Pesquisar no Blog

sexta-feira, 22 de março de 2019

A vacinação anual é a forma de prevenção mais efetiva contra a gripe1



Este ano já foram confirmados casos e óbitos no Amazonas2

Em 2018, foram mais de 6 mil casos no país3

A vacina tetravalente contra gripe com a composição de 2019 já está nas clínicas privadas4,5


A gripe (influenza) é uma infecção viral respiratória aguda e altamente contagiosa, sendo mais grave do que um resfriado comum, podendo levar a complicações médicas sérias.1,6,7 A doença pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade, sendo facilmente transmitida através da tosse, espirro e contato próximo com uma pessoa ou superfície contaminada.1,8

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ocorrência de casos da influenza pode variar de leve a grave e até levar a óbito.1 A hospitalização e o óbito podem ocorrer principalmente entre os grupos de alto risco – que são crianças menores de 5 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas e idosos.1 Em todo o mundo, estima-se que epidemias anuais resultem em cerca de 3 a 5 milhões de casos de doença grave e cerca de 290 mil a 650 mil óbitos.1

Apenas este ano já foram confirmados 69 casos de influenza e 17 óbitos no Amazonas, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.2 Para a Dra. Bárbara Furtado, gerente médica de vacinas da GSK, há explicação para isso. “Devido ao clima e outros fatores, é normal ocorrer uma antecipação de casos de influenza e doenças respiratórias nas regiões Norte e Nordeste do país se comparado ao Sudeste. Então, é importante que a população se vacine assim que possível. A vacina pode prevenir, evitar o agravamento da doença, internações e até mesmo óbitos”, alerta a Dra. Bárbara.

A campanha 2019 do Ministério da Saúde começa em abril para a vacinação da população alvo.9 Na rede privada já está disponível a vacina tetravalente contra influenza, a Fluarix Tetra, da GSK, para indivíduos a partir de 6 meses de idade.4,5


Por que as pessoas precisam se vacinar todos os anos?

A gripe é causada, principalmente, por quatro cepas do vírus influenza: 2 cepas A (H1N1 e H3N2)  e 2 linhagens B (Yamagata e Victoria).4  E, como esses vírus estão em constante mudança de um ano para outro, novas vacinas precisam ser produzidas anualmente e por isso é importante se vacinar contra a gripe todos os anos.1,4,10 Anualmente, a composição das vacinas de gripe é definida pela OMS.4 Para 2019, a OMS anunciou que houve modificação na cepa A H3N2 e na linhagem B Victoria.4,10

No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, o número total de casos confirmados de influenza até o final de dezembro de 2018 foi de 6.754, sendo pacientes com uma mediana de idade de 37 anos – faixa etária que normalmente não é contemplada pela vacina oferecida no Programa Nacional de Imunizações (PNI).3,9 A região sudeste registrou o maior número de casos de influenza com 46,6% dos registros e o estado com o maior número de óbitos foi São Paulo, com 42,1% dos casos.3

“No nosso país, o vírus da gripe circula o ano todo e não apenas no inverno, por isso é muito importante a conscientização da população sobre a importância da vacinação todos os anos. As pessoas devem checar se fazem parte dos grupos de risco que podem se vacinar nos postos de saúde. Caso contrário, devem procurar as vacinas na rede privada”, afirma a Dra. Bárbara Furtado.

Estudos demonstram que a imunização contra a gripe pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da gripe.11

Os vírus presentes nas vacinas contra a gripe foram tratados de forma que não são ativos.5,10,14 Isso significa que eles não estão vivos e não conseguem deixar as pessoas doentes.5,10


Diferenças entre as vacinas trivalente e tetravalente

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a imunização é a forma de prevenção mais efetiva contra a gripe e, para isso, existem dois tipos de vacinas contra a gripe: a trivalente e a tetravalente.1,4

A vacina trivalente protege contra três cepas do vírus influenza.4 Para 2019, a OMS definiu a composição da vacina trivalente com duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2) e uma linhagem de influenza B (Victoria).4 Ela é oferecida gratuitamente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) nos postos de saúde para crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, profissionais de saúde, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, indígenas, pessoas acima de 60 anos e professores das escolas públicas e privadas.9

Porém, é possível ocorrer um “mismatch” ou incompatibilidade da linhagem B, quando a cepa presente nas vacinas trivalentes, é significativamente diferente da linhagem que está circulando no ambiente.10,12 Em 2017, houve no país um “mismatch” de 82% e, em 2018, de 58% aproximadamente.13

Já a vacina tetravalente, disponível na rede privada, possui proteção contra quatro diferentes cepas do vírus influenza: 2 cepas A (H1N1 e H3N2) e 2 linhagens B (Yamagata e Victoria), o que significa 1 linhagem B a mais que as vacinas trivalentes.4,10

Todos os anos a OMS recomenda as três cepas de influenza para as vacinas trivalentes e recomenda a linhagem B adicional que deve ser incluída nas vacinas tetravalentes.4

Outras formas de prevenção contra a gripe são lavar as mãos e manter bons hábitos de higiene, como cobrir a boca e o nariz quando for tossir ou espirrar.1


