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terça-feira, 25 de abril de 2017

Dia Nacional e Dia Mundial da Hipertensão



Cardiologista esclarece dúvidas e dá dicas de como prevenir o problema 


Nos dias 26 de abril e 17 de maio comemora-se, respectivamente, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão e o Dia Mundial da Hipertensão. No Brasil, a data é promovida pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), enquanto no mundo é uma iniciativa da Sociedade Internacional de Hipertensão (ISH). Em ambos os casos, o objetivo é mostrar à população a importância de aferir a pressão arterial com regularidade e incentivar hábitos de vida saudáveis.

Segundo a SBH, a doença acomete uma em cada quatro pessoas adultas. Estima-se que a doença atinja em torno de 25% da população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos, e 5% das crianças e adolescentes no Brasil. A doença é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

De acordo com o cardiologista e diretor médico do Hospital Santa Paula, Otavio Gebara, a pressão arterial se eleva por vários motivos, mas principalmente pela contração dos vasos sanguíneos. “A pressão alta compromete os vasos sanguíneos, coração, rins e cérebro. A doença atinge pessoas de qualquer idade ou peso, mas prevalece em adultos”, explica.

A pesquisa Vigitel divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde fez um levantamento com mais de 53 mil pessoas que vivem nas capitais e mostrou um aumento de 60% nos casos de obesidade entre 2006 e 2016. De acordo com a pesquisa, o Brasil viveu nos últimos dez anos uma transição de desnutrição para obesidade que contribuiu para o crescimento de 61% de incidência do diabetes e de 14% nos diagnósticos de hipertensão. Para conter esses números, uma das metas do Ministério da Saúde é a retirada de 14 mil toneladas de sódio dos alimentos industrializados em quatro anos.

Quando um indivíduo apresenta hipertensão arterial e não tem acompanhamento médico pode apresentar dores de cabeça, vômito, dispneia (falta de ar, dificuldade para respirar), agitação e visão borrada. A pressão alta não tem cura, mas deve ser tratada para evitar complicações. O tratamento engloba medidas gerais de reeducação no estilo de vida, como alimentação, prática de exercícios físicos e medicamentos.

Veja a seguir 10 dicas do cardiologista Otavio Gebara, do Hospital Santa Paula:

1) Reduza a quantidade de sal. Use no máximo 1 colher de chá para toda a alimentação diária. Não utilize saleiro à mesa e não acrescente sal no alimento depois de pronto. Dê preferência aos temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha.

2) Diminua drasticamente o consumo de açúcar.

3) Mantenha um peso saudável. Também é importante avaliar a medida da circunferência abdominal (cintura). O homem não deve ultrapassar 102 cm e a mulher 88 cm. Uma pesquisa recente do Ministério da Saúde aponta que a obesidade atinge 18,1% da população da capital de São Paulo. A obesidade é um fator que predispõe a hipertensão. A perda de peso ajuda a controlar os níveis.

4) Pratique atividades físicas pelo menos 5 dias por semana entre 30 e 50 minutos. Faça caminhadas, substitua o elevador pela escada, ande de bicicleta, nade, dance, etc

5) Evite o consumo de bebidas alcoólicas

6) Não fume.

7) Procure manter a mente tranquila para controlar o estresse.

8) Preste atenção: a pressão ideal é 12 x 8. Abaixo de 14 x 9 é aceitável. Se existe a presença de diabetes ou doença renal esse nível é mais baixo. Em idades acima de 70 anos pode-se aceitar níveis até 15 x 8.

9) A hipertensão é uma doença com herança genética. Quem tem pais hipertensos deve se atentar para as medidas desde jovem.

10) A Síndrome da Apneia do Sono (despertares noturnos, ronco e sonolência durante o dia), predispõe a hipertensão. Se a apneia for tratada, a pressão pode normalizar.




Links de apoio:
International Society of Hypertension: http://ish-world.com
Pesquisa Vigitel / Ministério da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/noticias-svs/28109-em-dez-anos-obesidade-cresce-60-no-brasil-e-colabora-para-maior-prevalencia-de-hipertensao-e-diabetes
Sociedade Brasileira de Hipertensão: http://www.sbh.org.br


Hospital Santa Paula
 Av. Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000
Para mais informações acesse: www.santapaula.com.br




Asma causa cerca de seis óbitos por dia no Brasil. Falta de tratamento ainda é o principal motivo.



