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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

60% dos motoristas abririam mão do automóvel se houvesse transporte público de qualidade, aponta pesquisa




O Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC Brasil, e a Confederação Nacional de Dirigentes fez uma pesquisa inédita sobre os hábitos e percepções da mobilidade urbana no dia a dia dos brasileiros. De acordo com o levantamento, caso houvesse uma boa alternativa de transporte coletivo, seis em cada dez motoristas deixariam de usar os veículos particulares para trajetos diários. Ou seja, 60% dos 1.500 consumidores entrevistados, de todas as capitais, mudariam a opção de transporte caso tivessem opções melhores. Quem dá mais detalhes é economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

“Este dado mostra, claramente, que o fato de a gente ter uma mobilidade urbana ainda insuficiente, faz com que mais e mais pessoas usem o carro. E se tivesse uma alternativa de qualidade boa, eles deixariam de usar. E aí a gente tem vários impactos. O trânsito, principalmente. Por conta desta preferência a gente tem um trânsito muito grande. Na nossa estimativa, o brasileiro passa, em média, um mês e sete dias no trânsito ao longo do ano.”

Segundo a pesquisa, 35% dos cidadãos se locomovem de transporte público porque ele é mais barato do que os demais tipos de transporte e 28% contam apenas com esse meio de locomoção disponível. Apenas 17% foram mais resistentes e manteriam o hábito de se locomover apenas com os veículos próprios. É o que explica Marcela Kawauti.

“Foram só 17%, um percentual muito menor do que aqueles que disseram que talvez trocassem o carro se tivessem um transporte público de qualidade. Quando a gente fala de tipo de transporte mais usado no dia a dia, na maior parte dos casos o ônibus foi o mais citado. Para ir ao trabalho ele é usado por 53% das pessoas, a escola ou faculdade, ele é usado por 28% das pessoas, enfim, ele é o mais citado.”

Para aquelas pessoas que preferem se deslocar de carro, surgem no topo da lista de vantagens o conforto (42%), a comodidade (37%) e a rapidez para se chegar ao destino (32%).

A Confederação Nacional de Dirigentes defende que um sistema de transporte planejado, integrado e de qualidade, seria capaz de proporcionar menos emissão de poluentes, reduzir o número de acidentes no trânsito e também traria benefícios para a economia e para o bolso do consumidor. 

A pesquisa foi feita em parceria com o Sebrae e IBOPE e a margem de erro é de no máximo 3,0 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.


OUTRAS INICIATIVAS RELACIONADAS A MOBILIDADE URBANA:

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, o Idec, lançou um aplicativo para celular, chamado MoveCidade, que serve para verificar como está o funcionamento dos meios de transporte e gerar dados para cobrar melhorias das concessionárias e dos governos. A ferramenta já foi lançada em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Já o Instituto Clima e Sociedade (ICS), organização não governamental (ONG) dedicada ao combate às causas das mudanças climáticas, fez um estudo que mostra que os brasileiros têm consciência da importância de mudar as escolhas de transporte e também de priorizar a energia limpa.

Segundo a pesquisa, 86% das pessoas disseram que votariam em um candidato que propusesse a recuperação de calçadas e praças, facilitando, assim, a locomoção a pé pela cidade. Um total de 85% escolheriam um candidato que propusesse a renovação da frota de ônibus e 84% dariam o voto a quem recuperasse de ciclovias e ciclofaixas.

O Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), que é uma ONG com sede em Nova York, também acredita que os habitantes das grandes cidades sofrem com serviços precários. Dados da ONG apontam que a rede de transportes cobre apenas 19% da população de São Paulo e 30% da população do Rio de Janeiro.







Cintia Moreira
Fonte: Agência do Rádio Mais 




Concorrência no financiamento habitacional poderá ser mais acirrada em 2018



Que vários bancos operam no mercado imobiliário não é uma surpresa. Porém, com as novas políticas aplicadas pela Caixa Econômica Federal pode ser a chance real de os bancos privados aumentarem sua participação no mercado de concessão de financiamentos habitacionais, conforme análise de especialista da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH).

De acordo com o presidente da entidade, Vinícius Costa, recentemente, a Caixa deixou de fornecer financiamento habitacional para algumas linhas de crédito e também modificou as condições de financiamento. “Cabendo destaque para o aumento da entrada que deve ser dada pelo comprador, chegando a 50% para os casos de imóveis usados. Aliada à manutenção de uma taxa de juros consideravelmente alta, a expectativa é que haja uma fuga dos consumidores para os bancos privados”, observa.

Nesse contexto, Vinícius Costa avalia a viabilidade de contratação de financiamento habitacional com bancos privados e com condições semelhantes às apresentadas pela Caixa como sendo muito boa para o mercado. “Sempre que existe uma concorrência maior entre fornecedores de produtos e serviços, quem ganha é o consumidor, pois sempre haverá, por parte de um ou de outro fornecedor, algum benefício que trará o consumidor para sua empresa. Assim, o mercado, que é amplamente monopolizado pela CEF, pode sofrer uma reviravolta de muita importância”, avalia.