Diferenças entre gripe e resfriado

A gripe e o resfriado são doenças respiratórias, mas são causados ​​por diferentes vírus. Em geral, a gripe é pior do que o resfriado comum, e os sintomas são mais intensos. As pessoas com resfriado são mais propensas a apresentar sintomas como nariz escorrendo ou entupido. Os resfriados geralmente não levam a complicações de saúde, como pneumonia, infecções bacterianas ou hospitalizações. A gripe pode levar a sérias complicações associadas. Os sintomas da gripe podem incluir febre alta ou sensação de febre/calafrios, tosse, dor de garganta, nariz entupido, dores musculares ou corporais, dores de cabeça, fadiga (cansaço), sendo uma doença potencialmente fatal.1,7



GSK





Referências:
  1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Influenza (seasonal). 2018. Disponível em: <https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/influenza-(seasonal)>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  2. FUNDAÇÃO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO AMAZONAS. FVS confirma 69 casos de Influenza A H1N1. 2019. Disponível em: <http://www.fvs.am.gov.br/index.php/noticias/750-fvs-confirma-69-casos-de-influenza-a-h1n1>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  3. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe epidemiológico de influenza: monitoramento até a semana epidemiológica 52 de 2018. Disponível em: < http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/fevereiro/01/Informe-Epidemiologico-Influenza-2018-SE-52.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2019.
  4. BRASIL. ANVISA. Imunização 2019. Definida composição da vacina contra a influenza. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/definida-composicao-da-vacina-contra-a-influenza/219201?p_p_auth=LN1ViaoJ&inheritRedirect=false>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  5. FLUARIX TETRA [vacina influenza tetravalente (fragmentada, inativada)]. Bula da vacina.
  6. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Flu Symptoms & Complications. Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/consumer/symptoms.htm>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  7. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Cold versus Flu. Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/about/qa/coldflu.htm>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  8. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Key facts about Influenza (Flu), 2018. Disponível em: <https://www.cdc.gov/flu/keyfacts.htm>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  9. BRASIL. Ministério da Saúde. Informe Técnico: 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/marco/01/Informe-Cp-Influenza-29-02-2019-final.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  10. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Nota Técnica: vacinas Influenza no Brasil em 2019. Disponível em: <https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/nt-influenza-2019-final.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2019.
  11. BRASIL. Ministério da Saúde. A vacinação ainda é a melhor forma de prevenir doenças. Disponível em: <http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52650-a-vacinacao-ainda-e-a-melhor-forma-de-prevenir-contra-doencas>. Acesso em: 8 mar. 2019.
  12. BARROS, E.N.C. et al. Patterns of influenza B circulation in Brazil and its relevance to seasonal vaccine composition. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, 20(1): 81-90, 2016.
  13. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Pesquisa realizada na base de dados do WHO, utilizando os limites "BRAZIL", made by it year row “2006" até "2018” all influenza type B detected by subtype (utilizando todas as semanas). Disponível em: <http://apps.who.int/flumart/Default?ReportNo=12>. Acesso em: 01 fev. 2019.
  14. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual dos centros de referência para imunobiológicos especiais. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 157 p.

Manter uma boa comunicação é essencial para o bem estar do idoso


 Aceitar a perda de audição é o primeiro passo para ouvir bem

A população idosa vem crescendo no Brasil. Em 2020 o país deve ter 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Os avanços médicos e tecnológicos são fatores que colaboram para o aumento da longevidade, mas é preciso lembrar também dos males que a idade avançada acarreta. Um deles é a perda de audição.
A dificuldade de ouvir atinge grande parte da população idosa e gera problemas de comunicação, acarretando situações constrangedoras na família e no dia-a-dia em sociedade. E o pior: essa incapacidade auditiva, com o decorrer do tempo, pode levar ao isolamento social progressivo e à depressão, principalmente se o indivíduo também tiver outras limitações funcionais, como dificuldade para andar.
“O ser humano é um ser social, por isso a comunicação e o relacionamento são aspectos primordiais na vida. Não existe ser humano sem comunicação. Mesmo assim, não é fácil falar sobre deficiência auditiva por causa da resistência que as pessoas têm em admitir a surdez. Mas trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Uma das soluções possíveis é o uso de aparelhos auditivos, que resulta em melhoras significativas na qualidade de vida do idoso”, afirma a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas.
A hereditariedade e a exposição frequente a ruídos altos, ao longo da vida, são os principais fatores que contribuem para a perda de audição na terceira idade - chamada de presbiacusia. O zumbido no ouvido também pode ser um sinal de dano auditivo. Outra evidência é a dificuldade do idoso para entender uma conversa ou ouvir o noticiário da TV, por exemplo.
A imensa maioria dos pacientes demora vários anos para procurar ajuda médica para tratar da dificuldade de ouvir. Este fato ocorre, em parte, devido ao início lento da perda auditiva, bem como ao estigma negativo associado ao uso de aparelho.
Com a vida moderna e as várias opções de lazer e atividades físicas e culturais, a quebra do preconceito em relação ao uso de aparelhos de audição é fator primordial para que o idoso aceite sua limitação auditiva, procure ajuda e mantenha-se ativo. 
"A audição é fundamental para mantermos uma boa comunicação em nosso dia-a-dia, seja em casa, no trabalho ou no convívio social; e atualmente os aparelhos são discretos, muito melhores do que aqueles de quinze, vinte anos atrás, tanto em termos de tecnologia quanto de design”, lembra a fonoaudióloga.
É muito frequente os familiares injustamente descreverem o idoso portador de deficiência auditiva como confuso, desorientado, distraído, não colaborador e zangado. Segundo especialistas, muitas pessoas já experimentam algum grau de perda da audição a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimento natural do corpo. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária tem dificuldade para ouvir. Depois dos 65 anos, a perda auditiva tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um especialista aos primeiros sintomas de perda auditiva.
 “O uso diário do aparelho e o apoio da família são essenciais para que o indivíduo resgate sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já está grave. A perda se dá de maneira lenta e progressiva e com o decorrer dos anos a deficiência atinge um estágio mais avançado”, explica Isabela Carvalho.
Qualquer pessoa que sinta algum desconforto na audição deve procurar um otorrinolaringologista. É imprescindível diagnosticar a deficiência auditiva, identificar suas causas e tratá-la o mais precocemente possível. Na maioria das vezes, o uso do aparelho auditivo transforma a vida do usuário, devolvendo a sua confiança ao ouvir os sons do mundo a sua volta.

