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quinta-feira, 21 de março de 2019

O caso Momo e a segurança na internet para crianças e adolescentes



Especialista do setor digital dá dicas de ferramentas que podem proteger os menores de idades de conteúdos impróprios


Um vídeo que viralizou na internet nos últimos dias tem preocupado pais e mães. Na produção, uma figura pálida, de olhos esbugalhados e boca proeminente incita crianças a se suicidarem, se automutilarem e agredirem outras pessoas. Inicialmente, a narrativa era que a boneca bizarra estaria aparecendo durante vídeos do aplicativo Youtube Kids.

Contudo, as evidências até agora apontam para que a história se trata de um chamado “hoax”, que são mentiras compartilhadas em massa pela internet. O caso já está sendo investigado por autoridades do mundo inteiro, inclusive o Ministério Público do Brasil.

Já se sabe que o vídeo com a boneca “bizarra” estava sendo compartilhado por aplicativos de mensagem e que a partir daí ele poderia ter chegado ao conhecimento dos menores de idade. O fato acendeu o alerta para que os pais administrem o conteúdo consumido por crianças e adolescentes na internet.

Sylvia Bellio, CEO da it.line, empresa referência em soluções digitais, lembra que plataformas como Youtube Kids já possuem filtros de segurança. Porém, ela pontua que é preciso ficar atento aos conteúdos que os filhos acessam na internet.

“Em um momento como o atual, onde a internet está tão difundida e as crianças têm abertura desde muito cedo a esse mundo, é preciso tomar cuidados com o que elas acessam. Mesmo essa história da Momo sendo provavelmente um relato falso,  é preciso cuidar para que elas não entrem em sites ou vejam vídeos que reproduzem histórias e conteúdos pesados desse tipo”, argumenta.


Controle parental

Sylvia argumenta que atualmente algum tipo de controle parental está presente em praticamente todas as plataformas da internet, sejam navegadores, sites ou programas. Ela afirma que os pais precisam procurar essas opções e configurar esses parâmetros.

A especialista pontua algumas dicas sobre isso:

- Google: é possível configurar o controle parental através do chamado “Safe Search”. “Ele bloqueia possíveis resultados maliciosos e de conteúdo adulto nas pesquisas. Além disso, também é possível bloquear palavras específicas como ‘nudez’ ou ‘morte’, por exemplo”, afirma a especialista.

- Antivírus: outro aliado preponderante são os antivírus. O mercado já possui programas antivírus voltados especificamente para crianças. Esses softwares conseguem limitar o número de páginas na internet que podem ser acessadas, analisar postagens nas redes sociais e muito mais.

- Monitoramento de navegação: outra solução oferecida pela tecnologia são os programas de monitoramento de navegação. Eles conseguem verificar em tempo real o que uma criança está acessando no computador e retransmitir a imagem para outro dispositivo. Sylvia pontua, porém, que esse programa pode incomodar adolescentes e, por isso, seu uso é mais recomendado para crianças pequenas.


Outras medidas

Além da tecnologia, a segurança dos menores de idade na internet dependem de fatores sociais também. Especialistas do SaferNet Brasil, uma associação privada que combate crimes virtuais, pontua que a conversa com os filhos é indispensável para que a navegação na rede mundial de computadores seja a mais segura possível.

A entidade explica que é preciso abrir diálogo com crianças e adolescentes para que eles saibam que existem perigos na internet. De acordo com a SaferNet, esse papo franco pode fazer com que os filhos criem responsabilidade desde cedo e saibam que em qualquer situação de desconforto na rede, eles terão um canal aberto com os pais.

Atuando no mercado de tecnologia há mais de 15 anos, Sylvia argumenta que a internet é um fenômeno relativamente novo e que a sociedade ainda está aprendendo a lidar com ela. Por isso, ela diz que o debate precisa ser franco e que os pais precisam se responsabilizar pelos filhos.

“A internet pode ser excelente ou péssima e tudo isso só depende do nosso uso. Casos como esse hoax da Momo nos alertam para o fato de que precisamos criar um ambiente seguro para as crianças, já que os conteúdos que elas acessam impactam na psicologia delas. Eu não sou a favor da censura e do afastamento dos pequenos da tecnologia, já que a modernidade é um caminho sem volta. O que sou a favor é que nós, enquanto adultos e pais, nós responsabilizemos por um ambiente saudável para as crianças. E ferramentas para isso não faltam”, finaliza.





Sylvia Bellio - Iniciou a carreira no setor financeiro, atuando como gerente da área administrativa de grandes instituições bancárias. Diretora Geral da it.line - Maior Canal de Vendas Dell do Brasil em 2015. Com mais de 15 anos de experiência no mercado de tecnologia conduz sua equipe de arquitetos de soluções e executivos de negócios para se posicionem lado a lado com os profissionais de TI na busca de soluções para resolver os desafios de negócios das empresas.Agraciada, através de sua empresa, por anos consecutivos com os mais conceituados prêmios da Dell Computadores.Introduziu no Brasil fabricantes como: Dot Hill Systems de armazenamento FC; EqualLogic armazenamento Iscsi; Force10 de networking; Compellent de armazenamento FC|ISCI.Tem papel de destaque no empoderamento feminino dentro do universo da tecnologia.  É a única mulher a compor o conselho das empresas parceiras da Dell no Brasil. Participou de diversas edições do Dell World e das últimas edições do Dell Women’s Entrepreneur Network.




it.line

Home office é estratégia empresarial e não apenas benefício para o colaborador


A Today, agência de transformação digital, começou a notar que uma das maiores dificuldades encontradas nas empresas quando elas estão para começar o processo de transformação digital é o seu modelo engessado de operação. Como a transformação precisa começar por dentro, a agência vê o home office como uma eficiente ferramenta para ajudar nesse processo.

