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sexta-feira, 15 de março de 2019

O que é joanete?


Hálux valgo, conhecido como joanete, é a alteração óssea mais comum do pé do adulto. O joanete não é um osso que cresceu ou que surgiu, e sim um desvio do primeiro metatarsiano (osso do dedão) e das falanges, que se expressa como uma saliência na região de dentro do pé.  As causas podem ser genéticas ou mecânicas, devido ao uso de calçados inadequados, principalmente salto alto e bico fino, além da sobrecarga (correr com tênis apertado pode causar uma força mecânica que favorece a deformidade).

Para evitar o problema, a primeira coisa a saber é que o sapato deve ser feito para caber no pé. Portanto, devem ser consideradas as modificações do calçado :

1 - Escolha o modelo que mais lhe agrada considerando que ele deve ter a ponta larga; “quadrados” ou “redondos”, que dão maior estabilidade à marcha, evitando quedas;

2 - Se for de salto, não ultrapassar 3 cm. Dê preferência aos tipos “anabela”, pois distribuem melhor a pressão;

3 - Nos tênis: dê espaço entre a ponta dos dedos e a frente, isso é preciso para que eles se desprendam do solo durante a marcha ou corrida;

4 - Troque os calçados diariamente, evitando atrito num ponto único na pele (bunion);

5 - Não acredite que o sapato irá lacear com o uso. Ele deve estar confortável já na hora da compra.

Os pacientes costumam perguntar sobre o uso de órteses ou splints para joanete. Não há evidências de que estes possam melhorar um hálux valgo estabelecido, no entanto, podem ajudar a aliviar ou não deixar piorar o desvio.

A cirurgia para correção do joanete sofreu várias inovações nos últimos anos. As técnicas mais modernas, além de serem muito mais eficazes, dispensam o uso de gesso, o que facilita a reabilitação pós-operatória. Além disso, a queixa de dor é mínima, já que a anestesia utilizada, além de minimizar as complicações, promove uma analgesia muito mais prolongada no período pós-operatório.

O procedimento exige alguns cuidados e o uso de calçado fechado só é permitido após 40 dias de cirurgia. Neste intervalo, o paciente utiliza um calçado apropriado, que proporciona o apoio somente no calcanhar.

A maioria dos pacientes submetidos à correção do joanete pelas técnicas atuais desfrutam dos avanços da cirurgia moderna dispensando o uso de gesso e estando liberados para apoiar o calcâneo no dia seguinte à cirurgia.

1 - Não deixe de seguir à risca as recomendações do seu médico;

2 - A liberação para caminhar após a cirurgia envolve o indispensável (comer, ir ao banheiro, tomar banho). Evite caminhadas desnecessárias. Elas aumentam o inchaço, provocam dor e retardam a recuperação;

3 - Esforços exagerados no período pós-operatório, incluindo caminhadas, podem colocar em risco o resultado da cirurgia pela perda da correção obtida;

4 - Não deixe de realizar todas as consultas pós-operatórias, para assegurar uma reabilitação adequada;

5 - Há possibilidade de haver dor e edema residual por um período de até um ano após a cirurgia, a depender da natureza de cada um.

As chances de insucesso no tratamento do joanete são muito pequenas, desde que a cirurgia seja corretamente indicada, não haja complicações e as recomendações sejam estritamente seguidas pelo paciente, principalmente no que se refere ao uso de calçados.

Posso correr tendo joanete? Sim, se o desvio e a saliência não causam dor, pode. A questão é proteger a região para a deformidade não piorar e fazer um bom trabalho de fortalecimento muscular.

Bons treinos! 




Ana Paula Simões - Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte

Dia Roxo: empoderamento também é importante para o tratamento da epilepsia



Neste 26 de março celebra-se o Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia, conhecido também como “Dia Roxo”. Criado em 2008 no Canadá, o “Purple Day” teve essa cor escolhida por causa da lavanda, que tem sua flor associada à solidão, sentimento comum entre pessoas com a doença. Desta forma, a data alerta para a conscientização da população sobre esta condição e também de empoderamento dos pacientes para que eles não permaneçam em isolamento. 

O estigma sobre a doença vem das características de suas crises convulsivas, datadas da antiguidade e onde ela ainda não tinha suas origens definidas. Descritas em meio a uma espécie de maldição, possessão demoníaca ou loucura, criaram barreiras para o entendimento e a evolução de tratamentos por longos anos.

