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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Doença renal também afeta crianças



Médico da Fundação Pró-Rim alerta para os perigos da doença que pode acometer crianças de todas as idades

Crianças podem sofrer de insuficiência renal crônica. Algumas doenças ocasionadas principalmente por rins policísticos apresentam em média risco de 25% de transmissão genética. Neste caso, o tecido normal do rim que faz a filtração é substituído por vários cistos, que são bolinhas com conteúdo líquido. Isso pode representar ao longo dos anos a perda da função renal. O alerta é do médico nefrologista pediátrico da Fundação Pró-Rim, Dr. Artur Ricardo Wendhausen.
Se houver histórico de doenças renais familiares ou anormalidades detectadas na gestação, a avaliação deve ser mais rigorosa e em intervalos menores. Fora isso, o acompanhamento periódico dos rins deve ocorrer geralmente a partir do terceiro ano de vida. Segundo o médico, os pais também devem solicitar em cada consulta a medição da pressão arterial da criança, que pode indicar um fator de desenvolvimento da doença. 
 “A doença renal afeta tanto crianças como adultos. É silenciosa e não apresenta sintomas. Só vai se manifestar depois que estiver em estágio bem avançado. Por isso é importante detectá-la precocemente”, reforça o Dr. Arthur. Ele acrescenta que os pais devem prestar atenção aos sinais que podem indicar algum problema renal como inchaço, vômitos frequentes, infecções urinárias, atraso no crescimento, problemas ósseos e anemias de difícil cura.
O médico esclarece também sobre as formas de tratamento, que podem ser o conservador, através do uso de medicamentos e em outra fase na hemodiálise ou diálise peritoneal até chegar ao transplante. Ele garante que tanto hemodiálise como diálise peritoneal são tratamentos seguros. “Preferencialmente, o médico é mais favorável à diálise peritoneal, tratamento em que as trocas de bolsas ocorrem em casa e a criança consegue manter a sua rotina escolar e familiar de maneira mais apropriada”, explica.
Assegura, no entanto, que nenhum destes tratamentos compromete o crescimento da criança. “A diálise possibilita o crescimento gradativo, só que mais lento, por conta da doença. O que afeta o desenvolvimento físico é a insuficiência renal crônica, que faz com que o paciente tenha dificuldade em ganhar peso e crescer. Para isso, existem terapias como hormônios de crescimento e vitaminas”. O Dr. Artur descarta, porém, qualquer comprometimento na parte cognitiva da criança. 
O médico alerta aos pais sobre a importância de hábitos na prevenção. É fundamental estimular na criança a ingestão regular de água mesmo sem estar com sede, controlar a obesidade e diminuir consideravelmente o consumo de sal e de alimentos industrializados. Recomenda ainda o desenvolvimento de atividades físicas e a atenção redobrada quanto ao uso de anabolizantes, álcool, tabagismo entre outras drogas, na adolescência. Além disso, é fundamental orientar os filhos sobre automedicação, especialmente com analgésicos e antiinflamatórios que são nocivos aos rins.



Geração Millennials: Quatro hábitos evitáveis que contribuem para o aumento na incidência de câncer entre jovens




Especialista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas alerta sobre comportamentos nocivos à saúde que têm lavado ao aumento na taxa de tumores entre adultos nascidos nos anos 1990


Estimativas apontam que a cada ano são feitos 12 milhões de diagnósticos de câncer no mundo. Se considerarmos apenas o Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), foram registrados em torno de 600 mil novos casos em 2016 – em 2015, eram 520 mil. Considerando total global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que uma grande parte dos casos estão relacionados ao nosso modo de vida. E mais: a entidade destaca a perigosa relação entre hábitos pouco saudáveis da nova geração e o aumento nos índices de tumores entre jovens com menos de 30 anos.

“O câncer é segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos no país, perdendo apenas para óbitos decorrentes de acidentes e violência. Entre 2009 e 2013, de acordo com os dados mais recentes fornecidos pelo Inca, 17.500 jovens brasileiros morreram em decorrência de tumores malignos”, diz o Dr. Andrey Soares, oncologista clínico do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas.

