Pesquisar no Blog

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Hipertensão Arterial: epidemia silenciosa atinge 17 milhões de pessoas



26 de abril é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Pró-Rim orienta como se prevenir e viver mais




A hipertensão arterial é uma doença popular que acomete uma em cada cinco pessoas, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). Hoje, no Brasil, 23% da população sofrem com a doença e estima-se que até 2025 o este número possa chegar a 80% da população. O que muita gente não sabe é que a hipertensão leva a outras consequências graves e muitas vezes irreversíveis, como doenças cardiovasculares, acidentes vasculares e insuficiência renal.




Foi isso que aconteceu com Analie Santos, que aos 39 anos sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e ficou em coma na UTI por 34 dias. Ela conta que convivia com hipertensão controlada por medicamentos. Mas, garante que uma série de fatores contribuiu para este desfecho, incluindo obesidade e sedentarismo, associado à pressão alta.

“Estava quase sempre estressada, com hábitos alimentares nada saudáveis. Houve uma complicação geral com o AVC, inclusive com os rins. Logo após, não conseguia andar, falava com muita dificuldade e a minha alimentação era através de sonda. Creio que o histórico familiar teve influência neste processo. Meu pai enfartou e minha avó paterna faleceu devido a um AVC. Eles sofriam com hipertensão”, relata Analie, que hoje está recuperada e apresenta poucas sequelas do ocorrido.

O presidente da Fundação Pró-Rim, nefrologista Dr. Marcos Alexandre Vieira esclarece que a pressão arterial empurra o sangue bombeado pelo coração, via artérias, para levar os suprimentos necessários aos demais órgãos. “Quando a pressão está alta, o coração faz mais força para bombear o sangue, porque com a idade as artérias ficam menos complacentes e oferecem mais resistência à sua passagem. Esta força resulta em lesões na parede das artérias, grandes ou pequenas. “As consequências mais graves são: o derrame (acidente vascular cerebral), a insuficiência cardíaca (coração grande) e a insuficiência renal (uremia)”, detalha o médico.


 PRESSÃO ALTA E OS RINS

Mas o que a pressão alta tem a ver com a insuficiência renal? “A relação entre a hipertensão e a saúde dos rins é muito próxima. Pode-se dizer que os rins são vítimas e ao mesmo tempo culpados. É que as artérias e arteríolas renais também são afetadas, resultando em perda progressiva da função excretora dos rins, o que leva ao aumento da pressão arterial”, explica o Dr. José Aluísio Vieira, médico nefrologista e um dos fundadores da Pró-Rim.

Foi o que ocorreu com Jéssica Costa Fernandes, de apenas 25 anos, e que há três faz hemodiálise na Fundação Pró-Rim. Ela passou a ter hipertensão depois que perdeu a função renal. Chegou a ter pico de 24 X 18 na pressão arterial. Além da medicação, os cuidados se tornaram redobrados. “O sal foi praticamente eliminado da minha alimentação. Utilizo temperos como cebola, alho, orégano e salsinha para substituir o sal. Além disso, há rigoroso controle na ingestão de água, que pode elevar a pressão”, diz a paciente. 

Segundo o Dr. Marcos Vieira, a hipertensão arterial é tida como uma epidemia silenciosa. Por isso, existe uma grande preocupação para esclarecer sobre os seus malefícios. “A pressão alta, ou hipertensão, é uma doença muito comum que acomete uma em cada cinco pessoas. Entre os idosos ela chega a atacar uma em cada duas pessoas. Também as crianças podem sofrer de pressão alta”, informa o presidente da Fundação Pró-Rim.


OS JOVENS TAMBÉM SÃO VÍTIMAS

É comum dizer que a pressão alta é uma doença democrática, porque ataca homens e mulheres, ricos e pobres, idosos, jovens e crianças, obesos e magros, pessoas calmas e nervosas. Segundo o Caderno de Atenção Básica do Ministério da Saúde, a hipertensão afeta de 11 a 20% da população adulta com mais de 20 anos. “A hipertensão arterial é o fator de risco mais importante entre aqueles que causam morte por doenças cardiovasculares, aliás, a maior causa de morte no mundo moderno”, destaca o nefrologista Dr. José Aluísio Vieira.

O médico acrescenta que “as pessoas que apresentam pressão alta por muitos anos vão minando o seu sistema vascular. Se fumar, comer muita gordura saturada, não controlar o estresse excessivo e for portador de diabetes, o processo se acelera. A obesidade também tem influência na pressão alta. O sal é muito perigoso e tem relação direta com a hipertensão. Nos pacientes que sofrem de insuficiência renal, a restrição de sal é fundamental para o controle da pressão”, alerta.  

Dr. Vieira reforça ainda a necessidade da prevenção, sempre com a orientação de um profissional da área. Para ele, é possível conviver com a hipertensão sem perder a qualidade de vida. “Por isso o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial deve ser foco de reflexão com a maior seriedade possível, pois é um chamamento à prevenção e diz respeito à saúde de todos nós”, conclui o médico. 






Fundação Pró-Rim 

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE HÉRNIA DE DISCO



Quem nunca teve ou conheceu alguém que sofre de hérnia de disco? O problema causa fortes dores e prejudica o cotidiano dos acometidos, já que dificulta a prática de atividades que são comuns para qualquer pessoa.

A hérnia de disco surge quando os discos intervertebrais se desgastam por conta do tempo ou pelo uso repetitivo. Parte destes discos saem da posição normal e comprimem as raízes nervosas, que emergem a coluna.

O problema é mais frequente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.


Causas
Em muitos casos, a hérnia de disco está relacionada ao envelhecimento natural da coluna. Em crianças e adolescentes, os discos têm um alto teor de água.

Com o passar dos anos, os discos começam a secar e se enfraquecer. Eles também encolhem, e os espaços entre as vértebras ficam mais estreitos.
Este processo de envelhecimento normal é a chamada degeneração do disco.


Além do desgaste gradual que acompanha o envelhecimento, há outros fatores que podem aumentar a probabilidade de uma hérnia: sobrepeso, movimentos repetitivos, sedentarismo, tabagismo e traumas.


Sintomas
O sintoma inicial da hérnia de disco costuma ser a dor lombar, que pode durar alguns dias e, em seguida, melhorar.

Após este período, o paciente pode começar a sentir dor nas pernas, dormência ou fraqueza. Um outro sintoma, mais raro, é a perda do controle da bexiga ou intestino.


Tratamento
Na maioria dos casos, a hérnia melhora lentamente ao longo de um período de vários dias a semanas. Normalmente, a maioria dos pacientes está livre dos sintomas entre 3 a 4 meses. No entanto, alguns pacientes experimentam episódios de dor durante a sua recuperação.

Apenas uma porcentagem reduzida de pacientes com hérnia de disco precisa de cirurgia. A intervenção na coluna é normalmente recomendada após um período de tratamento que não aliviou os sintomas dolorosos.




Dr. Sérgio Costa - Ortopedista com Especialização em Cirurgia de Joelho, Artroscopia e Próteses pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP); Pós-Graduado pela Faculdade de Medicina da USP em Ortopedia e Traumatologia; Mestre pela USP; e Coordenador da Equipe Médica do Hospital São Luiz, unidade Itaim


Posts mais acessados