”, finaliza a codeputada.

Ao estabelecer a criação de programas para redução dos índices de violência, com metas e prazos, o PL 1051 aponta um caminho para a sociedade avançar na redução de letalidade policial que atinge a juventude preta, pobre e periférica.


A redução dos tributos pagos pelas sociedades médicas de serviços hospitalares e o seu impacto em números

A 2ª Vara Cível Federal de São Paulo concedeu recentemente uma liminar a uma sociedade de médicos que presta serviços em emergências de hospitais. Essa liminar reduziu a base de cálculo sobre a receita bruta, do percentual de 32%, para 8% e 12%. Essa base de cálculo serve para apurar o Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), respectivamente.

 

O artigo 15 da Lei nº 9.249, de 1995, é claro quanto à exclusão da alíquota de 32% para os serviços hospitalares. O benefício fiscal é grande e pode não ser enxergado de forma clara, em um primeiro momento, sem que seja observado o seu impacto em números reais.

 

A alíquota efetiva, com o percentual de 32% aplicado sobre a base de cálculo do IRPJ e da Contribuição Social - CSLL, obtém um imposto entre 7,68% e 10,88%. Por sua vez, quando aplicado o percentual de 8%, concedido na liminar, a alíquota efetiva cai para um percentual entre 2,28% e 3,08%. Há, portanto, uma redução de 5,4% a 7,8% no imposto final.

 

Em complemento, uma sociedade médica que presta serviço caracterizado como hospitalar, e que conta com um faturamento mensal de R$ 100 mil, percebe-se que o benefício fiscal resultaria em uma redução de imposto na ordem de R$ 5.400 a R$ 7.800 mensal. O impacto no bolso dessas sociedades é direto e em grande parte justo, visto que a margem de lucros dessa atividade especifica é baixa.

 

Entretanto, a despeito do impacto, o que se percebe atualmente é uma dificuldade por parte das sociedades médicas de comprovarem a prestação de serviços hospitalares.

 

No caso recente, alvo de liminar, a decisão judicial observou que não é necessário obrigatoriamente que um serviço hospitalar seja exercido nas dependências de um hospital, podendo, por exemplo, ter relação com serviços ambulatoriais.

 

Contudo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresenta hoje critérios para a concessão da certidão que garantiria o benefício fiscal. É necessário, por exemplo, que a sociedade possua determinado número de leitos e de salas de cirurgia. Atualmente, a Receita Federal mantém a mesma visão conservadora do que seria uma sociedade médica hospitalar. Conforme a decisão recente do Judiciário, o que vale é a atividade exercida de fato pelas sociedades e, não, a regra estabelecida pela Anvisa ou a interpretação da Receita Federal.

 

Vale lembrar que muitas sociedades médicas apresentam contratos de prestação de serviço hospitalar, tanto na rede pública, quanto na privada, fato que foi observado na decisão judicial. A liminar poderá ter impacto agora em outros casos similares.

 

Por outro lado, a argumentação em favor dos critérios estabelecidos pela Anvisa, e compartilhados com a Receita, trata-se do risco aliado à chamada “pejotização”. É possível que profissionais de saúde realizem consultas médicas e, como uma forma de se aproveitarem do benefício fiscal, apresentem em suas notas fiscais a prestação de atividade hospitalar, quando não se trata da real atividade-fim. Médicos que atuam como pessoa jurídica não são considerados uma sociedade empresarial e não prestam serviços hospitalares. Uma eficaz fiscalização afasta o risco de que o benefício concedido pela lei seja utilizado de forma indevida.

 

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) afirma que pretende recorrer da decisão. A concessão da liminar foi correta, a atividade realmente prestada nesse caso foi a de serviços hospitalares e abre importante precedente para outras sociedades médicas que prestam esse serviço. Conforme observado, portanto, vale a pena buscar a comprovação da atividade e obter a devida redução de tributos.

 




 

Daniel Calderon - contador, advogado, empresário da área contábil e tributária e sócio da Calderon Contabilidade.


App de reciclagem viabiliza troca de óleo usado e garrafas plásticas por dinheiro

Aplicativo Óleo pelo Futuro foi lançado no último sábado (26/09) na comunidade São Remo, zona oeste de SP, e será expandido para outras regiões no próximo ano


Os moradores do Jd. São Remo, na zona oeste de São Paulo, poderão vender óleo de cozinha usado e garrafas plásticas em pontos de coleta da comunidade, utilizando o aplicativo Óleo pelo Futuro, desenvolvido pela Cicla – empresa especializada no desenvolvimento de projetos de economia circular. A iniciativa faz parte do projeto Óleo pelo Futuro, realizado em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e que já ajudou na coleta de 14 milhões de litros de óleo, envolvendo mais de 90 cooperativas de reciclagem em todo o Estado de São Paulo.

