Futuro. Nos últimos anos,
especialmente após o início da crise econômica, política e institucional que
vive o Brasil, nada é mais esperado do que ele. Independente do setor da
economia, do tamanho das empresas ou do momento de vida de cada profissional,
nada é mais esperado do que o futuro. No setor de seguros, claro, isso não
é diferente.
Apesar de toda tribulação vivida no
país, o mercado segurador conseguiu passar por 2016 crescendo cerca de
7% e a expectativa é de que em 2017 a performance do setor seja
semelhante. O desafio para o futuro está em retomar os planos de crescimento
que existiam em meados de 2015, quando uma pesquisa realizada pela KPMG no
Brasil apontava crescimento de 50% para esse mercado nos cinco anos seguintes.
Obviamente que para isso não podemos cruzar os braços e esperar que a solução
venha do céu.
Creio que o desafio e a chave para a
retomada estejam em fazer com que as pessoas pensem no próprio futuro. Na
compreensão de que contratar um seguro não é uma despesa, mas um
exercício financeiro importante para resguardar as pessoas em momentos
críticos. Interessante como nós, brasileiros, ainda não abrimos os
olhos para tal realidade.
Claro, também é importante que as
empresas seguradoras entendam as necessidades dos clientes e criem
oportunidades de crescimento. Enxergo como caminho para o mercado de seguros a
personalização dos produtos para atender nichos específicos da população – algo
que conheço bem e aplico há anos – além de parcerias entre empresas do segmento
a fim de ganhar capilaridade.
Vejo o mercado de seguros se
aperfeiçoando no nosso país, o que é ótimo. Também vejo que a disseminação de
conhecimento sobre o tema entre a população tem avançado. Talvez
não na velocidade e dimensão de ideias, mas, com certeza, já temos uma
realidade diferente do que enfrentávamos na chamada década perdida (anos
1980). Além disso, também é importante lembrar o papel do corretor
habilitado pela Susep, que vai indicar os melhores caminhos aos
clientes, orientá-los sobre o produto ideal e, acima de tudo, auxiliar as
pessoas no fornecimento das informações certas e completas na hora de
contratar um seguro. O apoio do corretor de seguros é
imprescindível para que todo o processo de contratação seja...seguro!
Outro aspecto importante e que não se
pode deixar de abordar ao falar do futuro do mercado são as corretoras online,
cujo número tem crescido nos últimos anos. O mundo digital é realidade há
tempos e sem dúvida vai evoluir muito mais. Porém, será que nossa sociedade
está preparada para contratar seguros online, sem o apoio de um corretor
durante o processo? Será que não seria o momento de utilizar um modelo híbrido,
em que um corretor possa acompanhar os passos do futuro segurado?
A realidade é que o mercado já
evoluiu bastante e que a fiscalização realizada pela Susep é bastante efetiva,
pontos importantes para que o nosso setor seja cada vez mais confiável. Crise,
ao contrário do que se pensa, revela oportunidades. Quem tem visão de futuro e
de mercado, faz um bom planejamento e consegue desenvolver produtos ou inovar,
esses certamente largam na frente se atendem os anseios dos consumidores.
Estamos todos fazendo isso?
Pedro Pereira de Freitas - CEO
da American Life, tradicional seguradora brasileira com mais de 20 anos de
mercado, reconhecida por apostar em nichos de mercado.
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