O especialista explica que a somatória destes dados resulta em um alerta importante: é preciso rever nossos hábitos de vida – ou a falta deles – para frear as estatísticas crescentes ano a ano. “O incentivo à prática constante de exercícios físicos, dieta equilibrada, consumo moderado de bebidas alcoólicas e outras medidas simples surgem não apenas como iniciativas essenciais para frear os índices aumentados do câncer como uma maneira de promoção à qualidade de vida e bem estar geral. Essas medidas contribuem também para a potencialização do processo de tratamento para pessoas diagnosticadas com a doença e outras condições como diabetes e hipertensão”.

Para reforçar essa percepção, o Dr. Andrey ressalta que sobrepeso e sedentarismo estão no topo dos fatores que afetam especialmente a saúde da geração de adultos nascidos nos anos 1990. “Millennials têm o dobro de risco de desenvolver câncer no cólon (segmento do intestino grosso) e quatro vezes mais chance de receberem um diagnóstico de câncer no reto em comparação à geração Baby Boomers, indivíduos com 55 anos ou mais, apenas para citar mais um exemplo dos malefícios do sedentarismo e da ingestão de alimentos pobres em vitaminas e fibras”, afirma o oncologista do CPO, citando estudo recentemente promovido pela Sociedade Americana de Câncer (ACS, sigla do inglês American Cancer Society).

E não são só os tumores intestinais que estão relacionados ao nosso comportamento diário. A obesidade já tida como importante contribuinte para o aparecimento de ao menos outros nove tipos de câncer: esôfago, vesícula, fígado, pâncreas, rins, útero, ovário, mama e próstata. “Fatores como sedentarismo, consumo aumentado de carne vermelha, fast food, comida processada, álcool e cigarro também são hábitos comuns entre os jovens que podem trazer malefícios à saúde. Se não atentarmos para os hábitos que colaboram para a redução do risco de câncer, teremos futuramente um contingente cada vez mais aumentado de pacientes nos consutórios oncológicos”, finaliza.

Abaixo, Dr. Andrey Soares lista os principais fatores que podem contribuir para o surgimento do câncer:


Tabagismo: Antigamente, o hábito de fumar era visto com elegância e glamour, sendo incentivado até pelas propagandas que mostravam atores famosos tragando seus cigarros, o que estimulava esse costume entre as pessoas mais jovens. O cigarro era liberado nos restaurantes e até na sala de aula. Hoje, o uso do cigarro pela geração Millenials, na maioria das vezes, vem acompanhando de bebidas alcoólicas. Estimativas apontam que 75% dos casos de câncer de pulmão são decorrentes do uso do tabaco e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. Além disso, o cigarro também é responsável pelo aparecimento do tumor na cabeça e pescoço.


Etilismo: O consumo exagerado de bebidas alcoólicas tem se mostrado um dos hábitos mais frequentes entre jovens adultos. Essa prática traz consequências para a saúde física, sendo um depressor do sistema nervoso central e gerando impactos nocivos a diversos órgãos, como o fígado, o coração e o estômago. Uma pesquisa publicada no Alcohol and Alcoholism mostra que as consequências podem ser ainda maiores: segundo o periódico basta uma dose de bebida alcoólica por dia para aumentar o risco das mulheres desenvolverem câncer de mama em 5%. A conclusão é parte de uma revisão de 113 estudos feita por pesquisadores da Alemanha, França e Itália. Para mulheres que bebem mais – três ou mais doses por dia – o risco de contrair a doença aumenta em 50%.


Sedentarismo: Pode parecer um pouco clichê relacionar a saúde com a prática de exercícios físicos diários, mas esse é um fator que pode diminuir bastante o risco de aparecimento da doença. Mais de um terço dos jovens brasileiros está acima do peso, de acordo com dados do Ministério da Saúde e, esse fato, leva a um risco maior de desenvolver doenças como colesterol alto, diabetes e hipertensão arterial. Com o avanço da tecnologia, os jovens passam mais horas em frente ao computador, plugados no celular ou tablets, deixando de lado as atividades físicas. Mas com pequenos ajustes na rotina, como pequenas caminhadas diárias e subir e descer escadas ao invés de utilizar o elevador, é possível dar um salto na qualidade de vida e prevenir inúmeras doenças, não apenas o câncer. A recomendação da OMS é que pessoas de 18 a 64 anos pratiquem pelo menos 150 minutos de exercícios moderados por semana – ou, em média, pouco mais de 20 minutos por dia.


