Pesquisar no Blog

quarta-feira, 20 de março de 2019

Múltiplas tragédias, uma causa!


Qualquer ser humano, desde o mais jovem ao mais adulto, sabe que, se não mantiver o seu corpo com alimentação saudável, exercícios regulares e bons hábitos, provavelmente acabará numa cama de hospital. Qualquer pessoa tem plena ciência de que seu carro, bicicleta ou mesmo sua casa, se não passar por manutenções periódicas, perderá valor rapidamente.

No campo do desenvolvimento urbano e infraestrutura, não é diferente. O planejador urbano, ao se deparar com o crescimento das cidades, precisa gastar muito tempo, não só para definir como elas irão desenvolver-se, mas também como preservarão, cuidarão e valorizarão seu patrimônio. De nada adianta prever e implantar parques, se eles ficarem sem manutenção e se tornarem lugares inóspitos para frequência. Tampouco terão retorno áreas cuja zeladoria pública esteja ausente.

O centro da cidade de São Paulo e as áreas de mananciais da Região Metropolitana são exemplos clássicos do absentismo do poder público quanto ao planejamento e cuidados urbanos. De nada adianta permitir a ocupação urbana em áreas de risco, colocando a vida das pessoas em jogo, se não há responsáveis para cuidar ou manter um nível aceitável de bem-estar para esses moradores. Da mesma forma, tornam-se ineficazes as várias restrições urbanísticas impostas ao centro de São Paulo, se levam os proprietários de imóveis a abandoná-los. A manutenção não precisa constituir-se em ônus para a administração pública. Também pode representar custo zero, seja através de investimentos da iniciativa privada, ou de incentivos a ela conferidos.

Recentemente, temos sido surpreendidos, por uma série de acidentes, que revelam o quanto o assunto "manutenção" é importante, mas deixado de lado. Os viadutos de São Paulo estão sob ameaça de queda. Já são dois interditados e agora se fala em outros. Quando há excesso de chuvas, as cidades alagam, aflorando a ineficiência de seus sistemas de drenagem e escoamento de águas. Também ficam sem energia, indicando não haver suficiente investimento em renovação e manutenção das instalações elétricas. Sem falar dos casos mais dramáticos, como o Edifício Wilton Paes de Almeida (São Paulo), Mariana e Brumadinho (MG), com vítimas fatais.

Nunca foi costume do Brasil investir na preservação de seu patrimônio cultural, ambiental, esportivo ou mesmo na sua infraestrutura urbana. Aliás, há uma ironia em tudo isso. Enquanto nossos legisladores, no afã de constituir um legado para as futuras gerações, continuam tombando prédios urbanos, criando áreas de preservação, ou mesmo projetando equipamentos públicos gigantescos, como os estádios da Copa ou o Parque Olímpico no Rio de Janeiro, constata-se a absoluta falta de planejamento quanto aos recursos humanos e financeiros necessários para sua manutenção. Não é surpresa, portanto, vermos periodicamente, essas tragédias e dramas nos veículos de imprensa. A rigor, todos os acidentes têm a mesma causa, atrelada a essa questão cultural de nosso país. 

Mas, não precisa ser assim, pois, ao redor do mundo e mesmo no Brasil, bons exemplos de investimentos em manutenção não faltam. Tomemos a cidade de Orlando, na Florida. São mais de 60 milhões de visitantes, anualmente, frequentando os parques e a cidade, atraídos por sua beleza urbana e segurança, aportando quase US$ 50 bilhões aos cofres do município. Aqui, temos a Riviera de São Lourenço, em Bertioga, onde, há mais de 30 anos, centenas de milhares de pessoas frequentam o bairro, encantadas com sua praia sempre limpa, água e esgotos tratados, sem problemas relacionados ao lixo ou inundações. Essa frequência proporciona transferência permanente de renda de seus proprietários e usuários de 200 milhões de reais por ano para Bertioga. Manutenção não é despesa. É investimento. É geração de riqueza e bem-estar. 

Estamos na era digital, das cidades criativas ou smart cities, cujo sucesso ou fracasso será pautado pela inovação, a tecnologia, a capacidade intelectual e de investimento de seus administradores e empreendedores, aliadas aos cuidados e manutenção dos espaços urbanos, por meio de processos regulatórios e fiscalizatórios. Está aí um desafio para os nossos novos administradores. 






Luiz Augusto Pereira de Almeida - diretor da Fiabci-Brasil — Federação Internacional Imobiliária e diretor de Marketing da Sobloco Construtora.


