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sexta-feira, 22 de março de 2019

Alimentação saudável no trabalho




 Divulgação


Saiba como se alimentar de forma saudável durante o expediente


Com a rotina corrida dos dias de hoje, fica cada vez mais difícil realizar as refeições de maneira adequada. Por isso, é importante buscar elementos que permitam adaptar uma alimentação saudável a esse estilo/ritmo de vida. De acordo com a nutricionista do Grupo São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi, frutas oleaginosas, como castanhas, amêndoas e nozes, assim como barras de cereais de baixo valor calórico, frutas secas e biscoitos integrais são boas opções de lanche.

Ao longo do dia, o cansaço vai aumentando, com isso o corpo pede pra repormos energia. Como doces e carboidratos são as fontes mais rápidas de energia, é comum sentir vontade desses tipos de alimento. Por isso, a nutricionista recomenda o consumo de 30g de chocolate meio amargo, a partir de 60% de cacau, que pode fornecer, ao mesmo tempo, esse prazer momentâneo e a energia necessária. “O chocolate meio amargo tem menos gordura e mais cacau, o que aumenta a concentração de componentes benéficos à saúde cardiovascular, além de dar energia”, explica.

Caso marmitas sejam uma opção viável no local de trabalho, a dica é montar uma alimentação balanceada, que inclua o maior número de fontes de nutrientes possível, como as indicadas pela especialista:
  • Carboidratos complexos, como arroz e massas integrais - são digeridos e absorvidos lentamente, prolongando a sensação de saciedade;
  • Grãos integrais, como linhaça e quinoa - são fontes de fibra;
  • Vitaminas e minerais, presentes em frutas e hortaliças;
  • Gorduras de boa qualidade, como óleos e azeites;
  • Proteínas - presentes em carnes magras e grãos, como feijão, soja, lentilha e grão-de-bico.
A especialista do Grupo São Cristóvão Saúde ainda alerta que, caso sofram aquecimento, alguns nutrientes podem se decompor, como a Vitamina C e algumas vitaminas do Complexo B. Portanto, alimentos frescos e não processados podem ser uma boa opção, uma vez que garantem melhor aproveitamento de todos os componentes nutritivos.

No caso das gestantes, é importante que cinco nutrientes estejam sempre presentes nas refeições, esses são:
  • Cálcio, encontrado nos leites e derivados – participa na formação dos ossos do bebê e na sustentação do corpo da grávida; deve ser consumido especialmente no café da manhã e lanches intermediários.
  • Ácido fólico (tipo de Vitamina B só obtido por meio da alimentação), presente na couve, no espinafre e no brócolis – evita problemas de formação neurológica do feto;
  • Proteína, das carnes e ovos – importante na produção de células do bebê;
  • Ferro, encontrado no feijão, nas folhas escuras, nas castanhas e na carne vermelha – evitar a anemia durante a gravidez e complicações no parto; deve ser consumido especialmente nas grandes refeições, almoço e jantar.
  • Carboidrato, presente em pães e massas – fonte primária de energia do corpo.
O consumo de Vitamina C também é recomendado porque ela facilita a absorção do ferro presente em alimentos de origem vegetal, além de auxiliar na manutenção do sistema imunitário da gestante.

Se não for possível levar comida de casa, Cintya Bassi dá algumas sugestões para escolher de forma saudável, onde e o que almoçar. De acordo com ela, quando a escolha for por comida à quilo, é importante observar todas as opções oferecidas e pensar nos alimentos e nas quantidades antes de montar o prato.

 “Comece preenchendo com saladas, evite molhos brancos e dê preferência ao simples e clássico, como arroz integral, feijão e frango grelhado”, orienta a nutricionista.