“Embora nos dias atuais os estudos em torno da epilepsia e de seus tratamentos se mostrem bastante avançados no meio médico, o conhecimento a respeito de suas manifestações ainda permanece aquém do esperado na população leiga, onde a divulgação tem papel importante para descontruir mitos”, destaca o neurocirurgião Dr. Luiz Daniel Cetl, membro do Departamento de Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e especialista no tratamento da doença.

Este contexto ganha ainda mais relevância ao considerar que a grande prevalência de diagnósticos se dá ainda na infância, fase em que a criança está em desenvolvimento emocional e intelectual e onde a socialização é componente fundamental para a sua evolução, impactando na condução dos estudos, depois do trabalho e assim por diante.


Entendendo a epilepsia:

A epilepsia é uma síndrome que tem como características um conjunto de sinais originados de um grupo de neurônios disfuncionais que emitem descargas elétricas atípicas ou irregulares que podem ser focais (conhecidas como parciais) ou generalizadas (quando atingem todo o cérebro).

As crises da epilepsia podem ser dividas em parciais ou generalizadas, sendo que as parciais atingem apenas uma parte do cérebro e as generalizadas afetam todo o cérebro.
As crises parciais ainda podem ser divididas em simples – sem comprometimento da consciência, e complexas – em que há algum grau de comprometimento da consciência, como embotamento (enfraquecimento) até a sua perda.
As causas mais comuns da epilepsia são idiopáticas (sem causa identificada), em torno de 55 a 65%. As demais têm origem em alguma doença cerebrovascular (10 a 20 %), tumores (4 a 7%), trauma (2 a 6%) e infecção (0 a 3%). 
O diagnóstico é feito pela análise dos sintomas e exame físico. Também podem ser pedidas análises complementares como o eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem. Uma vez identificada a disfunção, o tratamento já deve ser iniciado.


Tratamento:

O tratamento de base da epilepsia é realizado com medicamentos, com o uso das chamadas drogas antiepilépticas (DAE) (fenobarbital, carbamazepina, ácido valpróico, oxcarbazepina entre outras), que são efetivos em cerca de 70% dos casos para o controle das crises. Mais recentemente a substância Canabidiol (derivada da planta Canabis) tem sido estudada, com análise de respostas versus efeitos adversos ainda em evolução. 
Quando os medicamentos não agem de forma efetiva, pode ser indicado ao paciente o tratamento cirúrgico, que compreendem dois tipos de procedimentos: os ressectivos e os desconectivos.
Os ressectivos, também conhecidos como lesionectomia, abordam o foco das descargas identificado pelo EEG (eletroencefalograma) e VEEG (video-eletroencefalograma), em que pelo exame de imagem é retirada a lesão. São usadas em casos de esclerose mesial temporal, displasias corticais, tumores indolentes (gangliogliomas, DNETs).
Os desconectivos, em geral, são realizados para lesões mais espalhadas, porém ainda restritas a um hemisfério cerebral, mas que interferem no funcionamento do hemisfério não afetado. Neste caso, é feito uma desconexão parcial ou total dos hemisférios cerebrais.
Doenças como a síndrome de Rasmussen, micropoligira, lesões isquêmicas neonatais, entre outras, podem se beneficiar desse tipo de procedimento.
Há ainda casos em que o procedimento de estimulação do nervo vago por eletrodos pode ser indicado.
“Com o arsenal de opções terapêuticas, o importante a considerar é que sempre é possível melhorar o quadro de crises, em frequência e intensidade, sendo que em muitos casos elas ficam “dormentes” por anos seguidos”, conclui dr. Luiz Cetl.
Para mais dados sobre a epilepsia, confira a videorreportagem especial ‘Epilepsia de A a Z’.




Dr. Luiz Daniel Cetl - referência no tratamento das epilepsias e tumores cerebrais. Especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), membro do grupo de tumores do Departamento de Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e integrante da Associação dos Neurocirurgiões do Estado de São Paulo (SONESP). Atua ainda como preceptor de cirurgia de tumores cerebrais no Departamento de Neurocirurgia da Unifesp.


Avaliação clínica, associada a exames específicos, identifica presença do HIV e de outras infecções sexualmente



Em todo o país, o número de pessoas que vivem com HIV têm aumentado, e 73% dos novos casos são em homens


Passados os tempos de folia, os cuidados para evitar o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) continuam durante todo o ano. Na Bahia, por exemplo, estado onde acontece um dos principais carnavais do país, a exposição a situações de risco, como relação sexual sem preservativo ou compartilhamento de seringas e agulhas, é uma realidade. 

