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sexta-feira, 22 de março de 2019

Conheça os benefícios da água para a saúde bucal


 No Dia Mundial da Água, celebrado em 22.03, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) destaca a importância de seu consumo e da fluoretação no abastecimento público



A água é fundamental para a vida no planeta. O corpo humano, por exemplo, é composto por até 60% de água. Dessa forma, o seu consumo será essencial na manutenção do funcionamento saudável do organismo. Para se ter ideia, é a partir da ingestão de quantidade adequada do líquido que se garante a produção da saliva.

A saliva é formada basicamente por água e substâncias orgânicas e inorgânicas. Desempenha um papel importante no processo da digestão, bem como para a saúde bucal, pois regula o pH (acidez), lubrificando os tecidos bucais, contribuindo para prevenção da cárie.

“A falta de saliva pode contribuir para a pessoa desenvolver cárie, doenças gengivais e halitose”, aponta o cirurgião-dentista, presidente da Câmara Técnica de Saúde Coletiva do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) e professor da Faculdade de Odontologia da UNIP (FOUNIP), Luiz Felipe Scabar.

Ele diz que a quantidade de água necessária por dia varia bastante, de acordo com a idade, o peso, o nível de atividade física, dieta, metabolismo, entre outros. “Acredito que a orientação do profissional nutricionista é fundamental para cada caso, após avaliação dos diversos fatores envolvidos”, recomenda.

Para o processo de higiene bucal a água é importante, mas desempenha um papel secundário, pois apenas auxilia na remoção de pequenas partículas e restos de alimento, após a escovação. Dessa forma o fundamental é utilizar a escova de dente, fio e creme dental.

De acordo com Scabar, o ideal é que a quantidade de água para o enxágue seja reduzida a fim de que o flúor contido no creme dental possa agir nos dentes com mais eficiência. O cirurgião-dentista também recomenda esperar alguns minutos após a higiene bucal para fazer a ingestão de líquido.


A importância da água fluoretada

Evidências científicas comprovam que o consumo de água fluoretada contribui para a prevenção da cárie dentária. Há aproximadamente um século, o elemento vem sendo estudado, bem como as suas consequências para a saúde bucal. Nesse tempo, diversos países passaram a controlar os níveis adequados da substância, na água de abastecimento público.

“Essa política pública é considerada uma das estratégias responsáveis por significativo declínio da experiência de cárie na população jovem brasileira, projetando um padrão de saúde bucal otimista para as próximas gerações”, diz o presidente da CT de Saúde Coletiva do CROSP.

A água pode apresentar níveis de flúor naturalmente, mas a concentração ideal deve variar entre 0,6 e 0,8 mg F/L. Na maioria dos casos é necessário adicioná-lo. Isso deve ser feito de forma criteriosa e por isso, a relevância do trabalho de monitoramento da substância nas estações de abastecimento.


A situação no Brasil

A fluoretação da água de abastecimento público começou em 1953, no município de Baixo Guandu, no Espírito Santo. Constam dessa época as primeiras publicações de estudos sobre os benefícios da metodologia para prevenção da cárie.

Scabar conta que a fluoretação da água é considerada como uma das 10 medidas mais importantes de saúde pública do século XX e aponta que a implementação dessa política ainda é desigual no país.

Em 2015, em parceria com a Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal (CECOL) – Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), o CROSP apresentou um levantamento sobre os índices de flúor no abastecimento público das 645 cidades paulistas. Na época, a maior parte dos municípios mantinha níveis adequados de flúor na água.

Portanto, para ter a saúde bucal sempre em dia, beba quantidade de água indicada pelo nutricionista, faça a higienização correta e consulte sempre o(a) seu(sua) cirurgião(ã)-dentista!





CROSP – Conselho Regional de Odontologia de São Paulo

Já reparou nos encaixes do seu dente?



Mordida errada causa dores, falta de equilíbrio e prejudica qualidade do sono


Problema comum em boa parcela da população, o encaixe dos dentes nem sempre é considerado um diagnóstico prioritário em caso de tratamentos de doenças que não se referem diretamente à boca.

Fortes dores de cabeça, dores nas costas, nas articulações e até problemas respiratórios e rinite podem ser analisados pela arcada dentária.

“A formação da arcada dentária e das possíveis disfunções estão, muitas vezes, relacionadas tanto com processo de mastigação quanto a problemas genéticos. A arcada dentária em condições saudáveis deve-se ter os dentes superiores encobrindo os inferiores”, explica o dentista Rogério Pavan.