 2 de maio é o Dia Mundial de Combate à Asma. Nesta ocasião especial, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) traz informações e dicas para evitar crises e hospitalização por causa da doença.

A asma é uma inflamação crônica das vias aéreas que causa contração dos brônquios e bronquíolos (tubos que levam o ar para os pulmões). Os sintomas mais comuns são falta de ar (principalmente dificuldade de expirar o ar), aperto e chiado no peito, tosse seca e persistente e fôlego curto. “Esses indícios na infância podem ser facilmente confundidos com bronquite ou bronquiolite, o que é muito perigoso, já que a asma não reconhecida não será tratada de forma adequada. A diferença é que, no caso da asma, após os 3 anos de idade os sintomas persistem, vão e voltam conforme há exposição a algum alergênico”, explica a pneumologista Dra. Alenita Oliveira, coordenadora da Comissão Científica de Asma da SBPT.

Os alérgenos que desencadeiam a asma podem ser poeira, ácaro, pelo de animais, fumaça, mofo, perfume, produtos químicos ou medicamentos. A doença também pode estar relacionada à prática de exercício físico vigoroso, ao estresse emocional e às mudanças de temperatura.

Nesta época mais fria do ano, as pessoas tendem a se fechar nos ambientes que acumulam mofo e poeira, por isso, as crises de asma podem ser mais frequentes. Além disso, quadros virais e outras alergias, como a rinite, também provocam a doença. Cerca de 80% dos asmáticos têm rinite, o que pode agravar a asma se não controlada. Por isso, é essencial manter os cômodos sempre muito limpos, utilizando o aspirador de pó diariamente.

De acordo com dados da SBPT, dois milhões de brasileiros são diagnosticados com asma todos os anos. O total de internações pela doença em 2014 chegou a 111.723.

O exame mais indicado para detectar a asma é o Teste de Função Pulmonar ou Espirometria, realizado por pneumologistas certificados pela SBPT.

A asma não tem cura, mas como toda doença crônica, é fundamental que o paciente reconheça as crises, evite fatores agravantes, como a fumaça do cigarro, e a exposição à alérgenos, como o mofo. Além disso, os medicamentos utilizados de forma adequada restabelecem a qualidade de vida dos asmáticos. “A principal forma de administrar os fármacos para a asma é a via inalatória, as chamadas bombinhas”, explica a Dra. Alenita. 

De acordo com a pneumologista, a maioria é tratada com dois tipos de medicação: (1) controladora ou de manutenção, que reduz a inflamação dos brônquios, previne os sintomas e evita as crises (os corticoides inalatórios), e (2) medicação de alívio ou de resgate, que ameniza os sintomas quando há piora da asma (broncodilatadores).

Porém, é importante mencionar que a terapia é muito variável para cada caso. “Temos alguns pacientes que podem necessitar de fármacos específicos, como os novos medicamentos biológicos. Somente a avaliação minuciosa vai ajudar na indicação adequada”, completa a especialista.  Por isso, é essencial não se automedicar e contar sempre com um pneumologista. 


Mitos e Verdades Sobre a Asma

Na infância, a asma é mais comum em meninos – Verdade

Até os 10 anos de idade, crianças do sexo masculino têm mais chances de serem diagnosticadas com asma por terem vias aéreas mais estreitas. Já na idade adulta, a doença prevalece entre o gênero feminino.

Asma e obesidade podem estar diretamente relacionadas – Verdade
O excesso de gordura no corpo leva a altos níveis de leptina e citocina inflamatórias, que estão ligadas ao surgimento da asma. Além disso, a obesidade altera propriedades mecânicas do sistema respiratório.

A “bombinha” de asma vicia – Mito
O broncodilatador de curta ação ou medicação de resgate alivia momentaneamente a falta de ar quando inalado. O que acontece, muitas vezes, é que o paciente não trata a asma de maneira contínua - o que não é o correto - e necessita das bombinhas com maior frequência, mas isso nada tem a ver com “vício”.

A “bombinha” faz mal para o coração – Mito
Quando surgiram os primeiros remédios broncodilatadores para asma, eram substâncias que tinham como efeito colateral a aceleração do coração (taquicardia). Com as novas e melhores drogas e dispositivos, esse efeito foi desaparecendo.

