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terça-feira, 19 de março de 2019

Ações contra surto buscam garantir recertificação de país livre do sarampo


O governo federal está desenvolvendo um pacote de ações para reverter a queda das taxas de vacinação, situação que ocorre desde 2003. Campanha mobilizará três estados em alerta


Em comunicado oficial enviado nesta terça-feira (19) à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Ministério da Saúde confirmou um caso de sarampo endêmico ocorrido no Pará em 23 de fevereiro deste ano. Com isso, o Brasil perderá a certificação de país livre da doença e iniciará o plano para retomar o título dentro dos próximos 12 meses.

“Iniciamos a gestão, no atual governo, com taxas de imunização muito baixas. Elas atingiram um pico em 2003, mas, no geral, de lá para cá caíram ano a ano até chegarem perto de 80% no ano passado. Não é o patamar ideal. Temos que elevá-la acima a 95%”, afirma o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. 

“Nosso plano consiste em encaminhar medidas importantes ao Congresso Nacional, como a exigência do certificado de vacinação, não impeditiva, de ingresso na escola e no serviço militar. Reforçaremos, ainda, o monitoramento da vacinação, por meio dos programas de integração de renda e como norma para os trabalhadores de saúde”, complementou.

As ações fazem parte de um conjunto de medidas que estão sendo desenvolvidas para os primeiros 100 dias de governo. As medidas ainda incluem a melhora nos sistemas de informação e monitoramento para medidas de prevenção e controle; a ampliação das estratégias a adesão da população à imunização; o acerto com estados e municípios estratégia para fomentar a oferta local de salas de vacinação em horário diferenciado; a instituição de uma “força tarefa” para apoiar os Estados e Municípios na investigação e manejo de casos de doenças imunopreveníveis e a realização de uma ampla campanha de multivacinação, entre outra ações.

O ministro também explicou que a falta de uma rede de atenção básica forte torna pouco efetivos os esforços nacionais para a promoção da saúde e prevenção de doenças. “Neste mês, iniciaremos o fortalecimento da atenção básica, com a criação de uma secretaria própria no organograma do Ministério da Saúde. Esse nível de atenção será prioritário para garantir a retomada dos índices de vacinação adequados no país e acompanhamento da saúde dos brasileiros”, disse.

Nos últimos anos, casos de sarampo têm sido reportados em várias partes do mundo e segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), os países dos continentes europeu e africano registraram o maior número de casos da doença.

 Apenas nos primeiros meses de 2019, diversos países vêm reportando um aumento significativo nos números de casos dentre eles podemos citar Benin (147), Ethiopia (1351), Libéria (1902) e Europa (881). Nas Américas, o Brasil apresenta 48 casos e os Estados Unidos da América 206, além de 283 na Venezuela, surto responsável pela reintrodução da doença no país. Para o ministro, o cenário demonstra a necessidade de um esforço intranacional para a contenção do sarampo.

O Ministério da Saúde prepara uma campanha publicitária para estimular a vacinação contra o sarampo no Amazonas, Roraima e Pará. Os três estados registram, desde o ano passado, transmissão ativa do vírus. A campanha será veiculada em abril e chamará para a vacinação contra o sarampo crianças de seis meses a menores de cinco anos, público com baixa cobertura vacinal nos três estados e mais vulnerável para a doença. Esta ação será realizada de forma seletiva, mediante avaliação e atualização da situação vacinal dessas crianças para obtenção da meta preconizada pelo Ministério da Saúde de 95% de cobertura vacinal contra o sarampo. A vacina contra o sarampo está disponível gratuitamente nos postos de saúde de todo o Brasil.

As complicações mais comuns do sarampo são infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e doenças neurológicas. As complicações do sarampo podem deixar sequelas, tais como: diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. O agravamento da doença pode levar à morte de crianças e adultos.


CASOS DE SARAMPO

Desde que identificou os primeiros casos em fevereiro de 2018 e entendendo a gravidade da situação, o Brasil intensificou o bloqueio vacinal, com a realização de campanhas em Roraima em março e abril e em Manaus de abril a agosto, com 489 mil doses aplicadas. Nos demais estados foi realizada a campanha nacional em agosto para as crianças de 1 a menores de 5 anos.