 

Desde a inauguração do projeto Óleo pelo Futuro na comunidade São Remo, no início deste ano, a Cicla já criou cinco pontos de coleta para facilitar a entrega do óleo de cozinha e, até o lançamento do aplicativo, o litro de óleo era trocado por sabão – que é um dos produtos fabricados a partir do reuso do óleo. Com a implantação da plataforma online, os moradores passarão a receber R$0,50 por cada litro de óleo usado coletado e poderão vender garrafas plásticas, que valem R$ 0,50 o quilo. Atualmente, a média mensal de coleta de óleo é de 100 litros e o objetivo é aumentar ainda mais esse número, com a participação ativa da população.


“A conscientização da sociedade é essencial para conseguirmos aumentar as taxas de reciclagem no país e diminuir a quantidade de resíduos despejados em aterros e lixões. Nosso trabalho é mostrar que todos têm um papel nessa cadeia de produção e de descarte de embalagens e que é possível lucrar com este sistema, ao mesmo tempo em que se preserva o nosso ecossistema”, explica Daniel Carvalho, CEO da Cicla.

 

A plataforma também está sendo desenvolvida para oferecer um sistema de acúmulo de pontos, denominados “ciclas”, que poderão ser trocados por benefícios ou doados para projetos comunitários. Nessa fase, a empresa procura por parceiros que queiram integrar a plataforma de benefícios, oferecendo produtos ou serviços.

 

Depois da São Remo, o objetivo é expandir o uso do aplicativo e o mesmo sistema de compensação financeira para outras comunidades no próximo ano. Para isso, já está disponível no site do Óleo pelo Futuro um formulário para quem tiver interesse em se tornar um ponto de entrega voluntária.


 

Mobilizações sociais | Agenda cultural

 

O lançamento do aplicativo foi acompanhado de diversas ações de conscientização sobre a importância da reciclagem. Além do mutirão para limpeza do Riacho Doce, a mobilização também teve uma live mediada pelo rapper Thaíde e com a participação de artistas locais, entre outras atrações.

 

A agenda de mobilizações na São Remo não para por aí. Também estão programados “grafitaços” com artistas conhecidos nas comunidades periféricas de São Paulo e uma ação especial de Dia das Crianças, que começa no dia 5 de outubro, com a distribuição de kits de arte para que as crianças façam um desenho com o tema "Eu olho para o futuro – a comunidade que eu quero", dando espaço para as crianças expressarem o que elas querem para o futuro da comunidade.

 

No dia 12 de outubro, os desenhos serão usados na composição de um mural, durante uma live que também contará com a apresentação do grupo de capoeira infantil da São Remo, líderes comunitários e influenciadores digitais.

 


Sobre a Cicla:

 

A CICLA é uma empresa especializada no desenvolvimento de projetos de economia circular, logística reversa empresarial e sistemas de coleta seletiva. Fundada em 2011, a organização conecta indústrias, cooperativas de reciclagem, catadores, coletores e sociedade, colocando em prática soluções eficientes para diminuir a geração de resíduos sólidos urbanos e aumentar as taxas de reciclagem no Brasil, fortalecendo organizações de catadores e promovendo mobilizações sociais.

 

Nos últimos nove anos, a Cicla já desenvolveu projetos em parceria com grandes empresas como Gerdau, Grupo Boticário e Instituto Coca-Cola. Mais recentemente, a consultoria firmou um acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a realização da campanha Óleo pelo Futuro, de conscientização da população sobre a importância de reciclar o óleo de cozinha.


 

Sobre o Óleo pelo Futuro:


O projeto Óleo pelo Futuro é desenvolvido pela Cicla em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com foco no fortalecimento da economia circular por meio de apoio às cooperativas, à abertura de uma central de beneficiamento e na mobilização e conscientização da população sobre a importância de reciclar o óleo de cozinha. A iniciativa coloca em prática o sistema de economia circular, em que os cidadãos entregam óleo usado em pontos de entrega do projeto, esse óleo é enviado a cooperativas onde é tratado e depois revendido para indústrias (em sua maioria, produtoras de sabão, detergentes e até tintas à base de óleo e biodiesel). Entre 2017 e 2020, a campanha deu suporte para a coleta de 14 milhões de litros de óleo, envolvendo mais de 90 cooperativas em todo o Estado de São Paulo. Mais informações: https://www.oleopelofuturo.com.br/



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