Sofre de hipertensão? Médico diz quais alimentos consumir e os que devem ser evitados


Segundo o nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo, a beterraba, por exemplo, pode diminuir a pressão arterial

Segundo o portal EBC ( Agência Brasil), estima-se que 32% da população adulta brasileira têm hipertensão. Desses 36 milhões, somente 50% sabem que são hipertensos, dos quais apenas 50% se tratam. A pressão 120 por 80 é considerada muito boa. Já acima de 140 por 90, a pessoa já é hipertensa.
Embora não tenha cura, a hipertensão pode ser controlada através de acompanhamento médico e de mudanças de hábitos alimentares. Segundo o médico nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo, os seguintes alimentos devem ser evitados, pois aumentam a pressão arterial:
 Alimentos industrializados ricos em sódio : como linguiça, salaminho, salsichas, bacon, os chamados embutidos, frituras, molhos processados, refrigerantes, salgadinhos, entre outros.

-Sal de mesa

-Consumo excessivo de canela, como o próprio chá

-Bebida alcoólica em excesso

-Consumo excessivo de café

-Consumo excessivo de chás com alto teor de cafeína, como o chá verde

-Molho à base de soja presente em comidas chinesas


Já alguns devem ser inseridos no cardápio, como:

Alimentos in natura, dentre esses:

-Melancia, principalmente a parte branca que chamamos de citrulina

-Chuchu

-Cereais integrais- aveia, quinoa

-Abacate

-Legumes no geral

-Kiwi

-Pimentão vermelhos

-Beterraba fresca e seu suco

Ainda segundo o médico, os alimentos mais naturais são favoráveis a manter a pressão arterial normal, devido a quantidade de vitaminas e minerais presente e ao baixo nível de sal.
“Existem alimentos naturais que são potencializadores e elevam a pressão, mas acontece quando o seu consumo é altamente excessivo. Ao contrário dos alimentos industrializados ricos em sal e gorduras, que são propiciadores da elevação da pressão sanguínea. Equilíbrio é a chave do sucesso para manter a saúde do corpo normal e saudável”, pontua Azevedo .   

No Dia Mundial da Prevenção do Câncer de Colo do Útero, Fundação do Câncer reforça a importância da vacinação contra o HPV



A imunização é gratuita e indicada para meninas entre 9 e 14 anos e meninos de 11 a 14 anos durante o ano inteiro



Marcando a mobilização pelo Dia Mundial da Prevenção do Câncer de Colo do Útero (26/03), a Fundação do Câncer lança ação de conscientização sobre a importância da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), o principal causador da doença. A campanha, com o lema “Forte é quem se cuida”, é direcionada a pais e responsáveis de meninas de 9 a 14 anos e meninos entre 11 e 14, faixas etárias imunizadas gratuitamente nos postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) durante o ano inteiro.

Para ajudar nessa ação de conscientização, a Fundação do Câncer conta com a parceria de Popeye e Olívia Palito. “Esses personagens, tão queridos por todos há muitas gerações, foram escolhidos para falar não só com as crianças e adolescentes a serem vacinados, mas principalmente com seus pais e responsáveis, que normalmente cuidam da carteira de vacinação desse público”, destaca Suely Guimarães, gerente de marketing da Fundação do Câncer. 

As peças publicitárias serão divulgadas nas redes sociais da Instituição, incluindo Facebook, Instagram, LinkedIn e WhatsApp. A campanha conta ainda com materiais informativos que serão disponibilizados para download gratuito no site da Fundação e poderão ser impressos e utilizados para divulgação da vacinação em instituições de ensino, clubes etc. 


Vacinação para prevenção 

O câncer do colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente entre mulheres brasileiras, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Entretanto, essa não é a única doença causada pelo HPV. O vírus, que é sexualmente transmissível, também pode dar origem a cânceres como os de boca, garganta, esôfago, pênis, ânus e a verrugas genitais. Por isso, tanto meninas quanto meninos precisam ser imunizados com a vacina.

O HPV ainda é cercado de tabus. Sem saber que o vírus causa diversos tipos de cânceres além do de colo de útero, muitos acreditam que apenas as meninas precisam ser vacinadas quando, na verdade, os meninos também necessitam dessa defesa. É também importante ressaltar que a vacinação é feita em duas doses e só é eficaz desde que antes do contato com o vírus.