Em Salvador, no período de carnaval foram realizados 1.920 testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais até a última segunda-feira (5). Desse total, 17 tiveram diagnósticos positivos para HIV, 159 reagentes para sífilis e outros 3 para hepatites virais. Os dados são da Prefeitura da capital.

Se você se descuidou, a recomendação é que procure uma Unidade Básica de Saúde para fazer o teste rápido. Ele é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o resultado sai em cerca de 30 minutos.

A coordenadora Municipal do Programa de IST/aids e Hepatites Virais da Secretaria de Saúde de Salvador, Helena Lima, explica que, após a detecção de alguma doença, a pessoa acometida recebe suporte dos agentes de saúde.
“Se for um indivíduo reagente para uma dessas doenças, ele será encaminhado para a rede de saúde para receber o tratamento. Então, a gente também faz uma chamada para aquelas pessoas que tiveram alguma relação [de risco], por exemplo, sexo concedido, porém, desprotegido; pessoas que foram vítimas de acidentes com perfurocortantes ou violência sexual. Nós indicamos que ela faça o protocolo no pós-exposição", explica.

De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde, Gerson Pereira, o quanto antes o tratamento for iniciado, mais eficiente ele será.
"Você tem a infecção, você já inicia o tratamento. Não espera que você baixe sua imunidade, porque o que mata não é a Aids. O que mata são as infecções oportunistas que baixam a imunidade causada pela Aids, e pode levar, por exemplo, à tuberculose, às pneumonias”, disse.   

Em todo o país, o número de pessoas que vivem com HIV têm aumentado, e 73% dos novos casos são em homens. Então, não esqueça: previna-se do HIV usando da camisinha. 

A aids não tem cura, por isso, é importante que você se previna. Em todas as épocas do ano, pare, pense e use camisinha. Conheça todas as formas de prevenção em aids.gov.br. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada Brasil






Testes genéticos contribuem para diagnósticos e tratamento de câncer no mundo


60 mil casos de câncer tem um alto risco de desenvolver a doença por hereditariedade


Em 2013, a atriz norte-americana Angelina Jolie declarou ter realizado um exame que apontava um risco aumentado de desenvolver um câncer de mama, doença que ceifou a vida de sua mãe em 2007. Ela realizou um teste genético, que tem a função de detectar alterações no DNA que levam ao surgimento de tumores malignos antes do surgimento da doença.

Recentemente, Tahir Khan, de 44 anos, Sophia Ahmed, de 39 anos, e Omar Khan, de 27 anos, três irmãos britânicos, decidiram retirar o estômago após descobrirem serem portadores de um gene cancerígeno, fator considerado como um indício de predisposição maior ao risco de desenvolver futuramente um tumor no órgão.

Os irmãos foram submetidos à cirurgia após passarem por uma bateria de exames no Hospital Addenbrooke, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. A decisão ocorreu após a mãe e a irmã do trio falecerem em decorrência de um câncer de estômago.

De acordo com o INCA, o Brasil deve ter 600 mil novos casos de câncer em 2019. "Estima-se que entre 5 e 10% dos casos de câncer têm um forte componente hereditário, quando uma mutação transmitida de geração para geração é responsável por aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença, afirma o Dr. Bernardo Garicochea, oncologista e especialista em genética do Centro Paulista de Oncologia – unidade de São Paulo do Grupo Oncoclínicas.

Ainda segundo o especialista, os testes genéticos são indicados apenas quando há um alto risco de mutações associadas ao histórico familiar em parentes próximos (mãe e/ou irmã) ou quando o indivíduo tenha apresentado tumores com idade inferior aos 50 anos.

"É importante que a paciente saiba que não basta ter o desejo de fazer o mapeamento genético. É preciso que um médico geneticista ou mastologista seja consultado previamente para que avalie a história familiar e, com base nisso, se necessário, gere um pedido médico para realização do exame laboratorial", diz Garicochea.

A finalidade principal do exame genético é identificar mutações em alguns genes que ampliam as chances do paciente em desenvolver a doença. Para realizá-lo basta uma amostra de sangue ou saliva, através de onde é extraído o DNA do paciente que é lido por algoritimos específicos desenvolvidos por bionformatas para decidir se existe ou não mutações que podem estar associadas com o risco de câncer.