Efeitos da atividade física sobre mulheres com câncer de mama


O envolvimento na atividade física dos pacientes diagnosticados com câncer de mama foi significativamente associado com diminuição da mortalidade, aumento das funções fisiológicas e alterações nos biomarcadores metabólicos. Os principais resultados de saúde foram o aumento das funções 
cardiorrespiratórias, força muscular e componentes das células imunes. Em particular, o treinamento aeróbio foi significativamente associado ao aumento das funções cardiorrespiratórias, como melhora na absorção máxima de oxigênio e diminuição da pressão arterial.

O treinamento de resistência foi significativamente associado ao aumento da força muscular corporal, e dos membros inferiores e superiores, além da melhora da flexibilidade. Foi constatado também melhora do sistema imunológico pelo aumento de células natural killers e linfócitos.

Esses estudos encontraram algumas limitações, como tamanhos de amostra relativamente pequena, períodos de intervenção curtos e desgaste elevado. Para aumentar o poder estatístico, os estudos futuros devem utilizar tamanhos de amostras maiores e períodos de intervenção mais longos para examinar maiores resultados de saúde entre os pacientes diagnosticados com a doença.

Durante as intervenções cirúrgicas, o desgaste elevado induzido pela recorrência do câncer, os efeitos colaterais do tratamento ou a morte súbita devem ser minimizados para aumentar a qualidade do estudo. Além disso, a intensidade da atividade física pode desempenhar um papel significativo nos projetos de estudo, mas o nível de intensidade não foi consistentemente relatado, ou seja, o importante é praticar alguma atividade!

Muitos trabalhos recomendaram atividade física de intensidade moderada, enquanto vários estudos recomendaram atividade física de intensidade vigorosa. 

Assim, os estudos atuais não fornecem evidências conclusivas sobre quais a intensidade da atividade física é mais benéfica para os sobreviventes. O que podemos dizer é que a maioria dos trabalhos demonstrou que a atividade física está associada à redução da mortalidade e da recorrência do câncer e à melhoria dos resultados gerais de saúde entre as pessoas diagnosticadas com a doença, mas uma investigação adicional é necessária para comparar esses resultados com estudos sobre câncer de mama.

Em geral, os pacientes que se envolveram em maiores quantidades de atividades físicas tiveram maiores benefícios para a saúde em comparação com aqueles que não estavam envolvidos em nenhum esporte. Os estudos sugeriram que as pacientes podem ter os maiores benefícios para a saúde se caminhar com intensidade moderada em comparação com outros tipos de atividade física (por exemplo, atividades recreativas, esportivas ou ocupacionais).

O aumento do risco de mortalidade por câncer de mama foi maior entre os sobreviventes com estilo de vida sedentário em comparação com aqueles que eram fisicamente ativos. Portanto, os estudos encorajaram os pacientes diagnosticados com a doença a se envolverem em atividades esportivas para reduzir possíveis efeitos colaterais ou um mau prognóstico do câncer de mama após o diagnóstico.

Antes mesmo de falar sobre os benefícios do esporte, o que mais vale é prevenir com o exame da mama, e obviamente, continuar treinando!



Referências: J Cancer Prev. 2013 Sep; 18(3): 193–200. doi: 10.15430/JCP.2013.18.3.193/ PMCID: PMC4189463 The Effects of Physical Activity on Breast Cancer Survivors after Diagnosis.




Ana Paula Simões - Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.

Três cuidados para a pele do bebê não ressecar no outono


Estação exige atenção especial dos papais


Nos meses mais frios o tempo fica seco e os banhos são mais quentes. Neste período, os pais devem redobrar a atenção com a pele dos bebês, pois esses fatores contribuem para o ressecamento excessivo da epiderme. “Com as temperaturas baixas, a pele tende a ressecar e desidratar, tornando-a mais sensível. Por ter uma cútis muito delicada, os pequenos podem sofrer ainda mais com o problema. No geral, a pele ressecada não costuma causar maiores problemas, além do prurido (coceira), porém, em alguns casos, podem surgir pequenas lesões, que se não forem tratadas, geram complicações como descamação e lesões na pele, permitindo a entrada de germes e bactérias”, alertam as enfermeiras da Criogênesis, Natalia Modica e Luciana Santos.