Essa foi uma realidade enfrentada pela Irinéia Luiza Lipert de 76 anos, que há mais de 20 anos lutava contra problemas respiratórios e que depois de vários tratamentos e remédios só conseguiu combater a doença com a biorreprogramação bucal, técnica funcional de ajuste da arcada. “Senti uma diferença muito grande com o tratamento. Hoje consigo dormir bem e ter uma melhor qualidade de vida”, afirma a paciente.

Foi na cadeira do dentista que a aposentada Odette Sahd, de 84 anos, também encontrou há 7 anos a solução dos seus problemas de saúde. “Eu tinha muita queixa de dores no corpo e respiração. Quando comecei o tratamento eu andava até arqueada com problema na coluna. Nunca imaginei que os dentes seriam a cura pra mim”, explica.

Segundo o Ministério da Saúde grande parte da população sofre de oclusão dentária, porém nem sempre é possível traçar um perfil ou apontar quem tem maior predisposição para esse mal.

“A saúde da boca está diretamente ligada com o equilíbrio dos sistemas respiratório, bioquímico digestivo, esquelético, além de interferir diretamente na mastigação, fala e estética. Se existe uma disfunção da arcada, todo o sistema é afetado e consequentemente doenças surgirão. Infelizmente a maioria da população não tem conhecimento que cuidar da boca e dos dentes não significa apenas ter uma boa aparência, mas, sim manter todo o corpo saudável, contribuindo, inclusive, com a prevenção de doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVC), já que a boca é a porta de entrada de todo o organismo’, finaliza Pavan.





Dr. Rogério Pavan –  Cirurgião Dentista - CRO 60820
Ortopedia, Ortodontia, Reabilitação Oral, Apnéia, Ronco, Suplementação Hormonal.
Rua Itapeva, 202 – Sala 23 – Cerqueira César – São Paulo – SP
Telefones: (11)3287-0433 / 3287-7010 – Whats (11) 94016-7771
Instagram : @rogeriopavanofficial

Saiba quem são as pessoas prioritárias para se vacinar contra a gripe


Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe deste ano está prevista para começar em Abril.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe deste ano está prevista para começar em Abril. É importante ficar atento, pois a partir de agora, o Brasil entra na estação do outono e é quando começa a aumentar os casos de transmissão da gripe, por ser um clima mais propício. Essa transmissão ocorre por meio do contato com secreções das vias respiratórias, de uma pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Por isso é importante estar devidamente vacinado contra o vírus da gripe. E sempre que se fala em vacinação, é bom explicar quais são as pessoas que mais necessitam da vacina, que é o chamado grupo prioritário. Quem explica é a coordenadora substituta do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Ana Goretti.  

“São aquelas pessoas, que dentre toda a população, elas têm um risco maior de ter uma gripe mais severa, um risco maior de se internar e até um risco maior de morrer. Esses grupos prioritários para vacinação de 2019 serão as gestantes - um grupo prioritaríssimo para essa vacinação - as puérperas, ou seja, aquelas mulheres que tiveram parto até a 45 dias”.

Também fazem parte do grupo prioritário, outras pessoas, como afirma a coordenadora substituta do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Ana Goretti.  

“Todos os trabalhadores de saúde; os professores das escolas públicas e privadas; toda a nossa população indígena e os grupos portadores de doenças crônicas. Além disso, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade que estão, no momento, cumprindo alguma medida socioeducativa; a população privada de liberdade e os funcionários desse sistema prisional, tudo isso com o objetivo de reduzir as complicações da gripe e internação e os óbitos também”.

Também entram no grupo prioritário, as crianças a partir de um ano até seis anos incompletos, ou seja, cinco anos onze meses e vinte e nove dias. Além disso, existem outras formas de se proteger contra a gripe. O ideal é lavar as mãos constantemente com água e sabão, mas se você estiver em um local onde não é possível lavar as mãos, pode usar um álcool em gel para fazer a higienização. Além disso, evitar ficar muito tempo em lugares fechados com muitas pessoas. É importante que se você estiver gripado, ficar de repouso em casa para evitar passar a doença para outras pessoas. Mas é importante destacar que a forma mais eficaz de evitar a doença é se vacinando. Para saber mais, acesse saude.gov.br/gripe





Fonte: www.agenciadoradio.com.br/

A vacinação anual é a forma de prevenção mais efetiva contra a gripe1



Este ano já foram confirmados casos e óbitos no Amazonas2

Em 2018, foram mais de 6 mil casos no país3

A vacina tetravalente contra gripe com a composição de 2019 já está nas clínicas privadas4,5