Infecções Virais: A geração de jovens e adultos com menos de 30 anos preza e valoriza muito a liberdade sexual. Trata-se de um grupo que nasceu após o “boom” do HIV e, apesar de bem informada e consciente dos riscos envolvendo doenças sexualmente trasmissíveis, apresenta índices elevados de contágio pelo chamado papilomavírus humano – conhecido como HPV. Mais comum tipo de infecção sexualmente trasmissível em todo o mundo, o vírus atinge de forma massiva a população feminina - 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos.

Após o contágio, ao menos 5% dessas brasileiras irá desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos, uma taxa alarmante. O tumor já é considerado um problema de saúde pública no Brasil e faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no país, o que inclui a vacinação contra o HPV para meninos e meninas com idades entre 9 e 26 anos. Além do HPV, existem algumas infecções virais que também podem estar relacionadas ao aparecimento do câncer. A hepatite B e C, por exemplo, podem desenvolver o câncer de fígado. Já o HIV pode ser responsável por tumores hematológicos como linfoma.


Exposição Solar: Os jovens estão acostumados a se prevenirem contra o sol quando vão para a praia no verão. Porém, a exposição solar vai muito além, pois para pessoas que costumam ficar expostas aos raios solares, é preciso reforçar o uso do protetor diariamente, principalmente no rosto. Se a exposição for maior, como na praia ou piscina, por exemplo, é importante abusar do protetor no corpo todo, usar chapéus e evitar horários em que a incidência solar esteja mais forte. Em geral, as pessoas costumam relacionar os casos de câncer de pele exclusivamente ao melanoma, mas 95% dos casos de tumores cutâneos identificados no Brasil são classificados como não melanoma, um índice que está diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol.






Sobre o CPO
Fundado há mais de três décadas pelos oncologistas clínicos Sergio Simon e Rene Gansl, o Centro Paulista de Oncologia CPO - Grupo Oncoclínicas, oferece cuidado integral e individualizado ao paciente oncológico. Com um corpo clínico com mais de 50 oncologistas e hematologistas e uma capacitada equipe multiprofissional com psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, enfermeiros e reflexologistas. Oferece consultas médicas oncológicas e hematológicas, aplicação ambulatorial de quimioterápicos, imunobiológicos e medicamentos de suporte, assistência multidisciplinar ambulatorial, além de um serviço de apoio telefônico aos pacientes 24 horas por dia e acompanhamento médico durante internações hospitalares.
O CPO possui a acreditação em nível III pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Acreditação Canadense Diamante (Accreditation Canada), do Canadian Council on Health Services Accreditation, o que confere ao serviço os certificados de "excelência em gestão e assistência” e qualifica a instituição no exercício das melhores práticas da medicina de acordo com os padrões internacionais de avaliação. A instituição possui uma parceria internacional com o Dana Farber Institute / Harvard Cancer Center, que garante a possibilidade de intercâmbio de informações entre os especialistas brasileiros e americanos, bem como discussão de casos clínicos. Além disso, ainda, proporciona a educação médica continuada do corpo clínico do CPO, com aulas, intercâmbios e eventos com novidades em estudos e avanços no tratamento da doença. Atualmente o CPO possui duas unidades de atendimento em São Paulo, nos bairros de Higienópolis e Vila Olímpia.



Sobre o grupo oncoclínicas
Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 10 estados brasileiros. Atualmente, conta com mais de 43 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado na melhor prática clínica.





Implante de lentes trifocais pode aposentar óculos em pacientes com catarata



Novas próteses oculares asseguram uma visão de excelente qualidade e sem óculos após cirurgia, mas nem todo paciente é candidato a usar esse modelo


Uma das principais causa de cegueira no mundo, a catarata costuma dar sinais por volta dos 60 anos, mas também pode atingir pessoas mais jovens e até crianças de maneira precoce, por conta de doenças como a diabetes. A única forma de tratar a catarata é através de cirurgia. A boa notícia é que o avanço tecnológico neste setor tem sido tão grande que a microcirurgia de catarata é considerada um dos procedimentos mais seguros da medicina moderna.

