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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Dezembro Vermelho: mitos e verdades sobre a AIDS



Professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo esclarece dúvidas mais frequentes sobre a síndrome


Apesar da evolução nas formas de tratamento e prevenção, a síndrome da imunodeficiência adquirida, mais conhecida pela sigla AIDS (do inglês “acquired immunodeficiency syndrome”), continua a ser uma preocupação dos brasileiros. Segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas (Unaids), 15 mil pessoas morreram em decorrência do vírus HIV, o causador da AIDS, em 2015, somente no Brasil.

A Unaids ainda indica que a população vivendo com a doença no País passou de 700 mil, em 2010, para 830 mil, em 2015, fazendo com que o Brasil respondesse por mais de 40% das novas infecções na América Latina. Entre os adultos brasileiros, os novos casos subiram 18,91% em 15 anos. No mundo, em média, 1,9 milhão de adultos a cada ano foram infectados com HIV desde 2010.

Por conta do Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, celebrado anualmente em 1º de dezembro, o Governo Federal instituiu recentemente o Dezembro Vermelho, mês que será inteiramente dedicado ao combate à síndrome, por meio de campanhas de prevenção.  

Apesar de ter se tornado mundialmente conhecida desde que foi descoberta, há 30 anos, a AIDS ainda deixa muitas dúvidas. A Dra. Maria Amélia de Sousa Mascena Veras, médica e professora do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), esclarece o que é mito e o que é verdade em relação à síndrome. 


- O vírus HIV pode ser transmitido por beijo, abraço ou aperto de mão?
Mito. O vírus HIV é transmissível apenas por contato sexual ou pelo sangue.


- É possível contrair o vírus HIV no sexo oral?
Verdade. Embora o risco seja significativamente menor se comparado a outras modalidades de sexo (anal e vaginal), as chances aumentam se houver alguma ferida aberta ou ejaculação na boca.


- Todo portador de HIV tem AIDS?
Não necessariamente. HIV é o vírus, que pode ou não se manifestar em sua síndrome (AIDS). 


- No Brasil, é possível fazer prevenção medicamentosa para evitar a contaminação do HIV?
Verdade. O que já existe é a PEP (profilaxia pós-exposição), um conjunto de medicamentos anti-HIV que pode ser tomado até 72 horas após a situação de risco, durante 28 dias, para diminuir as chances de uma infecção pelo HIV. Porém, será possível fazer prevenção medicamentosa para evitar a contaminação deste vírus a partir de 1º de dezembro de 2017, quando será implementada a PrEP (profilaxia pré-exposição) no Sistema Único de Saúde (SUS). A PrEP, no entanto, não confere proteção contra nenhuma outra doença sexualmente transmissível, como sífilis, hepatites ou gonorreia. 


- O diagnóstico é feito somente por exame de sangue?
Mito. Além do teste pelo sangue, já existe o teste de fluido oral, que é capaz de detectar a presença de anticorpos para o HIV na saliva.


- Se o exame der negativo, posso respirar aliviada?
Mito. Se o exame der negativo, existe uma chance muito grande de que a pessoa não esteja infectada. Porém, se a pessoa tiver tido alguma exposição ao HIV durante o período chamado janela imunológica – período que o organismo necessita para desenvolver anticorpos detectáveis nos exames –, pode, sim, haver infecção com resultado negativo. Vale lembrar que, para os testes disponíveis no sistema público de saúde, considera-se como janela imunológica o período de 30 dias após situação de risco. Caso a pessoa acredite ter se exposto durante esse período, recomenda-se repetir o teste 30 dias depois. 


- É possível contrair vírus HIV em estúdios de tatuagem, manicures e consultórios de dentista?
Verdade. Além de outras infecções graves como hepatites. Por isso, é necessário que todos os aparelhos utilizados sejam descartáveis ou devidamente esterilizados antes de serem utilizados novamente.


- Portadores de HIV, mesmo fazendo tratamento correto, morrem mais cedo do que pessoas que não estão infectadas?
Talvez. Portadores de HIV têm um risco maior de desenvolver problemas de saúde como infecções oportunistas (tuberculose, toxoplasmose etc.) e alguns tipos de câncer, especialmente quando sua carga viral não está zerada. No entanto, pessoas que iniciam o tratamento cedo e o fazem da maneira correta, diminuem significativamente esses riscos. Atualmente, há muitas pessoas vivendo com HIV com a mesma expectativa de vida de pessoas não-infectadas. 


- Mulheres soropositivas podem engravidar sem que o vírus HIV seja transmitido?
Verdade. Se já estiverem em tratamento ou o iniciarem o quanto antes, o risco de transmissão para o bebê se reduz a quase zero.


- É preciso haver penetração para a transmissão do HIV?
Mito. O HIV tem diversas formas de transmissão, inclusive pelo sangue. No entanto, o sexo com penetração é um dos que oferecem maior risco, especialmente se houver ejaculação ou feridas abertas em qualquer um dos órgãos envolvidos (pênis, ânus ou vagina).


- Os novos coquetéis de drogas fizeram da AIDS uma doença crônica como a hipertensão?
De certa forma, sim. Isto significa que a chance de alguém que adere ao tratamento da maneira correta desenvolver AIDS é mínima. No entanto, é preciso lembrar que interromper o tratamento vai fazer com que o vírus volte a se multiplicar, além de favorecer sua mutação em formas mais resistentes aos medicamentos disponíveis. 