Para evitar alterações da pele do bebê durante o outono, confira a seguir algumas dicas das enfermeiras:

  • Evite banhos quentes e demorados: A temperatura deve ser em 37/38 graus e os banhos devem ser curtos, de no máximo 10 minutos. Utilize shampoo e sabonetes sem álcool e seque com toalha de algodão.

  • Aposte na hidratação e proteção labial: Após o banho, realize intensa hidratação com emolientes (óleo, cremes e pomadas), principalmente nas áreas expostas como rosto. Não esqueça dos lábios, com protetor labial específicos para bebês ou lanolina.

  • Prefira roupas de algodão: Evite o uso da lã ou sintético em contato direto na pele do bebê, prefira roupas de algodão. Se nariz, mãos e pés estiverem gelados, é sinal que o pequeno está com frio.


Criogênesis

Dicas para iniciar o planejamento da sua aposentadoria



O aumento da expectativa de vida dos brasileiros se torna um desafio para aqueles que estão prestes a se aposentar, mas que ainda não iniciaram um planejamento financeiro depois que deixarem de trabalhar.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB), entre os que não fazem qualquer tipo de plano financeiro para a aposentadoria, 36% alegam não sobrar dinheiro no orçamento e 18% atribuem à ausência de um plano ao fato de estarem desempregados. 

Para começar a organizar sua aposentadoria, confira dicas e informações apresentadas pelo site de empréstimos online Dinheiro Bom.
 

Mês internacional da mulher: advogado tira dúvidas sobre aposentadoria para mulheres no Brasil


No dia 8 de março foi celebrado o Dia Internacional da Mulher como forma de reforçar a luta das mulheres por igualdade de direitos (em relação aos homens) e, portanto, melhores condições de vida e trabalho. No art. 5º da Constituição consta que: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”, porém, na prática, existem diferenciações de gênero em diversas leis, entre elas a da concessão de benefícios da Previdência Social.

De acordo com Átila Abella, especialista em Direito Previdenciário e co-fundador do site Previdenciarista (https://previdenciarista.com/) – plataforma de conteúdo que auxilia a atualização do advogado previdenciário, a legislação atual oferece direitos como forma de compensação. “A regra atual entende que mulheres se aposentam mais cedo, pois ao longo da vida trabalham mais que os homens, se considerarmos as jornadas duplas e até triplas as quais são submetidas, como emprego remunerado, trabalhos domésticos e o cuidado com os filhos”, destaca.


Desigualdade de gênero

De acordo com a Síntese de Indicações Sociais – análise das condições de vida da população brasileira, divulgada pelo IBGE, as mulheres trabalham cerca de 5 horas a mais que os homens por semana. O estudo aponta ainda que homens ganham 30% a mais, uma vez que elas trabalham cerca de seis horas a menos por semana que  eles em sua ocupação remunerada.

Segundo dados do IBGE, em 2016 o rendimento médio de cada brasileiro foi de R$ 2.149. Quando é feito o recorte por gênero, o IBGE identifica que as mulheres receberam, na média, R$ 1.836. Já os homens tiveram rendimento de R$ 2.380. De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a participação dos homens na força de trabalho chega a 75%, enquanto que entre as mulheres a proporção é de 48,5%.

“Estes dados já são um grande indicativo de que mulheres sofrem mais com o fenômeno do desemprego e que também recebem ordenados menores. Diante deste quadro, a diferenciação nas regras previdenciárias ainda é uma medida necessária em um país em que mulheres não estão em pé de igualdade com os homens”, completa Abella.  


Reforma da Previdência para as mulheres

O recente projeto da Reforma da Previdência enviado pelo governo visa alterar as regras para obtenção da aposentadoria para as mulheres. A proposta prevê 62 anos de idade e mais de 20 anos de contribuição para concessão do benefício.

Para as trabalhadoras rurais a idade mínima da proposta é de 60 anos, mais 20 de contribuição. “O curioso é que a proposta iguala a idade mínima das mulheres com a dos homens nas aposentadorias rurais e também na aposentadoria de professora, mesmo ainda existindo diversas desigualdades de gênero”, ressalta o especialista.

“Além de conviver em um cenário de salários menores, mais dificuldade para encontrar emprego e a possibilidade de ter menos acesso à aposentadoria com a Reforma, as mulheres ainda convivem com o preconceito, assédio moral e sexual, que de tão comum atingem todas as classes sociais. Neste mês internacional da mulher, vamos pensar menos em entregar flores e refletir sobre todos estes e outros problemas que elas enfrentam diariamente”, finaliza.


WhatsApp no trabalho pode resultar em dispensa por justa causa ?


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 126,4 milhões de usuários conectados à internet, o que representa aproximadamente 70% da população com 10 anos de idade ou mais. Hoje em dia é quase impossível encontrar alguém que não utilize o WhatsApp como ferramenta de comunicação.

Segundo o instituto, o acesso à internet através do smartphone ultrapassou, desde 2016, o acesso via computadores no país. Ninguém mais larga o celular, inclusive durante a jornada de trabalho. Por conta disso, é natural que o seu uso venha se tornando tema corriqueiro de advertências, suspensões e até mesmo de dispensas por justa causa nas empresas. 

