Que vários bancos operam no mercado
imobiliário não é uma surpresa. Porém, com as novas políticas aplicadas pela
Caixa Econômica Federal pode ser a chance real de os bancos privados aumentarem
sua participação no mercado de concessão de financiamentos habitacionais,
conforme análise de especialista da Associação Brasileira dos Mutuários da
Habitação (ABMH).
De acordo com o presidente da
entidade, Vinícius Costa, recentemente, a Caixa deixou de fornecer
financiamento habitacional para algumas linhas de crédito e também modificou as
condições de financiamento. “Cabendo destaque para o aumento da entrada que
deve ser dada pelo comprador, chegando a 50% para os casos de imóveis usados.
Aliada à manutenção de uma taxa de juros consideravelmente alta, a expectativa
é que haja uma fuga dos consumidores para os bancos privados”, observa.
Nesse contexto, Vinícius Costa avalia
a viabilidade de contratação de financiamento habitacional com bancos privados
e com condições semelhantes às apresentadas pela Caixa como sendo muito boa
para o mercado. “Sempre que existe uma concorrência maior entre fornecedores de
produtos e serviços, quem ganha é o consumidor, pois sempre haverá, por parte
de um ou de outro fornecedor, algum benefício que trará o consumidor para sua
empresa. Assim, o mercado, que é amplamente monopolizado pela CEF, pode sofrer
uma reviravolta de muita importância”, avalia.
Por isso, para aqueles que pretendem
financiar um imóvel, este é momento de pesquisar e barganhar com os bancos
condições mais favoráveis para o negócio já que a concorrência passou
a ser mais acirrada diante das novas políticas adotadas pela CEF. “Mas,
antes de assinar qualquer contrato, não se esqueça de buscar auxílio de um
advogado especializado em direito imobiliário para não cair nas pegadinhas dos
contratos de adesão impostos pelas instituições financeiras”, alerta Vinícius
Costa.
Negócio muito vantajoso para os bancos
– Quando se fala
de financiamento habitacional, a referência é um produto financeiramente
interessante para os bancos. “Primeiro, porque possuem uma garantia, dada pelo
consumidor, que é capaz de diminuir consideravelmente o risco do negócio. Os
imóveis, que são os garantidores das dívidas, podem ser levados a leilão e o
produto da venda é capaz de proporcionar ao banco a recuperação do crédito”,
lembra o presidente da ABMH.
Por outro lado, situação diferente
ocorre com empréstimos pessoais sem garantia, cheque especial, cartão de
crédito dentre outros produtos. “Além disso, uma taxa média de 10% ao ano para
um contrato de 360 meses implica em um lucro que supera três vezes o valor
emprestado. Sem dúvida, é um nicho do mercado muito importante e atraente para
as instituições financeiras”, assegura Vinícius Costa.
ABMH São Paulo
Americana (atende Grande São Paulo e região de Campinas): (11) 966-643-785
(Oi) /(19) 3013-4643
Sorocaba: (15) 3224-1191
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