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segunda-feira, 25 de março de 2019

Visto eletrônico injeta R$ 450 milhões na economia brasileira


Soma é resultado do primeiro ano do visto eletrônico para cidadãos da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão


A economia brasileira foi a maior beneficiada com o primeiro ano de funcionamento do visto eletrônico para cidadãos australianos, americanos, canadenses e japoneses. O aumento de 15,7% da entrada desses viajantes no território nacional resultou em uma injeção de R$ 450 milhões no país, segundo levantamento feito pelo Ministério do Turismo com base nos dados da Polícia Federal. A estimativa da Pasta é que a isenção de visto, anunciada na última semana pelo governo federal, aumente ainda mais a presença destes turistas no Brasil.

“Vemos esses dados com felicidade e otimismo de que estamos tomando as medidas certas para que todo o potencial turístico brasileiro, reconhecido em todo o mundo, seja efetivamente concretizado. Assim, poderemos dar uma resposta efetiva aos milhares de brasileiros em busca de um emprego e que veem no turismo o caminho a seguir”, comentou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Em relação ao número total de estrangeiros no país, o ano de 2018 foi marcado pelo novo recorde, chegando a 6.621.376 milhões em relação aos 6.588.770 registrados em 2017. Deste total, 715.635 mil vieram dos países beneficiados com a isenção de visto que passa e valer em 17 de junho e que contavam, desde o ano passado, com a facilitação do visto eletrônico.

O Canadá foi o país que apresentou o maior crescimento, passando de 48.951 visitantes em 2017 para 71.160 em 2018 - alta de 45,4% - seguido da Austrália com um incremento de 24,7%, um salto de 33.862 para 42.235. Também foi registrado aumento na estrada de turistas americanos (13,3%) saindo de 475.232 para 538.532 e também nos viajantes japoneses: 60.342 para 63.708 (5,6%).


PROCURA -  Menos de uma semana após o anúncio da isenção, o site internacional de viagens Kayak confirmou o impacto positivo da medida. Segundo levantamento do portal, desde a divulgação da medida, australianos, canadenses, japoneses e norte-americanos reforçaram buscas por passagens aéreas para o país. A maior alta foi registrada na Austrália (36%), seguida de Estados Unidos (31%), Canadá (19%) e Japão (4%).

A pesquisa, baseada em dados de 21 de março, considerou voos partindo de todos os aeroportos da Austrália, Canadá, Japão e Estados Unidos com destino aos terminais do Brasil. Os números são fruto da comparação entre a média diária de buscas de 1º a 15 de março e o período de 18 a 20 do mesmo mês, para viagens de 1º de abril a 31 de dezembro de 2019. Segundo o MTur, os quatro países beneficiados pela isenção foram responsáveis por 9,5% (619 mil) do total de estrangeiros que vieram ao país em 2017.



que esperar do novo cadastro positivo de crédito


No último dia 13 de março, o Senado aprovou o Projeto de Lei Complementar nº 54/2019, que altera as regras para a inclusão de consumidores no cadastro positivo de crédito. O texto foi encaminhado para sanção presidencial.

O cadastro positivo de crédito, que existe desde 2011 (Lei nº 12.414), é o banco de dados que contém informações sobre o histórico de crédito de consumidores (pessoas físicas e jurídicas) e estabelece um sistema de pontuação para aqueles que mantêm suas contas pagas em dia.

Seu objetivo é auxiliar o consumidor na obtenção de crédito junto às instituições financeiras e nas vendas parceladas, uma vez que o “bom pagador” terá melhores ofertas e taxas de juros menores.

Atualmente, esse cadastro é composto apenas por consumidores que solicitam a inclusão de suas informações no banco de dados. Porém, com a aprovação do referido projeto de lei, tais informações serão incluídas de forma compulsória, embora o consumidor deva ser comunicado e possa solicitar sua exclusão.

Modelo similar é adotado nos Estados Unidos, sendo que sua criação e prática fez dobrar o número de consumidores que passaram a ter acesso a financiamentos.

O exemplo norte-americano mostra que, pelo menos a princípio, tal projeto de lei deve ser visto com bons olhos, na medida em que deve servir como incentivos à oferta de crédito e ao pagamento de contas em dia (a Febraban, por exemplo, acredita que a medida poderá reduzir a inadimplência em até 45%), além de provavelmente trazer maior segurança às empresas e instituições financeiras em suas análises de crédito.