"Vale lembrar que se identificada a mutação, isso não significa que a pessoa necessariamente terá câncer, mas é um indício de que ela possui uma maior predisposição ao risco de desenvolver um tumor no futuro. Por isso, o teste genético é uma ferramenta que pode levar a uma indicação de realização de exames preventivos com maior constância", finaliza o especialista.




Grupo Oncoclínicas
www.grupooncoclinicas.com


Cerca de 40% dos brasileiros apresentam distúrbios do sono



Conforme as informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% dos brasileiros têm distúrbios do sono. De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), mais de 70 milhões de brasileiros sofrem com problemas na hora de repousar. O dado é preocupante e chama a atenção de especialistas para problemas de saúde em quem enfrenta longas noites sem dormir. No Dia Mundial do Sono (16/3), Celso Musa, coordenador da cardiologia do Hospital Samaritano (Barra da Tijuca), alerta sobre a apneia obstrutiva –  mais prevalente na população.

A apneia obstrutiva do sono pode afetar cerca de 4% das mulheres e 9% dos homens adultos, sendo que sua prevalência é maior entre pessoas obesas, com pescoço largo, na faixa etária acima dos 35 anos. “ É caracterizada por pausas respiratórias, com interrupção ou diminuição da respiração, com duração de mais de 10 segundos. A doença pode ser provocada por alterações anatômicas e pela diminuição de atividades dos músculos dilatadores da faringe”, explica.  

O especialista informa ainda que os sintomas mais frequentes de apneia obstrutiva são: episódios de roncos altos - interrompidos por paradas respiratórias e observados por quem convive com a pessoa -, forte sonolência diurna, sono agitado e aumento da vontade de urinar à noite, além de alterações de memória e raciocínio. “Os indivíduos com apneia costumam acordar com dor de cabeça, cansados e sem disposição, mesmo tendo dormido durante toda a noite. Outra característica comum nessas pessoas é a diminuição da libido, além de uma tendência a quadros de depressão”, diz.

O cardiologista observa que a ciência já comprovou que, para manter o cérebro em alto desempenho, é necessário  descanso e que o sono de qualidade é fundamental. “A quantidade de horas de sono varia entre as pessoas, de acordo com o sexo, a idade e a constituição biológica. As mulheres dormem cerca de 50 minutos a mais que os homens e têm maior quantidade de sono profundo”, informa.

De acordo com o médico, em relação à idade, o sono diminui durante a vida. Enquanto um recém-nascido dorme até 18 horas por dia, um jovem chega a sete ou oito horas, já um idoso pode se satisfazer com apenas cinco horas de sono. “Durante o sono normal, ocorrem alguns despertares breves nos quais não se recupera a consciência ou a memória. Isso se manifesta através de 30 a 60 movimentos por noite, na hora da troca de posição, sem que se lembre disso pela manhã”, explica.

Com relação aos casos mais críticos, a apneia obstrutiva do sono pode ocasionar uma série de alterações, como diabetes, disfunções hormonais e vários problemas cardiológicos, o que inclui arritmias cardíacas e hipertensão arterial, podendo levar a redução do fluxo de sangue no músculo cardíaco e maior incidência de infarto do miocárdio.

A obesidade também é um fator de risco importante para o desenvolvimento da apneia, mas vários estudos mostraram que, devido às mudanças hormonais e à privação do sono, o problema contribui ainda mais para o aumento da obesidade, fazendo com que esses indivíduos tenham maior dificuldade para emagrecer, quando comparados com aqueles que têm um sono reparador.

O especialista reforça a necessidade de se procurar um médico, pois, mesmo tendo alta prevalência na população, apenas agora foram elencados os riscos trazidos por esse distúrbio, bem como a importância do seu diagnóstico. “O grande problema é que cerca de 90% dos indivíduos que possuem apneia do sono ainda não possuem o diagnóstico. Os pacientes portadores de apneia obstrutiva precisam de tratamento, pois, sem acompanhamento clínico, as chances de mortalidade devido ao problema são grandes”, finaliza.


Fortalecimentos dos braços é essencial para autonomia depois dos 60


Estudos apontam que Studio Pilates é eficaz para fortalecer os membros superiores em idosos


Quando a idade chega, principalmente após os 60 anos, o corpo padece. O processo natural do envelhecimento leva à perda da massa muscular, chamada de sarcopenia. Os músculos ficam mais fracos e isso impacta em todos os movimentos e na flexibilidade do corpo. Outro prejuízo é a perda da força.