"Quando a pessoa que está gerindo uma empresa ou equipe coloca uma lente que permite enxergar o home office como estratégia empresarial e não apenas como benefício para os colaboradores, ela passa a ver coisas que antes estavam embaçadas, como acontece com quem precisava usar óculos e de repente passa a ver tudo com maior nitidez", comenta Adilson Batista, fundador da Today.
O primeiro e imediato benefício do home office é que a empresa se vê obrigada a adotar ferramentas de trabalho na nuvem e passar daquela fase de desconfiança entre ter tudo dentro de casa em seus servidores ultrassecretos e conviver com o modelo onde os dados estão distribuídos. Isso já não é sequer uma tendência, tornou-se obrigação para sobreviver na nova economia. Essa nova lente para o home office faz enxergar que a empresa começa a ter - e não somente os colaboradores - benefícios que são fundamentais no ambiente de transformação digital.

Existem diversas ferramentas no mercado que podem ajudar neste momento de transformação, desde as mais simples e bem conhecidas, como Dropbox ou Google Docs que começam de forma gratuita para pequenos volumes de trabalho e outras que vão aumentando a complexidade, como Trello ou Wunderlist, entre outros; como também empresas especialistas a ajudar a criar softwares de gerenciamento de empresas que funcionam através de home office.

Torna-se possível atuar com uma operação distribuída, onde as equipes estão espalhadas e esse modelo faz germinar a semente da empresa ter uma atuação expandida e não apenas local. A empresa torna-se mais maleável diante de situações inesperadas, como bloqueios em dias de greves nacionais, manifestações nas ruas e dificuldades com o deslocamento devido ao trânsito crescente nas cidades. A redução de custos com escritórios e a contratação de novos talentos em localidades distantes da sede da empresa são efeitos colaterais positivos de um projeto de home office pensado como estratégia empresarial.

Evidentemente existe o outro lado da moeda. O home office traz novos desafios de gestão de pessoas, existe a urgente necessidade da adaptação das leis trabalhistas e também a mudança de cultura que a empresa precisa passar para ter certeza que os projetos serão realizados com eficácia. Muitas empresas conseguem dar esse passo e outras não. Para Adilson, "é importante que o home office seja adotado de forma gradativa e por equipes mais maduras no uso de tecnologias e, mesmo nessas equipes, eu evito recomendar a adoção do modelo integral, o chamado full home office, de início. É melhor começar com um dia por semana e ir aumentando os dias à medida que ganha-se confiança no modelo".

Para muitos colaboradores é um choque também. Muitos não conseguem se acostumar em trabalhar de casa, pois existe um condicionamento devido aos anos atuando no escritório e mudar torna-se um tabu. A pessoa dá muitas desculpas e tudo vira motivo para dizer que ela não consegue atuar em home office. Para elas, pode-se dizer que existem ainda mais benefícios, pois mesmo sofrendo inicialmente, quando conseguirem se adaptar, estarão prontas para atuar em um cenário novo, completamente reorganizado pela transformação digital. Poderá doer inicialmente, mas vai ajudar a amadurecer e adaptar-se, e o benefício será para a empresa e para os colaboradores.

Recentemente, a Amerisleep, empresa norte-americana fabricante de colchões, publicou em seu blog Early Bird uma pesquisa sobre trabalho remoto e descanso, onde eles comprovam que 75% dos trabalhadores que migram para home office não tem intenção de voltar para um escritório. Foram mais de mil pessoas pesquisadas para saber como essa modalidade de trabalho afeta sua produtividade e também a satisfação no trabalho. A pesquisa ainda traz que 60% dos trabalhadores dizem que o nível de stress continua ou as vezes ainda aumenta, pois o chef pode colocar uma pressão ainda maior para que o trabalho seja feito no prazo, mas, ao mesmo tempo, eles concordam que a produtividade também aumenta.

No Brasil, muitos sites de empregos já divulgam vagas home office com algum destaque e, o Google divulgou no final da primeira quinzena de fevereiro que logo habilitará as empresas a darem destaque nos trabalhos home office durante as pesquisas na plataforma. A empresa já começou a informar os donos de sites através do Google Search Console.Para aqueles que ainda possam ter dificuldade na adaptação, a GitLab, empresa de São Francisco que gerencia um repositório de software em git e está totalmente home office, há dois anos, criou até mesmo o café virtual para que seus funcionários socializem via vídeo.



