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quinta-feira, 7 de junho de 2018

Biodegradável e Reciclagem: entenda suas diferenças



Durante toda a vida somos ensinados a reciclar, conhecer produtos biodegradáveis e saber os impactos na natureza, além de nos educar para um pensamento mais sustentável diante de um mundo que está cada vez mais com problemas ambientais. Por isso, o site TS Ambientali preparou um infográfico diferenciando os biodegradáveis e reciclagem, para você que ainda não conhece os objetivos dessas práticas e como ela age e reage no meio ambiente.




Práticas sustentáveis colocam empresas um passo à frente da concorrência


Mata do Uru, na Lapa (PR)
Crédito: Rodolfo Buhrer


Na pesquisa Estilo de Vida Sustentável, realizada no Rio de Janeiro em 2015, 80% dos entrevistados disseram estar dispostos a pagarem mais por produtos que sejam ambientalmente responsáveis e produzidos por empresas que mantêm práticas comerciais éticas. Tal comportamento por parte do consumidor está fazendo um número cada vez maior de empresários enxergarem que ser sustentável e socialmente correto garante à marca um diferencial que pode colocá-la à frente da concorrência. Organizações mundo afora têm firmado compromissos atrelados à sustentabilidade e estão trabalhando de forma a buscar alternativas para que suas ações minimizem impactos negativos e potencializem os positivos. Daí a preocupação com gestão de resíduos, eficiência energética, reaproveitamento de água, governança, contratação de fornecedores, além de investimentos em favor da comunidade e meio ambiente.

Segundo o engenheiro florestal Miguel Milano, diretor da Permian Brasil, presidente do conselho diretor do Instituto LIFE e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, uma parte considerável das empresas já têm projetos na área de sustentabilidade, algumas com iniciativas acertadas, outras com processos “equivocados”, mas é um número menor de empresas que conduz o assunto de forma consistente. “Temos poucas empresas na ponta, de vanguarda neste campo, mas elas têm um impacto muito significativo, seja por causa de sua representativa participação direta no mercado, seja por influenciar fornecedores e a concorrência”, ou como inspiração geral, afirma Milano, que cita como exemplo a iniciativa da Unilever, que processa 1% da soja produzida no planeta, mas compra soja produzida em áreas de desmatamento.


Certificado em prol do meio ambiente

A Certificação LIFE reconhece organizações que desenvolvem ações favoráveis e efetivas à conservação da biodiversidade, colaborando assim com a manutenção de áreas naturais e a oferta dos serviços ecossistêmicos. Antes de se tornar a primeira indústria brasileira a receber a certificação, a Posigraf escalou vários patamares de gestão, alcançando certificações nos campos da gestão da qualidade, gestão ambiental e procedência florestal do papel usado na produção industrial.

Além do cumprimento das normas legais, pré-requisito inicial de qualquer processo de gestão, a Posigraf tem políticas e práticas próprias para evitar e mitigar danos ambientais. Dentre as muitas iniciativas, a Posigraf possui como diretriz a escolha de insumos com baixo impacto ambiental, a busca pelo aumento da eficiência energética e pela redução do desperdício no processo produtivo, acarretando na redução nos volumes de geração de resíduos sólidos. Mas uma ação fundamental para este processo de certificação foi a adoção voluntária do compromisso de compensação dos impactos ambientais ainda não mitigáveis, o que se deu com a adoção da Mata do Uru, uma reserva natural localizada no município da Lapa (PR), que protege um importante remanescente natural da Floresta com Araucária no Estado do Paraná. O foco da adoção está em manter a biodiversidade da floresta, mas também abre espaço para o desenvolvimento de pesquisas e atividades educativas no local.

A empresa também pratica algo muito comum hoje no mercado: a preferência a parceiros que atendam a determinados padrões e requisitos sociais e ambientais. E na posição de fornecedora, ela também é auditada por parceiros comerciais que desenvolvem programas de sustentabilidade e precisam garantir o cumprimento de alguns padrões em todas as fases do processo produtivo. “Na Posigraf, buscamos praticar a estratégia de sustentabilidade de forma integrada, com processos geridos por meio de indicadores e metas, com orientação para longo prazo e foco no engajamento de stakeholders. Do ponto de vista da gestão da cadeia de suprimentos, acreditamos na construção de relações fundamentadas pela integridade, transparência e atendimento à requisitos legais” afirma a supervisora do Sistema Gestão Integrado da Posigraf, Andréa Luiza Silva Arantes.


Novas perspectivas: integração entre a empresa e a comunidade

Novas tendências também têm surgido quando a abordagem de sustentabilidade está atrelada às ações voltadas para a comunidade. Diversas empresas têm buscado alinhar as estratégias dos seus investimentos sociais com o negócio. Uma das razões desse alinhamento é o entendimento que as empresas podem contribuir para além dos investimentos financeiros, envolvendo a sua rede de parceiros e oferecendo as suas habilidades em prol da comunidade. Segundo a diretora do Instituto Positivo, Eliziane Gorniak, para potencializar o impacto social, cultural ou ambiental é importante que sejam estabelecidos programas estruturados, com objetivos claros, metas e compromissos de longo prazo, de preferência, utilizando o know-how da própria empresa para potencializar os resultados.


Hospital São Camilo reforça a importância da reciclagem das bitucas de cigarro


Rede de Hospitais coletou mais de 12 kg de bitucas em apenas três meses, deixando de contaminar aproximadamente 18 mil litros de água


As bitucas de cigarro, apesar de parecerem inofensivas, são o lixo mais comum do mundo e responsáveis por poluírem o meio ambiente, entupir as redes fluviais das cidades, gerar incêndios e o principal: poluir litros de água.

A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo tem como uma de suas metas de sustentabilidade ambiental, conscientizar, incentivar e organizar o descarte correto dos resíduos de cigarro em suas dependências e arredores. Só nos primeiros três meses do ano, por exemplo, os impactos ao meio ambiente foram minimizados de forma expressiva: nesse período foram coletados mais de 12 kg de bitucas que deixaram de contaminar aproximadamente 18 mil litros de água.

Só em São Paulo, segundo a organização social "Rede Papel Bituca", são jogadas no chão, diariamente, 34 milhões de pontas de cigarro, o que corresponde a 1,7 milhões de maços, que poderiam encher um apartamento de 70 metros quadrados. Para Marisa Coutinho, gerente de hotelaria da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo e uma das responsáveis pelo projeto, esses são números alarmantes. “Os trabalhos de combate ao tabaco não devem se restringir apenas à conscientização da saúde, mas também da responsabilidade individual nesse processo de descarte, que pode ser nocivo para a saúde e para o ambiente coletivo.”

Como as bitucas de cigarro são classificadas como lixo tóxico Classe 1 (a mesma categoria dos resíduos hospitalares), pois carregam mais de 8 mil substâncias tóxicas somente no filtro, o projeto conta com parceria da Poiato Recicla, a primeira estação de coleta e reciclagem de resíduos de cigarro do Brasil.  Os resíduos recolhidos são submetidos a um processo de reciclagem no qual são transformados em massa celulósica utilizando tecnologia 100% nacional desenvolvida pela UnB - Universidade de Brasília.

Para Marisa, a colaboração da população, clientes e funcionários da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo é o grande segredo para os bons resultados do projeto. “O sucesso do programa se dá pela colaboração dos usuários, preservando a limpeza do ambiente e a saúde de todos”.


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