A gripe (influenza) é uma infecção viral respiratória aguda e altamente contagiosa, sendo mais grave do que um resfriado comum, podendo levar a complicações médicas sérias.1,6,7 A doença pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade, sendo facilmente transmitida através da tosse, espirro e contato próximo com uma pessoa ou superfície contaminada.1,8

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ocorrência de casos da influenza pode variar de leve a grave e até levar a óbito.1 A hospitalização e o óbito podem ocorrer principalmente entre os grupos de alto risco – que são crianças menores de 5 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas e idosos.1 Em todo o mundo, estima-se que epidemias anuais resultem em cerca de 3 a 5 milhões de casos de doença grave e cerca de 290 mil a 650 mil óbitos.1

Apenas este ano já foram confirmados 69 casos de influenza e 17 óbitos no Amazonas, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.2 Para a Dra. Bárbara Furtado, gerente médica de vacinas da GSK, há explicação para isso. “Devido ao clima e outros fatores, é normal ocorrer uma antecipação de casos de influenza e doenças respiratórias nas regiões Norte e Nordeste do país se comparado ao Sudeste. Então, é importante que a população se vacine assim que possível. A vacina pode prevenir, evitar o agravamento da doença, internações e até mesmo óbitos”, alerta a Dra. Bárbara.

A campanha 2019 do Ministério da Saúde começa em abril para a vacinação da população alvo.9 Na rede privada já está disponível a vacina tetravalente contra influenza, a Fluarix Tetra, da GSK, para indivíduos a partir de 6 meses de idade.4,5


Por que as pessoas precisam se vacinar todos os anos?

A gripe é causada, principalmente, por quatro cepas do vírus influenza: 2 cepas A (H1N1 e H3N2)  e 2 linhagens B (Yamagata e Victoria).4  E, como esses vírus estão em constante mudança de um ano para outro, novas vacinas precisam ser produzidas anualmente e por isso é importante se vacinar contra a gripe todos os anos.1,4,10 Anualmente, a composição das vacinas de gripe é definida pela OMS.4 Para 2019, a OMS anunciou que houve modificação na cepa A H3N2 e na linhagem B Victoria.4,10

No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, o número total de casos confirmados de influenza até o final de dezembro de 2018 foi de 6.754, sendo pacientes com uma mediana de idade de 37 anos – faixa etária que normalmente não é contemplada pela vacina oferecida no Programa Nacional de Imunizações (PNI).3,9 A região sudeste registrou o maior número de casos de influenza com 46,6% dos registros e o estado com o maior número de óbitos foi São Paulo, com 42,1% dos casos.3

“No nosso país, o vírus da gripe circula o ano todo e não apenas no inverno, por isso é muito importante a conscientização da população sobre a importância da vacinação todos os anos. As pessoas devem checar se fazem parte dos grupos de risco que podem se vacinar nos postos de saúde. Caso contrário, devem procurar as vacinas na rede privada”, afirma a Dra. Bárbara Furtado.

Estudos demonstram que a imunização contra a gripe pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da gripe.11

Os vírus presentes nas vacinas contra a gripe foram tratados de forma que não são ativos.5,10,14 Isso significa que eles não estão vivos e não conseguem deixar as pessoas doentes.5,10


Diferenças entre as vacinas trivalente e tetravalente

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a imunização é a forma de prevenção mais efetiva contra a gripe e, para isso, existem dois tipos de vacinas contra a gripe: a trivalente e a tetravalente.1,4

A vacina trivalente protege contra três cepas do vírus influenza.4 Para 2019, a OMS definiu a composição da vacina trivalente com duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2) e uma linhagem de influenza B (Victoria).4 Ela é oferecida gratuitamente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) nos postos de saúde para crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, profissionais de saúde, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, indígenas, pessoas acima de 60 anos e professores das escolas públicas e privadas.9

Porém, é possível ocorrer um “mismatch” ou incompatibilidade da linhagem B, quando a cepa presente nas vacinas trivalentes, é significativamente diferente da linhagem que está circulando no ambiente.10,12 Em 2017, houve no país um “mismatch” de 82% e, em 2018, de 58% aproximadamente.13

Já a vacina tetravalente, disponível na rede privada, possui proteção contra quatro diferentes cepas do vírus influenza: 2 cepas A (H1N1 e H3N2) e 2 linhagens B (Yamagata e Victoria), o que significa 1 linhagem B a mais que as vacinas trivalentes.4,10

