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segunda-feira, 18 de março de 2019

Melhor qualidade da água traz benefícios à saúde e à economia


Além do esgoto, a água também sofre com a contaminação industrial e o lixo que sobrecarrega os rios, favorecendo o assoreamento
Créditos: Adobe Stock/ mur162


Em 20 anos, o avanço do saneamento no Brasil pode reduzir gastos com saúde em mais de R$ 7 bilhões


Com a maior reserva de água doce do mundo, o Brasil ainda sofre com a falta de medidas para a conservação desse recurso essencial para a vida e para a atividade econômica. Segundo o levantamento mais recente divulgado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), 35 milhões de brasileiros não recebem água tratada e mais de 100 milhões não têm acesso a coleta de esgoto. Ainda de acordo com o estudo, apesar de avanços no saneamento, apenas 45% do esgoto gerado no País é tratado. “Essa  era uma pauta [esgoto] do século 19 que continuamos discutindo no século 21. Podemos comemorar algumas conquistas, mas ainda estamos muito atrasados quando falamos sobre a conservação da água”, afirma o doutor em Ecologia e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Marcelo Aranha. 

O especialista lembra que investimentos para a conservação da água impactam positivamente na economia e trazem benefícios à saúde. “A conservação do recurso e ambientes mais limpos geram um entorno com condições humanas mais adequadas, diminuindo significativamente a disseminação de doenças ou a presença de agentes transmissores, como ratos e baratas”, explica. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada dólar investido em água e saneamento resulta em economia de 4,3 dólares em saúde.

Várias cidades do mundo já verificaram na conservação da água resultados econômicos mais efetivos. Em Nova York (EUA), por exemplo, a manutenção da qualidade do recurso oferecido à população é feita por meio da proteção dos mananciais, conservação das nascentes e, com isso, precisam apenas de um sistema de filtragem e desinfecção para que a água esteja própria para o consumo. “Muitos países têm buscado manter a funcionalidade dos rios. O sistema desenvolvido em Nova York custou apenas 15% do que se gastaria com a opção tradicional de tratamento. Muitos exemplos comprovam que conservar é economicamente mais vantajoso que tratar o problema”, finaliza o especialista.


Economia bilionária

Considerando a projeção de avanço gradativo do saneamento no Brasil no período entre 2015 a 2035, estima-se que a economia na área de saúde, gerada pela redução de afastamento no trabalho e despesas no SUS, deve alcançar mais de R$ 7,2 bilhões no País, segundo informações divulgadas pelo Instituto Trata Brasil. Somente a coleta de esgoto para 100% da população, resultaria em uma diminuição de mais de 74 mil internamentos por doenças ligadas à contaminação da água.

Além do esgoto, a água também sofre com a contaminação industrial e o lixo que sobrecarrega os rios, favorecendo o assoreamento. “O resultado são inundações com muito mais frequência do que seria aceitável com as precipitações. Quando uma pessoa joga lixo no rio ou diretamente na natureza, sem considerar que esse ato traz um retorno à sociedade e a ela mesma, consideramos que esse comportamento é reflexo de um analfabetismo ambiental”, analisa o ecólogo. 






Rede de Especialistas de Conservação da Natureza

Decreto que isenta norte-americanos de visto pode aumentar em quatro vezes o volume de visitas ao Brasil, estima FecomercioSP


Segundo a Entidade, essa alta poderia gerar uma injeção de gastos extras de R$ 6,4 bilhões por ano; contudo, é preciso criar políticas públicas coerentes

 
O decreto assinado pelo governo federal na tarde desta segunda-feira (18) que dispensa o visto de entrada no Brasil para turistas de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão é positivo para o País, avalia o Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e entra em vigor no dia 17 de junho.

O acordo, firmado entre Brasil e Estados Unidos, a fim de isentar unilateralmente a necessidade de visto para os norte-americanos, era uma demanda antiga da Entidade e havia sido divulgada no ano passado aos candidatos à presidência. Segundo o Ministério do Turismo, em 2017, 478 mil turistas americanos entraram em território nacional. No mesmo ano, no Peru, país também distante dos Estados Unidos e com 32 milhões de habitantes (15% da população brasileira), 15% do tamanho do Brasil e que não exige visto aos americanos, entraram 600 mil turistas, segundo a PromPeru.

Para a FecomercioSP, diante da dimensão do Brasil com múltiplos destinos com as mais variadas características de turismo, seria natural afirmar que, em termos proporcionais de tamanho e população, é possível imaginar um número até quatro vezes maior que o atual em volume de turistas americanos, o que poderia gerar uma injeção de gastos extras de R$ 6,4 bilhões por ano.

No entanto, sem políticas públicas coerentes e compreensão da dinâmica dos diferentes mercados, esse volume pode não ser atingido, destaca a Entidade. Dessa forma, além da isenção dos vistos para americanos, é necessário pensar em estratégias claras de combate à violência, melhoria das infraestruturas, como rodovias e aeroportos – acelerando as privatizações e concessões –, e também contribuir para a formação de mão de obra qualificada, com aprendizado da língua estrangeira.

O Brasil, ao firmar esse acordo, segue na direção correta de contribuir para o turismo nacional. Para a presidente do Conselho de Turismo, Mariana Aldrigui, “a isenção unilateral beneficia o turismo ao incluir passageiros que decidem por impulso e motivados por promoções. O visto é uma barreira especialmente nesses casos. Outros países com interesses comercial e turístico no Brasil devem ser avaliados, para que se alinhe esse tipo de ação com outras de comércio exterior e parcerias estratégicas para o País”.


Momo: Especialista alerta para os riscos da internet


Em vídeos infantis, personagem aparece ensinando como cometer suicídio  
A internet é sem dúvida uma das maiores e mais importantes ferramentas da vida cotidiana. Com os novos tempos e a evolução da tecnologia, mudamos nossa rotina e também a forma com que encaramos o mundo. Seja para se comunicar com amigos, familiares, fazer pesquisas ou apenas para entreter, a era cibernética é parte dos nossos dias e é fato que ela é essencial para a vida moderna, porém pais devem ficar de olho em conteúdos do YouTube  consumido pelos filhos. No último fim de semana, a Momo, personagem macabra, aparece do nada em vídeos infantis, ensinando crianças a cortarem os pulsos.
As crianças, por estarem ainda estruturando sua formação, são mais suscetíveis a traumas e problemas psicológicos causados por este tipo de conteúdo. Para a psicóloga Lia Clerot, a palavra de ordem é prudência. “Os pais precisam estar atentos a todo tipo de conteúdo consumido pelas crianças. Outra coisa é não confiar nos filtros. É sempre importante monitorar e supervisionar o que os filhos estão assistindo”, alerta.  Ela também lembra que houve relatos sobre mais vídeos que, teoricamente, seriam infantis, mas com conteúdos adultos. Entre eles, o da Peppa Pig.
Segundo a psicóloga é importante estar sempre por perto quando os pequenos estiverem no celular “Pergunte o que ela está assistindo, como é o desenho, se pode assistir junto. Sempre converse, monitore e esteja por perto”. Além disso, para a especialista, crianças não devem ter privacidade, senhas e também não é recomendado dormir com eletrônicos no quarto, como celulares e tablets.
Mas, se a criança, sem querer, tiver contato com conteúdos como o Momo, Lia aconselha que os pais expliquem que existem pessoas responsável pela criação da boneca e que é apenas uma personagem, uma ficção, ou seja, não existe. “Porém, se houver qualquer alteração no comportamento, é necessário buscar ajuda profissional”. Para o tratamento, são indicadas sessões de psicoterapia e em casos extremos o uso de medicação controlada.

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