Um exemplo de ação rápida e recente do novo governo, foi a vacinação de mais de 15 mil pessoas contra o sarampo diante de um surto registrado no navio MSC Seaview, que visita a costa brasileira e trazia pessoas de vários continentes, inclusive da Europa, região que mantém curva endêmica crescente de casos da doença. A ação foi realizada em conjunto com as secretarias de Saúde de São Paulo e Santos (SP).

Até 19 de março de 2019, foram confirmados laboratorialmente 48 casos de sarampo no Brasil. Destes, 20 (42%) estão relacionados a casos importados e 28 (58%) relacionados a casos endêmicos da cadeia de transmissão iniciada em 19 de fevereiro de 2018, sendo 23 casos no Pará e cinco casos no Amazonas, todos na região norte do país. A situação demonstra uma importante redução no número total de casos notificados quando comparados ao ano de 2018. Durante todo o ano de 2018, foram confirmados 10.326 casos. O pico foi atingido em julho de 2018, quando foram registrados 3.950 casos da doença.


Figura 1. Distribuição de casos endêmicos confirmados de sarampo por mês de início do exantema. Brasil, 2018 e 2019.

Figura 2. Distribuição da incidência de casos de sarampo por 100.000 habitantes e cobertura vacinal em percentual, por ano. Brasil, 1968 a 2018
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde - Dados atualizados até 07/03/2019





Amanda Mendes
Agência Saúde


Jogos Virtuais: Como perceber e agir frente a possíveis problemas


Os pais devem estar atentos nas mudanças de comportamento que os jovens possam apresentar


Crianças e adolescentes estão cada vez mais interessados em jogos virtuais. Diversos desafios aparecem diariamente na internet, aguçando o interesse dos jovens. O massacre que aconteceu, recentemente, em Suzano, cidade da grande São Paulo, trouxe à tona a questão da prática dos jogos, que envolvem um teor de agressividade. A comoção com o caso fez com que os pais ficassem mais atentos sobre os conteúdos publicados na web.

De acordo com Maria Lucia Marques, especialista em psicologia escolar, psicopedagogia, jogos, educação e professora do curso de Psicologia da Universidade UNIVERITAS/UNG, os responsáveis devem acompanhar de perto, não apenas os jogos virtuais, mas todas as atividades que estão envolvidas no "mundo virtual". "As mensagens subjetivas na construção do universo psicológico transcendem os espaços virtuais para a percepção do que é real e do que deve ser mantido apenas na esfera da imaginação", comenta.

Diante disso, a especialista explica como identificar o problema e quais providências devem ser tomadas. 


Como perceber que algo está acontecendo?

Hoje em dia, é muito comum observar os jovens entretidos com seus celulares, tabletes, computadores e outras "ferramentas" de tecnologia. Os pais devem acompanhar de maneira mais próxima estas influências, é importante estarem atentos não apenas nas "ferramentas", mas sim aos níveis de mudanças de comportamento e atitudes que estes jovens podem apresentar.


De que forma eles podem procurar ajuda?

A primeira ajuda deve ser dada pelos próprios pais, no sentido de proporcionar a conscientização sobre o uso e o alcance destas tecnologias. Caso tenham dificuldades, é importante buscar por profissionais que possam contribuir com este processo como psicólogos, orientadores pedagógicos das escolas, entre outros. 


Limitar o acesso à internet e rastrear sites acessados seria uma alternativa?

Este tipo de ação mostra-se como uma das ações que estes pais podem utilizar, porém se estabelece mais como uma ação coercitiva de controle do que a real conscientização do próprio usuário. Dependendo da faixa etária, esta é uma conduta que pode trazer alguns resultados, mas para jovens e adolescentes não representa uma alternativa com grande probabilidade de êxito, pois existem meios de "burlar" estes controles. 


Por que, cada vez mais, os adolescentes estão se envolvendo em jogos perigosos?

Exatamente pela dificuldade de entenderem o que é o mundo real e o que é o universo tecnológico. Esta distinção é fundamental na concepção e preparação do sujeito para o "mundo adulto", e estas novas gerações estão tendo cada vez mais dificuldades para discernir essas relações. 