Todos os anos a OMS recomenda as três cepas de influenza para as vacinas trivalentes e recomenda a linhagem B adicional que deve ser incluída nas vacinas tetravalentes.4

Outras formas de prevenção contra a gripe são lavar as mãos e manter bons hábitos de higiene, como cobrir a boca e o nariz quando for tossir ou espirrar.1


Diferenças entre gripe e resfriado

A gripe e o resfriado são doenças respiratórias, mas são causados ​​por diferentes vírus. Em geral, a gripe é pior do que o resfriado comum, e os sintomas são mais intensos. As pessoas com resfriado são mais propensas a apresentar sintomas como nariz escorrendo ou entupido. Os resfriados geralmente não levam a complicações de saúde, como pneumonia, infecções bacterianas ou hospitalizações. A gripe pode levar a sérias complicações associadas. Os sintomas da gripe podem incluir febre alta ou sensação de febre/calafrios, tosse, dor de garganta, nariz entupido, dores musculares ou corporais, dores de cabeça, fadiga (cansaço), sendo uma doença potencialmente fatal.1,7



GSK





Referências:
  1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Influenza (seasonal). 2018. Disponível em: <https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/influenza-(seasonal)>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  2. FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS. FVS confirma 69 casos de Influenza A H1N1. 2019. Disponível em: <http://www.fvs.am.gov.br/index.php/noticias/750-fvs-confirma-69-casos-de-influenza-a-h1n1>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  3. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe epidemiológico de influenza: monitoramento até a semana epidemiológica 52 de 2018. Disponível em: < http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/fevereiro/01/Informe-Epidemiologico-Influenza-2018-SE-52.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2019.
  4. BRASIL. ANVISA. Imunização 2019. Definida composição da vacina contra a influenza. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/definida-composicao-da-vacina-contra-a-influenza/219201?p_p_auth=LN1ViaoJ&inheritRedirect=false>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  5. FLUARIX TETRA [vacina influenza tetravalente (fragmentada, inativada)]. Bula da vacina.
  6. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Flu Symptoms & Complications. Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/consumer/symptoms.htm>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  7. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Cold versus Flu. Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/about/qa/coldflu.htm>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  8. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Key facts about Influenza (Flu), 2018. Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/keyfacts.htm>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  9. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe Técnico: 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/marco/01/Informe-Cp-Influenza-29-02-2019-final.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  10. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Nota Técnica: vacinas Influenza no Brasil em 2019. Disponível em: <https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/nt-influenza-2019-final.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2019.
  11. BRASIL. Ministério da Saúde. A vacinação ainda é a melhor forma de prevenir doenças. Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52650-a-vacinacao-ainda-e-a-melhor-forma-de-prevenir-contra-doencas>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  12. BARROS, E.N.C. et al. Patterns of influenza B circulation in Brazil and its relevance to seasonal vaccine composition. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, 20(1): 81-90, 2016.
  13. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Pesquisa realizada na base de dados do WHO, utilizando os limites "BRAZIL", made by it year row “2006" até "2018” all influenza type B detected by subtype (utilizando todas as semanas). Disponível em: <http://apps.who.int/flumart/Default?ReportNo=12>. Acesso em: 01 fev. 2019.
  14. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual dos centros de referência para imunobiológicos especiais. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 157 p.