- Toda camisinha é 100% confiável?
Mito. Nenhum método de prevenção é 100% eficaz. O preservativo, contudo, confere um grau de proteção muito alto, próximo a 100%, se utilizado da maneira correta. Recomenda-se, especialmente no sexo anal, que ela seja utilizada junto a um gel lubrificante à base de água, uma vez que o ânus não possui lubrificação natural e a camisinha pode se romper com o atrito.


- Quem tem uma relação estável pode dispensar o preservativo?
Depende. Esta é uma decisão que tem de partir de cada casal. Se ambos forem soronegativos e mantiverem uma relação estritamente monogâmica (isto é, sem outros parceiros), não há qualquer chance de infecção pelo HIV. Se um ou ambos os parceiros possuírem o HIV, recomenda-se o uso da camisinha para evitar a infecção do parceiro HIV negativo ou a reinfecção no caso de uma pessoa HIV positivo. Em casais com relacionamentos abertos, o preservativo também pode estar presente como coadjuvante na redução de riscos.






Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP



7 Benefícios da musicalização infantil: a chave para o desenvolvimento social e cognitivo na primeira infância



O Centro de Cultura Musical investe em aprimorar a percepção musical de crianças desde os primeiros meses de vida


A primeira infância, etapa dos dois aos seis anos, é uma das fases mais importantes do desenvolvimento humano, pois é nela que ocorrem as inovações radicais na inteligência tanto por iniciativa própria, quanto por estímulos externos, conforme afirma o psicólogo Jean Piaget.

Segundo estudo realizado pelo Núcleo Ciência pela Infância (NCPI), em parceria com o Insper, “a Primeira Infância é um período crucial no qual ocorre o desenvolvimento de estruturas e circuitos cerebrais, bem como a aquisição de capacidades fundamentais que permitirão o aprimoramento de habilidades futuras mais complexas”.

A musicalização infantil desenvolve a apreciação musical e a sensibilização aos sons que já existem ao seu redor trabalhando a habilidade criadora, desde os primeiros meses. O estímulo musical, aumenta o comprimento dos feixes cerebrais, acarretando na multiplicidade de habilidades como a audição, cognição e até na ativação de conexões entre neurônios cerebrais.

“A musicalização infantil consiste em aprimorar a percepção musical desde os primeiros meses do desenvolvimento cognitivo. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento intelectual das crianças, já que na primeira infância, elas têm todas as “janelas das habilidades” abertas”, Afirma Amélia Cruz diretora da CCM Perdizes.


Concentração e Criatividade

A música potencializa a plasticidade cerebral favorecendo conexões entre neurônios na área frontal, relacionada a processos de memorização e atenção. A prática musical desde a primeira infância desenvolve uma boa memória e a capacidade criativa de improviso. Em idosos, a música favorece a prevenção de Alzhimer, trabalhando a memória e o exercício mental.


Saúde Mental

O ensino musical também trabalha a autoestima, disciplina, superação de barreiras, socialização e trabalho em equipe. A prática ajuda a criança a superar seus limites e reconhecer suas forças e fraquezas. A prática com instrumentos musicais também pode ser um grande aliado no combate à depressão, estresse e ansiedade, melhorando o humor e ajudando na capacidade de reconhecimento e resolução de problemas.


Autismo e TDAH

A música reforça áreas cerebrais que, na criança com TDAH, são fracas como o córtex auditivo, visuo-espacial e motor do cérebro. Isso faz com que a criança melhore sua capacidade de concentração, autoestima, autoexpressão e desenvolvimento social. Em crianças com autismo, estímulos musicais têm sido responsáveis por ativar regiões do cérebro associadas ao processamento de emoções.


Desenvolvimento Neuropsicológico

Desenvolver habilidades musicais requer múltiplas funções cerebrais, tais como a função auditiva, para executar e apreciar a harmonia, ritmo, timbre, som, silêncio e demais propriedades sonoras; visual, na leitura de partituras, cifras e reconhecimento espacial do instrumento; e cognitivas, para tocar o instrumento. Dessa forma, a comunicação entre os dois lados do cérebro é estimulada, explicando assim a sua relação com o raciocínio e a matemática.


Habilidades de Liderança

O estudo de instrumentos musicais pode desenvolver habilidades de liderança nas crianças, justamente por trabalhar o equilíbrio, coordenação motora, autoconfiança, concentração elevada, e raciocínio mais ampliado. Essas habilidades ajudam a criança a melhorar seu desempenho também nos estudos escolares, e em seus relacionamentos sociais.


Enriquecimento Cultural

Ajuda a criança a conhecer a diversidade de estilos musicais que existem no mundo, além da história por trás de cada um deles. Põe o aluno em contato com diferentes culturas, países, épocas e lugares, ajudando a enxergar a música como forma de expressão de um momento ou grupo social.


Sensibilidade Emocional

Outro benefício, de extrema importância para o século da tecnologia, é que a música ajuda a trabalhar e desenvolver os sentimentos, ajudando a explorar e manifestá-los. Em um momento de individualismo e distanciamento, ter contato com seus sentimentos e compartilhar com os demais é essencial.

“A musicalização infantil consiste em aprimorar a percepção musical desde os primeiros meses do desenvolvimento cognitivo. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento intelectual das crianças, já que na primeira infância, elas têm todas as “janelas das habilidades” abertas”, Afirma Amélia Cruz Diretora do CCM Perdizes





Centro de Cultura Musical
Rua Ministro Godói, 556 -Perdizes - SP
Telefone: 3862-2944





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