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terça-feira, 7 de abril de 2020

07 de abril - Dia da Saúde


Foto: Jozsef Szoke/Free Images

Na quarentena, recursos da natureza são importante aliados para saúde e bem-estar 

Conheça seis formas de trazer a natureza para dentro de casa para manter a tranquilidade, aliviar o estresse e a ansiedade 



O Dia Mundial da Saúde é comemorado nesta terça-feira, dia 7 de abril. Pesquisas apontam que o contato com a natureza é uma das formas mais simples e eficientes para minimizar o estresse da vida moderna e manter um estilo de vida saudável. 

Em 2016, um estudo do pesquisador Peter James – professor da Escola de Saúde Pública de Harvard e um dos maiores especialistas da área – revisou dezenas de pesquisas e indicou que o contato com a natureza estimula as pessoas a fazerem mais atividades físicas, perderem peso e terem menos problemas cardiovasculares, além de diminuir potencialmente os problemas de saúde mental, como estresse e depressão. 

Esses resultados somaram-se aos de vários outros estudos que também apontam a relação direta da natureza com o aumento na concentração, incremento da memória e a evolução na recuperação de procedimentos cirúrgicos.

Mas como manter contato com os elementos da natureza em tempos de pandemia de coronavírus (Covid-19), com parques públicos fechados e recomendação de isolamento social? A resposta está na criatividade. 

“A natureza é parte integrante e indissociável da saúde humana e, portanto, o acesso a ela deve sempre ser garantido. Além de todos os benefícios que oferece, como ar limpo, água potável e alimentos nutritivos, é na natureza que buscamos o relaxamento, a reconexão com nós mesmos e inspirações para a vida. A natureza é o melhor remédio para a saúde física e para a saúde mental”, diz Leide Takahashi, gerente de Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN). 

Por isso, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza reuniu seis maneiras para as pessoas se conectarem com a natureza, mesmo em tempos de isolamento social.

  • Sons da natureza: Os sons da natureza são como uma música clássica, uma orquestra. Têm o poder de auxiliar o indivíduo a relaxar, se liberar um pouco das questões cotidianas e transportar os pensamentos para lugares e paisagens que transmitem prazer e serenidade. A Fundação Grupo Boticário montou uma playlist no Spotify com sons da natureza para que as pessoas se conectem com o mar, o canto dos pássaros da Mata Atlântica, o coral das aves ao amanhecer, os sons relaxantes produzido pelas baleias, entre outros. Confira.
  • Obras de arte: da mesma forma que os sons, as imagens auxiliam a relaxar. Um estudo publicado em 2015 no International Journal of Environmental Research and Public Health apontou que imagens que retratam a natureza ajudam as pessoas a se recuperarem de situações de estresse. Portanto, ter um ou dois quadros em casa com imagens de vegetação ou de paisagens naturais é um jeito simples de cuidar da própria saúde.
  • Jardins e hortas: Já que não podemos ir até à natureza nesse momento, por que não trazê-la cada vez mais para dentro de casa? Até mesmo quem mora em pequenos apartamentos pode – e deve! – cuidar de plantas, ter um mini jardim ou uma pequena horta caseira.  O contato com as plantas serve como uma forma eficaz de terapia, ajudando no relaxamento e na sensação de bem-estar. Mais do que isso, quando feito junto com crianças, ajuda a transmitir a mensagem da importância de se conservar e proteger as espécies e o meio ambiente.  
  • Piqueniques caseiros: uma opção bem interessante de manter o contato com a natureza é realizar piqueniques em casa. A atividade é bem simples e quem ensina a fazer é o Marcos, personagem da Turma do Miguel. Ele ensina, de forma lúdica, que basta estender uma toalha colorida, flores e plantinhas, alimentos saudáveis e aproveitar a diversão para promover a educação ambiental e a conexão das crianças com a natureza desde cedo. No Instagram da Fundação (@fundacaogrupoboticario), é possível conferir todas as dicas da Turma do Miguel – nos destaques do perfil.
  • Atividades manuais: uma boa maneira de reunir a família para cocriar objetos que valorizam a vida animal, promover a educação sustentável e se divertir. É possível, por exemplo, chamar a garotada para montar um minhocário, um bebedouro para os pássaros ou um abrigo para pequenas aves. Tudo com material reciclado ou reaproveitado.  
  • Observação de aves: a prática de observação de aves, também conhecida como birdwatching, já mobiliza cerca de 30 mil pessoas no Brasil, segundo dados da Conservação Internacional.  E esta é uma prática que pode muito bem ser feita em casa, prestando atenção nas espécies de aves que estão próximas às nossas janelas, varandas e quintais, nas árvores ou até mesmo nas fiações das cidades. 




Fundação Grupo Boticário

COVID-19: ameaçador, mas passará


A primeira morte por Covid-19 foi registrada em 11 de janeiro, dois dias após, confirmou-se o primeiro caso fora da China; era 13 de janeiro. Tivemos logo a primeira paciente nos Estados Unidos, em 17 de janeiro, além da confirmação de transmissão de pessoa a pessoa, em 20 de janeiro. 

         Foi com rapidez e sem pedir licença que a nova versão do corovavírus, o Sars-Cov-2, apresentou-se ao mundo oficialmente, há menos de três meses. No início, muitos pensavam tratar-se de uma ameaçazinha, de um sustinho sem a mínima possibilidade de colocar em xeque a humanidade. 