Manter uma boa comunicação é essencial para o bem estar do idoso


 Aceitar a perda de audição é o primeiro passo para ouvir bem

A população idosa vem crescendo no Brasil. Em 2020 o país deve ter 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Os avanços médicos e tecnológicos são fatores que colaboram para o aumento da longevidade, mas é preciso lembrar também dos males que a idade avançada acarreta. Um deles é a perda de audição.
A dificuldade de ouvir atinge grande parte da população idosa e gera problemas de comunicação, acarretando situações constrangedoras na família e no dia-a-dia em sociedade. E o pior: essa incapacidade auditiva, com o decorrer do tempo, pode levar ao isolamento social progressivo e à depressão, principalmente se o indivíduo também tiver outras limitações funcionais, como dificuldade para andar.
“O ser humano é um ser social, por isso a comunicação e o relacionamento são aspectos primordiais na vida. Não existe ser humano sem comunicação. Mesmo assim, não é fácil falar sobre deficiência auditiva por causa da resistência que as pessoas têm em admitir a surdez. Mas trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Uma das soluções possíveis é o uso de aparelhos auditivos, que resulta em melhoras significativas na qualidade de vida do idoso”, afirma a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas.
A hereditariedade e a exposição frequente a ruídos altos, ao longo da vida, são os principais fatores que contribuem para a perda de audição na terceira idade - chamada de presbiacusia. O zumbido no ouvido também pode ser um sinal de dano auditivo. Outra evidência é a dificuldade do idoso para entender uma conversa ou ouvir o noticiário da TV, por exemplo.
A imensa maioria dos pacientes demora vários anos para procurar ajuda médica para tratar da dificuldade de ouvir. Este fato ocorre, em parte, devido ao início lento da perda auditiva, bem como ao estigma negativo associado ao uso de aparelho.
Com a vida moderna e as várias opções de lazer e atividades físicas e culturais, a quebra do preconceito em relação ao uso de aparelhos de audição é fator primordial para que o idoso aceite sua limitação auditiva, procure ajuda e mantenha-se ativo. 
"A audição é fundamental para mantermos uma boa comunicação em nosso dia-a-dia, seja em casa, no trabalho ou no convívio social; e atualmente os aparelhos são discretos, muito melhores do que aqueles de quinze, vinte anos atrás, tanto em termos de tecnologia quanto de design”, lembra a fonoaudióloga.
É muito frequente os familiares injustamente descreverem o idoso portador de deficiência auditiva como confuso, desorientado, distraído, não colaborador e zangado. Segundo especialistas, muitas pessoas já experimentam algum grau de perda da audição a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimento natural do corpo. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária tem dificuldade para ouvir. Depois dos 65 anos, a perda auditiva tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um especialista aos primeiros sintomas de perda auditiva.
 “O uso diário do aparelho e o apoio da família são essenciais para que o indivíduo resgate sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já está grave. A perda se dá de maneira lenta e progressiva e com o decorrer dos anos a deficiência atinge um estágio mais avançado”, explica Isabela Carvalho.
Qualquer pessoa que sinta algum desconforto na audição deve procurar um otorrinolaringologista. É imprescindível diagnosticar a deficiência auditiva, identificar suas causas e tratá-la o mais precocemente possível. Na maioria das vezes, o uso do aparelho auditivo transforma a vida do usuário, devolvendo a sua confiança ao ouvir os sons do mundo a sua volta.

Efeitos da atividade física sobre mulheres com câncer de mama


O envolvimento na atividade física dos pacientes diagnosticados com câncer de mama foi significativamente associado com diminuição da mortalidade, aumento das funções fisiológicas e alterações nos biomarcadores metabólicos. Os principais resultados de saúde foram o aumento das funções 
cardiorrespiratórias, força muscular e componentes das células imunes. Em particular, o treinamento aeróbio foi significativamente associado ao aumento das funções cardiorrespiratórias, como melhora na absorção máxima de oxigênio e diminuição da pressão arterial.

O treinamento de resistência foi significativamente associado ao aumento da força muscular corporal, e dos membros inferiores e superiores, além da melhora da flexibilidade. Foi constatado também melhora do sistema imunológico pelo aumento de células natural killers e linfócitos.

Esses estudos encontraram algumas limitações, como tamanhos de amostra relativamente pequena, períodos de intervenção curtos e desgaste elevado. Para aumentar o poder estatístico, os estudos futuros devem utilizar tamanhos de amostras maiores e períodos de intervenção mais longos para examinar maiores resultados de saúde entre os pacientes diagnosticados com a doença.

Durante as intervenções cirúrgicas, o desgaste elevado induzido pela recorrência do câncer, os efeitos colaterais do tratamento ou a morte súbita devem ser minimizados para aumentar a qualidade do estudo. Além disso, a intensidade da atividade física pode desempenhar um papel significativo nos projetos de estudo, mas o nível de intensidade não foi consistentemente relatado, ou seja, o importante é praticar alguma atividade!

Muitos trabalhos recomendaram atividade física de intensidade moderada, enquanto vários estudos recomendaram atividade física de intensidade vigorosa. 

Assim, os estudos atuais não fornecem evidências conclusivas sobre quais a intensidade da atividade física é mais benéfica para os sobreviventes. O que podemos dizer é que a maioria dos trabalhos demonstrou que a atividade física está associada à redução da mortalidade e da recorrência do câncer e à melhoria dos resultados gerais de saúde entre as pessoas diagnosticadas com a doença, mas uma investigação adicional é necessária para comparar esses resultados com estudos sobre câncer de mama.