Asma em adultos pode estar relacionada à insônia – Verdade
Segundo pesquisa recente da Universidade de Pittsburgh, as crises de asma são mais frequentes em pacientes que têm problemas para dormir. Além disso, pessoas que apresentam as duas doenças costumam ter mais depressão e sintomas de ansiedade.






Campanha #PacientesNoControle chama atenção para tratamento de câncer de mama metastático


Mulheres com câncer de mama metastático, a fase mais avançada da doença, quando tumores se manifestam em outros órgãos além da mama, não encontram no Sistema Único de Saúde todo o suporte necessário para lutar contra a doença. O acesso ao tratamento esbarra na ausência de medicamentos atualizados em relação aos avanços da medicina. Porém, essa situação pode finalmente mudar. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), órgão do Ministério da Saúde, abriu duas consultas públicas para ouvir a população a respeito da inclusão na rede pública de saúde de alternativas terapêuticas para pacientes com câncer de mama metastático do subtipo HER2+, uma variação agressiva do câncer de mama.


Uma das consultas abertas refere-se à inclusão do medicamento trastuzumabe para essas pacientes e a outra à inclusão dos medicamentos trastuzumabe e pertuzumabe para uso combinado com a quimioterapia padrão já disponível no SUS. Enquanto o trastuzumabe consta na lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde para enfrentamento do câncer no mundo todo, o pertuzumabe potencializa os efeitos desse tratamento e permite que pacientes controlem a doença por ainda mais tempo. De acordo com o estudo Cleopatra (2013), a quimioterapia oferecida pela rede pública de saúde pode oferecer cerca de 20 meses de vida às pacientes. A adição do trastuzumabe eleva esse tempo para 40 meses e o uso conjunto do pertuzumabe, por sua vez, a 56,5 meses de vida.


Atualmente, ambos os tratamentos já são oferecidos para pacientes que dispõem de convênios de saúde. Na rede pública, o trastuzumabe é hoje ofertado apenas para pacientes com câncer de mama em estágios inicial e localmente avançado, ou seja, antes de surgirem metástases.


O objetivo das consultas públicas é ouvir pacientes, familiares, amigos, cuidadores, profissionais de saúde, integrantes de ONGs, entre outras pessoas que convivem com o câncer de mama, para que emitam opiniões que auxiliarão na decisão do Ministério da Saúde sobre a oferta dos tratamentos na rede pública.


Nesse contexto, para fomentar o debate e contribuir para que as pacientes possam ter acesso igualitário aos tratamentos e a oportunidade de controlar a doença por mais tempo, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) lança a campanha #PacientesNoControle. A iniciativa lança luz sobre os desafios enfrentados por pacientes com câncer de mama metastático e pretende levantar o debate em diversos setores da sociedade, via redes sociais, portais e blogs, utilizando a hashtag #PacientesNoControle. A Federação acredita que quanto mais o assunto for abordado maior será a pressão pública para mudar o cenário ao qual as pacientes são expostas ao lutar contra o câncer.


Acesse o site da campanha para obter mais informações que evidenciam como as pacientes são afetadas pessoal, emocional, social e economicamente pela doença, a importância da inclusão dos tratamentos avaliados na rede pública de saúde, bem como orientações sobre o funcionamento da consulta pública.


A campanha também promove uma pesquisa destinada a mulheres que vivem com câncer de mama metastático sobre o impacto da doença e do tratamento em suas vidas. As respostas, anônimas, serão compiladas em um documento único a ser entregue à CONITEC para contribuir com a avaliação. Essa pesquisa conta com o apoio do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, Instituto Oncoguia e Instituto Lado a Lado pela Vida. Se você for paciente com câncer de mama metastático, participe da pesquisa aqui.


Toda voz é fundamental na luta pelo acesso ao tratamento do câncer, por isso a FEMAMA conta com sua ajuda para divulgar a campanha #PacientesNoControle e a necessidade de garantir subsídios que contribuam para o controle efetivo da doença em seu estágio mais avançado.

Apoie a iniciativa em três passos:


1-Compartilhe informações sobre o tema usando a hashtag #PacientesNoControle;


2-Se você for paciente com câncer de mama metastático, responda a pesquisa da FEMAMA (acesse aqui);


3-Contribua diretamente com a consulta pública da CONITEC (aqui).
 


















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