Ainda há um mito que impede muitos pais e responsáveis de imunizarem seus filhos contra o HPV: o de que a vacina causa graves sequelas. Entretanto, essa é uma forma de prevenção comprovadamente segura e eficaz de se proteger contra o vírus. “Nas campanhas de vacinação, sempre entram em cena algumas notícias falsas sobre a vacina contra o HPV, mas é importante ter em mente que além de não haver perigo na imunização, essa é a forma mais eficiente de se alcançar a erradicação dos cânceres causados pelo vírus”, ressalta Luiz Augusto Maltoni Jr, diretor executivo da Fundação. 


Sobre a Fundação do Câncer

A Fundação do Câncer é uma instituição privada e sem fins lucrativos que há mais de 28 anos atua na pesquisa, prevenção e controle da doença. Algumas das principais iniciativas da Fundação são o desenvolvimento do Programa Nacional de Formação em Radioterapia, em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e o Instituto Nacional de Câncer (Inca); o apoio ao Programa de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a gestão operacional do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Dia Mundial de Combate à Tuberculose: DF já registrou 59 casos só neste ano, confo rme SES-DF

 Shutterstock

Sérgio Pontes, médico pneumologista da Aliança Instituto de Oncologia fala sobre a doença, prevenção e tratamento. Confira ainda dicas para evitar o contágio


Neste domingo (24/03) é lembrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, doença que afeta cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo e leva 1,6 milhão a morte por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Só no Brasil 70 mil pessoas são diagnosticadas com a doença a cada ano e 4,5 mil vão a óbito, conforme dados do Ministério da Saúde.

A Secretária de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou que só neste ano já foram registrados 59 casos da doença, quantidade alarmante visto que, no ano passado, foram 449 diagnósticos durante todo o ano. O combate à doença está entre as prioridades para saúde em 2019, propostas pela OMS.

Sérgio Pontes, médico pneumologista da Aliança Instituto de Oncologia explica que a tuberculose é transmitida através da saliva, quando a pessoa contagiada fala, espirra ou tosse. "Acredita-se que cada pessoa infectada com a bactéria mycobacterium tuberculosis, ou Bacilo de Koch (BK), se não tratada, pode contaminar em torno de 15 indivíduos no intervalo de um ano", aponta.

Segundo o médico, a enfermidade acomete pessoas com baixa imunidade, como pacientes HIV positivos, que tenham alguma doença pulmonar, câncer, anemia ou diabetes.


Sintomas

O especialista esclarece que os principais indícios da doença são: tosse seca e produtiva com sangue ou não, por pelo menos três semanas; perda de peso de maneira significativa e febre, predominantemente no final da tarde, além de outros sintomas, como o mal estar.

Mas, boa parte dos pacientes pode não apresentar os sintomas típicos ou mesmo ter o quadro confundido com um resfriado ou uma gripe comum. "Desse modo, o paciente pode ficar meses com sintomas até uma manifestação mais grave. No entanto, boa parte dos casos só é diagnosticado durante a internação, por alguma complicação ou até mesmo após o óbito", ressalta Pontes.


Como a doença é descoberta?

De acordo com o Dr Sérgio, o diagnóstico é feito clinicamente, através de uma avaliação física e dos antecedentes observados pelo médico sobre o paciente e alguns exames, como o Raio-X de tórax e o exame do escarro, em que se pesquisa o bacilo de coc, que é o bacilo específico para a tuberculose. "O tratamento hoje é gratuito, distribuído pelo SUS. Quase 100% dos pacientes dos novos casos têm cura total, mas é importante o tratamento mínimo de seis meses sem interrupção", afirma.

O especialista complementa que a cura definitiva só é estabelecida depois da avaliação final médica.


Tratamento

O tratamento da tuberculose é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "A terapia envolve algumas medicações e antibióticos por pelo menos seis meses, a depender da situação do paciente. Claro que há efeitos colaterais, como enjoos e mal-estar, mas é muito importante não interromper o tratamento, e depois de 15 dias tomando a medicação regularmente, o paciente não transmite mais a doença, podendo conviver com outras pessoas sem o menor problema", argumenta.


