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quinta-feira, 20 de abril de 2017

46,4% dos jovens já sofreram assédio sexual na escola e maioria achou normal, diz pesquisa da Microcamp



Pesquisa sobre assédio sexual realizada pela Microcamp, rede de escolas de informática e inglês, revela que 46,4% dos alunos entrevistados já sofreram assédio sexual nas escolas de ensino regular, e 58,9 % dos assediados afirmaram que não ligaram e agiram naturalmente.

Os dados mostram o quanto o assédio é comum entre os jovens nas escolas, “porém, não pode ser encarado como normal” analisa Helder Hidalgo, psicólogo e coordenador de cursos da Microcamp que defende a realização de debate sobre o tema nas salas de aulas. 

“Os estudantes precisam saber de seus direitos e ser informados que o assédio pode trazer danos psicológicos. É uma ofensa punível e não algo que deve ser tratado com naturalidade”, defende o psicólogo. 

A pesquisa foi realizada no período de 04 a 07 de abril com 2560 jovens da Microcamp (66,1% mulheres e 33,8% homens) com idades entre 12 e 31 anos, sendo que a maioria (73,2%) está na faixa etária dos 12 aos 21 anos e frequenta o ensino médio (60,7%), enquanto19,6% são estudantes do ensino superior, 12,5% ensino fundamental II e 7,1% de Colégio Técnico.


De acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados (83,9%) sabe o que é assédio sexual, enquanto 21,5% afirmam que já ouviram falar, mas não sabem o quão complexo é o assunto e 7,1% não sabem o que é.





Para 44,6% dos jovens, assédio sexual é quando alguém tenta agarrar uma pessoa à força por várias vezes. 3,6% disseram que é quando alguém olha para outra pessoa com desejo; e outros 3.6% interpretam como sendo quando alguém manda mensagens insinuantes. Contudo, para a maioria (48,2%) todas essas situações podem configurar um assédio, somadas a outras: quando alguém convida para tomar alguma coisa, alguém fica olhando com certo desejo e quando ganha um elogio.



O estudo revela também que a maioria (85,6 %) foi assediada por pessoa desconhecida; enquanto 7,2% por amigos e 7% por alguém da própria família.

A pesquisa também quis saber qual foi a reação dos entrevistados assediados. 58,9% afirmaram que não ligaram e agiram naturalmente; 32,1% não gostaram e contaram para alguém da família; 5,4% ficaram contentes e flertaram com a pessoa que os assediou e 3,4% ficou com medo e pediu para não ir mais à escola.



O estudo também questionou se os alunosassediados comentaram o assunto com alguém e a maioria (48,2%) respondeu que não. 25% disseram ter comentado com os pais e 23,2% com os amigos e apenas 1,6 relataram para a direção da escola.



Quem nunca sofreu assédio (53,6%) respondeu o que faria caso fosse assediado: 44,6% disseram que comentariam com a família; 42,9% pediriam para a pessoa parar, 10,7% comentariam com os amigos e 1,8% acharia normal. 



Quando questionados se já assediaram alguém, 85,7% disseram que não, enquanto 8,9% afirmaram ter assediado alguém desconhecido; 3,6% algum amigo e 1,8% o professor.



A pesquisa questionou ainda se o assunto é discutido em sala de aula: 64,3% respondeu que não. Por fim, a pesquisa mostrou que a grande maioria dos jovens (98,2%) acha importante debater o tema na escola.



Com base nos dados da pesquisa, a Microcamp resolveu realizar uma palestra sobre assédio sexual para seus alunos. “Nosso público alvo são os jovens que, como apontam os estudos, são as principais vítimas de assédio sexual. E a maioria deles, como mostra a pesquisa, considera importante discutir o tema em sala de aula. A Microcamp, embora seja uma escola de cursos livres, e não de ensino regular, vai dar a sua contribuição. A palestra vai entrar para o nosso calendário de ações no próximo mês”, antecipa o coordenador.





Material didático melhora em 34% o desempenho de alunos da Educação Infantil




Estudantes da rede pública atingiram o nível de aprendizado de escolas particulares com material desenvolvido no Sul do país

 
O número de crianças matriculadas em creches de todo o país cresceu 56,6% de 2011 para 2016, segundo o Censo Escolar 2016, produzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Nesse mesmo período, a quantidade de crianças matriculadas na Educação Infantil, que abrange a creche (3 anos) e a pré-escola (entre 4 e 5 anos) cresceu mais de 1,2 milhão, passando dos 8,2 milhões.



