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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Doenças na infância: quais são os principais perigos em não vacinar o seu filho?


A criança é um ser humano ainda em desenvolvimento e as experiências vividas e os cuidados com a saúde nos primeiros anos de vida são fundamentais para a formação do adulto que ela será no futuro. E, para que ela cresça saudável, é muito importante preveni-la contra doenças antes que elas apareçam.1,2

“As crianças são muito frágeis. Isso ocorre porque o sistema de autodefesa delas, chamado de ‘sistema imunológico’, ainda não está totalmente desenvolvido. Por isso, elas são mais suscetíveis a doenças infecciosas como meningite meningocócica, catapora, sarampo, coqueluche e pneumonia. Como forma de proteção, é necessário sempre manter o cartão de vacinação atualizado com as vacinas e doses recomendadas”, conta Dr. Jessé Alves (CRM 71991 SP), infectologista e gerente médico de vacinas da GSK.

E quais são os principais perigos em não vacinar as crianças? As doenças imunopreveníveis são graves e podem levar a complicações sérias em crianças e em adultos também, e até levar a óbito.1 “Essas doenças e o sofrimento que elas causam podem ser prevenidos com vacinas. O fato de não vacinar as crianças faz com que elas fiquem desnecessariamente vulneráveis. As vacinas reduzem o risco de infecção, evitam o agravamento das doenças, internações e até mesmo óbitos, estimulando as defesas naturais do corpo, ajudando-o a desenvolver a imunidade”, afirma Dr. Jessé.

Além disso, os efeitos benéficos da vacinação contra algumas doenças não estão limitados somente às crianças e pessoas que foram imunizadas.3 As altas coberturas vacinais permitem, na maioria das vezes, não somente proteção individual, mas também a proteção de toda a população, reduzindo a incidência de doenças e impedindo a transmissão para pessoas suscetíveis.3 “Devido a alergias graves, sistemas imunológicos debilitados e outras razões, alguns bebês e crianças não podem receber determinadas vacinas. E, para ajudar a mantê-los protegidos e evitar a disseminação de doenças, é importante que as outras pessoas que estão em volta deste bebê sejam imunizadas”, alerta Dr. Jessé.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação em massa evita entre 2 a 3 milhões de mortes por ano.4 O Ministério da Saúde orienta a vacinação das crianças de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas recomendadas no PNI estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS).5,6

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada para a imunização das crianças e jovens.7,8


Meningite Meningocócica

Uma das doenças graves que pode ser prevenida por vacinação é a meningite meningocócica. Trata-se de uma infecção bacteriana das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar sequelas e até mesmo levar a óbito. Ela é causada pela bactéria Neisseria meningitidis que possui 13 sorogrupos identificados, sendo que cinco deles são os mais comuns (A, B, C, W e Y).9,10,13

A vacinação é uma das melhores formas de prevenção contra a doença.10,11 Outras formas que podem ajudar na prevenção incluem evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.11

Atualmente, existem vacinas para a prevenção dos 5 sorogrupos mais comuns no Brasil, as vacinas contra a meningite meningocócica causada pelo tipo B e as vacinas contra os tipos A, C, W e Y.7,8,10,11,15,16 A vacina contra os tipos A, C, W e Y, por exemplo, é recomendada nos calendários das sociedades médicas a partir dos 3 meses de idade, bem como para jovens.7,8 A vacina para a prevenção da meningite meningocócica causada pelo tipo B é recomendada a partir dos 3 meses de idade pelas sociedades médicas.7,8

Nos postos de saúde, a vacina contra a doença causada pelo meningococo C é disponibilizada para crianças menores de 5 anos de idade e adolescentes de 11 a 14 anos.6

Importante ressaltar que a meningite meningocócica não é uma doença só de criança e cerca de 23% dos adolescentes e adultos são portadores da bactéria, podendo transmití-la para outras pessoas através da saliva e partículas respiratórias, sem necessariamente desenvolver a doença.9,12-14 

Por isso, a vacinação é um recurso importante para a prevenção das doenças infecciosas em crianças, adolescentes e adultos.6-8,11

Material dirigido ao público geral. Por favor, consulte o seu médico.