         Ledo engano. Em pouco mais de dois meses e meio, a infecção pelo novo coronavírus está próxima a atingir a marca de 1.000.000 de casos no mundo, com cerca de 50 mil óbitos. 

         No Brasil, a situação segue preocupante. As secretarias estaduais de Saúde computavam, até as 6h da quarta-feira (1° de abril), 5.812 casos confirmados do Sars-Cov-2. As mortes já eram 202 e a curva apontava para cima, indicando crescimento para os próximos dias e semanas. 

         O COVID-19 é a versão democrática do mal. Não poupa ricos ou pobres, pretos, brancos ou amarelos, homens nem mulheres; não respeita pacientes nem médicos. Até dias atrás, somavam 452 profissionais infectados somente em dois hospitais: Einstein e Sírio Libanês. Baseado em dados publicados no Diário Oficial da Cidade, o Sindicato dos Servidores atesta que o afastamento de profissionais de Medicina na rede pública supera a casa de 1.100.

         Grave ainda são as chamadas subnotificações. Há milhares de casos de pessoas que entram em hospitais com quadro de tosse, falta de ar, coriza, por exemplo, e morrem dia depois. São óbitos sem diagnóstico, reforçando suspeitas de que estatísticas de coronavírus em São Paulo podem estar defasadas.

 Frente a esses dados, é inevitável certa tensão e medo, prejudicando a rotina das pessoas. É justamente nos momentos mais difíceis que temos de nos pautar mais na razão e menos na emoção.

As medidas de prevenção já são de conhecimento público, graças ao  trabalho da imprensa brasileira. Lavar bem as mãos, usar álcool em gel 70, manter o ambiente limpo, evitar aglomerações, manter distância de dois metros do interlocutor, entre outras.

E mais um alerta, antes que esqueça: o uso da máscara e do álcool não apresentam a mesma eficiência quando comparado à higienização das mãos com água e sabão. Além disso, é essencial evitar colocar a mão na boca e olhos é outra medida essencial.

         Muito provavelmente teremos notícias impactantes nos próximos dias. O importante é manter a serenidade e seguir os conselhos das autoridades nacionais e mundiais de saúde. Quanto mais competentes formos pata manter o coronavírus longe de nós e de nossos familiares, mais celeremente caminharemos para um final feliz. E ele virá: juntos venceremos o COVID-19.




Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica 


Doenças e problemas mais comuns causados por má postura


Você sabia que nosso corpo trabalha de forma integrada? Isso não é nenhuma novidade, mas as ações musculares, o alinhamento dos membros, a distribuição de força e carga dependem umas das outras. Quando há uma descompensação, principalmente no esqueleto axial (coluna, pelve, tórax), diversas consequências podem ocorrer. E isso não quer dizer doenças.

Quando praticamos atividades esportivas, todo nosso corpo funciona em conjunto. Se não tivermos o que chamamos de “gesto esportivo” ou “postura esportiva”, lesões por sobrecarga, fraturas por estresse, entorses de tornozelo, síndrome da banda iliotibial entre outras, se tornam muito mais comuns. A má postura esportiva é mais comum do que imaginamos, por esta razão é que algumas lesões também são mais frequentes naqueles que estão iniciando uma atividade sem orientação.

Uma pessoa que começa a andar de bicicleta com muita frequência, precisa estudar sua postura para permanecer e se manter em cima da bicicleta, sem sobrecarregar a coluna e os membros. Por isso, uma avaliação da postura para este esporte, “Bike Fit”, muitas vezes é recomendada. O mesmo acontece com pilotos de kart, motociclismo e pilotos profissionais de automobilismo. 

Quando pensamos em esportes de contato como futebol, vôlei e handball, não devemos simplesmente “jogar”. O método mais fácil para evitar que, a má postura ou mau gesto esportivo levem a lesões, é manter treinos relacionados à boa postura e preparo muscular. Corredores devem sempre trabalhar a musculatura lombopélvica para evitar que a “queda pélvica” por má postura ou fraqueza muscular sejam causa de diversas lesões. 

A má postura no dia a dia também é prejudicial e, muitas vezes, mais comum que a esportiva. A postura inadequada mais frequente vem da coluna. Isto acontece tanto pelo nosso dia a dia, que predispõe a flexão do tronco (dirigir, trabalhar no computador, carregar mochilas) quanto de forma evolutiva, onde o envelhecimento, a força continua da gravidade e o desequilíbrio muscular tornam a flexão do troco mais proeminente. 


Mas como isso pode nos afetar? 

Principalmente causando dor! O desequilíbrio do esqueleto axial leva a necessidade de trabalho dobrado dos outros estabilizadores, incluindo o membro superior e inferior. Além da dor, também podem ocorrer tendinites, alteração visual do corpo (um lado mais baixo ou mais alto que o outro) desvios na coluna, protrusão da cabeça, pés planos e falta de elasticidade.

Isso se resume em adotar ações preventivas para evitar essas consequências no dia a dia e nas atividades esportivas. Devemos fazer atividades físicas com orientação, estar atentos com a nossa rotina diária, evitar sedentarismo e manter alongamentos com atividades regulares para que possamos ter um melhor equilíbrio corporal. Não é fácil mudar rotina, mas é ainda mais difícil viver e tratar doenças que possam ser resolvidas com mudanças de hábito e orientações para cuidados no dia a dia.





Daniel Baumfeld - Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e do Tornozelo. Mestre e Doutor em Ortopedia. Professor Adjunto na UFMG.


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