Mas, afinal, utilizar o WhatsApp no trabalho pode resultar em um problema ou não? Pode o empregador proibir o uso do celular?

Sim. O empregador possui o direito de proibir o uso do celular e, caso a ordem seja descumprida, a empresa poderá advertir, suspender ou até mesmo dispensar o trabalhador, não necessariamente nessa mesma ordem. Em alguns casos, o trabalhador poderá ser dispensado por justa causa logo na primeira infração. É para ser levada a sério a proibição.

Ao contrário do que muitos pensam, não existe na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) um número mínimo ou máximo de advertências que caracterizem a justa causa. A lei fala apenas que a aplicação da pena deve ser proporcional à gravidade ou à reincidência do fato.

O correto é que a questão seja analisada caso a caso e de forma proporcional ao ato praticado. Vejamos dois exemplos: um empregado que trabalha como auxiliar administrativo pode ser advertido na primeira ou segunda oportunidade e, caso continue descumprindo as ordens da empresa, poderá ser penalizado com uma suspensão ou até mesmo com uma dispensa motivada. Já um motorista de ônibus que for flagrado utilizando o celular enquanto trabalha, isto é, enquanto dirige, pode sim ser dispensado por justa causa já na primeira oportunidade, uma vez que uso do celular nessas circunstancias coloca em risco a vida dos passageiros.

Após analisados esses pontos, ainda pode restar a seguinte dúvida: mas o WhatsApp também não pode ser utilizado como uma ferramenta de trabalho?

Pode, desde que autorizado expressamente pela empresa. Contudo, ainda assim os trabalhadores devem ficar atentos com o uso do aplicativo, em especial aos chamados grupos de WhatsApp. Não são raras as penalidades aplicadas por conversas ou pelo uso impróprio dessa ferramenta.

Assim, a fim de evitar maiores transtornos, é preciso que o trabalhador fique atento ao que diz o regulamento interno da empresa a respeito do uso. Já os empregadores devem aplicar as penalidades de forma razoável e proporcional ao ato praticado, de preferência após o aval do departamento jurídico.

Importante ressaltar ainda que, caso o empregado não concorde com a pena, a fim de reverter a justa causa aplicada, o trabalhador poderá ingressar com uma reclamação trabalhista na Justiça do Trabalho, que analisará se a penalidade aplicada pelo empregador foi proporcional ao ato praticado pelo empregado ou não. O ideal é que os patrões e trabalhadores tenham bom senso na utilização das ferramentas tecnológicas.






Daniel Moreno - especialista em Direito do Trabalho e sócio do escritório Magalhães & Moreno Advogados.


A água que você não vê



Feche a torneira ao escovar os dentes! Banho de 5 minutos! Lave o carro e o quintal com balde e não com mangueira!

Fomos acostumados a pensar que essas são as únicas ações possíveis para pouparmos água. Obviamente, ao adotarmos esse tipo de prática em nosso dia a dia, não só economizamos este importante benefício natural, mas também comprovamos que é totalmente possível (sobre)viver com menos. Segundo um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), uma pessoa consegue atender suas necessidades básicas com 110 litros de água por dia. Porém, no Brasil, o consumo médio é de cerca de 200 litros. Entretanto, além de gastarmos mais água do que realmente necessitamos, devemos estar atentos ao consumo de “água virtual”. Isso mesmo!

Esqueça um pouco da torneira aberta e pense sobre todos os outros produtos que você possui dentro de casa. Todos necessitam de água, seja na matéria-prima, na fabricação ou no transporte até o ponto de venda. Essa é a “água virtual”: uma água que nós não vemos, mas que foi usada em tudo que faz parte do nosso dia a dia.

Para cada litro de cerveja, consome-se 300 litros de água, que é usada não somente na matéria-prima, mas também na produção da cevada e do lúpulo, por exemplo. Os aparelhos eletrônicos, apesar de não levarem água na sua composição, chegam a gastar 15 mil litros para serem produzidos. Mas a campeã é a agropecuária: para produzir 1 quilo de carne, consome-se 15,5 mil litros de água, considerando toda a cadeia de produção e fabricação de ração para os animais, fora a grande quantidade que é usada para a irrigação das lavouras.

No Brasil, de toda a água utilizada, 70% são consumidos pela atividade agropecuária, 20% no setor industrial e 10% são voltados para o uso doméstico. Devemos pensar também no consumo necessário para a exportação. Considerando que o País é uma das principais nações em termos de agronegócios, isso faz com que o Brasil seja visto como um dos maiores exportadores de água do mundo.

Os cálculos relativos à água virtual são importantes para a verificação do impacto ambiental em termos hídricos de empresas, setores da economia e até mesmo de países. Esse impacto é também chamado de “pegada hídrica”, que leva em conta o volume de água usado nos processos econômicos, o total de habitantes, a água usada nos produtos importados e a que serviu para o exportados. Embora sejam importantes para a economia do País, essas atividades vêm gerando impactos significativos para o desenvolvimento regional. A quantidade cada vez maior de transposições de água de rios para cultivar grandes monoculturas causa, muitas vezes, déficit de água para comunidades que historicamente faziam uso daquela fonte.