No entanto, apesar da expectativa ser de bons resultados e de o cadastro ter sido bem recepcionado pelo mercado, a experiência aconselha cautela. Será necessário aguardar os efeitos práticos das novas medidas e confirmar que a mudança seja realmente benéfica para os consumidores e para a economia brasileira.






Gustavo Milaré - advogado, mestre e doutor em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), sócio de Meirelles Milaré Advogados



João Pedro Alves Pinto - advogado associado de Meirelles Milaré Advogados


Vale a pena implementar um sistema de inovação?


Muitos podem desdenhar da inovação em suas empresas. Isso porque a maioria está acostumada a ver mudanças sendo feitas “da boca para fora”, mas não na realidade. Apesar disso, quando realmente implementada, a inovação pode mesmo mudar uma empresa para melhor. A pesquisa Desenvolve SP, inclusive, mostrou que mais da metade dos empresários paulistas pretende investir em algum tipo de inovação até 2020.

Vale muito a pena buscar inovar, porém é preciso ter a ferramenta correta para isso, garantindo que a inovação não seja apenas mais uma palavra bonita em um discurso de vendas. Para garantir isso surgiu a ISO 56.002, uma norma internacional que criar uma política capaz de suportar a organização diante de tantas transformações, usando regras para cultivar a inovação nos processos cotidianos. 

Ao contrário do que possa parecer, a ideia não é engessar a inovação, mas sim organizá-la de forma a trazer ainda mais benefícios. Por isso, listo abaixo os principais motivos para investir nessa nova certificação, e consequentemente, na inovação.

Gestão de Insights: com a implementação da norma, a empresa passa a ter uma política de gestão para novas ideias. Quando um colaborador tem um insight de melhoria, independentemente de ser em um processo, produto, serviço ou atendimento ao cliente, existe um protocolo claro de como tratar essa ideia, de como testá-la e fazê-la seguir adiante para ser implementada. 

Domínio das incertezas: com a inovação, é possível fazer uma análise diferente sobre os riscos diários e, a partir disso, dominar os cenários e as incertezas. A norma usa a inovação para achar métodos e processos diferentes para lidar com os problemas. 

Cultura adaptativa: resiliência e flexibilidade são habilidades cada dia mais exigidas pelo mercado. Quando analisamos essa norma, talvez a cultura adaptativa seja um dos maiores benefícios apresentados. Trata-se de criar dentro da empresa um comportamento de adaptabilidade, onde é possível identificar as demandas do mercado, olhar as tendências e as oportunidade. A partir daí é que são criados novos produtos, serviços e formas de capitalização. 

Espírito colaborativo: trata-se de um hábito onde as pessoas possam falar abertamente e também aprendem a ouvir. Criar esse canal aberto de diálogo é indispensável para fazer florescer a inovação. Um ambiente onde os colaboradores se sentem à vontade para dar feedback positivo e negativo para a gestão acaba sendo também um espaço de colaboração. 

Liderança visionária e inspiradora: quando a liderança tem o mindset voltado para inovação, ela é capaz de direcionar as pessoas e criar processos que viabilizem esse futuro emergente. Os líderes precisam estar focados e motivados com o futuro, antenados sobre inovação. A norma prevê, portanto, a criação de um processo que treine as pessoas dentro desse pensando visionário.
Propósito Massivo Transformador: a norma propõe que a empresa desenvolva um propósito, ou missão, que vá além de ser a maior de seu segmento ou lucrar mais. A ideia é que todas as decisões sejam tomadas em prol dessa missão, para que a empresa cumpra esse propósito, que deve buscar alterar o mundo de forma positiva.






Alexandre Pierro - fundador da Palas, consultoria em gestão da qualidade e inovação, engenheiro mecânico pelo Instituto Mauá de Tecnologia e bacharel em física nuclear aplicada pela USP. Passou por empresas nacionais e multinacionais, sendo responsável por áreas de improvement, projetos e de gestão. É certificado na metodologia Six Sigma/ Black Belt, especialista e auditor líder em sistemas de gestão de normas ISO. É membro de grupos de estudos da ABNT, incluindo riscos, qualidade, ambiental e inovação. Atualmente, cursa MBA em inovação.


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