GSK






Referências:
  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinação: quais são as vacinas, para que servem, por que vacinar, mitos. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/vacine-se>. Acesso em: 23 out. 2019.
  2. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Doenças Infantis. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/doencasinfantis.htm>. Acesso em: 23 out. 2019.
  3. MINISTRY OF HEALTH. Immunisation Handbook. Wellington: Ministry of Health, 2017. Disponível em:<http://www.moh.govt.nz/notebook/nbbooks.nsf/0/4EADF56C3D807998CC25814C0075D0D7/$file/immunisation-handbook-2017-may17-v2.pdf>. Acesso em: 30 out. 2019.
  4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. SBP e CFM alertam a população e os médicos para a necessidade de estar com o calendário de vacinação em dia. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sbp-e-cfm-alertam-a-populacao-e-os-medicos-para-a-necessidade-da-estar-com-o-calendario-de-vacinacao-em-dia/>. Acesso em: 30 out. 2019.
  5. BRASIL. Ministério da Saúde. A vacinação ainda é a melhor forma de prevenir doenças. Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52650-a-vacinacao-ainda-e-a-melhor-forma-de-prevenir-contra-doencas>. Acesso em: 30 out. 2019.
  6. BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinação: calendário nacional de vacinação. Disponível em: <https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/jpg/2019/marco/22/Calendario-de-Vacinacao-2019-Atualizado-Site-22-03-19.jpg>. Acesso em: 30 out. 2019.
  7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário vacinal SBIm 2019/2020: do nascimento a terceira idade (atualizado em 05/08/2019). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-0-100.pdf>. Acesso em: 30 out. 2019.
  8. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2019. Disponível em: < https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/21273o-DocCient-Calendario_Vacinacao_2019.pdf>. Acesso em: 30 out. 2019.
  9. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningococcal meningitis. Disponível em: <www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis>. Acesso em: 30 out. 2019.
  10. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Doença meningocócica (DM). 2019. Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/doencas> Acesso em: 30 out. 2019.
  11. PORTAL DA SAÚDE. Meningite: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. 2019. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites>. Acesso em: 30 out. 2019.
  12. ERVATI, M.M. et al. Fatores de risco para a doença meningocócica. Revista Científica da FMC, 3(2): 19-23, 2008.
  13. CASTIÑEIRAS, TMPP. et al. Doença meningocócica. In: CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES. Disponível em: <http://www.cives.ufrj.br/informacao/dm/dm-iv.html>. Acesso em: 30 out. 2019.
  14. CHRISTENSEN, H. et al. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis, 10(12): 853-61, 2010.
  15. PORTAL ANVISA. Aprovado registro de nova vacina contra meningite B. 2019. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/aprovado-registro-de-nova-vacina-contra-meningite-b/219201?inheritRedirect=false>. Acesso em: 30 out. 2019.
  16. Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites "REGIÃO DE NOTIFICAÇÃO" para Linha, "SOROGRUPO" para Coluna, "CASOS CONFIRMADOS" para Conteúdo, "2018" para Períodos Disponíveis, "MM", "MCC" e "MM+MCC" para Etiologia, e "TODAS AS CATEGORIAS" para os demais itens. Base de dados disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/meninbr.def>. Acesso em: 30 out. 2019.

7 perguntas indispensáveis para fazer a um ginecologista em cada fase da vida


Conheça o mínimo para saber em relação à saúde da mulher


A partir da adolescência, visitar um ginecologista regularmente deve fazer parte da rotina de toda mulher e, para que seja completa, é adequado estabelecer diálogo com o médico, a fim de tirar dúvidas e obter informações relevantes sobre a saúde. Para se beneficiar com a expertise do profissional, é importante anotar os assuntos e levar na consulta.

“Existem questões básicas para a saúde da mulher em todas as etapas da vida, mas é importante que as informações sejam direcionadas para cada paciente, de acordo com o seu histórico médico”, comenta o Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista obstetra e especialista em vídeo-endoscopia ginecológica.

De tempos em tempos, de acordo com a faixa etária, é importante atualizar o conhecimento sobre mudanças no corpo, exames preventivos e medicamentos apropriados. “Na adolescência os aspectos de atenção são mais voltados para a novidade da menstruação, investigação de endometriose, e até mesmo sobre os relacionamentos afetivos. Já na fase mais adulta, fertilidade, câncer de mama e outras doenças são mais investigadas”, explica o Dr. Marcos.


Veja algumas perguntas imprescindíveis na hora da consulta:


Adolescentes:

1- Como saber se minha menstruação está normal?