Segundo a fisioterapeuta e especialista em Pilates, Walkíria Brunetti, o maior enfoque dos treinamentos é dado para as pernas, já que caminhar é um dos principais aspectos que precisa ser preservado na terceira idade, para assegurar a independência e a realização das atividades da vida diária.
Os treinos e exercícios para as pessoas com mais de 60 anos enfatizam mais o fortalecimento dos membros inferiores, uma vez que as pernas são essenciais para caminhar, um dos principais aspectos para manter a independência.

"Porém, os membros superiores também devem ser inseridos nos programas de fortalecimento muscular. Assim como as pernas, os braços também estão envolvidos em inúmeras atividades da vida cotidiana”, ressalta Walkíria.

“Um bom exemplo é o idoso que usa transporte público e precisa da força nos braços para se segurar ou para se levantar do banco, por exemplo. Pegar objetos em lugares mais altos, segurar objetos em geral, escrever, carregar uma sacola, segurar o neto no colo e passar da posição de deitado para levantar-se. Enfim, são inúmeras atividades que necessitam dos músculos dos membros superiores”, reflete a fisioterapeuta.
 

Pilates contribui para aumentar força nos braços

Há inúmeros meios de fortalecer os músculos dos membros superiores. Um deles é o Studio Pilates. No Studio Pilates, que é a técnica tradicional do método, os exercícios trabalham bastante os músculos que sustentam a coluna (CORE).

“Entretanto, há vários exercícios que dependem de força nos braços. Assim, o Pilates trabalha de forma global o fortalecimento muscular, aumentando a flexibilidade e o equilíbrio, aspectos fundamentais para a autonomia dos idosos”, reforça Walkíria.
 

Evidências comprovam eficácia do método

Segundo um estudo, publicado no Journal of Bodywork and Movement Therapies , um programa de Pilates contínuo aumenta a força muscular dos músculos flexores e extensores do cotovelo, além de melhorar a funcionalidade dos membros superiores de forma global em mulheres idosas. Outro ponto positivo do Studio Pilates é que pode ser adaptado de forma individual, respeitando o condicionamento físico do aluno.

“O público idoso pode apresentar algumas doenças crônicas ou condições, como osteoartrose, problemas de coluna, osteoporose, entre outras, que necessitam de uma atividade com acompanhamento de um profissional habilitado, preferencialmente de um fisioterapeuta, dentro de um programa que respeite as limitações físicas”, reforça Walkíria.


É preciso lembrar dos ombros

Segundo a fisioterapeuta, outro ponto importante relacionado aos membros superiores é o fortalecimento dos músculos estabilizadores da escápula, osso anteriormente chamado de omoplata. Para Walkíria, trabalhar apenas as flexões e extensões dos músculos dos braços não é suficiente para prevenir dores e condições que podem afetar os ombros.

“Os músculos que estabilizam os movimentos da escápula precisam estar fortalecidos e saudáveis para o bom funcionamento dos ombros. Quando há um encurtamento ou uma perda de força importante neste grupo muscular, podem surgir as tendinites, bursites e dores nos ombros, que são bastante prevalentes nos idosos”, explica a especialista.

“Como o Studio Pilates também atua nesse grupo muscular, podemos dizer que é uma excelente atividade para quem já passou dos 60 anos ou ainda para quem quer chegar lá com músculos fortes e saudáveis”, encerra Walkíria.
 



Dia Nacional de Atenção à Disfagia


Dia 20 de março é o Dia Nacional de Atenção à Disfagia. A data foi escolhida porque nesse sai, em 2010, foi  publicada a Resolução CFFa (Conselho Federal Fonoaudiologia) nº 383, que dispõe sobre as atribuições e competências relativas à especialidade em Disfagia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia.

As alterações da deglutição são diagnosticadas e tratadas conjuntamente por médicos, enfermeiros, nutricionistas e, fundamentalmente, fonoaudiólogos, que são os profissionais aptos ao trabalho específico da função.

A Disfagia não é uma doença por si só, mas um sintoma de que alguma alteração pode estar ocorrendo, sendo imprescindível a orientação e tratamento adequados, pois além de provocar problemas emocionais e isolamento social, traz consequências tais como: desidratação, desnutrição e pneumonia, podendo chegar ao óbito.

A atenção e o auxílio a pessoas com dificuldades em engolir são importantes para diminuir as complicações provocadas pela Disfagia e, ao sinal de qualquer alteração, deve-se procurar um fonoaudiólogo!