O exemplo dado sobre as comodities brasileiras é uma questão complexa que envolve discussões econômicas e políticas, mas certamente entender esse cenário já é um grande passo. Já os dados de consumo de água em alimentos, como a carne, o arroz e a cerveja, nos faz refletir sobre o nosso cardápio diário, de maneira que ele seja mais “sustentável”, privilegiando produtos que exigem menos água para sua produção. E sobre outros produtos, realmente precisamos de todos eles? Computadores e smartphones, certamente. Mas as muitas outras coisas que consumimos? Pense nisso!

Calcular e discutir esses dados são formas de garantir o uso racional da água, possibilitando a redução do seu consumo. Se ficou curioso, uma calculadora disponível no site waterfootprint.org faz o cálculo da quantidade de água que você tem consumido indiretamente.




Renato Atanazio - coordenador de Soluções baseadas na Natureza da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza


Três ideias de negócios no exterior


Quando o assunto é mudar de país, além de lidar com uma série de questões, é preciso estar preparado para enfrentar alguns desconfortos que podem gerar uma série de consequências. Por este motivo que eu sempre digo para se planejar porque mesmo seguindo uma organização já determinada, há chances de algumas questões saírem diferentes.

Muitas pessoas quando se mudam, querem criar ou comprar negócios de coisas das quais elas nunca tiveram contato. Então, nesse caso, o ideal é sempre buscar o auxílio de um profissional experiente ou consultoria, que possa levantar todas as informações sobre a atividade que se pretende empreender, estudar qual tipo de estrutura necessária para posteriormente desenhar toda a sua implantação.

Antes de iniciar as dicas, quero deixar claro que são apenas ideias de negócios, os quais eu já estou envolvido, e que não precisam de capital ou mais sócios. São apenas perspectivas do que se pode ser feito.


1.Mercado de Luxo

O primeiro é um negócio em que me associei a mais cinco pessoas, ou seja, somo seis sócios, com três ativos moradores dos Estados Unidos. Nós criamos essa empresa porque todos somos apaixonados por relógio, joias e produtos de luxo exclusivos e diferenciados. Nós alugamos um ponto bem pequeno e os sócios externos tiveram uma investimos financeiro maior, enquanto os internos fizeram o negócio desenrolar.

Os contatos dos relógios são meus, e eles são da Bulgária, Geneva e Londres. Para se ter uma ideia, um Rolex Sky Dweller, por exemplo, usado na Bulgária custa em torno de 9 mil dólares, sendo vendido nos Estados Unidos por até 20 mil. Em alguns casos, a margem de lucro é ainda maior, mas ainda assim esse tipo de negócio não é uma mina de ouro porque tudo depende do modelo e do tempo médio para que a mercadoria seja vendida.

Começamos de uma forma bem informal e simples, através de amigos e reuniões com empresário sobre outros assuntos, o que é uma dica bem legal também, até chegarmos nos dias de hoje onde estamos com uma estrutura mais capitalizada e madura. Esse é um mercado em expansão em países mais desenvolvidos e elitizados.


2.Marketing

Iniciei uma empresa de marketing recentemente com um amigo em Porto Alegre, que já trabalha nessa área há muitos anos e agora junto com eles vamos focar em marketing internacional. E brasileiro se destaca muito bem nesta área.

Eu gosto muito de explorar o marketing sutil e preciso e por isso a proposta do trabalho que estamos desenvolvendo é baseada em neolinguística e criatividade. E essa é uma área que cresce não somente no território brasileiro, como no internacional também, mas ainda não é feita de uma forma tão certeira em outros países. Por isso, se você é brasileiro, gosta de marketing e quer entrar no mundo dos negócios internacionais, essa é uma ótima área que merece atenção.
As empresas infelizmente ainda não perceberam que quanto mais investimento em marketing, maior o crescimento e a prospecção. Tem uma coisa que eu sempre falo, trabalhe em cima do seu marketing. Existe uma série de situações que é possível gerar leads, que vai gerar um resultado esperado.


3. Joias

Resolvi abraçar um projeto de joalheria de joias e semijoias exclusivas e direcionadas que levem uma alma diferente ao negócio e objeto. Minha sócia e eu estamos pensando em uma série de pequenos detalhes a fim de colocar esses produtos não só nos Estados Unidos, mas também na Europa.
E o diferencial é que estamos humanizando o produto, porque como montamos a peça desde o início, conseguimos criar uma história para cada uma delas. Vão sair mais conteúdos sobre esse negócio em parceria com a Barbara Gontijo.




Daniel Toledo - advogado especializado em direito internacional, consultor de negócios e sócio fundador da Loyalty Miami. Para mais informações, acesse: http://www.loyalty.miami ou entre em contato por e-mail contato@loyalty.miami. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 60 mil seguidores http://www.youtube.com/loyaltymiami com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender nos Estados Unidos. A empresa agora possui sede em Portugal e na Espanha.

Pacote anticrime: como as medidas anticorrupção alteram o mercado de compliance?



As medidas de combate à corrupção apresentadas pelo ministro Sergio Moro estão dividindo opiniões. Apesar dos argumentos válidos em ambos os lados (os que concordam e os que descordam das medidas) o pacote anticrime, se aprovado, pode impulsionar  o mercado de compliance trazendo maior peso e senso de urgência para as empresas que precisam se enquadrar nas melhores práticas da área.

