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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Cirurgia bariátrica: Quando é uma boa opção?


De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde, a obesidade voltou a crescer no Brasil a níveis alarmantes. No país, mais da metade da população (55,7%) tem excesso de peso e a prevalência da obesidade ultrapassou os 19%. Entre 2006 e 2018, o índice da obesidade aumentou em 67,8% acarretando, além do sobrepeso, no desenvolvimento de doenças relacionadas a isso, como a diabetes, a hipertensão, o colesterol alto e muitos outros problemas.

A alimentação desequilibrada, com o alto consumo de alimentos ultraprocessados e açucarados junto a vida sedentária contribuem para o agravamento do quadro. Diante da dificuldade em adquirir novos hábitos, muitas pessoas acabam recorrendo a cirurgia bariátrica como única alternativa, quando na verdade ela deve ser uma das opções de tratamento da obesidade, aliada aos hábitos saudáveis. Até porque, caso esses hábitos não sejam adotados, o paciente pode voltar a engordar após certo período de realização da cirurgia. 

Seguindo as orientações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com IMC – índice de massa corpórea – igual ou maior a 40 ou IMC entre 35 e 39,9 com no mínimo uma doença associada. Por se tratar de um procedimento complexo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou quatro tipos de procedimentos, que podem variar de acordo com a avalição realizada pelo cirurgião e as condições de saúde do paciente.

O Bypass Gástrico é o procedimento mais comum, representando 75% dos casos. Ele reduz em 90% a capacidade do estômago, diminuindo a ingestão de alimentos e desviando-os para a primeira parte do intestino (duodeno) até a porção intermediária (jejuno). Com isso, reduz-se a liberação do hormônio da fome (grelina) e de outros liberados pelo próprio intestino. Além do rápido equilíbrio das complicações da obesidade, a perda de peso é também considerável.

Antes de realizar o procedimento, algumas medidas devem ser adotadas pelo paciente, tais como: alimentação balanceada e sem exageros; quem fuma, deve parar 30 dias antes para evitar complicações pulmonares; é preciso fazer um acompanhamento psicológico antes e depois para dar todo o apoio necessário, identificar possíveis distúrbios alimentares ou relacionados ao consumo de álcool e drogas.

O pós-operatório também requer cuidados e a alimentação deverá ser reintroduzida aos poucos. De sete a dez dias após a cirurgia, os alimentos serão todos líquidos e fracionados, passando, depois, a serem pastosos ou cremosos e somente de 25 a 30 dias após o procedimento é que os alimentos em sua forma sólida serão recolocados na dieta.

Para que se obtenha sucesso ao final desse processo de intervenção cirúrgica, as mudanças alimentares precisam fazer parte dessa nova vida. Não baste reduzir a quantidade e não melhorar a qualidade dos alimentos, é preciso estabelecer uma dieta rica em legumes, verduras, frutas, fibras, proteínas e carboidratos de qualidade. Além disso, a prática de atividades físicas, aeróbicas e de fortalecimento muscular são também fundamentais para chegar ao resultado físico desejado.





Dr. José Afonso Sallet - médico gastroenterologista do Hospital IGESP.


Mitos e Verdades da Endometriose



A endometriose é uma doença complicada que afeta cerca de 10% de pessoas com útero e em idade fértil. Aqui na clínica fazemos acompanhamentos diários de mulheres que sofrem com essa doença e buscam tratamento para aliviar a dor, possibilitar a gravidez, diminuir as lesões endometrióticas e principalmente devolver a qualidade da vida da paciente. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Veja abaixo alguns mitos e verdades sobre a doença:

 
A endometriose é uma cólica menstrual forte?
 
Mito.

A cólica é um dos sintomas da endometriose, muitas mulheres têm cólicas intensas antes, durante e depois da menstruação. Além das cólicas, a endometriose pode causar dor para urinar, dor pélvica crônica, dor nas costas, nas pernas e nos ombros.
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A endometriose é uma doença genética.
 
Talvez.

Se a mãe ou a irmã de uma mulher possui a doença, ela tem o risco de desenvolver a doença.
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Não é possível reverter a doença.
 
Mito.

A endometriose não tem cura, mas pode ser superada com tratamento clínico, controlando os sintomas com medicamentos, ou cirúrgico, removendo as lesões profundas.

O uso prolongado de anticoncepcionais pode “mascarar” a doença.

Verdade.

Quando contínuo, o uso de pílula anticoncepcional pode encobrir a existência da endometriose. Afinal, anticoncepcionais muitas vezes são indicados como tratamento e controle dos sintomas.



Dr. Domingos Mantelli: Ginecologista e Obstetra - autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e residência médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição. Dr. Domingos Mantelli tem pós-graduação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica, e em Medicina Legal e Perícias Médicas.
Instagram: @domingosmantelli

Como identificar o Câncer de pele?


Com a chegada do verão, a preocupação com o câncer de pele se intensifica. O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos.

De acordo com a Dra. Simone Neri, dermatologista, a doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Pessoas claras e que se queimam com facilidade, quando se expõem ao sol, têm mais risco de desenvolver o câncer de pele, que também pode manifestar-se em indivíduos negros ou de peles morenas. “O câncer de pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas como um machucado que não cicatriza. Por isso, conhecer bem a pele, pintas e manchas que ela apresenta faz toda a diferença na hora de detectar irregularidades”, explica Simone.

Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:

- Assimetria: se uma metade da lesão for diferente da outra;

- Bordas irregulares: quando o contorno da pinta ou mancha não for regular;

- Cor: sinais, pintas ou manchas com cores diferentes;

- Diâmetro: pintas ou manchas com um diâmetro maior que 6 mm; 

- Evolução: qualquer tipo de mudança no tamanho ou cor.

Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos siga a Regra do ABCDE. Mas, em caso de sinais suspeitos, procure sempre um dermatologista. Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica. 


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