2- Quais são os sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM)?

3- Quais serão os exames de rotina e preciso vir todo ano?

4- Quais cuidados devo ter no início da vida sexual?

5- Como manter a saúde da região íntima?

6-Preciso me vacinar para o vírus HPV e como faço a prevenção?

7- Posso usar anticoncepcional? Todos os tipos?



Mulheres com  idade entre 20 e 45 anos:

1- O que muda em relação aos exames da adolescência? 

2- Ao que se atentar em relação aos perigos do câncer de colo do útero e endométrio?

3- Pode acontecer dor ou desconforto durante as relações? 

4- Preciso fazer exames de fertilidade para engravidar?

5- Como se atentar em relação aos perigos do câncer de mama?

6- Até quando posso engravidar?

7- Estou tomando anticoncepcional há muito tempo.Isso faz mal?



Mulheres com idade acima de 45 anos:

1- O que muda em relação aos exames anteriores?

2- Quais os sintomas do climatério e quando chega a menopausa?

3- É possível ter uma vida sexualmente ativa e saudável neste período?

4- Como lidar com a menopausa?

5- Devo manter a rotina com o ginecologista, mesmo após a menopausa?

6- Preciso fazer terapia hormonal? Quando?

7- Posso engravidar ainda?




Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra – Especialista em Endometriose e Vídeo-Endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e membro da Sociedade Brasileira de Endometriose. Instagram: @dr.marcostcher   

Conheça cinco fatos sobre resistência bacteriana aos antibióticos e o que fazer para evitá-la


Medidas individuais e médicas são importantes para combater o problema


A resistência bacteriana aos antibióticos é um problema crescente, presente em todos os países e que vem sendo discutido mundialmente. Para 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou o tema como a 5º ameaça à saúde global[1].

Os antibióticos são substâncias capazes de matar bactérias – microrganismos que causam infecções. Algumas dessas infecções são graves e podem levar à morte. Antes dos antibióticos, algumas infecções, como a meningite bacteriana e a pneumonia bacteriana tinham altas taxas de mortalidade, que foram reduzidas consideravelmente.

A penicilina, considerada o primeiro antibiótico da história, foi descoberta por Alexander Fleming em 1928 e causou uma verdadeira revolução na medicina.
Entretanto, por volta da década de 1950, a resistência à penicilina tornou-se um problema clínico substancial[2].

Atualmente, o problema atingiu repercussão global pois os novos mecanismos de resistência emergentes ameaçam a eficiência do tratamento de infecções comuns, resultando em estado enfermo prolongado, incapacidade e morte. Sem antibióticos eficazes a prevenção e tratamento de procedimentos médicos como transplante de órgãos, quimioterapia, manejo do diabetes e cirurgias mais complexas (cesarianas ou correção de fratura de fêmur) se tornam de alto risco[3]

No Brasil, de acordo com dados da Anvisa, cerca de 25% das infecções registradas são causadas por micro-organismos multirresistentes[4] – aqueles que se tornam imunes à ação dos antibióticos. O surgimento de ‘superbactérias’ é um fenômeno associado a vários fatores, incluindo o uso indiscriminado deste tipo de medicamento. Por isso, preparamos um guia com cinco fatos importantes sobre resistência bacteriana. Confira!


1 – O que é resistência bacteriana aos antibióticos?

A resistência bacteriana é um fenômeno de evolução natural, que ocorre quando as bactérias passam por mutações e tornam-se resistentes aos medicamentos usados ​​para tratar as infecções[5]. Como resultado, os tratamentos padrão tornam-se ineficazes, as infecções persistem e podem se espalhar para outras pessoas[6].

Em 2016 um relatório financiado pelo Ministério da Saúde da Inglaterra revelou que sem o devido controle da resistência, em 2050, as infecções bacterianas serão responsáveis por 10 milhões de mortes no mundo, anualmente, número maior que a estimativa de mortalidade por câncer para o mesmo ano, cerca de 8,2 milhões mortes ao ano[7].


2 – O que causa a resistência bacteriana?

O uso de antibióticos, por mais apropriado e conservador que seja, contribui para o desenvolvimento da resistência, mas o uso desnecessário e excessivo torna-o pior.

