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segunda-feira, 18 de março de 2019

Cresce a procura por profissionais mais sêniores no agronegócio, detecta Michael Page


 Consultoria aponta alta de 40% por executivos capazes de liderar grandes projetos


Com a expectativa de crescimento de 2% do PIB do agronegócio em 2019, muitas empresas procuraram reforçar sua governança e gestão por meio de estratégias de negócios. Uma delas foi a contratação de profissionais mais experientes e qualificados, capazes de liderar grandes projetos. De acordo com a Michael Page, empresa líder mundial em recrutamento executivo de média e alta gestão, parte do PageGroup, foi detectada alta de 40% na contratação de gestores mais sêniores no ano passado frente a 2017.

As posições mais requisitadas em 2018 vieram das áreas de Recursos Humanos, Finanças, Vendas e Operações. Entre os cargos contratados aparecem gestores de TI (R$ 10 a R$ 15 mil), gestores de fazenda (R$ 10 a R$ 25 mil), coordenadores agrícolas (tratos culturais, CCT - R$ 8 a R$ 18 mil), controller (R$ 12 a R$ 25 mil), analista de FP&A e Administrativo (R$ 3 a R$ 10 mil), representante técnico de Vendas (R$ 8 a R$ 12 mil + variável), diretor comercial (R$ 25 a R$ 40 mil + variável), business partner - RH (R$ 7 a R$ 12 mil). As contratações para a área de Finanças representaram (35%), seguida por Vendas (33%), Operações (20%), e Recursos Humanos (12%).

Para Lucas Toledo, diretor da Michael Page, a grande procura por executivos sêniores é reflexo de um movimento que tem se intensificado nos últimos anos e deve continuar aquecido em decorrência da alta competitividade do setor e exigências do mercado externo. “Todo esse cenário provoca uma movimentação intensa e que tem se tornado constante no setor agro. A busca por executivos com mais bagagem deve ser uma tendência para os próximos anos para todas aquelas companhias que pretendem se posicionar estrategicamente no mercado. Quem não acompanhar esse movimento corre o sério risco de ficar de fora desse movimento de expansão do segmento”, diz.

O diretor da Michael Page conta quais têm sido as caraterísticas mais procuradas pelas empresas ao contratar um profissional. “Há uma forte movimentação e demanda por executivos capazes de liderar grandes projetos de expansão. A experiência conta bastante nesse momento porque esse profissional terá de lidar com desafios constantes em suas operações. E, claro, uma formação qualificada é condição básica para entrar no radar de um consultor”, detalha Toledo. 


Profissionais mais buscados
Confira a relação dos cargos em alta no agronegócio

Coordenadores Agrícola: Tratos Culturais, CCT

O que faz: São considerados a linha de frente da área agrícola nas tratativas diretas com os colaboradores do campo e as novas tecnologias. Cada um é responsável por um aspecto técnico do processo produtivo e trabalharam para garantir elevados padrões de produtividade, qualidade e mitigação de riscos.

Perfil da vaga: a média liderança no agronegócio deve ter o perfil alinhado com o Gerente Agrícola, conciliar perfil técnico com gestão (embora ainda um pouco mais direcionado para o técnico) e capacidade de motivar e capacitar a sua equipe, são transmissores de conhecimento no campo.

Salário: R$ 8 mil a R$ 18 mil

Motivo para alta em 2018:  as empresas estão se profissionalizando e se adequando com as mudanças de mercado.


Contador

O que faz: Apura, consolida e reporta as informações de contabilidade.
Perfil da vaga: O profissional deve ter Formação em Contabilidade e forte capacidade analítica.

Salário: R$ 10 mil a R$ 18 mil

Motivo para alta em 2018:  Substituição ou Split da área contábil/fiscal em 2. 


Diretor Comercial

O que faz: Responsável por criar, estruturar e aplicar a estratégia comercial da empresa. Atua de forma holística, buscando ampliar mercado através da sua equipe de Gerentes e Representantes. É responsável ainda, por realizar estudos de mercado, buscando novas tendências no seu segmento, buscando novos modelos comerciais, e estudando a competição. É responsável em muitas situações pela relação com investidores e fundos de investimento para reportar o momento atual e qual a previsão de futuro da organização

Perfil da vaga: Profundo conhecimento em seu nicho de segmento, como máquinas agrícolas, fertilizantes, saúde e nutrição animal. Formação em Engenharia Agronômica, Zootecnia ou Veterinária. Capacidade de definir o rumo da organização e atingir resultados através da equipe. Um diferencial para empresas multinacionais, é a fluência no inglês ou espanhol, seja para reportar à matriz, ou aumentar vendas em outras regiões.