Confira dicas do pneumologista para evitar o contágio da tuberculose:

- Mantenha a vacinação em dia. A BCG, que inclusive está no calendário de imunização, é uma forma de proteção;

- Evite contato com pessoas que foram diagnosticadas com tuberculose ativa e não estão em tratamento;

- E, por último, mantenha hábitos de vida saudáveis.


Falta muito para erradicar a tuberculose



              A mera menção da tuberculose por si só já traz calafrios aos mais velhos. A doença já causou preocupações públicas ao redor do mundo, como na França no início do século XX: por volta de 1918, uma em cada seis mortes no país era causada pelo transtorno. Causada por uma bactéria, a Myctobacterium tuberculosis, ela é caracterizada por tosses agudas, cansaços excessivos, falta de ar, febre baixa, fraqueza, sudorese noturna e, em casos mais graves, até colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura.

Transmitida de forma direta, de pessoa a pessoa, por vias pulmonárias, a tuberculose é de fato uma doença agressiva, sorrateira e perigosa. Ainda assim, é verdade que não há mais causas para o mesmo alarme do início do século passado. Avanços na medicina e pesquisa nos proporcionaram o milagre dos antibióticos, que hoje bastam para combater a tuberculose.

              Porém, ainda falta muito para erradicar a tuberculose de uma vez por todas das Américas. Um relatório da Organização Americana da Saúde (OPAS), por exemplo, mostrou que, desde 2015, as mortes em razão do transtorno diminuíram, em média, 2,5% ao ano, enquanto os novos casos caíram 1,6%. Os números podem parecer positivos, entretanto, um exame mais profundo aponta exatamente o contrário.

De acordo com a própria OPAS, era necessário que estes números estivessem na casa dos 12% e 8%, respectivamente, para que o continente atingisse as metas intermediárias para 2020 e continuasse em declínio até 2030. O relatório ainda observa que mais de 50 mil pessoas em todas as Américas, quase metade delas com menos de 15 anos de idade, não foram tratadas ou sequer sabem que têm a doença. E mais: em 2018, essa lacuna de diagnóstico aumentou, em comparação com 2016, em 3 mil casos.

Mais notícias ruins: o teste de diagnóstico rápido, uma nova ferramenta que poderia ajudar a reduzir a diferença nos casos não-diagnosticados, foi usado em apenas 13% dos casos confirmados, um pouco acima dos 9% em 2016. A meta de cura também está abaixo do esperado: 75% dos casos são vencidos, enquanto a meta até 2030 é de 90%. Por fim, há também a séria ameaça da tuberculose multirresistente, que afeta cerca de 11 mil pessoas nas Américas. A taxa de cura para este tipo da doença é de apenas 56%.

              A melhor forma de remediar continua sendo a prevenção. Por isso, é importantíssimo que pais imunizem as crianças recém-nascidas com a vacina BCG o quanto antes. As únicas exceções são para casos extremos, de crianças que já nascem soropositivas. Além disso, é importante evitar a todo custo o contato com pessoas contaminadas ou sequer utilizar objetos contaminados. Com a prevenção correta, podemos juntos alcançar as metas de erradicação da tuberculose.   






Milton Monteiro - enfermeiro do HSANP, centro hospitalar na Zona Norte de São Paulo, e atua no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH).