Marina Padovani - professora do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo



Novo tratamento para hemofilia A é aprovado pela ANVISA


O medicamento emicizumabe, o primeiro com administração semanal e subcutânea, passa a também ser indicado para pessoas que convivem com a hemofilia A sem inibidores ao fator VIII da coagulação


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) acaba de aprovar o uso do medicamento HEMCIBRA (emicizumabe), da Roche Farma Brasil, para o tratamento de hemofilia A em pessoas sem inibidores ao fator VIII de coagulação, ou seja, para a maior parcela de pacientes que convivem com este distúrbio da coagulação.  A hemofilia atinge cerca de 11,5 mil pessoas no Brasil¹, sendo que o tipo A representa 80%² dos casos. Este distúrbio hereditário afeta o sistema de coagulação, fazendo com que os pacientes tenham dificuldade de estancar sangramentos espontâneos ou causados por traumas. Isso ocorre devido à ausência, no sangue, do fator VIII, uma proteína que atua nesse processo.

Emicizumabe é a primeira inovação no mercado de hemofilia A desenvolvida nos últimos 20 anos, com novo mecanismo de ação, indicado para profilaxia de rotina, para prevenir sangramento ou reduzir a frequência de episódios de sangramento em adultos e crianças. No ano passado, a ANVISA aprovou o medicamento para terapia de pessoas com hemofilia A com inibidores ao fator VIII.

“Essa aprovação da ANVISA amplia as possibilidades de tratamento, possibilitando às pessoas com hemofilia A uma melhor qualidade de vida”, afirma Lenio Alvarenga, diretor médico da Roche Farma Brasil. “É de extrema importância disponibilizarmos uma opção de terapia eficaz na prevenção e redução da frequência de episódios hemorrágicos com administração mais cômoda e com perfil de segurança adequado”.

De acordo com o estudo HAVEN 3, que embasou a aprovação pela Anvisa, emicizumabe demonstrou redução do número de sangramentos em 96%, quando comparados a pacientes sem inibidores ao fator VIII que não realizaram o tratamento para prevenção de hemorragias. O estudo avaliou adultos e adolescentes com hemofilia A, com pelo menos 12 anos de idade. Outro dado relevante é que emicizumabe demonstrou uma redução de 68% na taxa anual de sangramento versus profilaxia anterior com FVIII.

Além disso, devido à possibilidade de administração subcutânea (abaixo da pele) e uma vez por semana, o impacto da aplicação da medicação nos pacientes é menor, se comparado à administração profilática dos tratamentos disponíveis hoje - que é intravenosa e, pelo menos, 3 vezes por semana.


Sobre a hemofilia A

A hemofilia A é um transtorno grave, na maioria das vezes, hereditário, no qual o sangue não coagula adequadamente, o que leva a sangramentos de difícil controle e, frequentemente, espontâneo. A hemofilia A afeta cerca de 320 mil pessoas em todo o mundo, das quais aproximadamente 50% a 60% têm uma forma grave da doença. Pessoas que sofrem de hemofilia A têm falta total ou quantidade insuficiente de uma proteína da coagulação chamada Fator VIII. Na pessoa sem distúrbios de coagulação, quando ocorre um sangramento, o Fator VIII liga os fatores de coagulação IXa e X, uma etapa crítica para a formação do coágulo sanguíneo que ajuda a interromper o sangramento.

Além disso, uma complicação grave do tratamento é o desenvolvimento dos chamados inibidores contra o Fator VIII usado na terapia de reposição. Os inibidores são anticorpos que o sistema imunológico do organismo desenvolve e que se ligam ao Fator VIII reposto, bloqueando sua eficácia e dificultando ou mesmo impossibilitando a obtenção de um nível de Fator VIII suficiente para controlar o sangramento.

Emicizumabe tem agora sua aprovação no Brasil para tratamento destes dois perfis de hemofilia A – com ou sem inibidores ao Fator VIII.





Referências:
2.        A hemofilia A é a mais comum e representa 80% dos casos. Ocorre devido a deficiência do Fator VIII, Segundo a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular – ABHH http://www.abhh.org.br/educacao/fique-por-dentro-educacao/hematologia-de-a-a-z/faq/Acessado em 08/03/2019.
3.        Matéria da revista científica da Faculdade de Medicina de Campos - http://www.fmc.br/revista/V6N1P07-13.pdf . Acessado em 08/03/2019.