A administração correta de antibióticos eficazes somado a um programa abrangente de controle das infecções tem mostrado limitar a ocorrência e a transmissão de bactérias resistentes a antibióticos. No Brasil, algumas ações já foram tomadas para tentar enfrentar o problema: antibióticos só podem ser vendidos mediante receita médica especial, em duas vias, justamente para combater seu uso inadequado. Ao reter uma via da receita a proposta é evitar a automedicação e o uso desnecessário de medicamento.  Contudo, essas medidas, se isoladas, não são suficientes para evitar o desenvolvimento de bactérias multirresistentes.

Desde 2013, está em andamento no país o Projeto Antimicrobial Stewardship, da MSD, que ajuda as instituições a implantarem um sistema eficiente para lidar com infecções e uso consciente de antibióticos. Cada hospital tem um padrão específico de bactérias mais frequentes. Mapeando essa chamada microbiota, a instituição estabelece um protocolo de priorização de uso de antibióticos com ação específica para as bactérias locais, proporcionando uma escolha mais assertiva e direcionada do medicamento, minimizando o uso desnecessário ou excessivo, resultando em redução de internação (em número e dias de estadia) de custo, e de desenvolvimento de bactérias resistentes.


3 - Como a resistência aos antibióticos se espalha?

Bactérias, não seres humanos ou animais, tornam-se resistentes aos antibióticos[8]. O uso indiscriminado dos antibióticos por instituições de saúde, pela população, em práticas agropecuárias e na agricultura é um fator que contribui para a disseminação da resistência aos antibióticos. Portanto, o uso adequado deve fazer parte da rotina dos produtores, da comunidade e dos profissionais de saúde e hospitais[9].

Medidas podem ser tomadas em todos os níveis da sociedade para reduzir o impacto e limitar a propagação da resistência.


A sociedade em geral pode ajudar:
  • Prevenindo infecções, lavando as mãos regularmente, praticando uma boa higiene alimentar, evitando contato próximo às pessoas doentes e mantendo as vacinações atualizadas.
  • Utilizando antibióticos apenas quando indicado e prescrito por um profissional de saúde.
  • Seguindo a prescrição à risca.
  • Evitando reutilizar antibióticos de tratamentos prévios que estejam disponíveis em domicílio, sem adequada avaliação de profissional de saúde.
  • Não compartilhando antibióticos com outras pessoas.

Profissionais de saúde podem ajudar:
  • Prevenindo infecções ao garantir que as mãos, os instrumentos e o ambiente estejam limpos.
  • Mantendo a vacinação dos pacientes em dia.
  • Quando uma infecção bacteriana é suspeita, sempre que possível, realizar culturas e testes bacterianos para confirmá-la.
  • Prescrevendo e dispensando antibióticos apenas quando eles realmente forem necessários.
  • Prescrevendo e dispensando o antibiótico adequados, assim como sua posologia e período de utilização.  

Os gestores em saúde podem ajudar:
  • Implantando um robusto plano de ação nacional para combater a resistência aos antibióticos.
  • Aprimorando a vigilância às infecções resistentes aos antibióticos.
  • Reforçando as medidas de controle e prevenção de infecções.
  • Regulamentando e promovendo o uso adequado de medicamentos de qualidade.
  • Tornando acessíveis as informações sobre o impacto da resistência aos antibióticos.
  • Incentivando o desenvolvimento de novas opções de tratamento, vacinas e diagnóstico.  

O setor agrícola pode ajudar:
  • Garantindo que os antibióticos dados aos animais – incluindo os produtores de alimentos e os de companhia – sejam utilizados apenas no tratamento, e não na prevenção, de doenças infecciosas e sob supervisão de um médico veterinário.
  • Vacinando os animais para reduzir a necessidade do uso de antibióticos e desenvolvendo alternativas ao uso de antibióticos em plantações.
  • Promovendo e aplicando boas práticas em todos os passos de produção e processamento de alimentos de origem animal e vegetal.
  • Adotando sistemas sustentáveis com uma melhor higiene, biossegurança e manejo dos animais livre de estresse.
  • Implementando normas internacionais para o uso responsável de antibióticos estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal, FAO e OMS.  

A indústria da saúde pode ajudar:
  • Investindo em novos antibióticos, vacinas e diagnósticos[10].

4 - A qualidade dos medicamentos influencia no mecanismo de resistência?