Por isso, para aqueles que pretendem financiar um imóvel, este é momento de pesquisar e barganhar com os bancos condições mais favoráveis para o negócio já que a concorrência passou a ser mais acirrada diante das novas políticas adotadas pela CEF. “Mas, antes de assinar qualquer contrato, não se esqueça de buscar auxílio de um advogado especializado em direito imobiliário para não cair nas pegadinhas dos contratos de adesão impostos pelas instituições financeiras”, alerta Vinícius Costa.


Negócio muito vantajoso para os bancos – Quando se fala de financiamento habitacional, a referência é um produto financeiramente interessante para os bancos. “Primeiro, porque possuem uma garantia, dada pelo consumidor, que é capaz de diminuir consideravelmente o risco do negócio. Os imóveis, que são os garantidores das dívidas, podem ser levados a leilão e o produto da venda é capaz de proporcionar ao banco a recuperação do crédito”, lembra o presidente da ABMH.

Por outro lado, situação diferente ocorre com empréstimos pessoais sem garantia, cheque especial, cartão de crédito dentre outros produtos. “Além disso, uma taxa média de 10% ao ano para um contrato de 360 meses implica em um lucro que supera três vezes o valor emprestado. Sem dúvida, é um nicho do mercado muito importante e atraente para as instituições financeiras”, assegura Vinícius Costa.






ABMH São Paulo
Americana (atende Grande São Paulo e região de Campinas): (11) 966-643-785 (Oi) /(19) 3013-4643
Sorocaba: (15) 3224-1191

 


As empresas brasileiras e os erros financeiros



Uma unanimidade entre os brasileiros diz respeito a dificuldade de empreender no país. Além da grande burocracia encontrada pelos empresários, a falta de preparo da grande maioria deles acaba trazendo grandes problemas para as empresas, principalmente no que se refere a gestão financeira. Pequenos erros neste setor são capazes de destruir qualquer sonho e acabar, até mesmo, com negócios consolidados. Eles acabam minando empresas, dificultando o crescimento e, até mesmo, levando elas para a inadimplência e para a falência.

O erro começa pela ausência de um planejamento de negócios bem feito. Planejamento de negócios - seja operacional, financeiro ou estratégico - ajuda uma organização a traçar um caminho para a realização de seus objetivos. Toda vez que uma empresa não realiza previsões financeiras, operacionais ou deixa tarefas e decisões para a última hora, está potencialmente afetando o desempenho. O planejamento é parte fundamental na tomada de decisão da gestão.

Além disso, as empresas brasileiras têm por hábito negligenciar a importância de uma contabilidade bem organizada e conectada com o resto da companhia. Isso resulta normalmente em demonstrativos financeiros que não refletem a realidade, ocasionando furos de caixas e inventário, além de abrir margem para fraudes e sonegações. Esses erros fazem com que as empresas trabalhem no “achismo”, entrando em uma verdadeira furada. Projeções e orçamentos financeiros não devem basear-se em "achismo", mas sim em informações sólidas e robustas com base na análise de dados e benchmarks de mercado. Portanto, as premissas devem seguir a regra dos ‘3 P’s’: elas devem ser possíveis, plausíveis e prováveis.

As dívidas, também, são tratadas de maneira equivocada pela grande maioria dos empresários brasileiros. Elas nem sempre são ruins. Para que uma empresa seja operacional ela precisa de ativos, sejam eles equipamentos, instalações ou até mesmo pessoas trabalhando. Existem algumas formas de financiar/pagar esse ativo. Dívidas, quando bem estruturadas, podem ser uma ótima fonte de financiamento e quando falamos em dívida não necessariamente são bancárias, podem ser dívidas com seus próprios fornecedores.

Para completar, além de todos esses aspectos levantados, existem quatro dicas bem básicas que podem fazer toda a diferença para o sucesso de uma empresa: 


1 - Cuidado com o Lucro: Diversas empresas veem seus lucros crescendo ano a ano, mas nunca conseguem entender para onde este dinheiro foi, pois, lucro é diferente de caixa. Devemos tomar muito cuidado ao analisar os dados financeiros e contábeis para que exista geração de caixa e não somente lucro contábil.


2 - Pagamento à vista: Novamente no assunto dívida, os gestores muitas vezes preferem realizar pagamentos à vista por “não ficar com pendências” ou até mesmo para “evitar a utilização errônea do caixa”, o que se mostra claramente um erro. Seus fornecedores podem dar prazo para o pagamento, consequentemente gerando dívidas para a empresa, o que é ótimo, pois deixa mais caixa disponível para investimento na operação, fazendo com que a empresa cresça.


3 - Governança Corporativa: Um erro trivial entre as corporações de médio porte é considerar que Compliance e Governança Corporativa são instrumentos que só devem ser utilizados por grandes empresas do mercado e que irão “engessar” a gestão, não aplicando medidas simples de controles para evitar desvios internos, erros humanos e principalmente criando processos para que a empresa seja menos dependente de pessoas e passe a ser dependente dos processos.


4 - Crescer é bom, mas cresça com saúde: Empresas que crescem muito rápido e não possuem planejamento, tendem a ter problemas. Isso acontece por diversos motivos, sendo os principais: a necessidade de caixa cada vez maior e investimentos exagerados, que posteriormente podem gerar capacidade ociosa.






Henrique Tarasiuk - consultor financeiro e fundador da Legacy Partners (www.legacypartners.com.br)




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