Especialista alerta sobre o risco de consumir alimentos industrializados


O consumo deste tipo de produto prejudica o equilíbrio corporal e pode levar a doenças crônicas


Nos dias de hoje, é muito comum que as pessoas troquem refeições adequadas por lanches rápidos, muitas vezes acompanhados de refrigerantes ou sucos que são vendidos como alternativas saudáveis, porém, contam com uma quantidade enorme de açúcar.

O problema não atinge apenas os adultos. As crianças também acabam ingerindo substâncias prejudiciais à saúde sem que os pais saibam e os grandes vilões são os alimentos industrializados.    

De acordo com a nutricionista e farmacêutica, Cláudia Torquato, da rede de clínicas OligoFlora, este tipo de alimentação prejudica o funcionamento do fígado e gera um efeito em cascata que sobrecarrega os outros órgãos e levam o nosso corpo ao desequilíbrio.

“São produtos pobres em nutrientes e ricos em sódio, conservantes e realçadores de sabor, por exemplo. São elementos estranhos para o nosso fígado e ele fica sobrecarregado quando trabalhar para eliminá-los. Quando isso acontece, os outros órgãos também trabalham em excesso e o nosso corpo começa a entrar em desequilíbrio. Com o tempo, surgem as doenças e alguns estudos relacionam o consumo de determinadas substâncias ao câncer”, explica a nutricionista.

Além de prejudicar a eliminação das toxinas, este tipo de alimentação dificulta a absorção de nutrientes pelo corpo. Com o tempo, o conjunto disso tudo pode ter relação com dores nas articulações, alergias de pele, acne e alergias.

“É importante ressaltar que não é só o consumo de determinado produto que levará ao desenvolvimento de doenças. Tudo faz parte de um processo. Se a pessoa tem uma predisposição a algum problema, ele será agravado por conta da má alimentação”, explica.

A nutricionista, porém, faz uma ressalva. É preciso olhar o corpo como um todo. Ela faz uma analogia com o motor de um carro. Caso o dono utilize combustível adulterado, o funcionamento da máquina será prejudicado.

“Por isso, recomendo: descasque mais e desembale menos. É preciso haver um equilíbrio na alimentação. Quanto mais próximos de alimentos crus vindos da natureza, maior é a chance dele nos trazer benefícios”, comenta.

De acordo com a nutricionista, alguns produtos prejudiciais devem ser destacados:

- Macarrão instantâneo: ele é frito e o tempero é cheio de aditivos químicos e realçadores de sabor

- Biscoitos saborizados: também levam aditivos químicos e realçadores de sabor. Muitas vezes, vemos alguns com sabor de queijo, presunto. Não há presunto ou queijo. São elementos químicos que prejudicam a nossa saúde.

- Empanados de frango: este produto é feito com sobras de carne dos frigoríficos e sua composição é cheia de conservantes e outros compostos prejudiciais. O pior é que muitos pais acabam alimentando os filhos desta forma.

- Refrigerantes: esses são velhos conhecidos pela enorme quantidade de açúcar, corantes e sódio.



40% da população apresenta algum tipo de distúrbio do sono



“Uma noite mal dormida pode comprometer o desempenho das atividades diárias, pois é responsável por causar dificuldade de concentração, alterações da memória e do humor, entre outros sintomas”, afirma a médica neurologista Ester London, especialista em sono do Hospital VITA, em Curitiba. A preocupação excessiva e a falta de sono podem aumentar o risco de hipertensão, doenças degenerativas, ansiedade e depressão. A neurologista explica que é durante o repouso que organismo volta à condição na qual iniciou o dia. “É nesse período que acontece o relaxamento muscular, redução da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e da produção de urina”, relata.

Além disso, segundo ela, é o momento de consolidação da memória e do controle da temperatura corporal. “Diversos hormônios são influenciados pelo sono, como a insulina, que controla a glicose no sangue, a leptina, responsável pela saciedade, a grelina, responsável por estimular o apetite, e a somatotrofina, que age no crescimento”, destaca Dra. Ester.

O sono é essencial para a consolidação da memória, assim como para a saúde em geral. Embora as pessoas variem muito em suas necessidades de sono individuais, estudos mostram que o ideal são de seis a oito horas de sono por noite. Ter um sono de qualidade é ainda mais importante do que a quantidade de horas dormidas. “É preciso obedecer a demanda do corpo e dormir quando ele pede. O importante é dormir quando estiver cansado e despertar descansado”, ressalta a médica.