Ministério da Saúde faz campanha publicitária de alerta sobre tuberculose


O público-alvo são homens de 25 a 40 anos, população mais afetada pela doença. O tratamento precoce e sem interrupção é essencial para a cura da tuberculose
Para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e ampliar o acesso à informação, o Ministério da Saúde lança, no domingo (24/3), uma campanha publicitária chamando a atenção para a importância de observar os sintomas da doença. A campanha será voltada para homens entre 25 e 40 anos, os mais afetados pela tuberculose. Com um slogan “com o apoio de todos, vamos acabar com a tuberculose”, a campanha alerta para o diagnóstico precoce e o tratamento sem interrupção, essenciais para a cura da doença.
As peças publicitárias serão veiculadas em rádio, redes sociais, cartazes, outdoors, painéis em rodoviárias, barcos, entre outros meios. Também foram firmadas parcerias com bancos, empresas de telefonia e outras empresas para ampliar a divulgação.
A tuberculose é um desafio para os países. Em 2017, estima-se que 10 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose e que a doença tenha causado 1,3 milhão de óbitos, o que a mantém entre as 10 principais causas de morte no planeta. A incidência da doença foi 34,8 casos por 100 mil habitantes. Em 2017, dados apontam 4.534 óbitos por tuberculose, resultando em um coeficiente de mortalidade de 2,2 óbitos/100 mil habitantes.
O Brasil atingiu as Metas dos Objetivos do Milênio (ODM) de combate à tuberculose, que previa reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando comparado com os resultados de 1990. Em 2018, foram registrados 72,8 mil casos novos no país.
Apesar de ter avançado, o brasileiro deve ficar sempre alerta, como afirma Denise Arakaki, coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde. “Começar o quanto antes o tratamento, que é garantido gratuitamente nas unidades públicas de saúde, e mantê-lo até o final é essencial para atingir a cura da doença”, afirma Arakaki.  
Para intensificar os esforços no combate à doença, o Ministério da Saúde lançou, em 2017, o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, que ratifica o compromisso com a OMS de acabar com a tuberculose como um problema de saúde pública. O plano apoia as três esferas de governo na identificação de estratégias para reduzir a incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e as mortes para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes até 2035. 

Prevenção à tuberculose
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para a tuberculose sensível e resistente, além do tratamento da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis, com uma variedade de medicamentos. Para as crianças, a principal maneira de prevenir as formas graves da tuberculose é com a vacina BCG  também ofertada no SUS.

Outra forma é identificar a “infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis ” em pessoas que tiveram contato com alguém com tuberculose. Neste caso, é necessário procurar uma unidade de saúde, já que, pessoas que possuem o bacilo recebem medicamentos para prevenir o adoecimento.





Camila Bogaz
Agência Saúde

Especialista alerta que crianças também podem ser acometidas pela hanseníase


A transmissão da doença só acontece quando a pessoa fica exposta ao bacilo por um longo período


A hanseníase é uma das doenças mais antigas do mundo e ainda causa consequências graves na população mundial. Descrita na Bíblia, a doença já teve fama até de castigo divino e o preconceito gerado por esses comentários permanecem até hoje. Em casos mais avançados, a hanseníase pode causar deformidades e manchas na pele e incapacitar quem foi infectado. A hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. O que deve ficar claro é que a transmissão só acontece quando a pessoa fica exposta ao bacilo por um longo período. A coordenadora-geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro Filha, afirma que o fato de crianças adoecerem por conta da infecção é um sinal de alerta à circulação do bacilo que causa a hanseníase.

“Criança adoecendo de hanseníase, não deveria. Uma criança que adoece de hanseníase significa que tem alguém próximo adulto que está sem tratamento e está transmitindo. Teoricamente não deveria adoecer, se a gente diz que leva de dois a sete anos, com um período de encubação tão longo, a criança com três anos deveria ter hanseníase? Não. Se ela tem, é porque certamente tem alguém muito próximo a ela, doente, e transmitindo essa doença”.

Por isso mesmo, o importante é ficar atento aos sinais do seu corpo e também observar toda a sua família. Ao surgimento de qualquer mancha que tenha a perda ou diminuição da sensibilidade ao toque, ao calor ou frio, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Quanto mais cedo o diagnóstico, menores as chances de sequelas. A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente no SUS. Por isso, não esqueça: identificou, tratou, curou. Para mais informações acesse saúde.gov.br/hanseníase. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada Brasil.




Como proteger as crianças dos perigos do mundo virtual


Não é de hoje que especialistas em desenvolvimento infantil vem alertando sobre os perigos da exposição excessiva aos dispositivos eletrônicos. E nesta última semana, com os vídeos da boneca MoMo circulando nas redes sociais, este assunto voltou a ser muito comentado.

Será possível manter as crianças inseridas no mundo tecnológico sem trazer prejuízos a a saúde e para o desenvolvimento?