Sim. Medicamentos de baixa qualidade, podem causar uma concentração inadequada de antibiótico no sangue favorecendo o desenvolvimento de resistência pelas bactérias. Além disso em países onde o acesso da população aos antibióticos é ineficaz, faz com que os tratamentos sejam incompletos ou até mesmo a busca por alternativas não padronizadas, que também contribui para o surgimento das superbactérias.


5            Há novos antibióticos sendo desenvolvidos para contribuir na luta contra a resistência bacteriana?

Algumas companhias farmacêuticas estão enfrentando o desafio de desenvolver novos medicamentos eficazes no tratamento das bactérias multiresistentes. Um exemplo dessa movimentação é o investimento da MSD no desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas para combater doenças infecciosas. Desde o ano passado, a empresa disponibiliza um antibiótico que une de forma inédita os princípios ativos ceftolozana e tazobactam. O produto é indicado para tratar infecções intra-abdominais e das vias urinárias complicadas.




MSD





[1] ONUBR - OMS define 10 prioridades de saúde para 2019 - OMS define 10 prioridades de saúde para 2019 – Acessado em 02/04/2019. Disponível em: https://nacoesunidas.org/oms-define-10-prioridades-de-saude-para-2019/amp/

[2] Spellberg B, Gilbert DN. The future of antibiotics and resistance: a tribute to a career of leadership by John Bartlett. Clin Infect Dis. 2014;59 (suppl 2):S71–S75.

[3] Referencia:WHO – Key Facts on antimicrobial resistance. 2018. Available at https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/antimicrobial-resistance

[4] Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): Boletim de Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde nº 14: Avaliação dos indicadores nacionais das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e Resistência microbiana do ano de 2015. Acessado em: 03/04/2019. Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/boletim-seguranca-do-paciente-e-qualidade-em-servicos-de-saude-n-16-avaliacao-dos-indicadores-nacionais-das-infeccoes-relacionadas-a-assistencia-a-saude-iras-e-resistencia-microbiana-do-ano-de-2016


[5] OMS -  WHO global health days - Infographics 2016. Acessado em 03/04/219. Disponível em: https://www.who.int/mediacentre/events/2015/world-antibiotic-awareness-week/infographic-causes.pdf?ua=1

[6] OMS - https://www.who.int/antimicrobial-resistance/en/ Último acesso 25/03/2018.

[7] Tackling drug-resistant infections globally: Final report and recommendations’ (CC BY 4.0) disponível em https://amr-review.org/sites/default/files/160525_Final%20paper_with%20cover.pdf Último acesso em 24/04/2019.

[8] ECDC – European Centre for Disease Prevention and Control - https://ecdc.europa.eu/sites/portal/files/documents/how-does-antibiotic-resistance-spread.pdfÚltimo acesso 17/4/2019


[10] OPAS Brasil – Organização Pan-Americana da Saúde https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5664:folha-informativa-resistencia-aos-antibioticos&Itemid=812 - Último acesso 17/4/2019



[1] ONUBR - OMS define 10 prioridades de saúde para 2019 - OMS define 10 prioridades de saúde para 2019 – Acessado em 02/04/2019. Disponível em: https://nacoesunidas.org/oms-define-10-prioridades-de-saude-para-2019/amp/

[2] Spellberg B, Gilbert DN. The future of antibiotics and resistance: a tribute to a career of leadership by John Bartlett. Clin Infect Dis. 2014;59 (suppl 2):S71–S75.

[3] Referencia:WHO – Key Facts on antimicrobial resistance. 2018. Available at https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/antimicrobial-resistance

[4] Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): Boletim de Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde nº 14: Avaliação dos indicadores nacionais das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e Resistência microbiana do ano de 2015. Acessado em: 03/04/2019. Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/boletim-seguranca-do-paciente-e-qualidade-em-servicos-de-saude-n-16-avaliacao-dos-indicadores-nacionais-das-infeccoes-relacionadas-a-assistencia-a-saude-iras-e-resistencia-microbiana-do-ano-de-2016


[5] OMS -  WHO global health days - Infographics 2016. Acessado em 03/04/219. Disponível em: https://www.who.int/mediacentre/events/2015/world-antibiotic-awareness-week/infographic-causes.pdf?ua=1

[6] OMS - https://www.who.int/antimicrobial-resistance/en/ Último acesso 25/03/2018.

