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segunda-feira, 28 de maio de 2018

Lesões na boca que não cicatrizam podem ser sinais de câncer


Muitas vezes silencioso, câncer bucal atinge cerca de 15 mil pessoas ao ano, sendo a incidência predominante em homens acima de 50 anos


Uma afta insistente é um sintoma que pode até passar despercebido, mas na realidade, pode representar um forte alerta para o tumor de cavidade oral, câncer de boca. Sangramento repentino, feridas, machas brancas ou qualquer lesão desse tipo que permaneça por mais de 15 dias na boca deve ser investigado com atenção.

De acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil é o terceiro país com mais ocorrências, cerca de 15 mil casos por ano. O câncer de cavidade oral tem mais incidência em homens acima de 50 anos e costuma ocorrer na parte posterior da língua, mas outras regiões como o assoalho bucal, lábios, as bochechas, gengivas, glândulas salivares, amígdala e o céu da boca também podem ser afetadas.

Por ser uma doença que apresenta sintomas sutis, é preciso sempre estar atento aos primeiros sinais. Além de feridas que não cicatrizam, manchas brancas ou vermelhas, nódulos na região, dor e dificuldade para mastigar ou engolir são outros sintomas que podem “ Higiene oral cuidadosa e consultas regulares ao dentista tem importância fundamental para o diagnóstico precoce do câncer de boca, uma vez que esse tipo de câncer é silencioso e, muitas vezes, indolor. Dessa forma, aliar o conhecimento dos sintomas à realização de cuidados com higiene da boca e consultas regulares ao dentista pode evitar que a doença seja apenas diagnosticada em estágios mais avançados, ajudando a salvar vidas”, orienta a dra. Carolina Fittipaldi, oncologista do Centro de Excelência Oncológica www.centroexcelenciaoncologica.com.br, unidade do Grupo Oncoclínicas no Rio de Janeiro.


Fatores de risco

O desenvolvimento do câncer de boca está muito relacionado ao estilo de vida. O fumo e o álcool ainda são os principais fatores, com 90% dos casos associados a esses hábitos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nos últimos anos, o HPV também tem sido um fator principal para o surgimento da doença, inclusive entre jovens. O contato sexual, principalmente no sexo oral, é a principal forma de contaminação.

“Apesar da queda do número de fumantes perceptível nos últimos anos, o câncer de boca aumentou cerca de 225% na duas últimas décadas, sendo o papiloma vírus um dos principais fatores responsáveis, visto que ele é capaz de acelerar o desenvolvimento desse tumor”, observa a médica Carolina Fittipaldi.


A higiene oral feita de forma precária e inadequada, uma dieta pobre em minerais e vitaminas e a exposição aos raios UVA e UVB sem proteção nos lábios também podem contribuir para o aparecimento da doença.

O tratamento será determinado de acordo com a localização e o estágio da doença. “Cada caso requer um tratamento específico, que pode combinar a cirurgia para a retirada do tumor, quimioterapia e a radioterapia”, esclarece a oncologista do Centro de Excelência Oncológica.

Quando a doença é diagnosticada ainda no início, as chances de sucesso podem chegar a 90% quando o paciente realiza um tratamento adequado. Nos casos em que a doença atinge um estágio avançado, esses índices apontam uma médica de 40%. 



Com que frequência devemos ir ao médico?


 Especialista alerta sobre os cuidados com a saúde para diferentes perfis


Todo mundo deveria saber que, quando apresentamos sintomas desagradáveis ou incapacitantes, um médico deve ser consultado, já que só ele é capaz de dar um diagnóstico e tratamento exatos. O simples ato de ir ao médico quando surge um sintoma pode prevenir e ainda curar doenças.

Segundo a Dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway, a grande maioria da população não tem o costume de cuidar da saúde. “As pessoas têm o hábito de se automedicar ou procurar uma solução rápida para o problema com familiares, vizinhos e até no Google. O que acontece, é que isso pode acarretar um problema sério posteriormente”, explica.