Você acredita que os adolescentes estão, cada vez mais, tomando decisões negativas em razão da pressão de amigos/colegas?

Os jovens sempre se mostraram muito vulneráveis às influências de seus "amigos/colegas", pois ainda estão em processo de formação de identidade e é o exercício com este mundo externo que contribui para a formação de seu mundo interno. Desta forma, existem muitas variáveis que devem ser consideradas antes de falar que eles estão tomando decisões negativas. Acredito que são decisões imaturas e típicas de quem ainda não consegue diferenciar aquilo que chamamos, anteriormente, de mundo real e mundo virtual, pois ainda estão em processo de formação.

Especialista lista 5 golpes mais comuns na compra de um carro usado


CEO da Carflix, empresa que inovou o jeito de vender e comprar carro usado pela internet, afirma que esconder colisões e quilometragem são alguns dos golpes mais comuns


Comprar um seminovo não é tão simples como parece e pode ser. Os problemas começam quando alguns vendedores buscam esconder defeitos no automóvel para poder vendê-lo com um preço tentador, o que facilita o golpe em um consumidor mais desatento.

“Na hora de comprar um seminovo, não existe nada mais perigoso do que a expressão ‘amor à primeira vista’”, avalia Fabio Pinto, especialista em carros e CEO da Carflix (www.carflix.com.br), startup que conecta compradores e vendedores de seminovos por meio de uma plataforma interativa.  

Fabio Pinto explica que se não estiver atento na hora de comprar um usado e não contar com ajuda de um profissional de confiança durante a escolha, o consumidor pode ser enganado facilmente. “Você se apaixona por um carro ou pelo preço bem abaixo da concorrência, dá uma conferida e ele parece estar em ordem, mas depois da compra, em poucos meses, o automóvel passa a apresentar várias falhas e irregularidades incomuns. Isto sem falar em golpes em que o consumidor antecipa o pagamento para o vendedor e não recebe o seminovo de volta. Todo cuidado é pouco na hora de comprar um carro usado”, explica.

O CEO da Carflix lista os 5 golpes mais comuns para quem busca comprar um carro usado e dá dicas para que o comprador não caia numa cilada.


1) Esconder colisões: Quando uma batida compromete parte da lataria, é possível disfarçar para que não haja desvalorização do automóvel. Ao invés de fazer os reparos adequados, que são mais caros, coloca-se uma “massa” no local danificado e a pintura é feita por cima.

Para fugir desse golpe, é fundamental perceber a diferença de tonalidade do local onde houve a colisão e o restante do carro.


2) Quilometragem adulterada: adulterar a quilometragem é um dos golpes mais comuns. O ideal é que pedais, bancos, volante e câmbio não estejam nem muito gastos – indicando que o carro tem uma quilometragem maior do que parece – e nem muito novos – um revestimento muito novo pode ser feito a fim de mascarar desgastes.

Além disso, o Detran disponibiliza em seu site no estado de São Paulo as últimas inspeções realizadas no automóvel. O consumidor pode conferir as km das últimas vistorias e ver as fotos do carro durante essas vistorias.


3) Qualidade do pneu: a expressão “nem tudo que reluz é ouro” pode ser aplicada aos pneus. Os golpistas limpam e aplicam produtos como silicone e reparador para aparentar que são novos, mas na realidade foram trocados recentemente e possuem desgastes muito severos.

Procurar pneus de marcas conhecidas no mercado, tomar cuidado com os modelos remold, que colocam em risco a segurança do motorista e passageiros. Usar as marcações originais do pneu, chamado de TWI (Tread Wear Indicator), que é o indicador de desgaste de rodagem do pneu.


4) Veículo fantasma - entrada para segurar a venda: Os golpistas anunciam o veículo por preço abaixo do mercado e em condições mais atrativas do que a concorrência. Quando o interessado entra em contato, costumam informar que o veículo se encontra em outro estado e divulgam fotos do automóvel e até convidam o consumidor a olhar pessoalmente o carro.

