Núcleo
Avançado de Tratamento das Epilepsias – do Hospital Felício Rocho realizará,
amanhã, 26 de março, às 10h uma ação de conscientização da população
A
próxima terça-feira, dia 26 de março, é o Dia Internacional da Epilepsia,
conhecido como Purple Day. As epilepsias são uma condição bastante comum, que
acomete cerca de 4% da população, podendo se manifestar pela primeira vez em
qualquer idade. Felizmente, na maioria dos casos, os sintomas podem ser
controlados com medicamentos, e o paciente pode levar uma vida praticamente
normal.
No
entanto, um grande problema ainda impede a assistência adequada a pessoas com
epilepsia: a desinformação. Por desinformação, ideias erradas e preconceituosas
são difundidas; por desinformação, pessoas com epilepsia que poderiam já ter
tido seu problema solucionado não são devidamente encaminhadas aos cuidados dos
especialistas; por desinformação, aceitam-se situações de descaso com o acesso
ao tratamento nas unidades básicas de saúde.
É
por isso que o dia 26 de março – o “Purple Day”, ou dia roxo da epilepsia – é
tão importante! Para nos lembrar de que o primeiro passo em direção a uma vida
de qualidade para as milhares de pessoas que convivem diariamente com uma
epilepsia começa pela informação.
Para marcar o dia, o NATE – Núcleo Avançado de Tratamento das Epilepsias – do Hospital Felício Rocho realizará uma ação de conscientização da população sobre o problema, soltando no ar centenas de balões roxos no céu. A ação acontecerá em frente ao Hospital, na Avenida do Contorno, 9.530 – Barro Preto, às 10h. Durante o evento, especialistas em epilepsia estarão disponíveis para conversar com a imprensa sobre o assunto.
TRATAMENTO
Nas
últimas décadas, os recursos medicamentosos se multiplicaram. Ainda assim, há
um grande contingente de pacientes (cerca de 30% dos pacientes com epilepsia)
que se mostram refratários ao tratamento farmacológico. Isso quer dizer que,
independente do uso correto de medicamentos bem escolhidos e adequadamente
prescritos, as crises persistem – e, com elas, toda a sorte de limitações,
problemas, riscos e comorbidades que as acompanham.
Para
os pacientes com epilepsias refratárias, existem recursos não farmacológicos,
como a cirurgia da epilepsia, tratamentos dietéticos e, mais recentemente, a
neuromodulação. A neuromodulação consiste no uso de aparatos eletrônicos que
são implantados no paciente, como um marcapasso, e que produzem estímulo elétrico
em determinadas estruturas cerebrais, modulando o funcionamento do cérebro e, a
médio e longo prazos, reduzindo as crises e melhorando a qualidade de vida, sem
interação com os remédios.