Ainda segundo o especialista, check ups são muito importantes, mas poucos são os que mantêm este hábito. Tal acompanhamento é necessário para avaliar como está o funcionamento do corpo do paciente e, em caso de enfermidades, tratá-las. "Algumas doenças são insidiosas e só vêm apresentar sintomas relevantes quando já estão em estágio avançado. O costume de consultar um médico não apenas quando se está doente faz muito bem pra saúde e pra uma boa qualidade de vida.", acrescenta.
Mas afinal de contas, você sabe com que frequência deve ir ao médico? Uma vez por ano ou duas? Todo mês ou um mês sim, outro não? A verdade é que cada idade exige uma “frequência” diferente de idas ao médico. Confira algumas dicas do Dr. Aier para diferentes perfis: 

Crianças: Após a saída do hospital, caso esteja tudo bem com o recém-nascido, a primeira visita deve acontecer entre no 15º dia de vida. Passado esse período, as consultas devem ser feitas aos: 2, 4, 6, 9 e 12 meses no 1º ano de vida. No 2º ano, o pediatra deve ser consultado para o acompanhamento do bebê aos 15, 18, 21 e 24 meses. A partir daí, é necessário que se verifique o peso e a estatura a cada 6 meses até o 5º ano de vida e depois anualmente entre 6 e 18 anos. Obviamente, se o paciente apresentar alguma doença de base ou quaisquer alterações ao longo deste acompanhamento, essa periodicidade pode sofrer alterações. 


Grávidas: Elas devem procurar o médico assim que tiverem o diagnóstico de gravidez ou mesmo na suspeita de, para iniciar o acompanhamento da gestação. Até o sexto mês, as visitas ao obstetra devem ser mensais. Depois disso, podem ocorrer de 15 em 15 dias, de acordo com o decorrer da gestação. Caso a gestante venha a sentir algo diferente, deve procurar imediatamente o médico. 


Adultos: Devem realizar um check up com todos os exames necessários uma vez ao ano, caso não possuam nenhum problema já diagnosticado de saúde. Exames de audição e visão devem ser feitos a partir dos 40 anos, ou antes, caso existam queixas pertinentes. Os exames específicos, ginecológicos e urológicos, por exemplo, como mamografias, ultrassonografias e consultas aos especialistas, devem ser realizadas na periodicidade recomendada por cada especialidade de acordo com as idades dos pacientes. 


Idosos: Se estão saudáveis, podem seguir a mesma recomendação dos adultos e ir apenas uma vez por ano. Mas se apresentam alguma doença, devem ir ao médico com a frequência determinada por ele.

Para finalizar, o especialista recomenda que as idas ao médico se tornem um hábito, para evitar maiores problemas no futuro. “Não deixem que apenas a doença leve ao médico, um acompanhamento adequado previne inúmeros problemas, a sua saúde agradece”, completa. 






Docway

13 perguntas e respostas sobre a cirurgia de calázio


Segundo a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de São Paulo, o calázio é uma lesão inflamatória que afeta as pálpebras que pode provocar vermelhidão, calor no local, inchaço e sensibilidade. Com a piora da inflamação, pode se formar um nódulo que, em alguns casos, necessita ser retirado cirurgicamente.

“O calázio se forma quando há retenção de uma substância lipídica, ou seja, gordurosa, produzida nas pálpebras e que compõe o filme lacrimal. Essa substância acaba obstruindo as glândulas sebáceas das pálpebras, levando a uma reação inflamatória crônica. Forma-se uma massa ou um nódulo de tecido inflamado, mas estéril, ou seja, sem sinal de infecção”, explica Dra. Tatiana.

A maioria dos pacientes responde bem ao tratamento e o calázio tende a desaparecer em questão de dias ou de semanas. Entretanto, em alguns casos, quando a lesão se torna crônica e o tratamento clínico não resolve, é preciso realizar uma drenagem cirúrgica”, comenta Dra. Tatiana, especialista em cirurgia de pálpebras.