O pacote propõem 19 mudanças em 14 leis já existentes e tem como principal objetivo combater a corrupção, o crime organizado e os crimes violentos. Na minha opinião, com as alterações, Moro pretende modernizar e simplificar a aplicação dessas leis, tornando-as mais eficientes. Ele buscou trazer temáticas que não eram discutidas e atualizadas há 40 anos, o que certamente tem um viés positivo. O grande problema do pacote apresentado e de toda a atuação do ministro é a falta de traquejo político num ambiente altamente polarizado. Uma das críticas mais duras feitas a ele refere-se ao fato das propostas terem sido feitas sem antes serem discutidas com a sociedade civil.

Cinco das 19 alterações propostas são medidas diretamente relacionadas à corrupção e compliance. Entre as maiores alterações está o cumprimento de pena em regime fechado para crimes de corrupção ativa e passiva, além da permissão de confisco dos bens de um condenado, que seja considerado “produto de crime”. Nesse sentido, poderá  se fazer uma distinção entre o que foi adquirido através de renda licita e ilícita dos acusados.

Processos que citem autoridades com foro privilegiado serão desmembrados, sendo que só essa autoridade passa ao tribunal competente, ficando o restante da ação com o juiz original. Informantes que fizerem denúncias em esferas municipais, estaduais ou federais terão sigilo de identidade e proteção contra punições na esfera pública. Além disso, caso a denúncia leve ao ressarcimento de valores desviados aos cofres públicos o informante recebe 5% do valor recuperado e pena de reclusão de dois a cinco anos para crimes de caixa dois eleitoral.

As propostas foram avaliadas pelo presidente, outros gabinetes e políticos, e antes de terem sido enviadas para a Câmara de Deputados sofreram algumas alterações. Em meados de fevereiro, o projeto que altera a lei do caixa dois foi retirado do pacote, e deve ser julgado pela Casa separadamente. Embora essa alteração seja ruim, pois não endurece as penas para crimes de corrupção eleitoral, ela é sensata uma vez que se julgada junto com as outras medidas pode atrapalhar o processo de aprovação do pacote.

É claro que mesmo sendo ótimas medidas e propostas todas elas possuem argumentos que pesam contra e a favor de sua aprovação. A simples alteração da lei, ou simplificação dela, não impede que novos crimes sejam cometidos e nem garante que teremos uma redução no índice de corrupção. Mas, entendo que precisamos começar de algum lugar. As propostas feitas pelo ministro visam simplificar o cumprimento das leis e tornar as penas mais duras, o que a longo prazo visa inibir novos casos.

No curto prazo, uma vez aprovado o pacote anticrime ele irá modificar uma série de medidas que acabam tendo ligação direta com as novas normas de Compliance, trazendo maior amplitude para execução das leis e tornando esse debate na esfera privada ainda mais urgente. As empresas que não estiverem dentro das conformidades legais, em alinhamento com as boas práticas de Compliance, não irão sobreviver. E apesar da demanda por profissionais que estejam aptos para exercer essa função dentro das empresas estar crescendo, a previsão é que, uma vez aprovado, o pacote anticrime irá pressionar ainda mais o mercado em uma adequação mais rápida às novas políticas. 

No início de março, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, recebeu a proposta e frente a outros projetos e urgências é possível que o pacote anticrime só seja incluído na fila de votação no segundo semestre desse ano. Nós, expectadores desse trâmite burocrático temos que lamentar o adiamento desse debate tão urgente e importante para nossa sociedade.






Tauan Mendonça - advogado especializado em Gestão de Negócios e sócio da VITTORE Partners, consultoria de recrutamento especializada nos mercados Jurídico, Tributário, Compliance e Relações Governamentais.


O que é Quociente Digital e como isso impacta a nossa vida?


O Quociente de Inteligência Digital, criado pelo QD Institute (ligado ao Fórum Econômico Global), pode ser definido como uma mudança de comportamento, uma ruptura com velhas práticas para o desenvolvimento de novas habilidades, visando inovação, cidadania, cultura e educação.

Ao falarmos de Quociente Digital precisamos falar de inovação. O professor de Harvard, Clayton Christensen, autor do livro ‘O Dilema da Inovação’, e mais novo colaborador da FranklinCovey, defende que alguns comportamentos humanos fomentam e geram inovação, fazendo com que o nosso Quociente Digital dê saltos positivos. Entre eles, estão o desenvolvimento de três fatores: empatia, confiança e sinergia.  

A empatia se dá quando eu entendo as pessoas de maneira real e desenvolvo a capacidade de influenciá-las. Isso requer respeito, compreensão mútua e capacidade de ouvir. Um bom exemplo de empatia é criação do Puff Solar pela doutora Alice Min Soo Chun, após o terremoto no Haiti. Sem energia elétrica, os moradores usavam lamparinas de querosene para iluminar as noites, o que provocava fumaça e, consequentemente, problemas de saúde. Ao se deparar com a necessidade daquela comunidade, Alice teve a ideia de criar o Puff Solar, que é um cubo portátil de luz, que gera energia a partir de finas placas solares que abastecem uma bateria de lítio. Como podemos perceber, a chave da inovação não está na tecnologia, e sim na capacidade de se estar atento às necessidades humanas. 

