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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

FUTURO DO MERCADO DE SEGUROS



Futuro. Nos últimos anos, especialmente após o início da crise econômica, política e institucional que vive o Brasil, nada é mais esperado do que ele. Independente do setor da economia, do tamanho das empresas ou do momento de vida de cada profissional, nada é mais esperado do que o futuro. No setor de seguros, claro, isso não é diferente.

Apesar de toda tribulação vivida no país, o mercado segurador conseguiu passar por 2016 crescendo cerca de 7% e a expectativa é de que em 2017 a performance do setor seja semelhante. O desafio para o futuro está em retomar os planos de crescimento que existiam em meados de 2015, quando uma pesquisa realizada pela KPMG no Brasil apontava crescimento de 50% para esse mercado nos cinco anos seguintes. Obviamente que para isso não podemos cruzar os braços e esperar que a solução venha do céu.

Creio que o desafio e a chave para a retomada estejam em fazer com que as pessoas pensem no próprio futuro. Na compreensão de que contratar um seguro não é uma despesa, mas um exercício financeiro importante para resguardar as pessoas em momentos críticos. Interessante como nós, brasileiros, ainda não abrimos os olhos para tal realidade.

Claro, também é importante que as empresas seguradoras entendam as necessidades dos clientes e criem oportunidades de crescimento. Enxergo como caminho para o mercado de seguros a personalização dos produtos para atender nichos específicos da população – algo que conheço bem e aplico há anos – além de parcerias entre empresas do segmento a fim de ganhar capilaridade.

Vejo o mercado de seguros se aperfeiçoando no nosso país, o que é ótimo. Também vejo que a disseminação de conhecimento sobre o tema entre a população tem avançado. Talvez não na velocidade e dimensão de ideias, mas, com certeza, já temos uma realidade diferente do que enfrentávamos na chamada década perdida (anos 1980). Além disso, também é importante lembrar o papel do corretor habilitado pela Susep, que vai indicar os melhores caminhos aos clientes, orientá-los sobre o produto ideal e, acima de tudo, auxiliar as pessoas no fornecimento das informações certas e completas na hora de contratar um seguro. O apoio do corretor de seguros é imprescindível para que todo o processo de contratação seja...seguro!

Outro aspecto importante e que não se pode deixar de abordar ao falar do futuro do mercado são as corretoras online, cujo número tem crescido nos últimos anos. O mundo digital é realidade há tempos e sem dúvida vai evoluir muito mais. Porém, será que nossa sociedade está preparada para contratar seguros online, sem o apoio de um corretor durante o processo? Será que não seria o momento de utilizar um modelo híbrido, em que um corretor possa acompanhar os passos do futuro segurado?

A realidade é que o mercado já evoluiu bastante e que a fiscalização realizada pela Susep é bastante efetiva, pontos importantes para que o nosso setor seja cada vez mais confiável. Crise, ao contrário do que se pensa, revela oportunidades. Quem tem visão de futuro e de mercado, faz um bom planejamento e consegue desenvolver produtos ou inovar, esses certamente largam na frente se atendem os anseios dos consumidores. Estamos todos fazendo isso?





Pedro Pereira de Freitas - CEO da American Life, tradicional seguradora brasileira com mais de 20 anos de mercado, reconhecida por apostar em nichos de mercado.





Fim de ano: hora de exercitar com os filhos o consumo consciente



Pais devem driblar os pedidos em excesso das crianças dando o exemplo e reforçando noções sobre educação financeira


Época de crescimento expressivo no consumo, o mês de dezembro é sinônimo de compras e gastos acima da média em relação ao restante do ano. É, portanto, um período em que as famílias devem cuidar para evitar que o consumismo desenfreado acabe influenciando as crianças. Os excessos dos adultos sempre servem de modelo para os menores e, quando se trata de satisfazer os desejos de compras, não é diferente. Educar para o consumo consciente exige, em primeiro lugar, que os pais sirvam de exemplo. E esse é um bom momento para driblar o aumento no número de pedidos dos filhos reforçando as noções sobre educação financeira.

Para Altemir Farinhas, consultor da Conquista Soluções Educacionais, a criança segue os exemplos dos pais. “Se um pai está gastando exageradamente, a criança vai pedir coisas e insistir até conseguir porque ela entende que se seus pais podem gastar a vontade, elas também podem comprar o que desejam”, explica Farinhas. Nessa época, a emoção e o clima de “lista de natal” costumam falar mais alto, então é preciso atenção redobrada. Segundo Farinhas, a conversa sobre as finanças deve ser clara: quanto os pais ganham e quanto gastam, quais despesas a família tem, e se podem ou não comprar o que a criança pede. “É importante que o discurso seja o mesmo praticado durante o ano todo”, destaca.

Quando a conversa sobre o orçamento familiar é aberta, fica mais fácil falar não nos momentos em que a criança, estimulada pelo clima de consumo dessa época, começa a pedir muitas coisas. Farinhas reforça que é importante se colocar no lugar da criança, não querer simplesmente impor o mundo adulto para a criança. “É preciso usar exemplos que elas entendam para garantir que a mensagem foi compreendida e assimilada”, finaliza.

Veja dicas que podem ajudar os pais a minimizar os excessos dessa época:


1. Dê o exemplo

Não adianta nada dizer para os filhos que não se deve gastar por impulso e “estourar” o cartão de crédito no shopping. É difícil para a criança acompanhar os pais e sair de mãos abanando quando os adultos estão carregados de sacolas. É preciso coerência.