Dra. Ester conta que a privação de sono leva a danos secundários, isto é, dormir pouco aumenta os riscos de diabetes, hipertensão, estresse, obesidade, entre outros problemas. Levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que cerca de 40% da população apresenta algum tipo de distúrbio do sono, como insônia, terror noturno, apneia e sonambulismo.


Sono e doenças degenerativas

Estudo recente, realizado pela Academia Americana de Neurologia, associa a falta de sono ao aumento de chance de desenvolver doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson. É durante o sono que é realizada a limpeza do sistema neurológico, nesta hora ocorre a limpeza dos acúmulos da atividade celular e dos radicais livres. “A falta de descanso pode aumentar as chances de demências”, alerta Dra. Ester.


Diagnóstico
As alterações no sono podem ser identificadas com o auxílio de uma análise chamada de polissonografia. O exame também é indicado para diagnosticar a apneia, roncos, ranger de dentes (bruxismo), fibromialgia, entre outros transtornos.

A polissonografia é um exame que é realizado no Laboratório do Sono, no qual é reproduzido o ambiente de um quarto, onde o paciente passa a noite e tem o sono monitorado por um técnico, por câmeras e eletrodos que servem para medir as atividades cardíaca e cerebral, ronco, movimentos e oxigenação, e tem como objetivo monitorar o sono e avaliar diversos parâmetros. “A partir dos resultados, o médico tem as informações necessárias para tratar o problema da pessoa”, afirma a especialista.


Apneia do sono

O problema pode afetar qualquer um, inclusive crianças.  “Trata-se de uma alteração que pode acontecer durante o sono em que ocorre uma parada abrupta na respiração enquanto dorme, explica Dr. Luiz Eduardo Nercolini, otorrinolaringologista do Hospital VITA.  Pesquisas estimam que a apneia do sono afeta 4% dos homens e 2%  das mulheres entre 30 e 60 anos.

Os sintomas relacionados à apneia do sono podem ser variados como: excesso de sono durante o dia e até insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração e memória, dor de cabeça pela manhã, roncos, pausas na respiração durante o sono.

Dr. Nercolini esclarece que a apneia do sono pode ocorrer por vários motivos, mas principalmente por uma falha da musculatura atrás da garganta e da base da língua em manter a passagem do ar aberta, causando uma obstrução e levando a baixa oxigenação do sangue.  “Consequentemente, o ciclo de sono é quebrado para que se reestabeleça os níveis normais de oxigenação no sangue. Isso faz com que ocorra alterações nas fases do sono e por isso surgem os sintomas”, descreve.

Os sintomas relacionados a apneia do sono podem ser variados como: excesso de sono durante o dia e até insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração e memória, dor de cabeça pela manhã, roncos, pausas na respiração durante o sono.


Tratamento

Conforme o grau de apneia do paciente é necessário algum tipo de tratamento. “O método deve ser individualizado para cada caso, algumas vezes sendo necessário cirurgia (nasais, palatais, na base da língua e cirurgias esqueléticas envolvendo os ossos da face) outras vezes métodos não-cirúrgicos, como o chamado CPAP (do inglês continuous positive airway pressure). “O aparelho oferece ao paciente ar pressurizado por meio de uma máscara adaptada para manter a via aérea aberta”, conclui o otorrinolaringologista.


Higiene do sono

Segundo Dra. Ester, mudar alguns hábitos já é um bom caminho para melhorar a qualidade do sono. Confira as dicas:

– Procure deitar e levantar no mesmo horário todos os dias;

– Desligue os eletrônicos (celular, tablet, computador) pelo menos uma hora antes da hora de dormir;

– Leia um livro e/ou escute uma música suave para relaxar;

– À noite, prefira refeições leves;

– A temperatura do quarto deve ser suave também (no máximo, 22 º C);

– Vista um pijama confortável;

– Roupa de cama limpa também ajuda a dormir bem;

– Evite atividades físicas perto da hora de dormir (prefira os alongamentos e relaxamentos), mas não deixe de praticar exercícios físicos regularmente, ao menos três na semana. “A atividade física aeróbica é um hábito que contribui para melhorar a qualidade do sono”, enfatiza a neurologista.

– Evite ingerir bebida alcoólica ou com cafeína à noite;

– O sono é induzido pelo relaxamento e a falta de luz, então relaxe e deixe o quarto escuro para seu cérebro liberar a melatonina;

– Se acordar durante a noite e não voltar a dormir, pegue um livro para ler, isso ajuda.





Hospital VITA 



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