Nos próximos contatos, os golpistas informarão que receberam uma oferta de outro interessado e que estão prestes a fechar a venda. Para enganar o consumidor, é informado que só podem segurar o negócio por meio de um depósito ou transferência bancária. Desesperado para não perder a oportunidade, o comprador faz o que o golpista pede e perde o dinheiro, pois o golpista irá sumir sem dar aviso.


5) Consórcio Sorteado/contemplado: Neste golpe, os vendedores anunciam um consórcio, já contemplado, disponível para aquisição. Basta o comprador pagar uma taxa de transferência de titularidade e outras taxas administrativas.

O esquema é comprovado para a vítima a partir de documentos falsos. Os golpistas desaparecem após o comprador fazer o pagamento da suposta taxa de transferência e na melhor das hipóteses a vítima acaba realmente entrando em um consórcio, mas terá que esperar o sorteio, como todos os outros participantes.


O que fazer para fugir desses e outros golpes?
Fabio Pinto explica que é preciso o comprador analisar a procedência do veículo e não transferir nenhum valor enquanto não tiver garantias sobre o negócio. “Os estelionatários vão tentar convencer de todas as formas que o carro existe e está em perfeitas condições. Mas é fundamental que o consumidor vá ao Detran da sua região para analisar se os dados do veículo e dos compradores estão em ordem. Uma consulta no SERASA e na Receita Federal também pode ajudar”.

“Além disso, é necessário desconfiar de veículos com preço muito abaixo do mercado e não fazer nenhum depósito adiantado sem ter garantias como contratos e documentação do veículo”, finaliza o CEO da Carflix.





Carflix



Segurança da Informação: a nova informática básica



A quantidade de dispositivos conectados à internet aumenta a cada dia. Segundo o último relatório apresentado pela Cisco, a expectativa é que, em 2022, o Brasil tenha 724,2 milhões de aparelhos ligados à rede. São computadores, notebooks, celulares, tablets, videogames e até mesmo televisores. Uma gama de dados gerados que nos deixa vulneráveis nas redes. E é aí que entra a segurança da informação.

A maioria dos ciberataques contam com a ingenuidade dos usuários. Essa falta de conhecimento facilita a ação de hackers e a proliferação de vírus nas máquinas. Por exemplo, grandes informações consideradas patrimônios de organizações vivem em constante zona de perigo dentro do ambiente virtual. Os ataques normalmente são feitos por e-mails e redes sociais, induzindo os usuários a executarem uma ação que pode parecer comum ao seu dia a dia, mas resulta em perda de dados, tempo, dinheiro e até mesmo em difamação e exposição – seja para um usuário doméstico ou empresarial.

Confiabilidade, integridade, disponibilidade e autenticidade são propriedades consideradas básicas da segurança de informação, segundo a ISO/IEC 17.799, instaurada em 2005.

Hoje, com a internet das coisas, vivemos conectados e isso mostra o quão vulneráveis ficamos. Em uma análise sobre a importância da segurança da informação nos últimos anos, é possível simplificar a visão sobre esse tema, tratando-o como parte da informática básica. Não é mais apenas sobre bits e bytes, sobre como formatar textos e planilhas, ligar e desligar computadores.

Devemos aprender desde os primeiros contatos com o ambiente tecnológico que a segurança da informação faz parte de qualquer ação. É preciso educar os usuários no momento de introdução à TI, seja na escola, em casa ou em qualquer outro ambiente de aprendizado. Ensinar sobre privacidade, boas práticas de utilização, licenciamento é importante para que, lá na frente, o usuário não passe por situações que prejudiquem sua atuação e utilização da rede.

A segurança da informação não é mais responsabilidade apenas de especialistas, analistas e profissionais da área de TI. Cada usuário é responsável pelos seus atos nesse mundo conectado. Não podemos somente depositar toda a confiança em sistemas operacionais considerados seguros para que guardem nossas informações importantes. É preciso saber agir e principalmente, prevenir.




Thiago Muraro de Araújo - supervisor de suporte técnico no Instituto das Cidades Inteligentes


Você sabia que desempregada pode ter salário maternidade? Tire essa e outras dúvidas



Mesmo já aprovada a nova lei para licença maternidade, no dia 04 de abril de 2018, ainda há muitas dúvidas sobre diversos aspectos. Saiba quais são:


Início

A licença maternidade pode iniciar até 28 dias antes do parto, ou então, a partir da data de nascimento do bebê. No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. Compete a empregada, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego. No caso de funcionários públicos, a licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.


