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segunda-feira, 13 de abril de 2020

Em meio à pandemia, Conselho Regional de Farmácia de SP recebe 134 denúncias de irregularidades em estabelecimentos farmacêuticos


Aglomeração e falta de EPIs, aumento de preços e produção irregular de álcool em gel estão entre as irregularidades. Do total, 81% já foram regularizadas 


Para que a população tenha assegurado seus direitos em estabelecimentos farmacêuticos, assim como para que o farmacêutico tenha todo o suporte necessário ao enfretamento da covid-19, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, CRF-SP, mantém um canal ativo para denúncias, reclamações e sugestões. Um levantamento feito de 14 a 31 de março mostrou que foram recebidas 175 manifestações entre denúncias, reclamações, críticas, elogios e sugestões pelo Departamento de Ouvidoria. Desse total, 134 referem-se às denúncias.

Entre os principais problemas relatados pela população ou por farmacêuticos estão aglomerações e falta de EPIs, propaganda indevida de medicamento/terapia, aumento de preços, recusa na prestação de serviços e produção irregular de álcool em gel.

Diante dessas situações, o CRF-SP tomou uma série de providências como notificação ao estabelecimento e/ou ao responsável técnico; esclarecimento ao denunciante; notificação à vigilância sanitária; encaminhamento ao Procon e ligação do fiscal ao responsável técnico. O resultado foi 81% de regularização dos problemas em relação a covid-19.

O Departamento de Ouvidoria do CRF-SP tem como objetivo assegurar os direitos individuais e coletivos por meio da captação de denúncias, reclamações, solicitações, críticas, elogios e sugestões referentes aos serviços prestados garantindo ao usuário o direito à informação e à defesa de seus interesses, contribuindo para que a população receba um serviço de qualidade.



Ouvidoria do CRF-SP

Atendimento Eletrônico: https://www.participar.com.br/crfsp/users/sign_in
Telefone: 0800 770 2273
Toda manifestação recebida é devidamente respondida e o sigilo sobre o nome e os dados pessoais do usuário é garantido.

EMPREENDEDOR: Aproveite o momento para avaliar seu negócio


Nos últimos dias, a maior parte dos empreendedores brasileiros foram impactados por notícias negativas a respeito da disseminação do novo coronavírus, o que acarretou a paralisação das atividades e, consequentemente, da nossa economia. No entanto, este não é momento de quem tem uma micro, pequena ou média empresa estagnar. Ao contrário, é hora de retomar o controle.

Sei que boa parte dos empresários está em desespero pelas contas que vêm pela frente, para honrar os pagamentos dos colaboradores e fornecedores e até para não precisar tomar medidas mais drásticas. Sei que não é simples e não é fácil, mas este é o momento ideal de parar e olhar para dentro da sua empresa. Que tal fazer o que ninguém fazia enquanto o barco estava cheio de gente e, ao mesmo tempo, repleto de problemas?

Agora é hora de arregaçar as mangas e analisar aquele controle financeiro, contabilizar de forma minuciosa o que entra e o que sai, fazer a análise de cada despesa, verificar o controle dos gastos, estudar as metas de redução, negociar com fornecedores, calcular o preço do seu serviço ou produto, pensar novas estratégias de precificação e avaliar novos canais de vendas. Pode não parecer, mas agora é a hora de ponderar e, principalmente, planejar!

Você se lembra de que a qualidade e desempenho da sua equipe incomodavam, mas não havia tempo para ver onde estavam as falhas? Então! Este é o momento de estudar ponto a ponto: os processos de produção, as técnicas de vendas, o controle de estoque, os processos de logística, o pós-venda e o atendimento. Agora que o fluxo de atividades é menor, vale criar planos de ação para começar a executá-los de um jeito novo e mais assertivo assim que a rotina voltar ao normal.

Agora é o momento de enxergar novas oportunidades e preparar o lançamento de produtos e serviços. Se antes você não vendia pela internet, agora precisa vender, porque o cliente não vem até você. Não tem estrutura para entregar? Encontre o caminho para desenvolver e precificar essa entrega na porta do cliente. Seu produto ou serviço não pode ser entregue na casa das pessoas? Atenção! Essa foi a mesma afirmação feita pela Blockbuster quando escutou a ideia da Netflix. O problema que você enfrenta hoje será a mola propulsora para fazê-lo avançar. Depois desse período, você se tornará melhor e maior.

É tempo de separar o joio do trigo. É hora de entender quem tem empresa e quem é empreendedor. O primeiro “toca” o negócio e, quando há mudança do mercado, paralisa e não encontra caminho a seguir. Seus objetivos mudam e sua decisão é fechar as portas para evitar mais prejuízos. O segundo empreende e sabe que o negócio é o caminho para um objetivo maior, por isso ele busca se adaptar às mudanças e aos obstáculos. Trabalha para encontrar soluções a fim de manter a empresa e decide continuar até atingir seu objetivo.

Agora é hora de se fortalecer. Aqueles que não suportarem ou não estiverem dispostos ao enfrentamento vão fechar as portas. Consequentemente, entregarão os clientes que ficarem desamparados “de bandeja” àqueles que permanecerem no mercado. É comum que em momentos como esse, algumas empresas cresçam com o fechamento de outras.

Para finalizar, queria contar um pouco a você sobre as carpas, aqueles lindos peixes ornamentais muito apreciados pela cultura oriental e encarados como símbolos de sorte, perseverança e força. As carpas vivem 70 anos. Algumas chegam a 200 anos. Elas sobrevivem aos mais diversos ambientes e podem resistir a temperaturas abaixo de 0 e acima de 28º. Elas, inclusive, são parte de uma lenda chinesa muito inspiradora. Essa lenda diz que na época da desova, as carpas nadam contra a correnteza e sobem cascatas. Assim que ela enfrenta todas as dificuldades e atinge seu objetivo, que é chegar ao topo, ela se transforma em um dragão. Esse é o reconhecimento por sua bravura e determinação.