Já confiança é a variável mais poderosa que os líderes podem alavancar diante das rápidas mudanças de cenário do mundo moderno. Somente as empresas que conseguem implementar mudanças rapidamente conseguem prosperar. E isso só ocorre por meio da confiança. Quando a confiança da organização é baixa, a velocidade de mudança é menor e os custos aumentam. Pela nossa experiência de atuação em mais de 160 países, não existe nada mais rápido e ágil do que a velocidade da confiança.

Além de empatia e confiança, o último comportamento que promove o Quociente Digital é a sinergia, cujo conceito é baseado na frase de Stephen R. Covey, ‘Se duas pessoas têm a mesma opinião, uma delas é desnecessária’. Ou seja, um mais um não pode ser igual a dois, e sim a três, a 10, a 100 ou a 1000. É um novo modelo mental, altamente eficaz, que tem como objetivo encontrar uma solução melhor do que a que eu e você tínhamos, inicialmente, pensado. É baseado em criatividade, cooperação, diversidade e humildade. Sinergia não se trata de tolerar diferenças, mas de celebrar as diferenças. 

Não é possível mudar ou inovar se eu não pratico empatia. Não é possível ser ágil, em termos de economia digital, sem ter confiança. Não é possível alcançar resultados sustentáveis se eu não pratico sinergia. Esses são os três comportamentos que ajudam pessoas e organizações a aumentarem o seu quociente digital.





 
Bill Moraes - vice-presidente da FranklinCovey Brasil – líder mundial em eficácia corporativa e pessoal. Consultor responsável pela metodologia das 4 Disciplinas da Execução, tem mais de 20 anos de atuação em cargos de liderança em empresas públicas e privadas, nas áreas de tecnologia da informação e vendas complexas de serviços. É bacharel em Ciências da Computação pela UMESP e possui MBA em Liderança e Gestão Organizacional pela FranklinCovey Business School, onde hoje também atua como professor titular em Gestão Estratégica de Negócios, Inteligência da Execução e Liderança de Pessoas e Equipes.

Água, bem finito com poder infinito

O Dia Mundial da Água, 22 de março, reforça a importância de valorizar este vital recurso natural. Infelizmente precisamos relembrar que o acesso à água potável e ao saneamento básico está longe de ser uma realidade para mais da metade da população mundial.

Levantamento feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) no Relatório Mundial sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2019, mostra que falta água limpa e segura para 2,1 bilhões de pessoas, enquanto 4,5 bilhões carecem de serviços sanitários.

Ainda de acordo com a ONU, se a degradação do ambiente natural e a pressão insustentável sobre os recursos hídricos globais continuarem no ritmo atual, 45% do Produto Interno Bruto (PIB) global e 40% da produção global de grãos estarão em risco em 2050.

Estimativas recentes mostram que 31 países experimentam estresse hídrico termo utilizado para designar uma situação em que a demanda por água é maior do que a sua disponibilidade e capacidade de renovação em uma determinada localidade entre 25% (que é definido como o patamar mínimo deste indicador) e 70%. Outros 22 países estão acima do nível de 70% e, por isso, encontram-se em uma situação grave.

A água poderá ser a grande causa de disputas entre nações e povos.

No Brasil demos alguns passos, mas é preciso acelerar este caminhar para ampliar a disponibilidade de água à nossa população. Durante minha gestão como secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (2015-2018) atuei para uma produção agrícola em harmonia com o meio ambiente.

Conseguimos realizar importantes ações como o Projeto Nascentes de Holambra, com plantio de 110 mil mudas nativas para recuperar 171 nascentes no município. Em Botucatu, protegemos mais de 245 hectares no entorno dos cursos d´água das microbacias, fundamentais para a recarga dos aquíferos.

Em Pardinho, implantamos 60 fossas sépticas, recuperamos 14.608 hectares, em 301 propriedades, fizemos terraceamento de 245 hectares, construção de 104 quilômetros de cercas de isolamento das áreas de preservação permanentes e manutenção de 80,32 quilômetros de estradas rurais para a implantação de sistema de drenagem superficial eficiente.

Como deputado estadual trabalhei pela legislação que institui os Comitês de Bacias Hidrográficas (FEHIDRO). Uma atuação para garantir que os recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos sejam aplicados na bacia hidrográfica em que foram gerados, em projetos voltados à conservação e melhoria da qualidade ambiental.

E o trabalho continua agora como deputado federal integrante da Frente Parlamentar Ambientalista, que visa apoiar iniciativas governamentais e não governamentais por padrões sustentáveis de desenvolvimento.

Com um grupo de trabalho especialmente dedicado à água, a Frente foi fundada em 2007 para lutar por causas como a necessidade da implementação da Convenção sobre Mudanças Climáticas e do Protocolo de Kyoto, a aprovação das proposições legislativas que aperfeiçoam a legislação ambiental vigente e rechaçar qualquer tentativa de impor retrocessos à legislação ambiental.

A Frente também busca instrumentos econômicos que auxiliem a consecução dos objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente. Também acompanha e trabalha para a correta implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, da Lei da Educação Ambiental e da Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, assim como a implementação da Convenção de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD).
Caminho longo e complexo, porém urgente.
Água rima com saúde, desenvolvimento e Vida!



Arnaldo Jardim - Deputado Federal - PPS/SP

Posts mais acessados