Em geral, os pacientes que se envolveram em maiores quantidades de atividades físicas tiveram maiores benefícios para a saúde em comparação com aqueles que não estavam envolvidos em nenhum esporte. Os estudos sugeriram que as pacientes podem ter os maiores benefícios para a saúde se caminhar com intensidade moderada em comparação com outros tipos de atividade física (por exemplo, atividades recreativas, esportivas ou ocupacionais).

O aumento do risco de mortalidade por câncer de mama foi maior entre os sobreviventes com estilo de vida sedentário em comparação com aqueles que eram fisicamente ativos. Portanto, os estudos encorajaram os pacientes diagnosticados com a doença a se envolverem em atividades esportivas para reduzir possíveis efeitos colaterais ou um mau prognóstico do câncer de mama após o diagnóstico.

Antes mesmo de falar sobre os benefícios do esporte, o que mais vale é prevenir com o exame da mama, e obviamente, continuar treinando!



Referências: J Cancer Prev. 2013 Sep; 18(3): 193–200. doi: 10.15430/JCP.2013.18.3.193/ PMCID: PMC4189463 The Effects of Physical Activity on Breast Cancer Survivors after Diagnosis.




Ana Paula Simões - Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.

Três cuidados para a pele do bebê não ressecar no outono


Estação exige atenção especial dos papais


Nos meses mais frios o tempo fica seco e os banhos são mais quentes. Neste período, os pais devem redobrar a atenção com a pele dos bebês, pois esses fatores contribuem para o ressecamento excessivo da epiderme. “Com as temperaturas baixas, a pele tende a ressecar e desidratar, tornando-a mais sensível. Por ter uma cútis muito delicada, os pequenos podem sofrer ainda mais com o problema. No geral, a pele ressecada não costuma causar maiores problemas, além do prurido (coceira), porém, em alguns casos, podem surgir pequenas lesões, que se não forem tratadas, geram complicações como descamação e lesões na pele, permitindo a entrada de germes e bactérias”, alertam as enfermeiras da Criogênesis, Natalia Modica e Luciana Santos.

Para evitar alterações da pele do bebê durante o outono, confira a seguir algumas dicas das enfermeiras:

  • Evite banhos quentes e demorados: A temperatura deve ser em 37/38 graus e os banhos devem ser curtos, de no máximo 10 minutos. Utilize shampoo e sabonetes sem álcool e seque com toalha de algodão.

  • Aposte na hidratação e proteção labial: Após o banho, realize intensa hidratação com emolientes (óleo, cremes e pomadas), principalmente nas áreas expostas como rosto. Não esqueça dos lábios, com protetor labial específicos para bebês ou lanolina.

  • Prefira roupas de algodão: Evite o uso da lã ou sintético em contato direto na pele do bebê, prefira roupas de algodão. Se nariz, mãos e pés estiverem gelados, é sinal que o pequeno está com frio.


Criogênesis

Dicas para iniciar o planejamento da sua aposentadoria



O aumento da expectativa de vida dos brasileiros se torna um desafio para aqueles que estão prestes a se aposentar, mas que ainda não iniciaram um planejamento financeiro depois que deixarem de trabalhar.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB), entre os que não fazem qualquer tipo de plano financeiro para a aposentadoria, 36% alegam não sobrar dinheiro no orçamento e 18% atribuem à ausência de um plano ao fato de estarem desempregados. 

Para começar a organizar sua aposentadoria, confira dicas e informações apresentadas pelo site de empréstimos online Dinheiro Bom.
 

Mês internacional da mulher: advogado tira dúvidas sobre aposentadoria para mulheres no Brasil


No dia 8 de março foi celebrado o Dia Internacional da Mulher como forma de reforçar a luta das mulheres por igualdade de direitos (em relação aos homens) e, portanto, melhores condições de vida e trabalho. No art. 5º da Constituição consta que: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”, porém, na prática, existem diferenciações de gênero em diversas leis, entre elas a da concessão de benefícios da Previdência Social.

De acordo com Átila Abella, especialista em Direito Previdenciário e co-fundador do site Previdenciarista (https://previdenciarista.com/) – plataforma de conteúdo que auxilia a atualização do advogado previdenciário, a legislação atual oferece direitos como forma de compensação. “A regra atual entende que mulheres se aposentam mais cedo, pois ao longo da vida trabalham mais que os homens, se considerarmos as jornadas duplas e até triplas as quais são submetidas, como emprego remunerado, trabalhos domésticos e o cuidado com os filhos”, destaca.