Sejamos como as carpas no mundo dos negócios. Com bravura e determinação, sem dúvidas poderemos superar as adversidades que se apresentam e encontrar nosso reconhecimento em um futuro próximo!





Haroldo Matsumoto - especialista em gestão de negócios e sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa, consultoria multidisciplinar com forte atuação entre empresas de diversos portes e setores da economia.


Classe Contábil é fundamental para a sobrevivência dos negócios


            A economia mundial vai enfrentar desafios ainda desconhecidos. Com negócios globalizados, tecnologias de ponta, inteligência artificial e atividades digitais, existentes num contexto em que se estima ter solução para quase tudo, um vírus atinge a humanidade na sua maior fragilidade: a saúde. Para além disso, provoca impactos ainda incalculáveis para a economia do planeta e, certamente, para sua população. Defender a saúde das pessoas é a prioridade no momento, sem dúvida alguma, porém, simultaneamente, é necessário refletir e planejar sobre o antídoto para que esse vírus não seja avassalador ao contaminar também a saúde das empresas. 

            Os reflexos já são sentidos em todas as atividades produtivas de todos os portes. As situações adversas, a cada dia, interrompem ou paralisam atividades pela restrição de deslocamento de pessoas, pela falta de insumos ou por outros fatores que inviabilizam a manutenção dos negócios.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que todas as grandes economias do mundo entrarão em recessão, estimando, principalmente, um acentuado declínio econômico para os próximos dois trimestres. A entidade vem defendendo que os países adotem providências essenciais para fazer frente à pandemia. Pelo menos quatro medidas são necessárias para esse enfrentamento, segundo a OCDE: exames gratuitos para diagnosticar a doença; melhoria da assistência profissional de saúde; transferência de recursos para trabalhadores, principalmente aos autônomos, e adiamento da tributação das empresas.

            O Brasil estimou, em fevereiro, que o impacto negativo da doença no país reduziria para 1% o crescimento previsto para 2020 do PIB (Produto Interno Bruto). Porém, na última revisão, o governo cortou a projeção inicial de 2,1% para 0,02%. Com isso, as análises não são nada otimistas. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas estima que o PIB brasileiro pode recuar em 4,4% este ano. E, ao redor do mundo, as projeções são de impactos similares.

            A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) prevê que a extensão dos prejuízos causados pelo vírus, em nível global, pode custar até US$ 2 trilhões às finanças mundiais. Estima-se que países como o Brasil, que dependem da venda de matérias-primas, estarão, ao longo da crise, em uma situação ainda mais difícil.

            Diante dessas projeções, planejar, desde agora, como se dará a resistência para a retomada econômica é uma imposição. A saúde financeira das empresas depende desse trabalho, e a classe contábil é, e será ainda mais, imprescindível para isso. Poderia afirmar que o remédio para a debilidade das finanças das empresas exige o preparo profissional para frear o descompasso financeiro no caixa. Se o cenário é de guerra, devemos analisar as armas disponíveis. Neste caso, as medidas anunciadas pelos governos são as ferramentas a serem usadas da melhor forma possível. Entre elas, a prorrogação do vencimento de tributos, a flexibilização das leis trabalhistas e também o acesso ao crédito. Para tanto, é oportuno usar a cautela, o bom senso e o amplo conhecimento que temos no histórico das empresas e na capacidade de regeneração dos negócios.

            O inimigo é coletivo e amedronta as sociedades mundiais, expondo, de forma profunda e indiscriminada, a todos. Por isso, sobretudo, temos que defender os negócios que não dispõem de capital de giro suficiente para enfrentar a crise. Os pequenos são os mais afetados com a queda de suas receitas, mas a reestruturação e recuperação no pós-crise afetará todos os empreendimentos, que terão que se organizar para liquidar impostos, pagar salários e fornecedores e investir, por mais distante que essa medida possa parecer. Neste momento, as recomendações do Conselho Federal de Contabilidade seguem este caminho para minimizar os impactos, diretos e indiretos da pandemia de Covid-19, junto à classe contábil, buscando mitigar os seus efeitos de forma assertiva.

            Defendemos que, para enfrentar os nefastos efeitos práticos que a quarentena horizontal já tem gerado sobre a atividade econômica do País, das empresas e das pessoas, neste momento, deve prevalecer a união de forças de capitais interligados entre si: o Natural, o Humano, o Social/Relacionamento, o Intelectual, o Manufaturado e o Financeiro, que, atrelados, representam uma força motora indispensável para manutenção dos negócios. Além disso, apesar do momento de instabilidade, as empresas devem desenvolver um processo de geração de valor alinhado aos objetivos para um desenvolvimento sustentável, que deverá prevalecer no pós-crise.

O CFC também conta com as instruções da Federação Internacional de Contadores (Ifac, sigla em inglês), que une a experiência de profissionais de todo o mundo, tanto da academia quanto do mercado, e permanece atenta aos desdobramentos da economia global,  repassando orientações aos profissionais brasileiros.

            Todos os conselheiros do CFC e dos Conselhos Regionais de Contabilidade estão disponíveis e atuantes para apoiar os demais profissionais, buscando direcionar as medidas necessárias para reduzir os impactos dessa pandemia, sejam eles diretos ou indiretos. É emergencial que a consciência de todos esteja focada no resultado coletivo, diante do perigo real e imediato.

             Forte abraço ! (virtual)





            Zulmir Breda.

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