De acordo com as pesquisas e evidências científicas atuais, a exposição exagerada às telas de celulares, tablets e computadores e o uso excessivo da visão de perto, trazem problemas para a saúde de crianças e adolescentes.

Em relação às alterações oculares, sabemos que o uso da visão de perto, em detrimento da exposição à luz natural e do uso da visão de longe, pode causar ou ainda piorar a miopia. O aumento deste erro refrativo no mundo tem sido considerado pela comunidade médica uma epidemia mundial.

Mas não é só a miopia que nos preocupa. Estamos observando um aumento importante nos quadros de olho seco, irritação e cansaço ocular em pessoas que ficam expostas por mais de uma hora a telas de tablets, celulares ou computadores. Sintomas estes antes ausentes em crianças e adolescentes, que agora estão se tornando corriqueiros nos consultórios de oftalmopediatras.

Outro ponto que se soma a estes citados é o aumento dos distúrbios do sono na população infantil. Alguns estudos recentes apontaram que o excesso de exposição à luz azul (espectro da luz visível de cumprimento de onda curto e de alta energia) pode levar a danos na retina, gerar distúrbios do sono e irritabilidade.

Isso porque a luz azul tem participação no nosso ciclo sono - vigília por interferir na nossa produção de melatonina, principal substância envolvida na indução do sono. Sendo assim, crianças que usam tablets e celulares à noite podem ter uma piora na qualidade do sono, levando a um menor rendimento escolar, por exemplo.

E como se não bastasse todas as alterações oftalmológicas, temos ainda estudos demonstrando que esta excessiva interação com as telas tem gerado problemas no desenvolvimento global da criança, tanto na parte motora quanto cognitiva. Um estudo recente demonstrou sinais de atrofia cerebral em adolescentes, além de sinais de maturação cerebral precoce.

E os prejuízos não param por aí! Outras pesquisas apontam que o uso excessivo da tecnologia acarreta na diminuição do raciocínio lógico, da coordenação motora e das habilidades de interação social. Poderíamos ficar horas falando sobre estes malefícios, devidamente comprovados pela ciência.

O fato é que a tecnologia faz parte do mundo moderno, sendo inclusive recurso acadêmico em muitas escolas. Assim, não há como privar as crianças e a adolescentes de usar os dispositivos eletrônicos. O que podemos fazer então?

É mandatório que os pais controlem de forma rigorosa o uso recreativo, principalmente em casa, de celulares, tablets, computadores e outros dispositivos. Inclusive, de acordo com as Sociedade Brasileiras de Pediatria e de Oftalmopediatria, crianças menores de dois anos não devem ter nenhum contato com tais tecnologias. Para as maiores de dois anos, a recomendação é que o uso não ultrapasse uma hora por dia.

Sobre a televisão, preocupação de muitos pais, a dica é escolher o que a criança irá assistir. Lembrando que a TV exige o uso da visão de longe, sendo uma opção menos maléfica para o desenvolvimento visual.

Outra dica é que se a criança usa o computador para estudar, o ideal é colocar o dispositivo perto de uma janela. Isto irá ajudar a criança a intercalar a visão de perto com a visão de longe durante as atividades. Esta troca relaxa a acomodação visual e diminui os sintomas de cansaço ocular.

Somado a isto, o ideal é fazer intervalos periódicos quando é preciso ficar mais tempo em frente ao computador, dica que também vale para adultos que trabalham o dia todo nestes dispositivos.

Por fim, é fundamental estipular um horário noturno, que não deve passar das 18h00, para o uso dos dispositivos, já que a luz azul interfere no ciclo do sono e na produção da melatonina. Outro ponto é deixar as luzes acesas para proteger a visão dos raios emitidos e dar preferência para a luz natural.

Como uma última dica para os pais, quando tiramos algo da criança é sempre importante colocar outra atividade no lugar. Reduzir o tempo de exposição aos eletrônicos é mandatório, assim como aumentar as atividades ao ar livre e incentivar a prática de esportes e outras atividades fora das telas, como aulas de circo, futebol, dança, entre outras.