Veja agora as principais dúvidas sobre a cirurgia de calázio:

 

1.Existe alguma recomendação para o pré-operatório? Sim. Aos fumantes recomenda-se parar de fumar cerca de uma semana antes da cirurgia e cerca de duas semanas após. O cigarro afeta tanto a coagulação sanguínea quanto a cicatrização. Outra recomendação é suspender alguns medicamentos que também podem interferir na coagulação sanguínea, como a aspirina, por exemplo. Mas isso deve ser avaliado e decidido pelo médico.


2.É preciso ir acompanhado no dia da cirurgia? Sim. O ideal é ir acompanhado de um familiar ou amigo, pois logo após o procedimento a visão pode ficar embaçada e não é recomendado dirigir.


3. Onde a cirurgia é realizada? A cirurgia de calázio é feita em um centro cirúrgico, que pode ser dentro de um hospital ou ainda em uma clínica que possua a infraestrutura necessária. Em geral, a duração é de 20 a 30 minutos, desde que não haja complicações ou outros problemas durante o procedimento.


4.Qual anestesia é usada? A anestesia usada é a local com sedação. O médico anestesista fará uma sedação leve, para que o paciente relaxe e adormeça levemente, não sentindo assim a realização do procedimento.


5.Como é feita a retirada do calázio? Assim que a anestesia faz efeito, o médico realiza a incisão na pálpebra para retirada do calázio. Quando há mais de um calázio, podem ser feitas outras incisões. Geralmente a incisão é feita por dentro da pálpebra e não deixa cicatriz aparente. Para finalizar, é colocado um curativo. O material removido (nódulo) é enviado para análise anatomopatológica para documentação da lesão.  


6. Ficarei internado?O paciente fica em observação por cerca de uma a duas horas e então é liberado para ir para casa. O tampão (curativo) deve ser removido no mesmo dia, cerca de quatro a seis horas depois da cirurgia.


7. Quais medicamentos o médico irá prescrever?O médico irá receitar colírios e pomadas para aplicação local. Também se recomenda compressas de água gelada nos dias seguintes ao procedimento. O médico também poderá prescrever analgésicos simples para controle da dor.


8. O olho vai ficar inchado?Após a cirurgia é normal apresentar inchaço e hematomas ao redor do olho operado, assim como saída de secreções, durante um a dois dias. O inchaço será pior na manhã seguinte a cirurgia, mas deve diminuir já na primeira semana. A recuperação total acontece em cerca de 15 dias. A visão também pode ficar um pouco embaçada nos primeiros dias.


9. Posso usar lentes de contato? Quem usa lentes de contato precisará ficar longe delas pelo menos dois a três dias depois da cirurgia. Portanto, os pacientes que irão operar um calázio devem ter óculos para substituir as lentes neste período. O principal problema das lentes é que elas aumentam o risco de infecção.


10. Posso usar maquiagem?O ideal é esperar pelo menos de quatro a cinco dias para usar maquiagem na região dos olhos. Os produtos podem irritar a área e aumentar o risco de infecção. Mas, os corretivos são bem-vindos a partir do primeiro dia da recuperação para disfarçar os hematomas.


11. Posso lavar os cabelos?É recomendado esperar pelo menos um dia para lavar os cabelos. Como o inchaço pode dificultar o fechamento completo das pálpebras, o shampoo pode cair nos olhos e causar irritação. Outro cuidado é deixar a água em temperatura ambiente, pois o calor excessivo aumenta o risco de sangramento nas primeiras 48 horas após a cirurgia.


12. Quando posso retomar minhas atividades?
É preciso ficar de repouso por cerca de dois dias após a cirurgia. Na primeira semana é recomendado que o paciente “desacelere” um pouco, fazendo repouso relativo. Na primeira semana após a cirurgia é possível retomar as atividades diárias, como trabalhar, estudar, porém com recomendações importantes. Uma delas é evitar atividades físicas muito intensas, como correr, praticar boxe e lutas em geral. Esportes aquáticos também devem ser evitados para prevenir infecções. Nestes casos, o ideal é aguardar 15 dias ou a alta médica.


13-Quando posso dirigir? Em geral, assim que o paciente se sentir disposto pode voltar a guiar. Entretanto, como a visão fica embaçada nos primeiros dias, o ideal é esperar os três primeiros dias após a cirurgia e seguir a recomendação do médico.


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