Os números são positivos, mas revelam desafios, como o desenvolvimento de materiais didáticos que atendam satisfatoriamente às necessidades de aprendizado no início da vida escolar. Uma pesquisa realizada com alunos da rede pública de Monte Alegre (RN) mostrou que a escolha do material didático resultou em melhoria de 34% no desempenho dos alunos.

Este foi o resultado obtido pela Solução Educacional Uninter, com a Coleção Gira Mundo. “O objetivo do teste era escolher o método de ensino mais eficaz para os nossos alunos da Educação Infantil, um dos momentos mais importantes na vida escolar da criança. Desde que começamos a utilizar esse material, em 2015, eles alcançaram o mesmo nível de aprendizado dos estudantes da rede particular, entrando na 1ª série sabendo ler, por exemplo”, relata Alexandre Soares, secretário de Educação de Monte Alegre (RN) e idealizador da pesquisa.  As cidades vizinhas passaram a usar o material didático e alcançaram o mesmo percentual de 34%. Outras duas editoras nacionais participaram do estudo, porém obtiveram resultados inferiores.


Testes
As avaliações foram realizadas durante um bimestre inteiro, com 200 crianças de 2 a 6 anos de idade. Foram analisadas 54 competências, como noção de lateralidade, a capacidade de pintar dentro de um círculo e o entendimento de nome e sobrenome. Os gestores da Secretária de Educação do município realizaram entrevistas com os responsáveis pelo desenvolvimento do material didático, para entender de que forma o método foi construído e se atenderia às necessidades.

“A coleção traz a cultura da infância como princípio norteador do trabalho educativo para toda a Educação Infantil e o brincar como parte da cultura da infância que se desenvolve ao mesmo tempo em que acontecem os processos de educar e cuidar. Cultura, ciência e cidadania são os pilares do método”, explica Cristiane Pizzato, gerente de Produto e Mercado da Solução Educacional Uninter.  O material é produzido em Curitiba (PR), mas distribuído para todo o país. Em 2016, mais de 35 mil kits foram vendidos. 



Capacitação dos professores
De acordo com Alexandre Soares, outro diferencial da Solução Educacional Uninter é a formação presencial oferecida aos professores. “O bom rendimento dos nossos alunos acontece por dois fatores: um material didático bem desenvolvido e os cursos que os educadores recebem para aproveitar ao máximo o método”, confirma.


A cada dois meses, os professores recebem formação continuada da editora, por meio do ensino à distância (EAD). Como apresentar de forma lúdica o conhecimento matemático nas creches, e de que maneira propor intervenções pedagógicas eficazes para alunos com dificuldades de aprendizagem, são alguns dos temas das aulas a distância.


Cidade Digital
A pesquisa realizada em Monte Alegre (RN) faz parte do projeto Cidade Digital, que integrou todos os setores públicos do município, por meio de softwares e internet pública, gerando economia nos gastos. Todo o dinheiro economizado retorna aos setores da sociedade, como o educacional, permitindo que novas soluções sejam implantadas. A pesquisa realizada com os alunos da Educação Infantil é um exemplo desse retorno.


Em feriados prolongados, excesso de velocidade ainda é vilão



Operação Tiradentes de 2016 registrou 64 mil imagens de veículos acima da velocidade


Chegar ao destino sem atrasos ou imprevistos é um dos principais anseios de quem está em uma viagem, sobretudo nas proporcionadas por feriados prolongados, como o do próximo dia 21 (sexta-feira), Dia de Tiradentes. Pela imprudência de alguns motoristas, quem está em busca de dias de sossego e enfrenta o movimento intenso das rodovias para tal, acaba exposto aos riscos das altas velocidades.

Ainda que esses perigos sejam bastante debatidos, eles não pareceram ter sido suficientes para estimular os motoristas a adotarem posturas de mais cautela no feriado de Tiradentes de 2016. Prova disso foi o registro de cerca de 64 mil imagens de veículos acima da velocidade permitida durante a operação organizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na data. Também houve 5,8 mil autuações por ultrapassagem indevida, manobras que colocam em risco não apenas a vida do motorista que a executa, como também dos demais usuários.

Segundo o diretor da Perkons, empresa de gestão de trânsito, Luiz Gustavo Campos, resultados assertivos na redução de condutas desse teor pressupõem ações integradas de educação, engenharia e fiscalização. “A alta velocidade é, sem dúvida, um fator que agrava as ocorrências. Além de potencializar os riscos da perda de controle do veículo, ela reduz o tempo do motorista para reação e aumenta a distância até a frenagem”, acrescenta.

Lembre sempre da dica de ouro: ir e vir em segurança é o melhor do feriado. 



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