Dra. Marcela Barreira - Oftalmopediatra - Especialista em Estrabismo - Neuroftalmologista
 



HPV pode afetar a saúde do coração, afirma pesquisa


Vírus responsável por cânceres, como o de vagina e garganta, podem levar ao infarto


Uma pesquisa publicada na revista Circulation Research mostrou que o vírus do HPV pode aumentar as chances do desenvolvimento de doenças do coração, principalmente quando associadas a outros fatores de risco.

No estudo, pesquisadores analisaram dados de 60 mil mulheres coreanas entre 2011 e 2016, que possuíam o vírus e não tinham o diagnóstico de complicações cardiovasculares. Levando em consideração fatores como peso, estatura, uso de álcool, IMC e histórico de doenças, os cientistas puderam concluir que 22% das voluntárias tinham mais chances de desenvolver doenças do coração, principalmente o infarto do miocárdio. E as chances eram duas vezes maiores em mulheres que além do HPV, apresentavam obesidade ou que sofriam de síndromes metabólicas.


HPV

Segundo a ginecologista e obstetra de São Paulo, Maria Elisa Noriler, o Human Papiloma Virus (HPV), é caraterizado por uma doença viral que reside na pele e nas mucosas dos indivíduos, tais como: vagina, ânus e pênis. Sua principal forma de transmissão é por meio do ato sexual sem preservativo. “Estima-se que existam mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo alguns deles considerados de alto risco (especialmente o HPV-16 e o HPV-18), pois podem provocam infecções persistentes que podem alterar as células da região e evoluir para o câncer de colo do útero”, alerta a ginecologista.

Para identificar o HPV, é importante sempre manter os exames ginecológicos em dia, já que se trata de uma doença assintomática.

“Normalmente, a detecção do HPV é realizada por meio de exames de diagnóstico, que vão desde observação das áreas, papanicolau, peniscopia, captura híbrida, colposcopia até hemograma. A realização desses procedimentos é fundamental para que o tratamento seja realizado adequadamente, reduzindo assim, o risco de complicações e o contágio da doença”, finaliza a ginecologista.


Infarto

De acordo com o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio Pires Júnior, mulheres que possuem o vírus do HPV devem estar atentas aos sintomas de infarto, já que os sinais do problema podem confundi-las. “Os sinais de infarto são diferentes em homens e mulheres, além dos sintomas típicos como dor no peito, náuseas e desmaios, as mulheres podem sentir enjoos, falta de ar, arritmias e fadiga”, explica o especialista.

A prevenção do infarto do miocárdio, assim como todas as outras doenças cardiovasculares, é realizada com uma simples mudança de hábito: ser mais saudável.

“Cuidar da alimentação, praticar atividades físicas diárias e largar o álcool e o tabaco são as principais medidas para cuidar da saúde do coração”, finaliza o médico.





Dra. Maria Elisa Noriler - Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. É Médica Preceptora de Ginecologia e responsável pelo setor de Ginecologia Endócrina InfantoPuberal e Climatério do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha desde fevereiro de 2010.
Facebook/dra.mariaelisanoriler - Instagram @dra.mariaelisanoriler



Dr. Élcio Pires Júnior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialização em Cirurgia Cardiovascular pela Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo e Pós Graduação em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Cirurgia pode ser uma opção para reduzir crises de epilepsia


Historicamente, a epilepsia traz uma bagagem de preconceitos e estigmas que envolvem questões sociais e psicológicas que vão além da medicina. Por isso, é preciso desmitificar essa doença que atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo, e cerca de três milhões de brasileiros, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro que são recorrentes e geram as crises, as quais podem se manifestar com alterações da consciência ou eventos motores, sensoriais, autonômicos (por exemplo: suor excessivo, queda de pressão) ou psíquicos involuntários percebidos pelo paciente ou por outra pessoa.
Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ter origem em ferimentos (recentes ou não) sofridos na cabeça. Traumas na hora do parto, abuso de álcool e drogas, tumores e outras doenças neurológicas também facilitam o aparecimento do problema.