A cirurgia substitui o cristalino opaco por uma lente artificial transparente, que é implantada dentro do olho e lá ficará permanentemente sem perder sua transparência. São as chamadas lentes intraoculares, espécie de próteses feitas com diferentes materiais, formas e finalidades. As mais modernas da atualidade são as lentes trifocais, que após a cirurgia oferecem uma visão de excelente qualidade e sem óculos para quem foi diagnosticado com catarata.

Lançadas no mercado nacional há menos de um ano pela Alcon e Zeiss, as lentes intraoculares trifocais para cirurgia de catarata ainda geram inúmeras dúvidas nos pacientes, principalmente no que se refere aos riscos e vantagens oferecidas. O médico oftalmologista Arthur Schaefer, da Clínica Schaefer de Curitiba, responde aos principais questionamentos de pacientes sobre as lentes trifocais. 


Existe diferença de uma cirurgia com lente trifocal de uma com lente monofocal tradicional?
 
Arthur Schaefer Não há nenhuma diferença nos procedimentos ou no risco operatório, com implante de lentes trifocais ou lentes de foco individuais. Vale lembrar que a microcirurgia de catarata é sim um procedimento seguro, mas sempre é bom salientarmos que toda cirurgia acarreta algum risco.

Dependendo da experiência e habilidade do cirurgião, bem como a saúde e a anatomia do olho, o risco pode variar. Para um cirurgião perito e um paciente saudável, o risco de desenvolver uma complicação séria durante a cirurgia ou recuperação é consistentemente baixo e não está relacionado com o design da lente implantada. Técnicas cirúrgicas recentes de catarata, inclusive o uso do laser, tornaram este procedimento ainda mais seguro.


Mas quais são os riscos específicos de cirurgia de catarata com lente trifocal?
 
Arthur Schaefer Como em qualquer cirurgia ocular, há riscos associados às lentes intraoculares. Os fatores mais importantes para minimizar isso são avaliação pré-operatória minuciosa e o julgamento clínico do seu cirurgião, para decidir se este tipo de lente combina com o paciente. Onde os riscos e benefícios destes implantes inovadores se diferenciam das lentes de único foco é no resultado visual da cirurgia. Não há dúvida de que os mais recentes modelos trifocais da Alcon e Zeiss fazem pacientes muito mais satisfeitos, por permitirem a liberdade de não precisar mais dos óculos. 

Mas é importante compreender que alguns poucos pacientes podem apresentar pequena incompatibilidade com o design da trifocal, especialmente em situações de pouca luz como, por exemplo, dirigir à noite. Trata-se de uma situação que a maioria dos pacientes consegue conviver sem se arrepender ou preferir a remoção do implante.


Quais os fatores que afetam a satisfação do paciente com trifocais?
 
Arthur Schaefer Os implantes de lentes trifocais oferecem independência do uso de óculos como nenhum outro procedimentos e são uma verdadeira benção para o paciente com catarata. Mais do que outros desenhos de lente intraocular, um resultado bem sucedido depende da habilidade e experiência do cirurgião na escolha e implantação destas lentes. Tudo tem que ser perfeito: as medições pré-operatórias, a colocação da lente intraocular em si, a forma e o tamanho da entrada para o implante.

Veja características que descrevem os pacientes que melhor se encaixam para o implante de lentes trifocais. Vale lembrar que esta é apenas uma orientação e há exceções, que devem ser discutidas com o médico cirurgião.


Pacientes mais indicados:
 
- Paciente dependente de óculos, especialmente multifocais, e muito interessados em independência dos mesmos para vida cotidiana; 

- Pessoas com hipermetropia;

- Pacientes com personalidade otimista/positiva;

- Aqueles que estão predispostos a aceitar um pequeno comprometimento em clareza visual para distância;

- Consciência e clareza em compreender que não é um resultado garantido.


Pacientes menos indicados:
 
- Paciente que não se importa ou realmente gosta de usar óculos;

- Hipercríticos ou pacientes com expectativas irreais;

- Pessoa cuja preocupação principal é obter a mais nítida e clara visão possível;

- Quem passa longos períodos dirigindo à noite; 

- Ligeira à moderada miopia.







Oftalmologista Arthur Schaefer (CRM 22.204)
Site: http://www.schaefer.com.br
Clínica Schaefer Oftalmologia e Neurologia
Avenida Getulio Vargas, 2932, Água Verde, Curitiba/PR
Fone: (41) 3027-3807

 




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