Desigualdade de gênero

De acordo com a Síntese de Indicações Sociais – análise das condições de vida da população brasileira, divulgada pelo IBGE, as mulheres trabalham cerca de 5 horas a mais que os homens por semana. O estudo aponta ainda que homens ganham 30% a mais, uma vez que elas trabalham cerca de seis horas a menos por semana que  eles em sua ocupação remunerada.

Segundo dados do IBGE, em 2016 o rendimento médio de cada brasileiro foi de R$ 2.149. Quando é feito o recorte por gênero, o IBGE identifica que as mulheres receberam, na média, R$ 1.836. Já os homens tiveram rendimento de R$ 2.380. De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a participação dos homens na força de trabalho chega a 75%, enquanto que entre as mulheres a proporção é de 48,5%.

“Estes dados já são um grande indicativo de que mulheres sofrem mais com o fenômeno do desemprego e que também recebem ordenados menores. Diante deste quadro, a diferenciação nas regras previdenciárias ainda é uma medida necessária em um país em que mulheres não estão em pé de igualdade com os homens”, completa Abella.  


Reforma da Previdência para as mulheres

O recente projeto da Reforma da Previdência enviado pelo governo visa alterar as regras para obtenção da aposentadoria para as mulheres. A proposta prevê 62 anos de idade e mais de 20 anos de contribuição para concessão do benefício.

Para as trabalhadoras rurais a idade mínima da proposta é de 60 anos, mais 20 de contribuição. “O curioso é que a proposta iguala a idade mínima das mulheres com a dos homens nas aposentadorias rurais e também na aposentadoria de professora, mesmo ainda existindo diversas desigualdades de gênero”, ressalta o especialista.

“Além de conviver em um cenário de salários menores, mais dificuldade para encontrar emprego e a possibilidade de ter menos acesso à aposentadoria com a Reforma, as mulheres ainda convivem com o preconceito, assédio moral e sexual, que de tão comum atingem todas as classes sociais. Neste mês internacional da mulher, vamos pensar menos em entregar flores e refletir sobre todos estes e outros problemas que elas enfrentam diariamente”, finaliza.


WhatsApp no trabalho pode resultar em dispensa por justa causa ?


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 126,4 milhões de usuários conectados à internet, o que representa aproximadamente 70% da população com 10 anos de idade ou mais. Hoje em dia é quase impossível encontrar alguém que não utilize o WhatsApp como ferramenta de comunicação.

Segundo o instituto, o acesso à internet através do smartphone ultrapassou, desde 2016, o acesso via computadores no país. Ninguém mais larga o celular, inclusive durante a jornada de trabalho. Por conta disso, é natural que o seu uso venha se tornando tema corriqueiro de advertências, suspensões e até mesmo de dispensas por justa causa nas empresas. 

Mas, afinal, utilizar o WhatsApp no trabalho pode resultar em um problema ou não? Pode o empregador proibir o uso do celular?

Sim. O empregador possui o direito de proibir o uso do celular e, caso a ordem seja descumprida, a empresa poderá advertir, suspender ou até mesmo dispensar o trabalhador, não necessariamente nessa mesma ordem. Em alguns casos, o trabalhador poderá ser dispensado por justa causa logo na primeira infração. É para ser levada a sério a proibição.

Ao contrário do que muitos pensam, não existe na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) um número mínimo ou máximo de advertências que caracterizem a justa causa. A lei fala apenas que a aplicação da pena deve ser proporcional à gravidade ou à reincidência do fato.

O correto é que a questão seja analisada caso a caso e de forma proporcional ao ato praticado. Vejamos dois exemplos: um empregado que trabalha como auxiliar administrativo pode ser advertido na primeira ou segunda oportunidade e, caso continue descumprindo as ordens da empresa, poderá ser penalizado com uma suspensão ou até mesmo com uma dispensa motivada. Já um motorista de ônibus que for flagrado utilizando o celular enquanto trabalha, isto é, enquanto dirige, pode sim ser dispensado por justa causa já na primeira oportunidade, uma vez que uso do celular nessas circunstancias coloca em risco a vida dos passageiros.

Após analisados esses pontos, ainda pode restar a seguinte dúvida: mas o WhatsApp também não pode ser utilizado como uma ferramenta de trabalho?