[7] Tackling drug-resistant infections globally: Final report and recommendations’ (CC BY 4.0) disponível em https://amr-review.org/sites/default/files/160525_Final%20paper_with%20cover.pdf Último acesso em 24/04/2019.

[8] ECDC – European Centre for Disease Prevention and Control - https://ecdc.europa.eu/sites/portal/files/documents/how-does-antibiotic-resistance-spread.pdfÚltimo acesso 17/4/2019


Conheça os 3 principais erros da saúde íntima que as mulheres cometem durante o verão

O verão é a época em que as mulheres precisam ficar mais atentas com a saúde íntima. Os fungos e bactérias, naturalmente presentes na flora vaginal, proliferam com mais rapidez em ambientes úmidos.

Segundo a ginecologista, obstetra e sexóloga Dra. Erica Mantelli há um desequilíbrio no PH vaginal. “Esse fator associado à baixa imunidade do corpo, faz com que haja um aumento nas secreções, corrimentos e até algumas doenças como, por exemplo, a candidíase”, explica a médica.


1.   biquíni molhado
Para evitar os problemas, a ginecologista alerta que o principal erro está nos hábitos mais simples. “O biquíni molhado, por exemplo, é o principal vilão da vagina no verão. As mulheres entram no mar ou na piscina e continuam com a parte íntima úmida. Isso acarreta no desenvolvimento de fungos e bactérias. O ideal é sempre levar uma troca na bolsa e se manter seca durante o dia.”, ressalta.


2.   uso incorreto de absorventes diários
O uso incorreto de absorventes diários também são um erro. “Como são feitos de algodão, a vagina fica ainda mais úmida e isso pode desencadear secreções e corrimentos. Absorventes diários são apenas adequados para situações de emergência ou durante o ciclo menstrual, deixando claro que o recomendável é trocá-lo de quatro em quatro horas, mesmo se o fluxo sanguíneo for baixo”, completa Dra. Erica.


3.   sabonete íntimo
Cuidados simples fazem com que o verão seja mais proveitoso e sem desagrados. O sabonete íntimo é indicado para o uso sem exageros. “Todo e qualquer medicamento, sendo natural ou não, deverá passar pela avaliação médica”, conclui.





Dra. Erica Mantelli, - ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade Humana. É formada também em Programação Neolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute). Site: http://ericamantelli.com.br
Instagram: @ericamantelli

Vamos comemorar o Dia Panamericano Da Saúde falando sobre prevenções de doenças?


No dia 02 de dezembro é comemorado o Dia Pan-americano Da Saúde. Que tal abordarmos temas importantes para nossa segurança? afinal na média populacional, a maioria das pessoas não se cuidam preventivamente


A forma como levamos nosso estilo de vida influencia muito em nossa saúde. Manter uma alimentação balanceada, praticar exercícios quando possível, não fumar, evitar o estresse e manter-se hidratado são dicas fundamentais para precaver diversos males.

Dr. Robert Guimarães, especialista em cirurgia vascular, endovascular e angiorradiologia e a Dra. Claudia Goldenstein Schainberg, especialista em reumatologia adulta e pediátrica explicam a importância dos cuidados que devemos ter com nossa saúde física e mental.

“Sabemos que a maior parte da população deixa de fazer exames gerais por acharem que a saúde está perfeita ou por colocarem a culpa na falta de tempo. Porém, ter este cuidado é primordial, pois diversas doenças que aparentam inofensivas podem constituir-se em enfermidades mais graves e fatais. Um bom exemplo são as varizes, que se baseiam na dilatação das veias, que prejudica a circulação do sangue, afetando a parte mais superficial da pele, principalmente nas pernas e pés. Além de ser uma preocupação estética, as varizes podem causar grandes problemas de saúde, como a flebite, uma inflamação que se não for tratada, leva à trombose, que é a formação de um trombo ou coágulo no interior de um vaso sanguíneo em partes inferiores do corpo e que mais tarde pode afetar o sistema cardiovascular, ocasionado um AVC.” Alerta Guimarães.