Salário: R$ 25 mil a R$ 40 mil + variável

Motivo para alta em 2018:  Necessidade de reconstrução do modelo de negócios de uma empresa, buscando substituir um executivo antigo. Ou ainda diversificação de portfólio ou expansão do negócio em frentes ainda não exploradas por aquela empresa.


Business Partner - Recursos Humanos

O que faz: atua de uma forma bem generalista, olhando todos os subsistemas da área. As principais responsabilidades envolvem desde atividades operacionais ligadas a folha de pagamento, departamento e administração de pessoal, relações sindicais e trabalhistas até atividades mais de negócio, ligado a área de desenvolvimento organizacional. Profissionais com boa visão de treinamento, desenvolvimento, recrutramento e seleção estão sendo mais demandados.  

Perfil da vaga: existe uma mudança na tendência dos profissionais dentro desse mercado, saindo de funções mais generalistas e operacionais para funções mais estratégicas, onde o RH atue diretamente como um Business Partner. Nesse sentido, profissionais bem alinhados ao negócio, que entendam da estratégia do business e consigam traduzir isso em demanda de pessoas conseguem se diferenciar.

Salário: R$ 8 mil a R$ 12 mil

Motivo para alta em 2018: automação de processos mais transacionais tem levado a um aumento na demanda por profissionais com viés de business 

Gerente de fazenda

O que faz: Responsável pela gestão direta da fazenda, lidera a equipe técnica de campo e tem forte papel no desenvolvimento das pessoas recentemente tem assumido papel ainda mais estratégico incorporando a gestão financeira e de custos do negócio.

Perfil da vaga: Deve ter capacidade de conciliar a expertise técnica com a gestão. Preferencialmente formação em Engenharia Agronômica e com cursos de capacitação como MBAs voltados para o Agronegócio.

Salário: R$ 10 mil a R$ 25 mil

Motivo para alta em 2018:  As empresas estão mudando a mentalidade e se realinhando com as mudanças de mercado.


Controller

O que faz: Planeja, organiza e desenvolve planos econômico-financeiros, analisa informações contábeis e indicadores de performance para acompanhar as projeções de faturamento do negócio.

Perfil da vaga: O profissional deve ter Formação em Contabilidade e forte capacidade analítica, capacidade de interação com as outras áreas para entender a composição dos custos também agrega.

Salário: R$ 12 mil a R$ 16 mil

Motivo para alta em 2018:  Eficiência de produtividade e acuracidade de informações.


Analista de FP&A e Administrativo
O que faz: Projeção e análise de desempenho por meio de demonstrativos financeiros, análise financeira, acompanhamento de despesas operacionais e faturamento, análise e projeção do fluxo de caixa a curto prazo.

Perfil da vaga: Esse profissional deve ter formação em Contabilidade, Finanças e Economia, domínio do idioma inglês, capacidade analítica e foco em resultados.

Salário: R$ 7 mil a R$ 9 mil

Motivo para alta em 2018:   Projetos que estavam engavetados começam a ser retomados, os times estavam enxutos e sobrecarregados, sem pessoas com viés mais estratégico olhando para o negócio e a estratégia de médio e longo prazo.
 

Campanha da Univali troca tampinhas por ração para animais de rua


 Iniciativa do Colégio de Aplicação do Campus Tijucas também recolhe latas, lacres e esponjas


Tijucas/SC - Sabe aquelas tampinhas de plástico (de garrafas pet, produtos de higiene, remédios, sucos, leite e iogurtes) que teriam como destino o lixo? Elas podem trocadas por ração animal e beneficiar cães de rua. É isso que está acontecendo no Colégio de Aplicação do Campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Tijucas.


Apenas na última semana, na Unidade de Ensino, foram recolhidas e encaminhadas, ao Abrigo de Animas Tijucas, mais de 70 quilos de tampinhas. Depois a organização se encarrega de vender o material para empresas de reciclagem e, com o dinheiro arrecadado, comprar ração para os animais abandonados.

Jonas Cadorin, diretor do Colégio de Aplicação da Univali em Tijucas, explica que a arrecadação de tampinhas elimina parte da dificuldade logística de armazenar garrafas. Além disso, existe a relevância comercial, uma vez que a tampinha é feita de polipropileno, um plástico que tem muita utilidade no mercado:

"O ganho com a ação vai além do financeiro. Há uma forte integração gerada pelo projeto que gera, também, uma grande consciência socioambiental. Em casa as crianças ficam de olho para que os pais não coloquem as tampinhas no lixo e isso tem um efeito multiplicador incrível", resume Jonas Cadorin.