Comprou um produto fora da validade? E agora?


O consumidor lesado poderá procurar o juizado especial cível e ingressar com ação 


Fazer as compras do mês no supermercado nem sempre é tarefa fácil. Com os inúmeros itens a ser adquiridos, fica difícil checar as informações de cada embalagem e, por vezes, acabamos escolhendo um produto fora do prazo de validade. De acordo com a lei 8.137/1990, de proteção ao consumidor, é proibido que produtos vencidos ou em condições impróprias para o consumo sejam vendidos ou guardados/expostos.  

Diante disso, o professor de Direito da Universidade UNIVERITAS/UNG, advogado e autor de diversas obras na área trabalhista, Gleibe Pretti, explica como o consumidor deve procurar seus direitos e não tomar prejuízo.  


Quando o consumidor compra um produto vencido, sem se atentar à data, qual ação deve tomar?

A responsabilidade é do fornecedor. Desta forma, o consumidor deve levar o produto e entregar onde comprou. 


Quem é penalizado neste caso: o comerciante ou o fabricante do produto?

A responsabilidade cabe aos dois, é uma ação conjunta. 


No caso de um produto alimentício, se for consumido e tiver alguma consequência, é possível ingressar com ação contra o comércio?

Sim. O consumidor lesado poderá procurar o juizado especial cível e ingressar com ação contra o fornecedor. 


Se o consumidor encontrar um produto que vencerá no dia seguinte, pode ter esses direitos assegurados também?

Caso o produto não esteja vencido, não será possível a troca. 


No caso de um comerciante “fraudar” a informação de prazo de validade? Quais podem ser as penalidades?

Além de ter que pagar uma indenização ao consumidor, isso caracteriza como crime a ordem econômica, assim o fornecedor responderá tanto civilmente como criminalmente.



Brasil cai 4 posições no Ranking Mundial da Felicidade, registra queda da percepção da corrupção e nota similar à da Venezuela em relação ao suporte social de parentes e amigos


Especialista brasileira em Psicologia Positiva presente no evento de divulgação da ONU, analisa estudo e explica fatores que influenciam na felicidade das nações

  • Os itens que mais contribuíram para a queda do Brasil no ranking foram a diminuição da generosidade e a diminuição da percepção da corrupção;
  • Em 2018, Brasil ficou em 28o no ranking. Em 2019 caiu para 32o lugar;
  • Brasileiros registraram ter baixo suporte social de parentes e amigos em situações difíceis;
  • Em termos de generosidade, Brasil está atrás de Bósnia, Irã e Kosovo, países que vivem grandes conflitos internos e externos.
  • Em média, a percepção de corrupção nas dez primeiras posições é de 35%, se compararmos com os dez últimos esse número sobe vertiginosamente para 72%.


Dia Internacional da Felicidade e dia que há alguns anos é divulgado o World Happiness Report, na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York. Em sua 7a edição, o estudo popularmente chamado de "ranking da felicidade" é realizado por cientistas da ONG Sustainable Development Solutions Network com dados de fontes confiáveis como o Instituto Gallup. Este ano ele é assinado pelo trio Helliwell, J., Layard, R., & Sachs, J., e revela um Brasil mais infeliz do que em 2018, quando ocupava a 28a posição global de um total de 156 países analisados.

"A primeira análise que é feita, especialmente pela mídia geral, é a numérica, que relaciona a queda ou a subida com fatos públicos negativos ou positivos respectivamente. No entanto, o estudo nos dá um material mais rico para analisarmos de forma não tão imediata questões culturais, sociais de nações que enfrentam desafios há décadas", pondera Flora Victoria, mestre em Psicologia Positiva Aplicada pela Universidade da Pensilvânia, que acompanha a divulgação na sede da ONU. Eleita embaixadora da felicidade no Brasil pelo congresso mundial Wohasu (World Happiness Summitt), Flora também joga luz para um tema ainda pouco debatido no Brasil. "A felicidade pessoal é um capital público. Muitas nações entenderam isso e já praticam políticas neste sentido. A satisfação, a percepção de realização pessoal das pessoas impacta diretamente na economia e no desenvolvimento de um País.

Sem minimizar questões importantes como violência, corrupção, desigualdade social, pobreza, Flora adverte para descobertas científicas dos elementos que compõem a felicidade. "Fatores externos e genéticos somados representam cerca de 55% do que popularmente chamamos felicidade. Os outros 45% são determinados pela forma como enxergamos o mundo. Por exemplo: como explicar uma pessoa paupérrima feliz e um milionário em depressão? Uma das respostas, é que pessoas gratas são mais felizes. Elas entendem o que conquistam na vida como um presente, por menor que seja". Elementos como confiança, propósito, fé, generosidade são outros fatores que alteram a felicidade de uma pessoa e de uma nação.