Duração

A licença maternidade, no caso de empregadores privados, dura de 120 a 180 dias (de 4 a 6 meses), ficando a critério do empregador. Já no caso de serviço público, a duração é de 180 dias (cerca de 6 meses). Empresas privadas poderão conceder licença maternidade de 180 dias corridos, bastando aderir ao Programa Empresa Cidadã. Neste caso, a empresa recebe um incentivo fiscal para estimular a ampliação da licença maternidade. É válido dizer que os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 semanas cada um, mediante atestado médico.


Notificação ao empregador

Para as mães que trabalham com carteira assinada, recomenda-se avisar seu empregador imediatamente a ciência do estado gestacional, para fins de avaliação de eventuais riscos de acordo com atividade exercida. É aconselhável que a notificação seja feita por escrito ao empregador. O mesmo vale dizer sobre a adoção. Compete à empregada avisar imediatamente seu empregador quando do recebimento da guarda do menor. Recomenda-se que também seja feito por escrito.


Salário maternidade

O salário maternidade é um benefício custeado pela Previdência Social, que garante auxílio financeiro às mães no período inicial depois da chegada do filho. O objetivo é ajudar na complementação da renda de mulheres que precisam se afastar de suas funções profissionais em razão do nascimento ou da adoção de uma criança. O valor recebido durante a licença maternidade é equivalente ao salário fixo mensal da empregada. O pagamento do benefício é efetuado diretamente pelo empregador, que deduzirá o montante do total da contribuição previdenciária recolhida mensalmente sobre a folha de funcionários. No caso da empregada doméstica, o benefício será pago diretamente pelo INSS.


Demissão no período da licença maternidade

A constituição federal veda a dispensa arbitrária ou sem justa causa, eis que garantida a estabilidade no emprego desde a concepção até cinco meses após o parto. Na ocorrência de tal situação, a empregada tem direito a ser reintegrada ao trabalho ou à indenização. Importante destacar que a empregada tem direito à estabilidade mesmo que a gravidez tenha ocorrido no curso do aviso prévio (art. 391-A da CLT).


Benefício à desempregada e autônoma

Quem está sem trabalhar terá direito ao salário maternidade, desde que o nascimento ou a adoção tenha ocorrido dentro do período de manutenção da qualidade de segurada. Segundo o artigo 15º da lei 8.213/91, o período de graça é concedido ao segurado durante 12 meses. Esse prazo de ‘bônus’ passa a valer por 24 meses, caso o tempo de contribuição seja superior a dez anos. E ainda, se a empregada tiver como comprovar que está sem ocupação, por meio do seguro desemprego, por exemplo, é possível estender por mais 12 meses o período de manutenção.

Quem trabalha por conta própria (autônoma) também tem direito à licença. Todavia, o artigo 25, inciso III da Lei 8213/91 exige tempo de contribuição mínimo de 10 meses para a contribuinte individual ter direito ao benefício.


Unificação de férias à licença maternidade

A empregada poderá pleitear ao seu empregador a unificação do período de férias, desde que cumprido o período aquisitivo à licença maternidade. No entanto, a unificação fica a critério do empregador autorizar, posto que o período de férias é definido pelo empregador, e não pela empregada.


Licença paternidade

O pai da criança, em geral, tem direito a licença paternidade remunerada de cinco dias corridos, a partir da data de nascimento do bebê. Exceção feita a servidores públicos federais, que têm direito a licença paternidade de 20 dias. A licença para o funcionário de empresa privada poderá ser ampliada para 20 dias, desde que o empregador venha aderir ao Programa Empresa Cidadã. A lei não faz distinção entre pai biológico ou adotivo. Assim como é indiferente se o pai é casado com a mãe, vivem em união estável ou são separados. A condição paterna independe do estado civil.