Pode, desde que autorizado expressamente pela empresa. Contudo, ainda assim os trabalhadores devem ficar atentos com o uso do aplicativo, em especial aos chamados grupos de WhatsApp. Não são raras as penalidades aplicadas por conversas ou pelo uso impróprio dessa ferramenta.

Assim, a fim de evitar maiores transtornos, é preciso que o trabalhador fique atento ao que diz o regulamento interno da empresa a respeito do uso. Já os empregadores devem aplicar as penalidades de forma razoável e proporcional ao ato praticado, de preferência após o aval do departamento jurídico.

Importante ressaltar ainda que, caso o empregado não concorde com a pena, a fim de reverter a justa causa aplicada, o trabalhador poderá ingressar com uma reclamação trabalhista na Justiça do Trabalho, que analisará se a penalidade aplicada pelo empregador foi proporcional ao ato praticado pelo empregado ou não. O ideal é que os patrões e trabalhadores tenham bom senso na utilização das ferramentas tecnológicas.






Daniel Moreno - especialista em Direito do Trabalho e sócio do escritório Magalhães & Moreno Advogados.


A água que você não vê



Feche a torneira ao escovar os dentes! Banho de 5 minutos! Lave o carro e o quintal com balde e não com mangueira!

Fomos acostumados a pensar que essas são as únicas ações possíveis para pouparmos água. Obviamente, ao adotarmos esse tipo de prática em nosso dia a dia, não só economizamos este importante benefício natural, mas também comprovamos que é totalmente possível (sobre)viver com menos. Segundo um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), uma pessoa consegue atender suas necessidades básicas com 110 litros de água por dia. Porém, no Brasil, o consumo médio é de cerca de 200 litros. Entretanto, além de gastarmos mais água do que realmente necessitamos, devemos estar atentos ao consumo de “água virtual”. Isso mesmo!

Esqueça um pouco da torneira aberta e pense sobre todos os outros produtos que você possui dentro de casa. Todos necessitam de água, seja na matéria-prima, na fabricação ou no transporte até o ponto de venda. Essa é a “água virtual”: uma água que nós não vemos, mas que foi usada em tudo que faz parte do nosso dia a dia.

Para cada litro de cerveja, consome-se 300 litros de água, que é usada não somente na matéria-prima, mas também na produção da cevada e do lúpulo, por exemplo. Os aparelhos eletrônicos, apesar de não levarem água na sua composição, chegam a gastar 15 mil litros para serem produzidos. Mas a campeã é a agropecuária: para produzir 1 quilo de carne, consome-se 15,5 mil litros de água, considerando toda a cadeia de produção e fabricação de ração para os animais, fora a grande quantidade que é usada para a irrigação das lavouras.

No Brasil, de toda a água utilizada, 70% são consumidos pela atividade agropecuária, 20% no setor industrial e 10% são voltados para o uso doméstico. Devemos pensar também no consumo necessário para a exportação. Considerando que o País é uma das principais nações em termos de agronegócios, isso faz com que o Brasil seja visto como um dos maiores exportadores de água do mundo.

Os cálculos relativos à água virtual são importantes para a verificação do impacto ambiental em termos hídricos de empresas, setores da economia e até mesmo de países. Esse impacto é também chamado de “pegada hídrica”, que leva em conta o volume de água usado nos processos econômicos, o total de habitantes, a água usada nos produtos importados e a que serviu para o exportados. Embora sejam importantes para a economia do País, essas atividades vêm gerando impactos significativos para o desenvolvimento regional. A quantidade cada vez maior de transposições de água de rios para cultivar grandes monoculturas causa, muitas vezes, déficit de água para comunidades que historicamente faziam uso daquela fonte.

O exemplo dado sobre as comodities brasileiras é uma questão complexa que envolve discussões econômicas e políticas, mas certamente entender esse cenário já é um grande passo. Já os dados de consumo de água em alimentos, como a carne, o arroz e a cerveja, nos faz refletir sobre o nosso cardápio diário, de maneira que ele seja mais “sustentável”, privilegiando produtos que exigem menos água para sua produção. E sobre outros produtos, realmente precisamos de todos eles? Computadores e smartphones, certamente. Mas as muitas outras coisas que consumimos? Pense nisso!

Calcular e discutir esses dados são formas de garantir o uso racional da água, possibilitando a redução do seu consumo. Se ficou curioso, uma calculadora disponível no site waterfootprint.org faz o cálculo da quantidade de água que você tem consumido indiretamente.




Renato Atanazio - coordenador de Soluções baseadas na Natureza da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza


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