Lacres de alumínio, latas e esponjas também são reciclados

As tampinhas de plástico não são alvo exclusivo das ações de reciclagem no Colégio de Aplicação da Univali em Tijucas. Na unidade educacional também são arrecadadas esponjas de cozinha usadas e lacres e latas de alumínio. Cada 140 garrafas pet de dois litros cheia de lacres podem ser trocadas por uma cadeira de rodas.




As latas também não deixam de ser aproveitadas. Elas são recolhidas, amassadas, vendidas e, nesse caso, o recurso é utilizado, inclusive, para a manutenção de outras campanhas de conscientização sobre reciclagem no Campus.

Já o recolhimento das esponjas de cozinha faz parte de uma campanha institucional da Univali que integra Programa Nacional de Reciclagem de Esponjas Scotch-Brite. A iniciativa proporciona destino adequado às esponjas descartadas. Para cada esponja arrecadada pelo Programa, R$0,02 são doados para o Hospital Infantil Pequeno Anjo, de Itajaí.

Para realizar a doação, basta entregar a esponja usada em um dos diversos pontos de coletas distribuídos pelos campi da Univali. É importante, no entanto, para evitar a proliferação de insetos e mau cheiro, que a esponja esteja limpa e seca antes de ser depositada nos coletores.

Todos os tipos de esponjas de uso doméstico são aceitos, independentemente da marca, cor ou tamanho. Após o envio para reciclagem, elas são reintroduzidas na cadeia produtiva como matéria prima e podem virar baldes, lixeiras, pás de lixo e outros materiais.

Outras informações: (48) 3345-3202, com Jonas Cadorin, diretor do Colégio de Aplicação da Univali em Tijucas

Melhor qualidade da água traz benefícios à saúde e à economia


Além do esgoto, a água também sofre com a contaminação industrial e o lixo que sobrecarrega os rios, favorecendo o assoreamento
Créditos: Adobe Stock/ mur162


Em 20 anos, o avanço do saneamento no Brasil pode reduzir gastos com saúde em mais de R$ 7 bilhões


Com a maior reserva de água doce do mundo, o Brasil ainda sofre com a falta de medidas para a conservação desse recurso essencial para a vida e para a atividade econômica. Segundo o levantamento mais recente divulgado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), 35 milhões de brasileiros não recebem água tratada e mais de 100 milhões não têm acesso a coleta de esgoto. Ainda de acordo com o estudo, apesar de avanços no saneamento, apenas 45% do esgoto gerado no País é tratado. “Essa  era uma pauta [esgoto] do século 19 que continuamos discutindo no século 21. Podemos comemorar algumas conquistas, mas ainda estamos muito atrasados quando falamos sobre a conservação da água”, afirma o doutor em Ecologia e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Marcelo Aranha. 

O especialista lembra que investimentos para a conservação da água impactam positivamente na economia e trazem benefícios à saúde. “A conservação do recurso e ambientes mais limpos geram um entorno com condições humanas mais adequadas, diminuindo significativamente a disseminação de doenças ou a presença de agentes transmissores, como ratos e baratas”, explica. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada dólar investido em água e saneamento resulta em economia de 4,3 dólares em saúde.

Várias cidades do mundo já verificaram na conservação da água resultados econômicos mais efetivos. Em Nova York (EUA), por exemplo, a manutenção da qualidade do recurso oferecido à população é feita por meio da proteção dos mananciais, conservação das nascentes e, com isso, precisam apenas de um sistema de filtragem e desinfecção para que a água esteja própria para o consumo. “Muitos países têm buscado manter a funcionalidade dos rios. O sistema desenvolvido em Nova York custou apenas 15% do que se gastaria com a opção tradicional de tratamento. Muitos exemplos comprovam que conservar é economicamente mais vantajoso que tratar o problema”, finaliza o especialista.


Economia bilionária

Considerando a projeção de avanço gradativo do saneamento no Brasil no período entre 2015 a 2035, estima-se que a economia na área de saúde, gerada pela redução de afastamento no trabalho e despesas no SUS, deve alcançar mais de R$ 7,2 bilhões no País, segundo informações divulgadas pelo Instituto Trata Brasil. Somente a coleta de esgoto para 100% da população, resultaria em uma diminuição de mais de 74 mil internamentos por doenças ligadas à contaminação da água.

Além do esgoto, a água também sofre com a contaminação industrial e o lixo que sobrecarrega os rios, favorecendo o assoreamento. “O resultado são inundações com muito mais frequência do que seria aceitável com as precipitações. Quando uma pessoa joga lixo no rio ou diretamente na natureza, sem considerar que esse ato traz um retorno à sociedade e a ela mesma, consideramos que esse comportamento é reflexo de um analfabetismo ambiental”, analisa o ecólogo. 






Rede de Especialistas de Conservação da Natureza

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