“É muito importante praticarmos o autocuidado com nosso corpo e mente, pois, além de priorizarmos nossa saúde, também preservamos nosso bem-estar. Diversas doenças que afetam nossa pele e articulações podem ser evitadas com a realização frequente de um check-up. O especialista identificará a situação e assim, poderá tomar medidas iniciais para que o quadro não se agrave. Um bom exemplo disso são nossas dores nas costas, que além de ser ocasionada pela genética, má postura e carregamento de peso em excesso, também pode ser iniciada pelo estresse, ansiedade, depressão e pela pressão imposta no indivíduo. Esta enfermidade pode gerar outras complicações, como a artrite, uma inflamação das articulações e músculos e a Osteoporose, uma doença que deixa os ossos frágeis e porosos, ou seja, a nova criação óssea não acompanha a remoção da camada óssea anterior. Se cuide.” Aconselha Dra. Claudia

Poluição do ar provoca impacto na fertilidade humana


Muitas cidades brasileiras ultrapassam os limites estabelecidos para poluição do ar, excedendo significativamente os níveis considerados seguros pela Organização Mundial da Saúde

 

A poluição do ar urbano está se intensificando em muitos lugares, e seu efeito sobre a saúde humana e sobre a mudança do clima global representa uma grave realidade. Ao transformar os sistemas de transporte e energia nas cidades, é possível ajudar a alcançar um clima seguro e melhorar a saúde pública, construir economias mais fortes e melhorar a qualidade de vida de maneira que todos se beneficiem. "Nove entre dez pessoas no mundo respiram ar poluído, segundo estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados em 2018", relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

De Londres a São Paulo, de Istambul a Salt Lake City, de Varsóvia a Chennai, é inegável que cidadãos são regularmente expostos a níveis altamente nocivos de poluição do ar. Muitas cidades brasileiras ultrapassam os limites estabelecidos para poluição do ar, excedendo significativamente os níveis considerados seguros pela Organização Mundial da Saúde.

A poluição atmosférica em São Paulo é causada principalmente pela queima de combustíveis fósseis nos meios de transporte e é responsável por cerca de quatro mil óbitos por ano. São cinco milhões de automóveis em circulação na cidade movidos a álcool ou gasolina. Além disso, quase toda a frota de ônibus, bem como os caminhões utilizados nos principais sistemas de distribuição da cidade de São Paulo (alimentos, gás de cozinha, transporte de mercadorias, entre outros) depende do óleo diesel, contribuindo significativamente para o aumento da poluição por MP 2,5, o material particulado fino em suspensão no ar, capaz de atingir as regiões mais profundas do sistema respiratório.

"Além dos inúmeros problemas causados à saúde das pessoas, a poluição do ar reduz a fertilidade humana, tanto em mulheres quanto em homens. Além disso, os altos índices de poluição estão relacionados com o aumento do risco de abortos, tanto em mulheres que engravidaram naturalmente quanto nas que realizaram fertilização in vitro", salienta Vininha F. Carvalho.

Segundo a especialista em medicina reprodutiva, Lilian Sério, - "essa diminuição na taxa de fertilidade que é causada pela poluição do ar está relacionada ao tráfego: quanto maior, pior. Os gases que são formados da utilização de combustível dos carros e das grandes indústrias: dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono tem total relação com problemas de fertilidade no homem e na mulher. É válido ressaltar que a poluição também tem efeitos sobre a qualidade do sêmen, evidenciando diminuição na concentração, mortalidade dos espermatozoides e aumento das alterações morfológicas dos mesmos".

Em todo o mundo, 92% das pessoas vivem em locais que não atendem às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para qualidade do ar. Recentemente um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, encontraram uma ligação entre a exposição a locais com altos níveis de poluição do ar e o risco de desenvolvimento de tumores malignos no cérebro. A pesquisa analisou dados de saúde de 1,9 milhão de pessoas no Canadá entre os anos de 1991 e 2016, levando em conta os níveis de poluição do ar aos quais essas pessoas estavam expostas. O resultado: mais de 1.400 pessoas tinham desenvolvido tumores cerebrais

Os profissionais de saúde reconhecem esta ameaça que a poluição do ar representa para seus pacientes e sentem necessidade do cumprimento dos padrões da OMS para qualidade do ar até 2030. "É necessário adotar medidas que reduzam as emissões de poluentes, permitindo a melhoria do transporte público, preferencialmente estimulando o transporte sobre trilhos, movido a combustíveis limpos e renováveis. É necessário implantar maior controle sobre as emissões de automóveis, ônibus e caminhões. A melhoria das condições para locomoção por bicicleta ou a pé será eficiente para a redução da poluição do ar e das emissões de gases de efeito estufa", conclui Vininha F. Carvalho.


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