Today


Farmacêuticos orientam sobre os riscos da automedicação nos casos de dengue, zika e chikungunya no vão livre do Masp, em São Paulo


População receberá informações sobre os possíveis sintomas e medicamentos que devem ser evitados em caso de suspeita das doenças. Ação acontece no sábado, 23/03


Quem passar pela região do Masp, na Avenida Paulista, no próximo sábado, 23/03, receberá informações sobre dengue, zika e chikungunya. A ação, promovida pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, faz parte da Campanha "Farmacêuticos contra a dengue, zika e chikungunya", conta com farmacêuticos voluntários e visa conscientizar a população sobre as doenças, assim como informar sobre os principais cuidados, formas de prevenção, além de alertar sobre os riscos da automedicação.

Como os sintomas das três enfermidades são semelhantes, a pessoa com suspeita dessas doenças deve evitar o uso de medicamentos como o ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e outros anti-inflamatórios não esteroidais, pois eles podem causar hemorragia e até levar à morte. Os farmacêuticos vão abordar as pessoas, falar sobre as doenças e explicar porque esses medicamentos devem ser evitados. 

O uso correto de repelentes naturais e sintéticos também será abordado durante a ação.

Para o presidente do CRF-SP, Dr. Marcos Machado, é muito importante os farmacêuticos participarem de ações de prevenção dessas doenças. "O farmacêutico é o profissional de saúde mais acessível à população, já que está sempre disponível nas farmácias. É um profissional capacitado para identificar possíveis sinais e sintomas das doenças, orientar o paciente e o encaminhar para os serviços de saúde para receber o atendimento adequado e assim evitar possíveis complicações para a saúde do paciente". 


Mais de 3000 pessoas orientadas

A mesma ação aconteceu nos dois últimos sábados, nas cidades de Álvares Machado Araçatuba, Araraquara, Avaré, Barretos, Bauru, Campinas, Colina, Fernandópolis, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Pitanga, São João da Boa Vista e São Paulo e alcançou mais de 3000 pessoas nas oito regiões.



Campanha "Farmacêuticos contra a dengue, zika e chikungunya"
Dia: 23 de março (sábado)
Horário: a partir 9h30
Local: Vão livre do Masp (Av. Paulista, 1578)


Aumenta o desenvolvimento de câncer na geração millennials


Fatores de riscos externos são predominantes no desenvolvimento de tumores em  adultos jovens e teste genético é decisivo na vigilância sobre a doença


               
Comparado com as gerações anteriores, a incidência de câncer cresceu no Brasil, estimando-se para este ano 600 mil diagnósticos.  Antes, as vítimas eram pessoas com mais de 50 anos, porém, com o aumento do risco de câncer por fatores ambientais e hábitos não saudáveis da nova geração, como comprova o estudo da American Cancer Society (ACS) e do National Cancer Institute, a geração millenials está sendo alvo da patologia com maior frequência.

O Dr. Fernando Kok, professor-associado do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor médico do laboratório Mendelics, explica que o câncer é uma doença desenvolvida a partir de alterações do material genético, que podem ser provocadas por fatores de risco hereditário e danos recebidos ao longo da vida.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) aumentou os casos de câncer relacionados ao modo de vida em jovens com 30 anos. Logo, tumores no pâncreas, rins, vesícula e intestino grosso, que normalmente apareciam no final da vida, como o câncer colorretal, segundo mais comum no mundo, tem maior índice de ocorrência precoce em 2019, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer).

"Quando o câncer se desenvolve na faixa dos 20 ou 30 anos de idade, a possibilidade dele ser hereditário é bem maior. Porém, o aumento das práticas não saudáveis da nova geração e de fatores de riscos externos, como a epidemia da obesidade, complica a identificação da causa do problema. Por este motivo, o teste genético é chave na condução do tratamento", destaca o Dr. Kok.

Havendo histórico familiar, esta modalidade de exame é recomendada para identificar mutações que aumentam o risco de desenvolvimento de câncer. "Esse rastreamento prévio intensifica a vigilância sobre a doença, sendo decisivo para o diagnóstico precoce, melhorando assim as possibilidades de tratamento", completa o Dr. Kok.


Tenho a mutação genética, então vou ter câncer?

"Uma alteração genética em um dito oncogene está relacionada a um aumento na predisposição ao desenvolvimento de tumores, ou seja, a uma chance aumentada de desenvolver câncer em idade jovem comparado ao risco da população geral", esclarece o Dr. André Valim, médico formado pela Universidade de São Paulo (USP) e diretor de Negócios da Mendelics.

Todo tumor é resultado de um acúmulo de mutações em diferentes genes, que na maioria das vezes ocorre de maneira aleatória, por conjuntos de agressões externas que aumentam a frequência de mutações, como o tabagismo, por exemplo. Contudo, existe a possibilidade também dessas mutações serem hereditárias, onde a informação foi herdada dos pais.

"Estas mutações herdadas podem tornar as células mais vulneráveis a pequenas alterações em seu DNA. Desta forma, nem todas as pessoas que herdaram uma mutação genética desenvolverão câncer, porém o risco é aumentado", finaliza o Dr. André. 


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