2. Estabeleça acordos prévios

Deixe acertado com as crianças, antes de sair de casa, qual o objetivo de determinados passeios ou visitas a shoppings e supermercados. Se a criança sabe, antecipadamente, que não irá ganhar nada naquele momento, isso ajuda a reduzir a expectativa dos pequenos e os pedidos por impulso.


3. Evite unir lazer a consumo

É muito comum, principalmente nessa época em que as crianças já estão de férias e os pais precisam fechar a lista de compras de fim de ano, que os adultos levem as crianças para passear no shopping, associando a ideia de lazer ao consumo. Prefira sair com o seu filho para visitar parques, a casa da vovó, museus e outros lugares que ofereçam diversão para os menores. 


4. Cuidados com as longas listas de presentes

As crianças, em geral, se empolgam com a ideia de que Natal significa ganhar muitos presentes e imaginam uma lista numerosa de itens desejados. Explique que é preciso escolher apenas um presente que considerem mais legal, para não alimentar a expectativa de que vão ganhar tudo o que querem. É importante também ensinar que datas comemorativas não devem ser associadas apenas a momentos para consumir e ganhar presentes.




HOLODOMOR E A PEDAGOGIA DO SILÊNCIO



        Foi um sucesso a inauguração, no dia 5 de dezembro, da exposição "Holodomor, o genocídio ucraniano". A mostra de imagens e relatos gráficos permanecerá aberta à visitação até o dia 9 na sede da ADVB/RS. O evento é uma iniciativa da Faculdade de Filosofia São Basílio Magno, de Curitiba, e veio a Porto Alegre graças à determinação com que a jornalista Fernanda Barth tratou de buscá-la. Teve apoio local da ADVB/RS e de quase uma centena de colaboradores. Coube-me a conferência de abertura, que antecedeu à aula magna do padre Domingos Starepravo. Falei sobre a Revolução Russa e seu terrível legado.
        Na primeira parte da minha palestra, tendo em vista o silêncio que envolve o Holodomor, fiz um teste sobre as criminosas ocultações no ensino de história em nosso país. Vali-me, para isso, da própria experiência do público presente, que incluía muitos jovens. Tenho certeza de que as unânimes manifestações que obtive não serão diferentes das respostas dos leitores destas linhas. São cinco pares de perguntas. Apenas cinco de inúmeras possíveis. Cada primeira pergunta leva à subsequente, que, por mero dever de ofício, senão por honestidade intelectual, deveria ser objeto de abordagem em sala de aula. Assim:
·       Enquanto estudante, assistiu você a aulas em que as Cruzadas foram mencionadas e criticadas? E ouviu alguma referência à Jihad ou expansionismo islâmico?
·       Lembra de alusões à interferência da CIA no Brasil antes e durante os episódios de 1964? E algo lhe foi dito sobre o que a KGB fazia no mesmo período?
·       Ouviu, na escola, críticas eloquentes ao capitalismo? E lembra de qualquer menção ao socialismo que não fosse elogiosa?
·       Eram frequentes os comentários depreciativos sobre a Igreja Católica? E alguma outra religião foi, também, objeto de críticas?
·       Houve aulas a respeito da Revolução Russa e da vitória comunista sobre o absolutismo monárquico dos czares? E lembra de alguma referência ao terrorismo de Estado, à Cheka, aos vários genocídios que compõem a longa história dessa mesma revolução?
        Enquanto as primeiras perguntas são respondidas afirmativamente por todos, as segundas sempre têm respostas negativas. Tais temas sempre foram silenciados! São páginas em branco. Tem-se aí a prova provada do muito que tenho denunciado sobre manipulação da verdade e ocultação de fatos, com destapado intuito político no ensino brasileiro, que está a exigir urgente despartidarização.
        Em maio de 2015, o sindicato que representa os professores do ensino privado do Rio Grande do Sul se manifestou sobre o movimento Escola Sem Partido. A qualidade do ensino brasileiro despencava, o aparelhamento das instituições e o uso militante da cátedra elevavam o tom em proporção inversa, e o Sinpro-rs veio com tudo: "Retirar da Educação a função política é privá-la de sua essência" para colocá-la a serviço "da ideologia liberal conservadora". A essa ideologia, os professores de nossos filhos atribuem todas as perversidades e tragédias humanas, das pragas do Egito ao terremoto do México, passando por Jack o Estripador e o naufrágio do Titanic.
        Não é por acaso que nosso sistema de ensino se tornou um dos piores do mundo civilizado. Afinal, sua "essência" é ser campo de treinamento de militantes para os partidos de esquerda. Os dirigentes do sindicato dos professores do ensino particular (e não pensam diferente as lideranças dos professores do ensino público) estão convencidos de serem detentores não do dever de ensinar, mas do direito de doutrinar! E creem que essa vocação política, superior a todas as demais, "essencial à Educação", encontra na sala de aula o espaço natural para seu exercício. Se lhes for suprimida a tarefa "missionária" e lhes demandarem apenas o ensino da matéria que lhes é atribuída, esses professores entrarão em pane, talvez porque isso seja precisamente o que não sabem. Pergunto: porque não tentam fazer a cabeça de alguém do seu tamanho? A minha, por exemplo?


 

 Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.




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