O Ranking e o Brasil no Ranking

Na primeira posição, pelo segundo ano consecutivo, está a Finlândia. Em último lugar, está o Sudão do Sul. O Brasil aparece em 32º lugar entre os países mais felizes do mundo. É uma queda de quatro posições em relação ao relatório divulgado no ano passado, quando o Brasil ocupava a 28ª posição.

Nota-se que a felicidade no Brasil, em alguns aspectos, não está tão diferente da Venezuela. Em relação ao Suporte Social, a diferença entre os dois países é de menos de um ponto percentual. Já a sensação de liberdade dos brasileiros é mais do que o dobro dos venezuelanos. Entretanto, somos mais generosos do que nossos vizinhos, porém estamos atrás de Bósnia, Irã e Kosovo, países com grandes conflitos internos e externos.

A pesquisa é feita com base em seis critérios: PIB per capita, em termos de paridade de poder de compra; Expectativa de vida saudável; Apoio social, medido com base na pergunta: "Se você estiver em dificuldades, você tem parentes ou amigos com os quais pode contar, quer você precise deles ou não?"; Liberdade para fazer escolhas de vida; Generosidade, medida com base na pergunta: "Você doou dinheiro a alguma instituição de caridade no mês passado?" e Percepção da corrupção.


A felicidade como capital público e fatores que a impactam

Felicidade é quando o que você pensa, fala e faz estão em harmonia, segundo Mahatma Gandhi. Faz 7 anos que o "dia da felicidade" foi proclamado e desde então esse marco vem inspirando a felicidade como parte fundamental de bem-estar social e econômico, fomentando diversos estudos sobre como a felicidade sendo o centro onde fatores como cultura, ambiente, sociedade, economia, política deveriam se encontrar.

O World Happiness Report é considerado um divisor de águas de uma era, onde a felicidade e o bem-estar estão se tornando cada vez mais objeto de discussão e estudo entre as nações do mundo.

A esperança é parte essencial da felicidade, nos permite ter uma visão positiva mesmo em momentos ruins. Outro fator importante para a felicidade é o senso de propósito, de sentir que faz diferença no mundo ao seu redor, segundo pesquisas.

A generosidade também vendo sendo estudada como parte essencial para a felicidade. Estudos comprovam que se pratica um ato de generosidade os níveis de satisfação aumentam.

Quando as pessoas sentem que podem escolher, se sentem livres para fazer aquilo que as faz bem. Estabelecer conexões verdadeiras e criar laços sociais também é parte importante para a realização pessoal e diretamente ligado ao nível de felicidade da população.

Ajudar as pessoas a melhorar suas vidas com resposta a perguntas sobre como é possível ser mais feliz, não se trata de ter mais dinheiro, mas sim, ter acesso a saúde, educação de qualidade.

A Costa Rica está em 12º no ranking, isso se deve a fatores como investir mais de 10% do PIB em saúde, 8% do PIB é investido em educação, não tem armas.

 As pessoas questionam a ministra sobre como eles se protegem, ela responde que ninguém ter armas, então ninguém precisa se proteger de nenhum ataque.

Outro fator importante para a ascensão da costa Rica no ranking é o cuidado com a saúde mental, a ministra disse que mais do que um assunto fundamental, a saúde mental deve ser uma prevenção para as pessoas em seu país, acompanhar as pessoas desde crianças e investimento em saúde, para que a população tenham acesso a tratamento assim que for necessário.

Um fator em comum em nações que elevaram seus níveis de felicidade é a confiança. Isso se deve a população confiar em seus governantes e nos serviços públicos, isso gera uma áurea de calma e tranquilidade nas pessoas, juntamente com o sentimento de "importância" e pertencimento, o que estabelece conexões sociais verdadeiras.

Dubai investe muito em desenvolver políticas para garantir que não faltem as necessidades básicas para ninguém. A segurança também é fator fundamental em Dubai, as pessoas podem se sentir seguras ao sair de casa, ao dirigir seus carros, a andar pelas ruas, isso eleva os níveis de satisfação, liberdade, ou seja, fatores fundamentais para a felicidade.





World Happiness Report
Saiba mais em/ baixe o report em: http://worldhappiness.report
Siga Flora Victoria nas redes sociais: @flora.victoria


Posts mais acessados