Diagnóstico
Exames como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem são ferramentas que auxiliam no diagnóstico. O histórico clínico do paciente, porém, é muito importante, já que exames normais não excluem a possibilidade do indivíduo ser epiléptico. Se o paciente não se lembra das crises, a pessoa que as presencia torna-se uma testemunha útil na investigação do tipo de epilepsia em questão e, consequentemente, na busca do tratamento adequado.

Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se “desligada” por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficit de memória. Tranquilize-a e leve-a para casa se achar necessário. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Existem, ainda, vários outros tipos de crises. Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.
As crises podem se manifestar várias vezes ao dia, em certos casos de 30 ou mais, até episódios  esporádicos, como de uma a duas ao ano . 
Cerca de 1% da população mundial (65 milhões de pessoas) tem epilepsia. Aproximadamente 80% dos casos ocorre em países em desenvolvimento. A ocorrência de epilepsia torna-se mais comum à medida que a idade avança. Em países desenvolvidos, a ocorrência de novos casos é mais frequente em crianças e idosos, enquanto que em países em vias de desenvolvimento é mais comum em crianças mais velhas e jovens adultos. Entre 5 e 10% de todas as pessoas terão uma ocorrência sem causa definida até aos 80 anos de idade, sendo a probabilidade de sofrer uma segunda crise entre 40 e 50%. Em diversas partes do mundo, é restrita ou vedada a autorização de condução a pessoas com epilepsia, embora muitas possam voltar a conduzir após determinado período sem crises.
As condições genéticas, congênitas e de desenvolvimento são na sua maioria associados a ela entre os pacientes mais jovens, tumores cerebrais são mais prováveis de ocorrer em pessoas com mais de 40 anos, traumatismo craniano e infecções do sistema nervoso central, pode ocorrer em qualquer idade.

Em geral, se a pessoa passa anos sem ter crises e sem medicação, pode ser considerada curada. O principal, entretanto, é procurar auxílio o quanto antes, a fim de receber o tratamento adequado. Os medicamentos antiepilépticos são eficazes na maioria dos casos, e os efeitos colaterais têm sido diminuídos. Muitas pessoas que têm epilepsia levam vida normal, inclusive destacando-se na sua carreira profissional.

Se o paciente não responder ao tratamento medicamentosos, o médico pode recorrer ao auxílio cirúrgico - este não tem como objetivo a retirada da medicação, e sim ajudar no controle de crises.


Quando realizar cirurgia de epilepsia em crianças

Se as convulsões ocorrerem em uma área do cérebro  que pode ser removida facilmente  sem causar outros danos, a cirurgia deve ser considerada.

Quando a epilepsia é causada por um tumor, cisto ou lesão, ou outro crescimento que não responde bem ao medicamento, o médico pode indicar como opção apropriada.

A operação pode remover a parte do cérebro onde as convulsões estão ocorrendo ou, às vezes, ajudar  as más correntes elétricas a não se espalharem  pelo cérebro.
A criança pode estar acordada durante a cirurgia. Com o paciente acordado, este segue alguns comandos e os cirurgiões terão certeza que as áreas importantes do cérebro não foram danificadas.

Tipos de cirurgia mais utilizados em crianças
Hemisferectomia - Envolve a remoção de quase todo o lado do cérebro responsável por causar convulsões.
Ressecção focal - Remove a porção do cérebro onde as convulsões se originam , normalmente o lobo temporal. 
Corpus calosotomia - Não remove as parte do cérebro que causa as convulsões, essa cirurgia interrompe o caminho as convulsões e confina em uma das partes do cérebro.
VNS (estimulação de nervo vago ) -   É a implantação de um aparelho que envia estímulos elétricos constantes ao cérebro por um  nervo específico,  que auxilia no controle das convulsões.
Segundo levantamento realizado na cidade de  São Paulo, a idade média dos pacientes operados  caiu de 32 para 19 anos na última década. São cada vez mais jovens as pessoas que se submetem à cirurgia de epilepsia. Em 1996, a idade média dos pacientes operados era de 32 anos. Em 2006, a média estava em 19 anos.





Dr. Silvio Machado - neurocirurgião pediátrico do Hospital VITA (Curitiba - PR)



Hospital VITA 



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