Benefício em caso de aborto

Em caso de aborto não criminoso e comprovado por meio de atestado médico oficial, a empregada terá direito ao salário maternidade correspondente a duas semanas. Por outro lado, o período de afastamento pode ser majorado a depender do estado de saúde da mulher e desde comprovada a necessidade por atestado médico. No caso de servidora pública, essa licença remunerada será de 30 dias para repouso.


Quem não possui direito à licença maternidade/paternidade

Nos termos do Decreto nº 87.497/82, o estagiário não tem direito a licença maternidade/paternidade, e as demais pessoas que não preencherem os requisitos legais para tanto, quais sejam:

Quantidade de meses trabalhados (carência)
10 meses: para a trabalhadora Contribuinte Individual, Facultativa e Segurada Especial

Isento: para seguradas empregada de microempresa individual, empregada doméstica e trabalhadora avulsa (que estejam em atividade na data do afastamento, parto, adoção ou guarda com a mesma finalidade)

Para as desempregadas: é necessário comprovar a qualidade de segurada do INSS e, conforme o caso, cumprir carência de 10 meses trabalhados

Caso tenha perdido a qualidade de segurada, deverá cumprir metade da carência de 10 meses antes do parto/evento gerador do benefício (Lei nº 13.457/2017)


Licença amamentação

Instituído pelo artigo 396 da CLT, a licença amamentação refere-se ao direito da empregada em amamentar seu filho, até que este complete 06 (seis) meses de idade, onde a mulher tem o direito, durante a jornada de trabalho, a 02 (dois) períodos descansos especiais, de meia hora cada um exclusivamente para amamentar.



Regina Nakamura Murta - Sócia Responsável pela Área Trabalhista do escritório Bueno, Mesquita e Advogados

Gratuidade ao protestar dívidas favorece economia


Conforme dados do Instituto de Protesto - MG, os cartórios do Estado conseguem recuperar, em apenas três dias, uma média de 65% dos créditos de títulos privados


O mercado brasileiro é desafiador e manter-se nele, sobretudo em tempos de crise e de recessão econômica, é ainda mais difícil, principalmente quando um pagamento esperado não é feito. Esse fator pode, inclusive, contribuir para a falência de um negócio. Uma alternativa, nesses casos, é o protesto extrajudicial, ferramenta legal, com alto índice de recuperação de crédito e que agora é gratuita para quem quer cobrar dívidas.

“A gratuidade para o credor protestar está vigente desde o final de janeiro em decorrência da Lei nº 23.204. Essa nova legislação está em harmonia com o Código Civil, que determina que o devedor é o responsável pelo pagamento das despesas”, explica Eversio Donizete, tabelião de protesto de Uberlândia e representante do Instituto de Protesto - MG.

Segundo ele, o protesto é uma opção interessante, principalmente para os pequenos e médios negócios, que, em geral, são facilmente prejudicados por débitos não pagos. “Com o protesto, contribuímos para que o credor, que gera empregos, não saia do mercado por não receber um valor ao qual tem direito. Além disso, favorecemos as relações de crédito, tornando-as mais seguras, o que é essencial para diminuir os juros e os preços dos serviços e mercadorias”, ressalta.

Conforme dados do Instituto de Protesto - MG, os cartórios do Estado conseguem recuperar, em apenas três dias, uma média de 65% dos créditos de títulos privados. Em 2018, foram reavidos em Minas Gerais mais de 484.850 títulos do setor privado, via cartórios. Por isso, recorrer ao protesto pode contribuir para os negócios e, ao mesmo tempo, para a economia.


Mais vantagens

O protesto pode ser feito via internet, no endereço www.protestomg.com.br. O site também é útil para o devedor que deseja regularizar sua situação, já que a ferramenta possui as orientações necessárias para a quitação de débitos.

Outro serviço gratuito, oferecido pelos cartórios, também disponível via internet, é a consulta de CPF/CNPJ. “Trata-se de um meio essencial para o comerciante obter informações de crédito e, assim, decidir se a relação comercial é segura ou não”, enfatiza Donizete.

Quem preferir também pode protestar pessoalmente nos cartórios, sendo necessário apenas apresentar um documento que comprove a dívida. Uma ampla gama de documentos pode ser protestada, como cheques, contratos, certidões de dívida ativa, notas promissórias, células de crédito bancário, entre outros.



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